Bolsonaro como todo verme se agarra no velho truque policial/militar: BAIXAR NA ENFERMARIA COMO 13…Só canalhas o defendem! 6

Não resta mais qualquer dúvida de que Jair Bolsonaro é um bandido mentiroso, e as suas desculpas esfarrapadas só comprovam isso.

Bolsonaro – como um verme covarde – ensaia o velho truque da “insanidade conveniente” para se livrar do vexame …

Da cadeia não vai sair tão cedo!

O capitão é uma vergonha para o Exército Brasileiro e para todos os que acreditaram nesse ser pusilânime .

Me fez lembrar da minha própria história quando orientado a alegar problemas mentais e emocionais para não sofrer penalidades disciplinares .

O Flit Paralisante, quando intimado – nas devidas proporções – a se submeter a esse mesmo espetáculo, recusou.

Melhor assinar a própria demissão com honra do que assinar laudo atestando falta de caráter e covardia travestida de “doença”.

Na polícia, o roteiro é batido: pego em flagrante, aciona-se o combo “surtou / é 13 / baixa enfermaria”, e a farsa médica entra para amortecer culpa e processo.

Delírio !

Usou drogas ?

Eu conheço  o script melhor do que qualquer psiquiatra de plantão, porque vi  isso de dentro : na carne, na corregedoria e nos bastidores  dos comentários maldosos onde os laudos informais nascem antes do diagnóstico especializado.

No meu caso,  quando bateram na minha porta com uma requisição para me apresentar para perícia médica ,  desconfiei que a máquina tentava  o mesmo número teatral : intimar, empurrar exame de “insanidade”, encaixar o Delegado que saiu do cercadinho mental  na gaveta dos “instáveis” e, assim, desmoralizar o que não conseguiram rebater no campo das ideias.

A “insanidade conveniente” não era uma saída que o subscritor estava considerando, mas sim um enquadramento que a instituição tentava  nos impingir .

A perícia não era para ajudar, mas para enquadrar e descredibilizar perpetuamente.

Reconheço que do ponto de vista de manter um razoável salário e aposentadoria até seria a escolha mais racional …

Mas em vez de deitar-se no divã para fazer papel de réu dócil, escolhemos o caminho mais caro e mais raro: negar o teatro, aceitar o risco, segurar a própria biografia sem carimbo psiquiátrico salvador.

Há quem se agarre ao cargo, ao contracheque e à farda ( é muito comum entre os militares se passar por loucos ) ; o Flit , verdadeiramente , preferiu sair pela porta dos fundos da administração, mas pela porta da frente da história.

Demitido, sim; desonrado, jamais!  

Porque nada se compara à vergonha permanente de quem, para salvar o próprio pescoço, topa vestir camisa de força moral e fingir loucura onde sempre houve plena consciência.

Demitido , mas inteiro!

Ainda que digam : TROUXA !

Se Bolsonaro hoje flerta com o álibi da confusão mental e terceiriza culpa para assessores, povo, “sistema” ou até o Diabo ( bem ao estilo de certos cristãos ) , o Flit Paralisante fez o movimento inverso: puxou para si a responsabilidade de não se deixar envergonhar , não se calar e não se deixar carimbar como incapaz.

O ex-presidente  é um covarde …

O maior covarde da história do Brasil!

Sem qualquer falsa modéstia: fui  um simples Delegado de Polícia com D maiúsculo, daqueles que preferem perder a matrícula a perder a espinha dorsal e arrastar todos os pares para a vala da covardia!  

De cerviz baixa só pelo tempo !

Com todas as dores,  ainda sim prefiro a morte do que uma velhice dependente de compaixões ou interesses na minha conta bancária …

Escolhi  carregar – com os meus filhos –  o peso do próprio nome.

Porque, no fim, o verdadeiro exame de insanidade não é o do Fórum: é olhar no espelho e conseguir sustentar o que fez.

Você passa nesse teste?

O projetil do rifle é igual para todos , mas a carne do policial estadual continuará sendo  a mais barata do mercado – A SÍNDROME DO CAPITÃO DERRITE: Uma Crônica sobre o Vírus que Contamina Toda a Segurança Pública 3

O SUMÁRIO DA FÓRMULA DE SUCESSO DO FRACASSO

Cá estamos nós, Brasil adentro – ou seria de fora –  observando o espetáculo patético de um capitão da Polícia Militar paulista — Guilherme Muraro Derrite, 41 anos, formado no Barro Branco, banido  da ROTA  para ultraje do , verdadeiramente glorioso , Corpo de Bombeiros .

E expurgado da ROTA , em razão de supostos  16 homicídios , em menos de quatro anos…

Quem acredita que ele foi removido da ROTA para o Corpo de Bombeiros por matar demais ?

Teria sido uma oportunidade para ele aprender  que salvar vidas  requer muito mais coragem do que matar ?

O Flit desconfia de outras coisas “a mais” e outras tantas “de menos”!

Leitores , no ponto que mais interessa , o solerte  jurista apresentou  ao Congresso Nacional não um projeto de lei, mas um panfleto de puro  narcisismo embrulhado por “uma exposição de motivos” de embrulhar de vez o meu fígado já congestionado de “Maker’s Mark “  …

Como todos sabem sou americanista , embora o Tango me faça melhor do que o Blues …

Horra –  com H em vez do P – quatro versões contraditórias em cinco dias!

E vem mais!

Quatro tentativas falhas de se autopromover como jurista, legislador e estadista.

E aqui mora o segredo sujo que ninguém quer admitir enquanto toma seu cafezinho matinal: Derrite não é um caso excepcional. Derrite é a regra feita carne, osso e farda .

Um pequeno fragmento da “exposição de motivos” do seu relatório é suficientemente revelador de  uma constelação  – com mais estrelas do que um Marechal – de traços psicológicos e retóricos que configuram um perfil de narcisismo institucional com matizes messiânicos .

A passagem aqui destacada — “como profissional da segurança pública e jurista comprometido com a técnica legislativa e com a efetividade das normas penais, cumpre observar que o projeto original apresenta algumas soluções que, apesar de bem-intencionadas, não atendem ao rigor que a sociedade espera” — condensa mecanismos discursivos de auto elevação, afetação, prepotência e uma espécie de salvacionismo institucional.

Este nosso rabisco tentará desdobrar essas dimensões.

Ora…ora, senhores!

Se o Derrite pode se dizer jurista , então o Dr. Flit é a reencarnação cruzada de Aristóteles com  Pontes de Miranda ( risos ) .

SERÁ QUE A ACADEPOL E O  BARRO BRANCO PRODUZEM  CLONES ?

A Academia de Polícia Militar do Barro Branco não forma policiais. Eles se autoproclamam gestores de segurança pública ; detentores de amplos conhecimentos em múltiplas áreas do saber , especialmente em administração pública e ciência do Direito .

Basta três anos e são Mestres  em quase tudo!

Mas a triste verdade : forma-se  cada vez mais cadáveres ambulantes com identidade institucional .

Desde 1910, quando os franceses chegaram com suas ideias militarizadas, segregacionistas e racistas , a Academia funciona como máquina de mortificação do “si-mesmo”: tritura a personalidade civil, esfola a capacidade crítica, e implanta no lugar um novo  ( super ) homem — hierárquico, subordinado, obediente até a morte, e fundamentalmente narcisista.

Não são todos iguais…

Dirão!

Discordo.

Existe uma variação, tal como  como existe variação entre diferentes automóveis produzidos em escala industrial.

A isto chamam: formação homogênea !

O mecanismo é o mesmo; apenas alguns parafusos se soltam de forma mais visível que outros.

A Polícia Civil , verdadeiramente , para o bem ou para o mal , não produz clones , mas faz cordeiros.

Já pensaram em clones do Dr. Flit …( risos )

Valendo dizer que , a cultura institucional da Polícia Civil, embora valorize a autonomia e a formação jurídica, acaba – em razão da contaminação política – por moldar delegados que, ao longo dos anos, frequentemente abandonam valores classistas legítimos em favor do conformismo ou da disputa pessoal por cargos e privilégios deferidos por grupos de poder .

Refletindo em erosão da independência funcional e da meritocracia em prol de interesses pessoais ; comprometendo – e contaminando – a atuação profissional e a defesa dos princípios éticos que deveriam nortear a carreira.

