O americano quer cheirar por diversão e o traficante latino só quer comer…O Flit Paralisante pergunta: quem são os piores criminosos? 10

O governo americano, sob o comando do presidente Donald Trump, anunciou recentemente operações militares letais contra embarcações suspeitas de tráfico de cocaína no Caribe, perto da Venezuela, sem necessidade de apreensão, prisão , julgamento ou quaisquer provas concretas.

Basta a imagem de uma embarcação pequena em suposta fuga de caça-bombardeiro supersônico !

Contestado e criticado pelo presidente da Colombia que afirmou que os principais líderes do narcotráfico vivem em cidades – que ele descreveu como luxuosas – como Miami, Nova York ou Dubai e, ainda, que qualquer ação terrestre em solo da Venezuela seria uma invasão territorial, imediatamente ordenou sanções a Gustavo Petro, familiares e autoridades colombianas.

Verdadeiramente, Trump não aceita críticas e trata os divergentes como inimigos e o que é muito pior: neles projeta aquilo que diz estar combatendo.

Enquanto isso, o presidente Lula, ao comentar a política externa dos EUA, afirmou que “os usuários são responsáveis ​​pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”, causando controvérsia.

Apesar de , no Brasil , o usuário , desde o antigo art. 281 do Código Penal  , ser tratado como irmanado ao traficante.  

Mas será que Lula, em seu deslize retórico, não tocou numa verdade incômoda que o próprio Trump insiste em ignorar?

O vício que alimenta o império

O tráfico de cocaína é um negócio movido por dólares americanos, não por plantações andinas.

A cocaína, extraída da folha de coca na América do Sul, há mais de um século , foi transformada em cloridrato na Europa.

Virou panaceia ; o remédio para todos os males .  

Até que – diante da escravidão e zumbificação das elites da Europa –  foi proscrita.

Já era tarde!

A procura nunca foi estancada.

Nos anos 1960 passou a ser  traficada por americanos para americanos , pois o governo direcionava toda a repressão para os maconheiros e negros usuários de heroína.

E os americanos vivendo um momento de prosperidade e euforia a adotaram como “medicação de referência “.

Vivas à lei da oferta e procura até que o produtor descobriu  que merecia ganhar muito mais e poderia dominar toda a cadeia , desde a plantação , refino e entrega ao consumo .   

Aí houve uma grande revolta; muito mais do que a saúde dos povos estava a saúde financeira dos governos .

O Tesouro Nacional passou a verificar o “desaparecimento” de toneladas de dólares dos “mercados”.

Uma fortuna bilionária estava sendo desviada para outros países e mantida fora do sistema bancário e imobiliário formal.

E veio a guerra aos cartéis dos latinos

Ora, sempre latinos ; esse tipo meio palestino que fala uma língua mais musical .  

Com a guerra , nos EUA, o  seu valor quintuplica – ou mais – ao chegar aos bares, festas e escritórios de Nova York, Miami ou Los Angeles.

São os “filhinhos de papai” do norte, os endinheirados usuários recreativos, que sustentam os cartéis com seu hábito de cheirar cocaína como se fosse oxigênio .

Enquanto isso, Trump manda drones e fuzileiros para matar supostos traficantes em alto-mar, sem direito a defesa, sem julgamento, numa espécie de justiça extraterritorial que fere qualquer noção de civilidade e respeito à soberania.

Trump está matando todas as noções de Direito ;  não está defendo a saúde da população americana .

Talvez só esteja defendendo  o interesse de alguns dos seus sócios .

A hipocrisia do combate às drogas

O discurso de Trump é o mesmo de sempre: culpar o outro, o latino, o estrangeiro, o pobre.

Mas ninguém fala em invadir os arredores  de Beverly Hills para prender os usuários que financiam o tráfico.

O governo americano prefere bombardear barcos no Caribe a investir em tratamento, prevenção e redução de danos em seu próprio território.

Afinal, é mais fácil culpar o vendedor de rua do que admitir que o vício está dentro de casa, nas salas de reunião de negócios , nas festas de gala, nos eventos esportivos.

O latino quer comer, sim!

O americano só quer cheirar , mas que  o mundo inteiro pague o preço por isso.

