Polícia de SP apura se PMs estão envolvidos em sumiço de jovens
A Polícia Civil de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Militar abriram inquérito para investigar se policiais militares estão envolvidos no desaparecimento de dois amigos na periferia da Zona Sul de São Paulo. Emerson Heida, de 28 anos, e Edson Edney da Silva, de 27 anos, estão sumidos desde a noite do dia 10 de setembro.
Segundo testemunhas ouvidas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), os amigos desapareceram após terem sido revistados por PMs numa avenida de Cidade Dutra. Eles haviam acabado de deixar o irmão de Emerson num ponto de ônibus. Ele e outras testemunhas ouvidas pelo departamento afirmaram ter visto a ação dos policiais. Todos disseram que foi a última vez que Emerson e Edson foram vistos.
O carro de Emerson foi encontrado queimado quatro dias depois, a 13 quilômetros da Avenida Robert Kennedy, no meio de uma mata, em Parelheiros. Não havia sinal dos jovens.
Os parentes dos desaparecidos estão desesperados em busca de notícias. Nas mãos de dona Francisca Angélica da Paixão, os cartazes que pedem ajuda. Desde que o filho Emerson desapareceu, ela praticamente não sai mais de casa. “Eu espero qualquer notícia, tanto ruim quanto boa”, disse.
“Eu quero que encontre meu filho, quero notícia dele, como é que ele está…”, disse a mãe de Edson, que reclama de descaso na investigação. Diz que foi maltratada, na delegacia de Cidade Dutra.
“Nós precisamos de alguma notícia, eu quero saber do meu filho, o quê que aconteceu com ele. Eu tenho que saber alguma coisa… meu filho tá vivo, meu filho tá morto, meu filho tá perambulando por aí que nem um mendigo? Mas eu preciso saber disso”, disse a mãe de Emerson.
Por determinação da cúpula da Polícia Civil, desde a semana passada o caso está com o DHPP. Dois corpos foram encontrados em Cidade Dutra, na semana do desaparecimento, mas a família não reconheceu os rapazes e o exame de DNA ainda não está pronto.
“E também solicitamos a quebra do sigilo do telefone da vítima Emerson, haja visto que ela encontrava-se com um aparelho de telefonia quando do seu desaparecimento. Nós trabalhamos com a hipótese do desaparecimento, no entanto não descartamos nenhuma outra hipótese, nem um outro caso mais grave, haja visto que eles foram abordados por PMs segundo testemunhas e nunca mais foram vistos”, disse William Alves, delegado do DHPP.
“Eu espero que tenha justiça. Precisa ter justiça pra evitar que mais um, mais dois, mais três, aconteça o mesmo com eles”, disse a mãe de Emerson.
ESSE É O JEITO PM DE ATUAR, SERÁ QUE FOI FEITO BOPM DA ABORDAGEM? CADÊ O CAP PM, O MACHADO E OUTROS DEFENSORES DA PM QUE POSTAM NESTE BLOG?
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Não é o jeito da PM atuar, nem é procedimento da PM este tipo de atitude. Todas abordagens realizadas pela PM são constadas em um relatório próprio.
Por coincidência, o averiguado neste fato sou eu e minha equipe, e nós nunca abordamos esses dois, por incrível que pareça, a AV. Robert Kennedy não é nem área do meu Batalhão, todavia, como minha viatura foi a que no dia mais rodou quilometragem na área da zona sul (tudo devidamente explicado no relatório de serviço) passei a ser suspeito.
Quanto ao sangue encontrado na viatura, diariamente a Policia Militar socorre baleados, esfaqueados entre outros tipos de trauma que não podem aguardar o serviço de emergência do bombeiros ou da prefeitura, e mesmo lavando, este sangue é visível com instrumentos e perícias adequadas, mas é certeza que estas amostras de sangue não irão conferir com o DNA dos dois desaparecidos.
Abraço
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Atividade delegada: porteiro de cemitério + coveiro.
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