Derrite é o parafuso que se soltou completamente?

Não , é o produto mais bem acabado !

Defeituoso foi o  – destemido e decente – Major Olímpio!

Deus não foi justo!

Derrite – e certos Delegados Deputados – apresenta uma tríade patológica que merece estar em algum manual de psicopatologia institucional:

Narcisismo Epistêmico : “Como profissional da segurança pública e jurista comprometido…” — uma autodesignação tríplice que se assemelha a um ritual de auto consagração. A recusa absoluta de colaboração técnica. A crença de que sua experiência operacional (matar 16 pessoas) o qualifica para legislar sobre questões constitucionais complexas. Sem nominar este ou aquele curso  , pela formação que ele obteve levaria , pelo menos , uns 30 anos dedicando várias horas por dia – e com certa metodologia – para poder se autoproclamar : JURISTA!

O rapaz ou é gênio ou é um mentiroso!

Grandiosidade Performativa : Submete quatro versões contraditórias de um projeto de lei em cinco dias. Cada versão um grito de “Vejam como sou importante!” Cada vez que recuperei uma confissão de incompetência travestida de “flexibilidade política”.

No remate: “A interpretação do texto foi distorcida estou aberto para ouvir o Governo , se for procurado”!  

A culpa é sempre alheia!

Messianismo Securitário : Ele é o salvador que vai “restaurar a autoridade estatal” e “restabelecer o poder do Estado sobre o território nacional”.

Derrite como Messias da ordem. Que fantasia bufa e criminosa!

Mas — e aqui está o ponto que te trago, leitor — esses traços não são peculiares a Derrite .

Estão sendo  produzidos sistematicamente pela Academia do Barro Branco e aceitos ao longo de toda a pirâmide hierárquica da PM.

Observem os “Pode Cascatas” que invadiram as redes sociais, o papo furado é sempre o mesmo: “eu …eu fiz…eu sou …eu matei …eu o caralho a quatro ” …Um monte de analfabeto falando sobre quem não conhece , sobre aquilo que não sabe e sobre aquilo que nunca fez!

Fazendo “cultura” da autoafirmação vazia.

Que nos mostra como a patologia institucional se espalha para além das academias e casernas contaminando a sociedade civil.

E são as exceções que me confirmarão!

O homem que diz: ‘Dou’ (não dá)”

“Porque quem dá mesmo (não diz)”.

“O homem que diz: ‘Vou’ (não vai)”

“Porque quando foi, já (não quis)”.

“O homem que diz: ‘Sou’ (não é)”

“Porque quem é mesmo é ‘não sou'”.

“O homem que diz: ‘Tô’ (não tá)”

“Porque ninguém tá quando quer”. 

Para os mais jovens e para os poucos preocupados com a cultura: Canto de Ossanha”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes…

Ah, canção proibida para as crentes de rabo quente…rs

O CONTÁGIO DESCENDENTE: Como Oficiais Contaminam as Praças

Aqui está a obscenidade que ninguém nomeia:

Os Oficiais — formados no Barro Branco e outras escolas de Polícia , socializados na hierarquia, estruturados narcisicamente — reproduzem esse padrão com os Praças (soldados, cabos, sargentos).

Ah, mas tem por lá quem toque uma guitarrinha rock and heavy …

Sabem como é , a Natureza é isonômica e também distribui gente fina por todos os cantos…rs

Até os mais solenes ou obscuros !

Contudo , a relação não é de mentoria pedagógica ou acompanhamento humanitário em sentido amplo.

É reprodução de dominação .

Uma praça é subordinada não apenas por razões de ordem legal e regulamentar , mas por estrutura psicológica implantada.

A Polícia Militar é um grande exemplo de panóptico de Bentham !

Opa , o Flit não quer ser metido a intelectual, mas transferindo-se a ideia da torre de vigilância para os dias de hoje é real Big Brother que a tudo vê e escuta!

Ele – os policiais – obedece cegamente porque foi ensinado que desobedecer é morte social e institucional .

Ele internaliza a hierarquia.

Ele incorpora a subordinação.

Ele vive diuturnamente vigiado pelos superiores , pelos colegas , pela população e , recentemente, pelas câmeras corporais  e escutas ambientais instaladas nas Unidades e nas Viaturas.

Ele não é livre para ser Eu Sou! 

Quando um capitão como Derrite vem da ROTA — uma unidade que opera à margem da legalidade, onde a violência não é constrangimento, mas privilégio — é eleito Deputado Federal ; depois assume o comando de uma Secretaria de Segurança seção, as praças absorvem uma mensagem simples e clara: A violência é aceitável quando convém ao superior. A lei é um ornamento. O que importa é matar.

O contágio é multidirecional  e imparável .

Observações empíricas , até por bate-papo de boteco ,  mostram que  considerável parcela dos oficiais da PM apoia estruturas de mando hierárquicas sem nenhuma forma de controle e de mediação democrática.

A participação da sociedade só é bem-vinda se for para donativos !

Obviamente , a maioria dos  oficiais nunca transitam para a política eleitoral : permanecem nas corporações, promovendo-se, transmitindo às praças seus valores narcísicos, suas crenças no “ethos guerreiro”, sua convicção de que a democracia é um luxo que a segurança pública pode não se permitir.

Contudo , parcela relevante , passa boa parte da carreira servil ao poder político almejando um bom cargo “de confiança” quando alcançarem aposentadoria precoce com menos de 55 anos .

Não estou dizendo que todo oficial é um arrivista violento como Derrite .

Estou dizendo que a maioria dos oficiais compartilha em alguma medida a estrutura psíquica de Derrite : narcisismo epistêmico, dificuldade em autocritica , resistência à interação genuína, falta de transparência e complexo de superioridade moral e intelectual sobre civis.

Essa estrutura psíquica se propaga para baixo como infecção.

Uma praça que serve sob um oficial deformado aprende que:

  • Hierarquia é absoluta e não se questiona
  • A autoridade é sempre certa, mesmo quando errada
  • A sociedade civil é inimiga, não é quem lhe criou , formou e lhe paga
  • A violência é uma ferramenta legítima de gestão
  • PM não tem pele , tem farda

Quando essa Praça volta para casa, ele trata a família como seu Praça doméstico. Ele trata os vizinhos como suspeitos ou desordeiros sem respeito pelo seu merecido sono diurno.

Ele trata a comunidade como campo de batalha.

O ARRASTAMENTO AFETIVO: A FAMÍLIA COMO PRIMEIRA VÍTIMA

Aqui está o que ninguém quer escrever nos jornais “sérios”:

Uma Praça que internaliza a cultura militar “de seu capitão” — uma cultura onde a instrução é lei acima da Constituição , onde a obediência cega é virtude, onde o narcisismo institucional é norma — transmite, ainda que inconscientemente , isso para a família .

A esposa da praça vê um homem que chegou da corporação não como protetor, mas como reprodutor de dominação .

Os filhos crescem em ambiente de carências , incertezas e medo diário !

Será que papai vai voltar?

Quando será que “a nossa luz” vai voltar?

Não à toa , a  violência doméstica entre policiais militares é exponencialmente superior à média nacional.

Revelada apenas pelo número de feminicídios e suicídios, pois raramente as vítimas procuram as Delegacias da Mulher ou da Juventude para buscar ajuda .  

Por quê?

Porque a cultura que o militar produz é uma cultura de dominação, não de respeito, de efetiva parceria.

De posição, não de igualdade.

Primeiro nós!  

De subjugação , não de negociação.

O arrastamento afetivo não é metáfora. É patologia propagada.

Relembrando , o melhor do filme Tropa de Elite foi justamente os conflitos íntimos e a desagregação familiar do Capitão Nascimento…Parece que os “cidadão de bem ” só atentaram para a tortura e matança ; pouco se lixando para o desastre do personagem …

Naquele ponto um bundamole acometido por mimimis!

Afinal, síndrome do pânico é coisa de mulher e de viados!

A INSTITUIÇÃO RESISTE À REFORMA

Oferece reformas.

Mudamos critérios psicológicos de seleção.

Exigimos treinamento em direitos humanos. Criamos conselhos de controle externo.

