”Estamos no caminho certo e isso vai se refletir em números”
Chefe da Polícia Civil reafirma prioridade no combate aos crimes contra o patrimônio, como furto e roubo
Bruno Tavares
Entrevista
Domingos Paulo Neto: delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Domingos Paulo Neto, está convicto de que a redução dos índices de criminalidade é uma questão de tempo. “Estamos no caminho certo e isso sem dúvida vai se refletir nos números”, asseverou. Prestes a completar seu primeiro ano no comando da instituição, Paulo Neto reafirmou a diretriz definida pelo secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, de priorizar o combate aos crimes contra o patrimônio. “O homicídio está controlado no Estado. Estamos focando nos crimes contra o patrimônio, como roubo e furto”. Em seu gabinete, no centro de São Paulo, o delegado-geral concedeu entrevista ao Estado:
Por que cidades pequenas, com menos de 100 mil habitantes, tiveram tantos casos de roubo?
Ainda é uma coisa que precisamos avaliar com cuidado, mas está claro que houve uma migração da criminalidade para o interior. Muitas cidades que antes eram pequenas enriqueceram, têm indústrias, usinas, etc. E isso atrai os bandidos. Amanhã (hoje) tenho reunião com o Conselho da Polícia e vou pedir que os diretores do interior preparem um levantamento sobre isso, sobretudo sobre os casos de roubo e roubo de veículos. O que tem havido mais são roubos a pedestres.
O que está sendo feito para tentar reverter esse quadro?
Muitas coisas. Durante anos, por exemplo, nos ocupamos com escolta de presos. Hoje isso é tarefa da Polícia Militar. Dos 645 municípios do Estado, 415 estão integrados ao RDO (Registro Digital de Ocorrências). Modificamos o atendimento nos plantões dos distritos policiais subordinados à 4ª (Norte) e 5ª (Leste) seccionais, estabelecendo critérios. Os concursos serão “seccionalizados”, ou seja, a pessoa vai poder concorrer a vaga na região onde ele mora, o que é muito positivo. Quem sai da Academia (da Polícia Civil) começa no plantão. Antes de ir para uma delegacia especializada o policial tem de ficar um ano na Academia e dois anos no plantão. Isso sem contar outras medidas, como a transferência de policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais) e do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) em atividades de investigação. Queremos resgatar nossa identidade de polícia judiciária.
Quando isso vai se refletir nos índices de criminalidade?
Estamos no caminho certo e isso, sem dúvida, vai se refletir nos números. Há alguns anos São Paulo registrava 15 homicídios por dia. Hoje, são 3,5. Isso é muito difícil de conseguir. Vamos conseguir baixar os crimes contra o patrimônio.
Quando o secretário Ferreira Pinto assumiu, em março do ano passado, ele disse que os crimes contra o patrimônio seriam prioridade. Isso está mantido?
Está mantido. A tendência no último trimestre do ano passado já foi de queda. Na capital e Grande São Paulo os homicídios voltaram a cair – houve apenas um leve aumento no interior -, houve diminuição dos roubos a bancos e de veículos. A polícia está agindo e trabalhando com firmeza no combate aos crimes contra o patrimônio. Em 2009, por exemplo, foram presas 124,5 mil pessoas, 14% a mais do que em 2008. A apreensão de drogas e armas também aumentou.
O número de homicídios no Estado cresceu, puxado pelo interior.
Os homicídios estão controlados – e voltaram a cair na capital e Grande São Paulo. O que houve foi uma pequena oscilação, de 2%.
Qual o verdadeiro papel da crise no aumento da criminalidade?
