Delegados são convocados para depor sobre suposta extorsão contra Abadía
da Folha Online
Os delegados Irani Guedes Barros e Pedro Pórrio, suspeitos de extorquir o megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, preso na Grande São Paulo, são ouvidos na tarde desta quinta-feira pela Corregedoria da Polícia Civil. Ao mesmo tempo, um delegado da corregedoria acompanha o depoimento do traficante na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo.
As denúncias contra os delegados foram publicadas nesta quarta-feira pela Folha. Abadía foi extorquido ao menos quatro vezes por policiais do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos), do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e da delegacia fazendária.
O corregedor-geral da Polícia Civil, Francisco de Souza Campos, disse que já havia instaurado um processo para investigar as extorsões em 14 de agosto, depois que outra reportagem da Folha acusava policiais também do Denarc de extorquir R$ 800 mil do colombiano.
Exceto a data em que o inquérito foi instaurado, Campos não revelou nenhum detalhe sobre a investigação, alegando que ela ocorre em segredo de Justiça. “Não posso comentar”, disse o corregedor ao ser questionado sobre quantos policiais estão sendo investigados. “Não posso adiantar absolutamente nada”, disse ao ser perguntado sobre o teor dos depoimentos de Abadía e seus comparsas enviados à Polícia Civil pela Justiça Federal, nos quais são feitas as acusações de extorsão contra os policiais.
Campos foi veemente ao classificar as acusações: “Elas são graves, e se for comprovada a participação de policiais, todos serão punidos exemplarmente”, disse o corregedor. Mesmo assim, nenhum dos envolvidos foi afastado e continuam exercendo normalmente suas funções na polícia. Pórrio –que já foi lotado no Denarc- trabalha hoje na 5ª Seccional de São Paulo, responsável por parte da zona leste da capital.
Seqüestros
Entre as extorsões contra Abadía que são investigadas, duas envolvem seqüestros. De acordo com a reportagem publicada pela Folha nesta terça, R$ 2,5 milhões teriam sido dados pela quadrilha aos policiais.
Em um dos casos, o colombiano Henry Edval Lagos, conhecido como Pancho, foi capturado por policiais e solto depois do pagamento do resgate. O delegado Barros teria ficado com US$ 280 mil (R$ 588 mil). No seqüestro, a vítima foi Ana Maria Stein, mulher do empresário Daniel Maróstica, que ajudava Abadía a lavar dinheiro.
EU NÃO COMPREENDO A DIVERSIDADE DO TRATAMENTO DISPENSADO PELA CORREGEDORIA-GERAL AOS “BANDALHOS” EM COMPARAÇÃO AOS AUTORES DE EVENTUAIS FALTAS DISCIPLINARES ” DE OPINIÃO”.
OS PRIMEIROS TEM AS IMAGENS PRESERVADAS, NENHUM JUÍZO DE VALOR – SEQUER MORAL – SE FAZ EM RELAÇÃO ÀS CONDUTAS QUE LHE SÃO IMPUTADAS; MUITAS – DE PLANO – ILICITAMENTE MANIFESTAS. SEM SE FALAR NA NOTORIEDADE DE ALGUNS COMO ÍMPROBOS CONTUMAZES.
ENTRETANTO PARA AQUELE QUE ” ATREVER-SE” A EFETUAR CRÍTICAS E RELATAR DESVIOS ENDÊMICOS, A CORREGEDORIA SE LEVANTARÁ COM O DEDO EM RISTE E LÍNGUA DE SERPENTE.
AO PÓRRIO E OUTROS, NINGUÉM FOI TIRAR DA CAMA.
TODAVIA, COMPROVANDO-SE AQUILO QUE AFIRMEI DIAS ATRÁS, TIRARAM DA CAMA – NESTE FINAL DE SEMANA – UM INOFENSIVO POLICIAL DE HORTOLÂNDIA. ( de se conferir a postagem: “não é bem assim”…)
PARA ESTE, COM SÉRIOS PROBLEMAS DE SAÚDE, NÃO SOLICITARAM QUE FOSSE APRESENTADO PELO SUPERIOR HIERÁRQUICO.
O COITADO É POBRE.
NÃO TEM COMO DEFENSOR O DOUTOR DANIEL LEON DE BIALSK.
DOS FATOS RECENTES RESTA A DÚVIDA ACERCA DE A CORREGEDORIA ANDAR MENTINDO OU SE DESMENTINDO…
“Não houve acordo [com os policiais]. Foi sugerido que houvesse um contato da Corregedoria, em razão do adiantado da hora [os mandados chegaram às 18h] para que a diretoria do Decap [Departamento de Polícia Judiciária da Capital] e Demacro [Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo] providenciasse a apresentação dos presos, o que é muito mais eficiente. Eles teriam como localizá-los, nós não teríamos”, afirmou o corredor em exercício.Florenzano afirmou ainda que o procedimento é “atitude corriqueira dentro da instituição”. Já o delegado Bavaro relatou outro caso semelhante “Uma semana atrás, na cidade de Campinas, foi decretada a prisão preventiva de outros três investigadores. Esses investigadores foram convocados pelo delegado titular de unidade, se apresentaram e foram presos”, relatou.
NÃO É BEM ASSIM…
POSSO DAR EXEMPLOS DE POLICIAIS QUE FORAM PRESOS E ALGEMADOS NA PRESENÇA DOS FAMILIARES; FILHOS PEQUENOS, INCLUSIVE.
E, LOGO DEPOIS, LEVADOS AO CÁRCERE SOB AS LUZES DA IMPRENSA.
TAMBÉM, HÁ CASOS DE POLICIAIS QUE APÓS ALGEMADOS ACABAM ESBOFETEADOS.