Mas na essência continuamos refratários a quaisquer mudanças com a certeza de nenhuma culpa nos cabe por tudo que aconteceu para pior …

Quando o policial se revela um verdadeiro bandido a culpa é da família e “da sociedade” !

Nada funciona significativamente porque a estrutura psicossocial da instituição permanece intacta.

A Academia do Barro Branco – e outras – continua a formar oficiais que aprendem que a ordem é sagrada , que a obediência é suprema , que questionar é quase uma traição .

E quando esses oficiais chegaram aos postos de comando — como Derrite chegou ao cargo de deputado federal — eles replicaram exatamente o mesmo padrão que internalizaram: autopromoção, narcisismo epistêmico, resistência à colaboração genuína.

Verdadeiramente , já que se trata de “marco legal contra o crime organizado “ , seria inconstitucional o Capitão ter proposto isonomia nacional dos vencimentos das policiais estaduais aos órgãos federais ?

O projetil do rifle é igual para todos , mas a carne do policial estadual continua sendo  a mais barata do mercado , né ?

Seria esperar demais de quem só pensa em si mesmo!

DE DERRITE AO PRAÇA E À SOCIEDADE

Observe a lógica:

  1. Academia forma Derrite com estrutura narcísica, hierárquica, militarizada.
  2. Derrite, como oficial, comanda praças , transmitindo essa estrutura.
  3. As praças internalizam a estrutura , reproduzem-na com famílias , amigos e comunidades.
  4. A sociedade sofre sob uma polícia que não protege, mas domina.
  5. Derrite, ascendendo politicamente , aplicando exatamente idêntica estrutura narcísica à legislação, produzindo projetos de lei contraditórios, deficientes técnicos, e fundamentalmente autoritários.

É um circuito fechado de corrupção institucional .

O narcisismo não é aberração.

É produto.

O autoritarismo não é exceção. É normal.

E o dano colateral — famílias destruídas, comunidades  abandonadas ao crime , democracia enfraquecida — é o preço que pagamos para manter certas culturas institucionais  que deveriam  ter sido abolida há décadas.

A VERDADE” ( que não nos libertará )

Aqui está a verdade que te trago sem rodeios, sem pompa retórica de jurista de araque afetado:

Guilherme Derrite não é uma aberração. Guilherme Derrite é um sucesso da Academia do Barro Branco.

É exatamente o que essa instituição pretende reproduzir: homem capaz de exercer violência sem culpa, pronto para instrumentalizar qualquer estrutura (legislativa, executiva) em prol de seus objetivos pessoais.

A DOENÇA É SISTÊMICA

Não espere reforma. Não espere mudanças significativas.

As Academias  Policiais resistirão .

Os oficiais  e delegados resistirão. As corporações resistirão.

Absolvendo – mesmo em silêncio – e  permitindo que  gente como Derrite ou delegados como Paulo Bilynskyj existam e continuem explorando a nossa ignorância , desonestidade moral e egoísmos .

O que vemos no projeto de lei contraditória, narcísico e deficiente de Derrite não é fraqueza individual.

É força institucional — a força de uma máquina que formou um homem incapaz de interação genuína, incapaz de humildade epistêmica, ou seja ,  incapaz de considerar  que suas limitações excedem enormemente suas competências.

Ao final , uma certeza tem ,  só é menos idiota do que os seus eleitores e admiradores desinteressados!

Jornalista Luiz Vassallo, do Metrópoles, recebe prêmio internacional por investigação contra fraude no INSS 1

O jornalista Luiz Vassallo, do portal Metrópoles, foi agraciado com o Prêmio Latino-Americano de Jornalismo Investigativo (Colpin/IPYS), na edição de 2025.

O reconhecimento, que carrega o nome do jornalista mexicano Javier Valdez, é uma das mais importantes honrarias do jornalismo investigativo na América Latina.

Vassallo foi premiado por sua atuação na série de reportagens “Farra do INSS”, que denunciou esquemas bilionários responsáveis por descontos fraudulentos nos contracheques de milhões de aposentados e pensionistas brasileiros.

O jornalista não se limitou a reprodução de informações de fontes oportunistas.  

A investigação, conduzida por Vassalo e coordenada por Fábio Leite, revelou com provas o  funcionamento de “associações fantasmas” que, por meio de fraudes, obtinham lucros milionários às custas dos direitos dos beneficiários do INSS.

O impacto dos trabalhos jornalísticos de Luís Vassalo teve impacto imediato e decisivo: ao revelar o esquema de fraudes no INSS, ele salvou os rendimentos de milhões de aposentados e pensionistas, impedindo que os cofres públicos continuassem sendo lesados por bilhões de reais em descontos indevidos.

As reportagens do Metrópoles, baseadas em dados oficiais, depoimentos de vítimas e apuração minuciosa, levaram à suspensão imediata dos perversos descontos e à abertura de inquéritos que já resultaram em prisões de quem nenhuma compaixão possui por pessoas hipossuficientes e sem voz .

Além de afastamentos de agentes públicos envolvidos por ação ou omissão aos deveres.

Na esfera judicial, o trabalho de Vassallo serviu de base para a Operação Sem Desconto, que cumpriu mais de 200 mandados de busca e apreensão, além de provocar a demissão de altos cargos do INSS e a instalação de uma CPMI no Congresso.

Com a força das provas , é certo que muitos “figurões” como o advogado Nelson Wilians e outros envolvidos no esquema serão rigorosamente penalizados, reforçando o papel do jornalismo investigativo como instrumento essencial para a justiça e a transparência nas instituições brasileiras.

A atuação investigativa de Vassallo , em outro caso , foi objeto de retaliação, quando um ex-diretor do DEIC utilizou a estrutura policial para tentar silenciar e retaliar o jornalista.

Episódio que expôs a vulnerabilidade enfrentada por profissionais que denunciam corrupção e violações de direitos, reforçando a importância da liberdade de imprensa e da resistência diante de pressões características do corporativismo mafioso que mancha muitas Instituições.

O jornalismo de Vassallo, inspirado por referências internacionais como Javier Valdez, confirma seu papel fundamental na defesa dos direitos dos cidadãos e na ampliação da transparência nas instituições brasileiras.

Cumprindo destacar que , Javier Valdez Cárdenas, cuja trajetória ainda é pouco conhecida do público brasileiro, foi um dos jornalistas mais respeitados do México, dedicando sua vida a cobrir a violência causada pelo narcotráfico no estado de Sinaloa.

Fundador do jornal Ríodoce e correspondente do La Jornada, Valdez conquistou reconhecimento internacional por sua coragem ao denunciar a atuação dos cartéis e os impactos sociais do crime organizado.

Sua obra, composta por livros e reportagens emblemáticas, deu voz às vítimas da violência e solidificou seu compromisso com a verdade, mesmo diante de constantes ameaças.

Assassinado em 2017, Javier Valdez tornou-se símbolo global da luta pela liberdade de imprensa e inspira prêmios que celebram a coragem e a resistência no jornalismo investigativo.

O blog FLIT PARALISANTE parabeniza e reitera apoio integral ao trabalho de Luís Vassallo, destacando a importância do jornalismo investigativo e da pluralidade de vozes que o Metrópoles defende, mesmo frente a tentativas de censura.

A Cartilha Caminho Suave do Ódio: O Vídeo Racista que a FISESP Chamou de “Aula” 2

O vídeo “Isso é exatamente o que acontece em Israel”, divulgado publicamente  pela Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP) em 2014, configura uma grave violação ao ordenamento jurídico brasileiro, à promoção da discriminação étnico-racial, incitando, de forma permanente e continuada , o preconceito e violando, entre outras normas legais e morais , os direitos fundamentais das crianças, em claro descumprimento da Lei nº 7.716/1989, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/1990, e do Código de Defesa do Consumidor (CDC), especialmente por sua natureza institucional e ambiental declarada.

A representação caricaturizada do conflito israelo-palestino, que opõe um menino judeu alto, loiro e forte a um menino palestino pequeno e de pele mais escura, estabelece uma posição de valores baseada em traços físicos e étnicos, configurando racismo simbólico e discurso de ódio, proibidos pelo art. 20 da Lei 7.716/1989, que tipifica como crime a prática de atos que incitam a discriminação por raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

A mensagem final :  “O mundo não é o ensino fundamental.”