Tem influência. Percebemos que a criminalidade tende a aumentar quando a economia vai mal.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100203/not_imp505471,0.php
TEMOS QUE TOMAR CUIDADO!A PM JA ESTÁ ORIENTANDO AS VITIMAS A NAO ELABORAREM BO, ALEGANDO INCLUSIVE, QUE NÓS NÃO ESCLARECEMOS NADA!ATENÇÃO SENHORES POLICIAIS CIVIS….CONSIGNEM ISSO NOS BO´S
ABRAÇOS
CurtirCurtir
TEMOS QUE TOMAR CUIDADO!A PM JA ESTÁ ORIENTANDO AS VITIMAS A NAO ELABORAREM BO, ALEGANDO INCLUSIVE, QUE NÓS NÃO ESCLARECEMOS NADA!ATENÇÃO SENHORES POLICIAIS CIVIS….CONSIGNEM ISSO NOS BO´S
ABRAÇOS
MAD
03/02/2010 em 13:08
CurtirCurtir
estranho é que apenas o Delegado Geral deu entrevista ,a pedido do governador, a respeito do aumento de criminalidade…… bom constitucionalmente ….a prevenção é responsabilidade da PM e o comando geral nada disse ……. isso cheira a mais uma tentativa de despretigiar a Policia Civl
CurtirCurtir
Quando vejo entrevistas do Delegado Geral falando sobre concursos gostaria de entender o motivo de tanta demora para a realização dos mesmos , bem como quando é realizado o pq de a Acadepol deixar tantas vagas sobrando e aprovar tão poucos candidatos. No concurso de EP/08 do qual participei eramos em 890 candidatos disputando 864 vagas na oral , desses acredito que entre 750 a 800 fizeram a prova devido a ausencias , no fim de todo certame somente 387 foram aprovados reprovando os demais e deixando todas as outras vagas em aberto. Não é possível que tinha tanta gente ruim para não ser aproveitado afinal para chegarmos na oral passamos pela prova preambular de 100 questões depois mais a prova escrita dissertativa , TAP e TAF ,dificilmente alguem chegaria na prova oral tão mal preparado tendo sido aprovado nas etapas anteriores, é praticamente impossivel.
Acho que a Policia Civil carece muito de funcionários para depois de um certame que dura mais de 1 ano reprovar tanta gente e deixar tantas vagas em aberto.
Agora até a realização de um proximo concurso , vamos colocar ai da publicação do edital até a prova oral foram mais de 1 ano e meio , depois juntamos tudo isso ao formação da Acadepol que me parece que será de 11 meses agora , vamos levar ai quase 2 anos e meio em todo processo , por ai vemos quanto tempo vai levar para suprir essas vagas que a Acadepol deixou em aberto e já poderia ter preenchido. Enquanto isso quem está dentro sofre com a falta de policias e o Delegado Geral tem que ficar sem explicando porque demora um atendimento no plantão , porque os indices da criminalidade sobem e por ai vai …
CurtirCurtir
ESSE PARVO ENTENDE TANTO DE POLÍCIA QUANTO EU DE FÍSICA QUÂNTICA!
Após 10 anos, homicídio volta a subir em SP
Apesar da queda na capital e na Grande SP em 2009, interior puxa alta do índice no Estado; foram 4.771 vítimas no total
O delegado-geral atribuiu aumento à crise financeira; para o Núcleo de Estudos sobre Violência da USP, isso não justifica o crescimento
AFONSO BENITES
EVANDRO SPINELLI
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez em dez anos, o número de homicídios cresceu em São Paulo em 2009, puxado pelo aumento dos crimes no interior do Estado.
No ano passado, as polícias paulistas registraram 4.557 homicídios (4.771 vítimas no total, porque há casos com mais de um morto). Em 2008 foram 4.426 casos (4.690 vítimas).
Na capital e na Grande São Paulo, permaneceu a tendência de queda do número de assassinatos registrada desde 2000.
Porém, nas cidades do interior e do litoral, essa evolução se reverteu e a violência voltou a níveis similares ao de 2007.
O resultado disso é que o governo José Serra (PSDB) não atingiu a meta de tirar o Estado da faixa considerada “epidêmica” para homicídios -menos de 10 casos por 100 mil habitantes, de acordo com critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde)-, conforme anunciou em outubro de 2008 o sociólogo Túlio Kahn, da Secretaria de Segurança Pública. Em 2009, foram 10,95 no Estado.
O registro de queda da violência que vinha ocorrendo em outros tipos de crime na última década -furtos e roubos/ furtos de veículos- também se reverteu em 2009. O número de roubos já havia crescido no ano passado.
O governo sempre atribuiu a redução geral nos índices de criminalidade aos investimentos nas polícias, no aumento da apreensão de armas e na construção de mais presídios.
Agora, questionado sobre o assunto, o delegado-geral da Polícia Civil, Domingos Paulo Neto, não soube explicar o motivo do aumento dos assassinatos no interior. Ele disse que precisava se reunir com os delegados para analisar os dados.
As duas áreas mais violentas do Estado são ligadas aos Deinter (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo – Interior) 1 -São José dos Campos, que abrange todo o Vale do Paraíba e litoral norte- e ao Deinter 6 -com sede em Santos, que atende a região da Baixada Santista e o litoral sul.
Os índices de homicídios chegam próximos de 16 por 100 mil habitantes nessas duas regiões. São superiores, inclusive, à região metropolitana de São Paulo, onde o índice por 100 mil habitantes é de 12,3.