A ironia do destino

Lula, ao soltar a frase de que ‘os traficantes são vítimas dos usuários’, provocou o esperado coro de indignação daqueles que preferem o mundo em preto e branco.

Foi taxado de defensor de bandidos, como era de se esperar no teatro raso da política .

A ironia cruel, no entanto, é que a fala que soa como absurdo no plenário do Congresso seria uma verdade elementar, um dado operacional, num relatório das nossas polícias e certamente do DEA ou da CIA. 

Os policiais mais capacitados sabem: o ‘traficante’ não é um monstro unidimensional, mas o elo final de uma cadeia movida a uma demanda voraz e insaciável.

Enquanto Trump, no mesmo teatro, manda matar esse mesmo ‘elo final’ em alto-mar – sem provas, sem julgamento, num ato de pura barbárie –, a fala de Lula, na sua crueza, escancara a pergunta que nenhum presidente americano quer ouvir: 

O que é um cartel senão a versão brutalmente eficiente de uma empresa que atende a uma demanda de um mercado abastado e viciado?

O pequeno traficante, o ‘trincheiro’, é a vítima sacrificial perfeita: morto pela polícia aqui, vaporizado por um drone americano ali, enquanto os verdadeiros arquitetos do negócio ;  a demanda dourada do Norte e a lavagem de dinheiro que escorre para o sistema financeiro global  seguem intocáveis.

Lula, de fato, ao dizer que os traficantes são vítimas dos usuários , não foi linguisticamente  preciso.

Mas não deixa de ter razão: os pequenos traficantes do terceiro mundo  – o trabalhador do crime –  são sim vítimas!

Vítimas do sistema que os empurram para o crime, vítimas da repressão desigual, vítimas da ganância dos cartéis e da hipocrisia dos países consumidores.

Enquanto Trump manda matar sem provas, o Brasil debate uma PEC da Segurança Pública e bate registros de apreensão de drogas destinadas ao “Primeiro Mundo”.

O Brasil é vergonhosamente inepto quando se trata de apreender drogas destinadas ao “público interno “.

Aqui não se apreende na entrada , apenas na saída …

Melhor dizer : não se apreende o que se destina ao comércio interno ; apreende-se muito mais drogas que seriam exportadas.  

Por quê?

A outra ironia é que o país que mais consome drogas no mundo é o mesmo que mais se arvora no direito de julgar e punir os outros.

O Flit Paralisante pergunta: quem são os piores criminosos?

Os que vendem para sobreviver ou os que compram para se divertir, cegos pela sua riqueza e pelo seu poder?

Quando o Racismo Quer Definir Quem Mata …Rezei para assassino não ser um de nós, disse o governador de Utah…Eles queriam que fosse um negro, um latino ou transexual 3

Quando o Racismo Quer Definir Quem Mata

Agressividade é como Bourbon  101 proof :  todo mundo empolgadão na primeira dose, mas, quando a ressaca chega, ninguém quer lembrar o que fez durante a beberagem .

Dia desses cruzei os noticiários digitais do submundo americano, onde até o sistema de som parece gritar :

Tirem as armas do congelador e disparem !

Mas quem ouve esse chamado é sempre o mais idiota,  o mais esperto corre.

Charles  que não era o Anjo 45, herdeiro da verborragia obscura, sacava o microfone, disparando ofensas como quem dispara balas de festim: ou reais.

Sempre atirando nos mais fracos , como todo “conservador extremista” !

Um cuzão perigoso como o outro Carlos…

(  O filho da puta do  Charles Manson )

Seu projeto não é debater, é demolir.

É erguer a bandeira de uma pureza fictícia sobre os escombros dos “outros”: o estrangeiro de pele e pelo  diferentes, a família que não se enquadra, o pobre que ele chama de preguiçoso. 

“Guerra cultural!”, diz ele, de pupilas dilatadas pela  cocaína tão adorada pela boa gente conservadora .

O X  lotado, pronto para a glória ou o cancelamento.

Todo mundo vira gladiador do teclado, apostando que violência é toque de Midas: transforma qualquer “outro lado” em vilão, converte likes em dogmas e faz do inimigo uma caricatura  fraca e engraçada, até a hora que ela puxa o gatilho de verdade.

Bum!

Um dia iluminado para a America …Um filho da puta a menos morto por uma bala quente…

Seria melhor atirar no presidente!