O às vezes, você só tem que se defender  legitima a violência desproporcional  ; ferindo o art. 287 do Código Penal, que pune a apologia à prática de crimes.

Violação ao ECA e aos Direitos das Crianças

A narrativa do vídeo, ambientada em um contexto escolar,  infringe o princípio da proteção integral previsto no art. 227 da Constituição Federal e no art. 2º do ECA, que asseguram à criança e ao adolescente o direito à vida, à saúde, à educação, à convivência familiar e comunitária, e à dignidade como pessoa humana em desenvolvimento.

A estigmatização do personagem palestino, retratado como agressor e manipulador, e o caráter puro e passivo do menino judeu, que reage com violência somente após ser “ injustamente provocado”, reforçam estereótipos étnicos que podem gerar danos psicossociais a crianças de origem árabe e islâmica no Brasil, em frente ao art. 15 do ECA, que assegura o respeito à dignidade e ao direito à convivência familiar livre de preconceitos.

Além disso, a omissão dos professores e colegas diante das provocações normaliza a cumplicidade com a violência sistemática, o que contraria o dever do Estado de garantir um ambiente escolar seguro e inclusivo.

Responsabilidade Institucional e Omissão do Ministério Público

A FISESP, como entidade representativa, possui responsabilidade social e legal pelo conteúdo que divulga, especialmente quando este é rotulado como “didático” e tem por público-alvo jovens e crianças.

A permanência do vídeo no YouTube, com mais de 20 mil visualizações, e sua ausência de restrição etária, evidenciam a negligência das plataformas digitais e das autoridades reguladoras, mas, mais grave ainda, a missão do Ministério Público, que detém a legitimidade para ajudar ações civis públicas por danos morais coletivos à luz do art. 82 do ECA e da Lei 7.347/1985.

A ausência de investigação ou medidas de remoção ou advertência frente a um conteúdo que estimula a discriminação e a violência étnica denota uma falha institucional grave, que contrariaria o papel do MP como defensor dos direitos fundamentais, especialmente dos grupos vulneráveis.

A Lei 12.594/2012, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), reforça a necessidade de proteção da infância contra conteúdos que promovam a exclusão e a intolerância, ou que não tenham sido cumpridos.

Destacamos que , apesar da representação do menino judeu como fisicamente superior e intelectualmente privilegiado, o vídeo não o mostra buscando o diálogo, a mediação ou a resolução por  conciliação diante das provocações do menino palestino, reforçando uma cultura de violência como única resposta legítima.

Sua reação  é impulsivamente  violenta , sendo contida apenas por intervenções externas — colegas e professores — que impedem a consumação da agressão, mas não promovem qualquer reflexão ética ou alternativa não violenta.

Essa narrativa, longe de educar para a paz, ensina que a força é a única linguagem válida quando se detém superioridade física, o que contraria frontalmente os princípios pedagógicos do ECA e da Lei 10.639/2003, que excluem o combate ao racismo e a promoção da convivência democrática. A ausência de mediação escolar efetiva e a glorificação da ocorrência violenta como “defesa” normalizam a intimidação e deslegitimam o diálogo, valores incompatíveis com a educação em direitos humanos e a formação cidadã válida pelo ordenamento jurídico brasileiro.

Descumprimento das Normas de Publicidade e Direitos Humanos

A produção do vídeo, embora não comercial, constitui uma propaganda institucional com fins de persuasão ideológica, sujeitando-se, portanto, às normas do CDC, que proíbe a publicidade discriminatória, abusiva ou que explora preconceitos. A associação entre cor de pele, origem e comportamento hostil viola o art. 37, §2º, do CDC, que assegura o direito dos consumidores a uma publicidade socialmente responsável.

A persistência desse conteúdo, sem qualquer sanção ou contenção, expõe a fragilidade das políticas públicas de combate ao racismo e à islamofobia no Brasil, especialmente em um contexto de crescente perseguição a minorias religiosas.

A Lei 10.639/2003 e a Lei 11.645/2008, que tornam obrigatório o ensino da história africana e indígena, reforçam o dever do Estado de promover a educação inclusiva, um compromisso que é contradito pela inação frente a materiais como o aplicado.

A metáfora escolar do   vídeo “Isso é exatamente o que acontece em Israel” não atenua, mas, ao contrário, aprofunda sua gravidade jurídica, pois instrumentaliza o ambiente educacional para veicular uma mensagem de doutrina que deslegitima o diálogo e naturaliza a supremacia e a violência como respostas únicas a conflitos.

A transferência do conflito israelo-palestino para um cenário  escolar  com crianças representando papéis étnicos estereotipados, configura uma forma disfarçada de incitação ao preconceito, que aproveita a inocência do contexto escolar para fixar narrativas de dominação em jovens, especialmente em infantes e adolescentes judeus de colégios de elite no Brasil, onde a FISESP tem forte influência.

Obviamente, onde não há palestinos matriculados .  

Esse mecanismo, longe de promover o entendimento, opera como uma ferramenta de doutrinação ideológica, que ensina a identidade judaica como inerentemente vítima e, portanto, legitimamente reativa, em oposição a um “outro” demonizado, de pele mais escura e comportamento hostil.

Vislumbrando-se racismo…

Racismo…

Puro racismo de euro-judeus!

Estranhamente , em 2014 o Gonzo Flit não identificou crime nesse vídeo e ainda comparou os palestinos a criminosos que atacavam policiais.

E tenho muita vergonha do nosso  pensamento retrógrado , talvez estivéssemos intoxicados pela literatura do Holocausto e das Escrituras que conferem propriedade vitalícia  

A embriaguez sóbria de quem se deixa convencer pela paixão e compaixão .

Breno Altman identificou a fraude na época : https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/federacao-israelita-de-sp-publica-animacao-para-justificar-ataque-de-israel-a-gaza/

Absurdamente, ele é perseguido por essas associações e pelo Ministério Público .

Advertência: É crucial evitar generalizações.

A comunidade judaica, tanto no Brasil em Israel e mundo afora , é diversa e plural, com uma vasta gama de opiniões políticas, religiosas e educacionais.

A maioria das escolas e famílias judaicas enfatizam valores de paz, justiça social , estudo crítico e coexistência.

O vídeo representa uma visão específica de uma elite euro-judaica com pensamento alheio ao judaísmo.

A FISESP, na época da produção do vídeo, escolheu disseminar uma narrativa particular que justifica ações israelenses através de uma analogia simplista e problemática.

Este material foi usado em certos contextos para doutrinação de crianças e jovens sobre o conflito, apresentando-lhes uma única perspectiva como a verdade absoluta.

A percepção do Flit Paralisante hoje: o vídeo beira o racismo, e segundo a nossa experiência como ex-delegado , com algum conhecimento de técnicas de contra- informação ( ou “inteligência” ) , trata-se de propaganda de guerra !

E não se trata de mero detalhe biográfico: é um atestado operacional.

A Farsa do Advogado Eli Cohen: Extorsão e a Mancha Indevida na Honra do Delegado Roberto Monteiro Junior 6

O portal Poder360 publicou, em 14 de outubro de 2025, reportagem com base em gravação vazada envolvendo Eli Cohen, pivô da CPMI do INSS, na qual ele acusa o delegado Roberto Monteiro Junior de atuar como intermediário em acertos ilegais para beneficiário do empresário Maurício Camisotti. Essas alegações, amplamente divulgadas e já objeto de procedimento disciplinar pela Corregedoria Geral da Polícia Civil , formam o contexto imediato para a análise que se segue:

Como a Farsa do Advogado Eli Cohen Tenta Encobrir Crime de Extorsão Usando o Nome de um Policial Honrado

O delegado Roberto Monteiro de Andrade Junior é vítima de uma montagem orquestrada por Eli Cohen, cujas próprias palavras, em gravação providencialmente vazada, revelam não apenas uma tentativa de extorsão contra o empresário Maurício Camisotti, mas também a encenação de uma narrativa falsa que envolve indevidamente o nome do delegado como intermediário de um suposto pagamento de R$ 7 milhões.