Foi o Deinter 6 (Santos) que teve o maior crescimento no número de homicídios em 2009 -37,05% sobre 2008.
Na capital, houve queda de 2,22% no número de mortes. Na Grande SP, a redução foi mais significativa: 10,4%.
“Em locais onde, em 2000, havia quase 15 mortes por dia, agora há 3,4”, disse Paulo Neto.
Mesmo algumas regiões do interior tiveram menos homicídios no ano passado. São os casos do Deinter 4 (Bauru), com menos 7,8%, e do Deinter 8 (Presidente Prudente), queda de 13,5% no número de casos.
Segundo o delegado-geral, o aumento de alguns índices criminais se deve também à crise econômica pelo qual o país passou no final de 2008 e no primeiro trimestre de 2009. “O ciclo se encerrou no fim do primeiro trimestre. Por isso temos alguns índices em elevação.”
Equação complexa
Na avaliação de Marcelo Batista Nery, sociólogo e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, só a questão econômica não justifica o aumento dos índices. “Segurança pública é uma questão muito mais complexa do que a situação socioeconômica. Ela envolve a ação da polícia, a sociedade civil e as empresas privadas.”
Para Nery, apesar da redução em relação ao início da década, os crimes de homicídios deixaram de ser concentrados em regiões tidas como mais violentas e se espalharam pelo Estado.
CurtirCurtir
Notícias na internet – a mídia tradicional omite esse crime – dão conta de que o governador paulista tem cortado verba de secretarias de formação básica, como a educação, cuja função é ampliar a educação familiar da criança/adolescente para inseri-la no convívio em sociedade, além de dar-lhe perspectivas dignas de futuro.
Assim, com esses cortes, a tendência é ver os crimes aumentarem sobremaneira, trazendo problemas enormes à sociedade, principalmente aos órgãos de prevenção/repressão do crime.
CurtirCurtir
•06.mai.00: Cerca de 30 inquéritos policiais, que estavam sob o comando do delegado Romeu Tuma Jr., são repassados para o delegado Domingos Paula Neto, titular da 6ª Delegacia Seccional (Santo Amaro). Tuma Jr. investigava denúncias de corrupção na Prefeitura de São Paulo, envolvendo vereadores e o secretário de Governo, Carlos Augusto Meinberg. Tuma Jr. afirma que sofreu “pressão” para deixar a investigação. A Delegacia Geral da Polícia Civil informa que a afirmação não é verdadeira.
CurtirCurtir
DR GUERRA,
MINHA GRANDE DÚVIDA É…
VAI SE REFLETIR EM NÚMEROS NA CARTEIRA DE QUEM??????
CurtirCurtir
Se de fato Tuma Jr falou que sofreu pressão, não dúvido.
Deveria estar mexendo com quem não devia, ou seja, tinha alguém bem maior por trás de tanta sujeira.
Pois bem, repassou ao delegado Domingos Paula Neto e??????????????????
Será que as investigações prosseguiram?????????
Será que ele resistiu as pressões???????????
Talvez tenha ganhado o grande prêmio.
Políticos, polícia, cidadãos…….
Nesse país todos que tentam fazer algo decente é perseguido, ameaçado, etc.
Mudam cachorros e as coleiras continuam as mesmas.
Não vejo mais saída, para sair-se bem só pertencendo as quadrilhas organizadas, nas as quadrilhas de bandidos comuns, às quadrilhas institucionalizadas.
É a verdadeira lei de Gerson.
CurtirCurtir
que tal combate à falta de condições de trabalho nos plantões?
que tal falta de pessoal?
que tal remanejamento de polícia de pelúcia maçaneta?
que tal valorização salarial?
que tal?
CurtirCurtir
Se o Sr. Dommingos quer de fato baixar os números do crime é muito fácil, exonere os policiais envolvidos com corrupção que já terá uma diminuição de 30%, afinal, eles fazem e induzem outras pessoas a fazerem para poder arcar com o carnê.
Não acredito que haja interesse na segurança pública que vá além de manipular os resultados do índice de criminalidade para ludibriar a população e induzí-los à pensar que policias estão trabalhando, baixando á criminalidade, quando na verdade é tudo manipulação. Em caso de chacinas, jmorre no mínimo dois e contabiliza-se ujm só.
Voces iludem os menos favorecidos e de pouco conhecimento, mas os outros não caem nessa. Acorda interessados, não somos retardados. Estamos fingindo ser morto para comer o coveiro.
CurtirCurtir
DR DOMINGOS, SÓ DECEPÇÃO.ACORDA SONERA!!!!!
CurtirCurtir