Sim, no centro desse circo de horrores, a figura do palhaço rei: Donald Trump, o arquiteto que transformou o complexo de superioridade em plataforma política.

Ele não grita apenas; ele legisla pela humilhação.

Mede sua força pela altura do muro que ergue, pela profundidade do abismo que cava entre nós e eles, entre a suposta “grandeza” e os que ele decreta como descartáveis. 

No fim do espetáculo, a besta  tomba no palco, vítima da mesma agressividade das gangues de latinos transexuais  que prometia combater.

Trump aparece, puxa um lamento vazio por uma vítima de um monstro que ele mesmo alimenta com discursos de desprezo. 

O governador reza o pai nosso e a ave maria para que o crime seja atribuído a uma minoria, não um branco  do grupo dominante; perpetuando o preconceito estrutural, transferindo o estigma e reforçando associações negativas com grupos já discriminados.

Esse padrão é característico do racismo contemporâneo presente em atitudes, palavras e políticas de exclusão social.

Desumanos e doentes!

A oposição  revida , mas não há ninguém realmente inocente, só um imenso carnaval de pólvora e hipocrisia.

O cadáver do ativista, aliás, não tem peso suficiente para gerar heroísmo, só serve para mostrar que o bumerangue volta . E sempre volta.

Quem se alimenta da violência vira prato do próprio banquete.

O Flit Paralisante, entre um gole e outro, brinda a moral da história: a agressividade é só mais um jeito sujo de vender a ignorância.

É o combustível de um projeto de poder que precisa criar inimigos, inferiorizar vidas e vender a ilusão de que alguns nasceram para mandar e outros para servir.

Quem sai distribuindo bordoada não pode reclamar quando o mundo resolve bater de volta, sem avisar.

Talvez seja hora de trocarmos o Wild Turkey  por café forte.

Ao menos, a ressaca é menos sangrenta e a lucidez nos permita a enxergar a humanidade; que tentam nos vender como fraqueza!

Como sou o “paradoxo ambulante”  – e não tenho compaixão por esse tipo –  bebo  o defunto!  

Descanse sem paz, Filho da Puta!


Nossas homenagens e admiração por americanos como o ator Tom Hanks

Aviso Legal / Legal Disclaimer – ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

🇧🇷 Em português:

Este texto é uma manifestação artística, cultural, crítica e opinativa, protegida pelo artigo 5º, inciso IX da Constituição Federal do Brasil, que garante a liberdade de expressão e criação, inclusive satírica.
As expressões utilizadas têm caráter literário, simbólico e político, inseridas no contexto do humor ácido e do direito à crítica pública a figuras com atuação pública destacada. Não representam incitação à violência, ódio ou discriminação.
Nomes citados e opiniões emitidas referem-se a personagens públicos e são sustentadas por fatos amplamente divulgados pela mídia. O autor rejeita toda e qualquer forma de preconceito ou violência.
O conteúdo visa exclusivamente contribuir para o debate político, histórico e cultural dentro dos limites democráticos.

🇺🇸 In English:

This article is an artistic, cultural, critical, and opinion-based expression protected under Article 19 of the Universal Declaration of Human Rights and the constitutional right to freedom of speech.
The language used is symbolic, satirical, and politically charged, aimed at critiquing public figures and actions relevant to society. It is not intended to incite violence, hatred, or discrimination of any kind.
Mentions refer exclusively to individuals acting in the political or public sphere, based on widely known facts reported in the media. The author stands firmly against all forms of intolerance or injustice.
This content exists solely to foster democratic, historical, and cultural debate.

🇪🇸 En español:

Esta publicación es una manifestación artística, crítica y de opinión, protegida por el derecho constitucional a la libertad de expresión en cualquier estado democrático.
El lenguaje empleado es simbólico, satírico y crítico, y tiene como único objetivo ejercer el derecho a la crítica pública sobre figuras y discursos de relevancia política. No incita al odio, la violencia ni a la discriminación.
Las referencias personales aluden únicamente a actores públicos, en base a hechos informados por los medios. El autor rechaza toda forma de violencia o intolerancia.
El fin de este contenido es fomentar el debate democrático, cultural e histórico desde una postura crítica y reflexiva.