Uma análise do áudio, periciada e confirmando-se a autenticidade da voz de Cohen, demonstra que o pivô da CPMI do INSS não é atuante como colaborador de justiça, mas como um operador de extorsões que buscava lucrar com a investigação.

A gravação não é um registro de delação, mas um artefato de negociação, no qual Cohen construiu um roteiro onde Monteiro é inserido como peça estratégica para dar uma alternativa ao esquema de silêncio que tentava vender.​

Cohen, além de macular a honra de Roberto Monteiro, compromete toda a estrutura da Polícia Civil de São Paulo, nomeando indevidamente o DEIC e o DPPC como partícipes de um suposto esquema de corrupção.

A narrativa de Cohen é claramente voltada para a produção de um cenário de corrupção de alto escalão , onde a menção a um delegado de classe especial com passagens por divisões estratégicas da Polícia Civil e pela chefia do Centro Seccional servem para inflar o valor da “proteção” oferecida.

Em um trecho da conversa, Cohen afirma que Danilo Trento, intermediário do esquema, teria dito que o pagamento de R$ 7 milhões foi feito “nas mãos do delegado”, mas imediatamente registra que o dinheiro nunca chegou a ele ( Cohen ) , induzindo  que a extorsão foi montada por Trento sem seu consentimento.

No popular: Cohen quer se passar como se tivesse sido vendido !

Essa contradição não é um erro casual, mas a confissão implícita de que a acusação contra Monteiro foi parte de um teatro montado para justificar a cobrança de Camisotti, que já havia processado Cohen por tentativa de extorsão no passado; ação que foi arquivada, mas que atesta o padrão de conduta do advogado.​

Ainda mais revelador é o comentário do policial aposentado Mauro Baccan, interlocutor de Cohen na gravação, que define com precisão – sob a ótica do extorquido –  a natureza do ato: “Extorsão qualificada: paguei o cara e o cara me fodeu”.

Esse diagnóstico, ainda que descabido , feito por um dos participantes da conversa, expõe o cerne da manobra: Cohen não apenas tentou vender seu silêncio, mas foi – supostamente – enganado por Danilo Trento, que embolsou o valor sem repassar nada ao advogado.

Acredite quem quiser , mas ser intermediário de R$ 7.000.000,00 é algo delirante.

A indignação de Cohen não é moral, mas financeira; ele se sente prejudicado por não ter recebido o dinheiro, não por ter participado de um esquema ilegal.

Nesse contexto, reitera-se : a menção ao delegado Monteiro não passa de um recurso retórico para explicar a suposta entrega do pagamento, tornando a história mais crível aos olhos de Camisotti e de seus parceiros.

A esposa de Monteiro, Giovanna Santos Monteiro de Andrade, também foi injustamente maculada  como suposta beneficiária de R$ 200 mil mensais da empresa de Camisotti, embora  o empresário tenha negado ao Portal 360 qualquer relação contratual com a SPS Manager, empresa, como é de conhecimento público, por ela administrada.

A ausência de qualquer documento, contrato ou pagamento financeiro que corrobore essa alegação reforça o caráter de violência e falsa da acusação.

Mas o abalo moral foi instalado causando dissabores e danos para o casal.

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil, cumprindo dever legal, instaurou um procedimento disciplinar para apurar as declarações de Cohen, não obstante a falta de credibilidade do advogado.​

Cuja verborragia exaltada é típica de falseadores da verdade e estelionatários.  

Portanto, longe de ser um agente corrupto, Roberto Monteiro Junior é uma vítima colateral de um esquema de extorsão orquestrado por Eli Cohen, que usou seu nome como moeda de troca em uma negociação criminosa.

A gravação, longe de incriminá-lo, mostra a fragilidade e a má-fé do próprio Cohen, que, pelas suas palavras, demonstra ser um extorsionário frustrado ou “banhado”, conforme as palavras do ex-policial que participou das conversas gravadas.

Nossa solidariedade ao Dr. Roberto Monteiro; aqui não se trata de fazer a sua defesa ou de tentar refutar o caluniador, mas de expor a farsa que a sustenta.

Roberto Monteiro Junior não é apenas um nome em um caso investigativo, mas uma figura de longa trajetória, respeito e dedicação à Polícia Civil de São Paulo.

Conheço seu caráter, sua seriedade ética e seu compromisso com a instituição policial ao longo de décadas de serviço público.

Sua trajetória, filha de uma tradição familiar de servidores públicos, foi construída com transparência, competência e coragem , e é com essa verdade que reafirmamos nossa solidariedade e confiança em sua integridade diante das graves acusações que lhe são atribuídas por criminosos confessos movidos por interesses obscuros.

Robertocguerra

“Lei Orgânica da Perícia” ? : promessa de unidade da Polícia Civil , mas fragmentação consentida — Delegado analisa lacunas, contradições e o risco de burocratização da investigação policial 7

Lei orgânica nacional das polícias civis e unidades técnico–científicas: O problema da estruturação dividida

Eduardo Luiz Santos Cabette

Entre leis e anacronismos, o texto denuncia a fragmentação da perícia e da Polícia Civil, revelando que a separação institucional gera mais ruído do que Justiça.

13/10/2025

O art. 15 da lei orgânica1 prossegue numa indevida abertura para que as unidades técnico-científicas possam não integrar os quadros da Polícia Civil. Essa sanha em prol da incensação de uma separação baseada em um anacronismo e no politicamente correto se inicia no art. 6º., inciso IV da lei sob comento, onde já se destaca a perda da oportunidade de acabar com essa divisão absurda. Ali já se fazia referência à possibilidade de que as unidades técnico-científicas estivessem ou não nos quadros da Polícia Civil, acoroçoando o erro perpetrado por alguns entes federativos.

A lei orgânica nacional estabelece que a organização e execução da atividade de perícia oficial (criminalística e médico–legal) cabe às Polícias Civis, devendo ser dirigida, portanto, por um delegado de polícia.

Acontece que várias unidades federativas promoveram à separação, a nosso ver indevida, entre os órgãos de perícia (Instituto de Criminalística e IML) e a Polícia Civil, criando Superintendências de Polícia Científica independentes. Essas criações são fruto de nada mais que um anacronismo. O retorno a um período histórico em que várias instituições e não só a Polícia Civil foram instrumentalizadas em prol de um regime autoritário. Fosse assim, então deveria haver a extinção das Forças Armadas, do Ministério Público, do Judiciário, da própria Polícia Científica, da Polícia Militar etc., criando-se em seus lugares outras instituições, na verdade, as mesmas com outros nomes, já que o nominalismo mágico é a marca registrada desses tempos politicamente corretos.

A separação entre a Polícia Civil e os órgãos de perícia somente tem gerado conflitos e uma administração não condizente com as necessidades de urgência e ininterrupção de atendimentos. Um exemplo: o IC de São Paulo cria norma que diz que os peritos não devem atender locais de furto qualificado à noite, como se vivêssemos em séculos nos quais não existia energia elétrica ou lanternas! Nada mais do que comodidade sem consideração pelas vítimas que passam noites com as casas arrombadas e determinação para não alterarem o local, o que certamente é desobedecido, não sem razão, fazendo perderem-se provas e indícios. Esse é apenas um exemplo do desgoverno que ocorre com a indevida separação da perícia, a qual tem de ajustar-se às necessidades da investigação e não a investigação às suas pretensas necessidades.

Acabou acontecendo que a lei orgânica nacional, para respeitar essas medidas simbólicas ridiculamente anacrônicas das unidades federativas, em respeito à autonomia estadual e distrital, manteve de forma extremamente débil a regra da união entre a Polícia Civil e os órgãos periciais, mas deixou em aberto a possibilidade de que, nos Estados em que essa separação absurda se procedeu, isso possa ser mantido. É o que se dessume tanto da disposição ao art. 6º., inciso IV quanto daquela do art. 15, que trata especificamente das unidades técnico-científicas.

O correto seria por cobro a esse equívoco, estabelecendo uma regra geral para o país e obrigando as unidades federadas a rever seus posicionamentos. Não foi esse o caminho escolhido pelo legislador. Portanto, caberá a cada unidade federativa deliberar pela manutenção ou não dessa separação, já que a lei federal não determina sua necessária adoção. Ao contrário, claramente estabelece uma regra e uma condição excepcional. Não obstante, infelizmente, como se verá, o mais certo de acontecer é que se reforce a separação.

Note-se que o art. 15, “caput” determina que a indicação dos “chefes” das unidades técnico-científicas caberá ao delegado Geral de polícia, mas isso somente se o órgão central de perícia oficial estiver integrado na estrutura da Polícia Civil. Caso contrário, certamente se seguirão os modelos de superintendências independentes subordinadas diretamente às Secretarias de Segurança Pública, situação em que a nomeação de chefias se dará pelo respectivo Secretário de Segurança Pública. 

Essas unidades técnico-científicas estabelecidas pela lei em rol não taxativo e responsáveis pela perícia oficial criminal (§ 1º., do art. 15), são as seguintes:

I – Instituto de Criminalística;

II – Instituto de Medicina Legal; e

III – Instituto de Identificação.

A coordenação do Instituto de Criminalística, do Instituto de Medicina Legal e do Instituto de Identificação, de acordo com o § 2º., do art. 15, cabe a peritos oficiais criminais das respectivas áreas que estejam na ativa e ocupem classe mais elevada na carreira. Significa dizer que mesmo onde a estrutura da Polícia Civil abranger as unidades técnico-científicas, as “chefias” ou “coordenações”, cargos de direção, deverão recair sobre peritos e não delegados. Esse é um grave problema porque se um órgão é da estrutura da polícia civil somente pode ser dirigido por delegados de polícia de carreira (inteligência do art. 144, § 4º.,CF). A inconstitucionalidade patente dessa situação praticamente força as unidades federativas a proceder à separação entre os órgãos técnico-científicos e a Polícia Civil.

Quanto ao Departamento de Identificação Civil, constata-se que embora a lei diga que o delegado Geral deve nomear um “policial civil” para sua coordenação, essa nomeação é constitucionalmente vinculada, somente podendo recair sobre delegado de Polícia de Carreira, exatamente nos termos do art. 144, § 4º., CF c/c art. 12, § 4º. da lei 14.735/23.

Aqui pode ocorrer uma confusão entre o disposto no art. 12, § 4º. e o art. 15, inciso  III e § 2º. da lei orgânica nacional. No primeiro mencionado a lei se refere a “policial civil” (leia-se delegado de polícia); no segundo a perito oficial criminal. Não estaria ocorrendo uma contradição com relação ao órgão de identificação. A resposta é negativa.

Há que diferenciar Departamento de Identificação Civil de Instituto de Identificação.

A distinção entre Departamento de Identificação Civil e Instituto de Identificação encontra-se especialmente na sua amplitude e funções no bojo da segurança pública. O Departamento de Identificação Civil tem atribuição de identificação civil das pessoas, expedição de documentos de identidade (v.g. RG) e gerenciamento do cadastro civil, compondo as “unidades de execução da polícia civil”. Por seu turno, o Instituto de Identificação é uma unidade da Polícia Civil ou autônoma (“unidade técnico-científica”) que tem por finalidade a identificação criminal, análise de vestígios, coleta de impressões digitais e elaboração de laudos periciais para auxiliar em investigações criminais. 

Portanto, enquanto o Departamento de Identificação Civil é um órgão eminentemente administrativo e necessariamente afeto à estrutura da Polícia Civil, o Instituto de Identificação é uma unidade técnico – científica voltada especificamente para a identificação criminal, que pode ou não compor a estrutura policial civil. Isso enseja a possibilidade de que as regulamentações legais de sua direção possam diferir na legislação.

Em casos como o Estado de São Paulo onde o IIRGD2 abarca tanto os trabalhos de identificação civil como criminal, haverá de ocorrer uma separação para a adequação à legislação federal.

Todas essas dificuldades poderiam ser evitadas se a lei orgânica nacional simplesmente tivesse imposto a incorporação das unidades técnico-científicas obrigatoriamente na estrutura da polícia civil com direção de delegados de polícia. No entanto, não o fez, cedendo ao anacronismo e ao politicamente correto, de modo que a tendência nos parece ser a separação até mesmo naquelas unidades federativas onde isso ainda não aconteceu.

Tanto é fato que já em seu § 3º., o art. 15 da lei orgânica nacional deixa evidenciado que as Polícias Civis em geral serão diversas das unidades técnico-científicas, estabelecendo que quando assim for, poderão ter acesso a seus bancos de dados, mas mediante “requisição fundamentada”. Nada mais óbvio do que se fossem órgãos da estrutura da Policia Civil qualquer acesso a dados seria direto e imediato, o que, aliás, seria algo de extrema relevância, agilização e eficácia para as investigações criminais.

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1 Art. 15. Constituem unidades técnico-científicas da polícia civil as unidades responsáveis pela perícia oficial criminal, nos casos em que o órgão central de perícia oficial de natureza criminal estiver integrado em sua estrutura, cujos chefes devem ser designados pelo Delegado-Geral de Polícia Civil, dentre outras:

I – Instituto de Criminalística;

II – Instituto de Medicina Legal; e

III – Instituto de Identificação.

§ 1º As unidades técnico-científicas são responsáveis pelas atividades de perícia oficial de natureza criminal e técnico-científicas relativas às ciências forenses.

§ 2º Os Institutos de Criminalística, de Medicina Legal e de Identificação devem ser coordenados por peritos oficiais criminais das respectivas áreas que estejam na ativa e sejam da classe mais elevada.

§ 3º Fica garantido, mediante requisição fundamentada, o livre acesso das polícias civis aos bancos de dados de unidades técnico-científicas não integradas à instituição.

2 Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.Eduardo Luiz Santos Cabette

Eduardo Luiz Santos Cabette
Delegado de Polícia Aposentado, Mestre em Direito Social, Pós – graduado em Direito Penal e Criminologia e Professor de Direito Penal, Processo Penal, Medicina Legal, Criminologia e Legislação Penal e Processual Penal Especial em graduação, pós – graduação e cursos preparatórios.

https://www.migalhas.com.br/amp/depeso/442041/estruturacao-da-lei-das-policias-civis-e-unidades-tecnico-cientificas

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Comentários do Flit Paralisante:

A Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis (Lei nº 14.735/2023) estabelece um marco legal para padronizar a estrutura e as funções das polícias civis em todo o Brasil, reforçando sua autonomia, tecnicidade e direção por delegados de carreira. No entanto, o seu artigo 15 contém uma contradição crítica: embora determine que as unidades técnico-científicas — como os institutos de criminalística, medicina legal e identificação — devam integrar a Polícia Civil e ter os seus chefes nomeados pelo delegado-geral, permitem que os estados que já as separaram mantenham essa autonomia.​

Essa brecha legal consolida uma fragmentação funcional prejudicial.

Ao permitir órgãos independentes de perícia, subordinadas diretamente às secretarias de segurança, a lei estimula decisões burocráticas que desconsideram a urgência investigativa, como a recusa de atendimento noturno em locais de crime.

Além disso, o § 2º do art. 15 exige que a coordenação desses institutos recaia sobre peritos, não delegados, o que colide com o art. 144, § 4º, da Constituição Federal, que reserva a direção da Polícia Civil a delegados de carreira.​

Outro ponto crucial é a distinção entre o Departamento de Identificação Civil , obrigatoriamente subordinado à Polícia Civil e dirigido por delegado, e o Instituto de Identificação , unidade tecnico-científica que pode ser autônoma e coordenada por peritos.

Em estados como São Paulo, onde o IIRGD acumula ambas as funções, há necessidade de desmembramento para conformidade com a lei.​

Por fim, o § 3º do art. 15 determina que, quando as unidades periciais não forem integradas, o acesso da Polícia Civil aos seus bancos de dados dependerá de requisição fundamentada , criando entraves operacionais que dificultam a agilidade e eficácia das investigações.

Em vez de impor a integração nacional de perícia à Polícia Civil, a lei federal cede ao anacronismo político e ao “nominalismo mágico” ( Polícia Científica ) , fortalecendo um modelo descentralizado que gera ineficiência, conflitos institucionais e perda de provas.​

Com efeito, a Lei Orgânica Nacional desperdiçou a oportunidade de unificar, de forma vinculante, a perícia à Polícia Civil em todo o território brasileiro.

Ao aceitar a fragmentação estadual como exceção, acabou estimulando uma regra.

O resultado é um sistema descoordenado, onde a produção de perícias dependerá de negociações institucionais, e não de uma cadeia de comando clara e funcional.

A tendência, como alerta o autor, é que mais estados adotem a separação, agravando o cenário de ineficiência e desgoverno técnico.

Tarcísio , enfia o fingido pedido de desculpas de Crocodilo no meio do olho 6

Acabei de ver a matéria do Fantástico sobre uma jovem que perdeu a visão para sempre por beber uma bebida adulterada com metanol, e só consigo pensar numa coisa: Tarcísio de Freitas é um político desalmado, da mesma laia do seu padrinho Bolsonaro.

Enquanto as pessoas cegam, entram em coma e morrem, o governador de São Paulo solta uma piada de mau gosto: “só vou me preocupar quando começarem a falsificar Coca-Cola”.

Como se a vida de quem bebeu um coquetel letal, com até 45% de metanol, fosse um nada.

Como se cegueira, morte e sofrimento fossem previsíveis .

Culpou as vítimas por beberem , assim como Bolsonaro culpou os mortos pelo Covid.

Depois da repercussão, veio o vídeo das desculpas.

Um “errei”, um pedido de perdão de um crocodilo.

Mas desculpas não devolvem a visão de quem perdeu a luz.

Não ressuscitam mortos.

Não apaga o desprezo com que ele tratou a tragédia.

Ainda que tenha negado envolvimentos do PCC, alegando que  para o crime organizado não seria lucrativo, o que se viu foi um governo incompetente, descolado da realidade e incapaz de perceber que governar não é gracejar do sofrimento alheio.

Tarcísio pode até pedir desculpas, mas nada apaga  a verdade revelada pelas suas palavras.

Lhe falta  empatia.

Temos  um governador que, diante de uma crise,  ri.

Não chora.

Não luta.

Tarcísio, enfia o teu fingido pedido de desculpas no meio do olho (censurado ) é a voz de gente  que perdeu a paciência com governantes que riem enquanto o povo sofre.

Não é apenas um xingamento de carioca em bom carioquês.

É um grito de indignação de quem exige que governar seja, acima de tudo, cuidar.

E Tarcísio, com sua fala sincera mostrou que não está nem aí nem aqui.

Não é com ele!

Canalha…

Simplesmente , canalha!

Erro, o caralho…

O caralho!

No caso do governador, uma frase dessa natureza, dita em plena crise de intoxicações por metanol, não foi um mero erro de comunicação, mas a manifestação de sua postura indiferente – típica de militares desprovidos de empatia – diante do sofrimento alheio : um desdém real, a prova da empatia ausente e exteriorização do seu latente desprezo pela vida dos seus eleitores.

Análise laboratorial de bebidas sob suspeita de metanol em SP exige rigor, diz o Dr. Mauro Renault – Perito do Instituto de Criminalística da Polícia Civil

Diretor do Núcleo de Química do Instituto de Criminalística explica que a perícia envolve verificação de embalagens e exame laboratorial detalhado; prazo para conclusão não é definido, mesmo com aumento de casos e vítimas

Uma onda de casos de intoxicação por metanol em São Paulo transformou a rotina do Instituto de Criminalística da Polícia Civil em uma verdadeira maratona de periciamento.

O processo de análise das centenas de garrafas apreendidas em bares e distribuidoras interditadas é complexo, detalhado e, sobretudo, sem previsão de encerramento.

O laudo final, documento aguardado por famílias, autoridades de diversas esferas e vítimas para confirmar ou não a presença de substância letal, depende de uma sequência de etapas meticulosas conduzidas por especialistas e equipamentos de última geração.

Nas etapas da perícia, segundo o diretor do Núcleo de Química do Instituto de Criminalística, Dr. Mauro Renault, são claramente definidas e não permitem atalhos:

  • Documentoscopia: O primeiro passo é verificar a apreensão das garrafas. Peritos examinam selos, rótulos, lacres e restrições, em busca de sinais de adulteração ou falsificação, usando tanto a observação a olho nu quanto às lentes especiais.
  • Núcleo de Química: Após a triagem inicial, o material segue para o laboratório, onde o líquido é transferido para frascos, centrifugado e submetido a análise em equipamentos sofisticados. Os programas computacionais identificam todas as substâncias presentes, suas concentrações e estão dentro das restrições legais. Só então é possível detectar a presença de metanol e sua quantidade.
  • Laudo final: A confirmação definitiva só ocorre ao final desse processo. Até lá, não há como afirmar se há ou não metanol em cada amostra, nem em qual concentração. O resultado é encaminhado ao Delegado de Polícia para subsidiar as investigações.

Não há prazo fixado em lei para conclusão dos laudos . Eles dependem da demanda, da complexidade das amostras e das prioridades da perícia. Em meio à urgência dos casos de intoxicação, a pressão por respostas é grande, mas o Instituto de Criminalística insiste: não é possível agilizar o processo sem comprometer a segurança dos resultados.

Casos em SP: aumento das notificações e vítimas

Segundo a Secretaria estadual da Saúde, o número de notificações suspeitas de intoxicação por metanol subiu de 45 para 52 na quinta-feira, 3 de outubro, incluindo casos investigados e mortes. Até o momento, 1 morte foi confirmada como decorrente do consumo de bebida adulterada com metanol (homem, 54 anos, capital paulista) e outras cinco permaneceram sob investigação. Há 10 casos confirmados de intoxicação e 36 ainda em análise.

Histórias de vidas impactadas

Por trás dos números, histórias de perdas e sofrimento: vítimas como Radharani Domingos, que perdeu a visão após consumir caipirinhas em estabelecimento nobre, Rafael Anjos Martins, internado em coma desde setembro, Bruna Araújo de Souza, em estado grave, e Marcelo Lombardi, morto após consumir vodca adulterada, ilustram o perigoso rastro deixado pelo metanol — uma substância inicialmente inodora, insípida e incolor, mas que devastou famílias inteiras.

Equipe de perícia sob pressão

Enquanto aguardam os laudos, as equipes do Instituto de Criminalística reforçam uma necessidade de cautela:

“Precisa verificar se tem o metanol e a quantidade, ou seja, verifique se a composição está no limite do metanol. Pode ser que a amostra não tenha metanol. O resultado só sai no laudo”, resume o Dr. Renault.

Enquanto a perícia segue seu curso, a recomendação à população é evitar o consumo de bebidas alcoólicas sem origem induvidosa.

Especialmente “drinks” em casas de luxo ou “batidões” em barraca de praia.

Promotores, procuradores e delegados: nobres do palácio, párias nos luxos e isonômicos no mau cheiro! 5


Um olhar gonzo para a falta de “ubiquação” das castas que sonham (e espumam) com carros importados ,  bônus milionários  e ficam nos pés, de nariz colado na vitrine do vizinho, chorando isonomia.

Sob inspiração de bombástica matéria publicada no Portal Metrópoles de autoria de Luiz VassalloRamiro Brites.

Vamos falar de carreira que no WhatsApp defendem penduricalhos, ironizam outros servidores e reclamam de carrões de juízes.

Do que é viver com o senso de império na cabeça, mas sem o império no lugar.

No MPSP, nas delegacias e outros gabinetes da elite “jurídica” , a “ubicatión” — que no portunhol castiço significa “sentimento de pertencimento ao lugar certo” — é escassa, e a falta dela é o grande drama da classe.

Também pode significar sentimento de onipotência , grandeza e até pejorativamente como falta de inteligência !

Será trauma institucional dos tempos – até 1988 – em que o Juiz poderia nomear “promotor ad hoc”?

Há muitos anos , tudo virou competição: “quem é mais nobre?”; “quem não é plebeu?”; “quem não está do lado de lá da vitrine?”.

No MPSP, o grupo “Equiparação Já” grita por isonomia!

Mesmo choro; desde antes da “Carta de Curitiba ( 1986 )“…  

No fundo, destilando antiga inveja raivosa; agora de juiz com carro esportivo alemão e inveja de desembargador com coleção de apartamentos.

“Você já passeou de Porsche hoje?”, esbanja ironia um procurador.

Logo no parágrafo seguinte, reclama: “A diferença entre nós e os desembargadores não é eventual, é estrutural. Agora, estamos em uma classe social inferior.”

Os diálogos são ouro para uma crônica cáustica.

Uma procuradora indigna-se:

“Inacreditável! Um conhecido meu, juiz, acabou de comprar o terceiro carro de colecionador!

Mais de um milhão só em carros de colecionadores para ficar na garagem e sair só final de semana!”.

Um amigo meu – Desembargador aposentado – manda biejinhos nos ombros para a invejosa!

E, enquanto isso, outros membros do MP vociferam por “equiparação”, prêmios, bônus, penduricalhos e o “direito a pagar as contas” — claro, com um salário que, para o resto da sociedade, já é digno de aposentadoria precoce em Lisboa.  

Aqui, a isonomia funciona só para puxar o tapete lá de baixo ; nunca para estender a mão.

A categoria em si é unida na angústia de ser “classe média alta funcional”, mas é rara na defesa do serviço público para além do próprio salário.

Quando alguém contesta, é chamado de “mesquinho”, “ingênuo”, “inimigo da classe”, “idealista” ; em vez de exemplo , uma aberração!

O “burro” é quem não quer receber o penduricalho, o “espertinho” é quem milita pela “equiparação” ;  enquanto ela – a coletividade , a razão do serviço, a coisa pública em si – ficou no banco da reserva, à espera do momento em que alguém, por esquecimento, abrir a porta e deixar entrar ar fresco.

O “burro” certamente já vislumbrou que o fim da matata está próximo!

Promotores , procuradores e delegados parecem viver uma cena digna de Kafka ou de uma propaganda de rádio do Eli Corrêa : ambos clamam por “isonomia”.

“Oiiii gennnte! 

Penso que , em vez do inseto gigante de a Metamorfose , estão muito mais para as moscas da feira …

Em “Assim Falou Zaratustra”, de Nietzsche, as “moscas da feira” (ou “moscas venenosas”) representam as pessoas mesquinhas, pequenas e venenosas que se sentem ofendidas pela grandeza e o orgulho de quem está acima delas.

No caso, há isonomia na falta de “ubiquação” — ou, em português claro, ambos sentem falta de reconhecimento, de status, de respeito. Não querem só dinheiro, querem ser vistos, querem ser aplaudidos, querem sentar-se na primeira fila do baile — de preferência, ao lado dos magistrados, seus ídolos inacessíveis.

Mas, entre um café requentado na delegacia e uma reunião importante no MP, um detalhe passa despercebido: promotores e delegados são, de fato, isonômicos .

Só que na falta de percepção da sua verdadeira realidade!

O  sentimento de pertencimento, de estar no lugar certo, de ser reconhecido , falta tanto para o promotor, que sonha com o Porsche do juiz, quanto para o delegado, que sonha, “quando sonha” , com o salário do promotor.

Enquanto isso, a população assiste ao espetáculo com cara de quem tomará um  Flit Paralisante qualquer.

O debate interno,  nas redes sociais , nos grupos do Whatzapp , nos corredores dos fóruns e das delegacias, é uma mistura de culto à autoimagem, ressentimento de banco de faculdade e racionalização jurídica digna de um manual de autoajuda corporativa.

Diga-se: bem mafiosa!

O argumento técnico é só o palco: atrás do pano, a peça é de vaidade, medo de perder o “Submariner” e inveja do juiz que transita de Lexus ostentando um “discreto” Patek Philippe e que compra seus ternos na Europa; sem contar para ninguém.

Cá entre nós : não gostaria de ser julgado por magistrado que  compra Porsche…Prefiro aqueles dos tempos de Chevette , Opala ou mesmo Santana!

Verdadeiramente, todo  mundo quer um pouco do que o vizinho tem.

Mas nada é tão amargo quanto notar que, nem na solidão de frente ao espelho, se consegue gostar do reflexo.

A pessoa  põe bela roupagem, discursa contra os privilégios do poder, mas depois, no grupo interno do WhatsApp, explode o “Inacreditável”!

E, claro, segue remoendo: “A diferença entre nós e os desembargadores é maior do que entre nós e os ( nossos )  analistas. Estamos mais perto de sermos vistos como ( os nossos ) funcionários do que como ( nossos )  iguais. Isto não é eventual, é estrutural. Agora, estamos em uma classe social inferior. Bom domingo, com ou sem Porsche.”

Bem feito para os analistas “metidos a besta” !

Que nos perdoem todos que ainda mantém postura e comedimento ao tratar de questões tão sensíveis.

Porra, todo mundo quer pagar as suas contas …

Mas nem todos trabalham o suficiente para merecer R$ 100.000,00 por mês e ainda achar pouco.

Pior: ainda ser invejoso!  

Defeito que este Gonzo nunca se permitiu; ainda que sempre tivesse muita revolta pela supervalorização de algumas castas do funcionalismo em detrimento de quem ,  verdadeiramente , além de tocar , tem que carregar o piano e toda a banda nas costas…

Esses rapazes merecem um grande : “vão tomar bem no meio do olho do cu”, com especial dedicatória ao Dr. Christino que , certamente , queria ser Juiz “judicialiforme” , para quem não é do tempo desse palavrão : quando o Delegado – ou ou o Juiz – de ofício , investigava , denunciava , presidia a instrução e sentenciava, conforme seus interesses , pelo engavetamento  ocorrências de crimes graves .

Bastava fazer mais ou menos como o Marcio Sérgio : instaurar PIC para , ao final , contrariando a si próprio, suscitar que o ocorreu desistência voluntária e arrependimento eficaz , pelo que, nos termos do artigo 18 do CPP ( risos )  autoarquivada o PIC de gaveta , sem esquecer de expedir ofício com cópia da sua r. decisão diretamente ao  infeliz peculatário  – rico e sogro de Desembargador – como se pedisse desculpas pelo inconveniente .

No fim, o grande drama deles não é a falta de coisa alguma , mas sim o excesso de espelho. Enquanto se olham, se comparam e se lamuriam, a banda – aquela que toca a sinfonia caótica da violência, da corrupção e da miséria real – continua esperando que alguém, por um milagre, pare de chorar o Submariner que não tem e comece, finalmente, ajudar a carregar o piano.

SIPESP: Em Defesa da Transparência Absoluta nos Rumos da Entidade e do Sindicalismo 21

Um tanto constrangido, o Flit Paralisante se vê na obrigação de levantar questionamentos a respeito de um sindicato , o SIPESP , indiscutivelmente respeitado e ao qual nutrimos apreço, reconhecendo a solidariedade que tantas vezes nos foi dispensada, ainda que com as divergências naturais!

Contudo – em cumprimento ao dever de informar e debater temas relevantes ao universo da Polícia Civil e da nobre carreira dos Investigadores de Polícia – torna-se necessário indagar sobre a veracidade das informações que circulam a respeito de supostas incongruências encontradas nas contas da entidade, já sob a gestão da diretoria atual, presidida por Paulo Augusto Ribeiro Morato Erica .

É legítimo, e até natural, a preocupação em resguardar a imagem de lideranças históricas como a do ex-presidente Rebouças.

Entretanto, quando se trata da administração de patrimônio sindical e de recursos vultosos, a transparência deve ser absoluta, sem concessões.

Com efeito , a  insinuação que chega até nós é grave: fala-se em um rombo milionário nos cofres da entidade, pretensamente abafado por meio do pagamento de uma “cala-boca” no valor de R$ 80.000,00.

Que nem sequer equivaleria a 1% do pretenso desfalque que teria ocorrido; diga-se : durante a longeva ou quase vitalícia gestão anterior.

O assunto, acreditamos, se reveste de interesse público !

Com a palavra, portanto, os maiores interessados : a classe dos Investigadores!

Quando o amor pela Cadeira é Fatal 14

A recente execução de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo, não choca apenas pela brutalidade, mas pela exposição surpreendente deliberada de alguém que conhecia como poucos o submundo do crime organizado brasileiro.

Com efeito , Fontes, jurado de morte ao menos desde 2019 , por ordem expressa da alta cúpula do PCC, tinha ciência concreta das ameaças: relatórios sigilosos, cartas interceptadas e informações de inteligência reiteravam que seu nome era alvo prioritário da facção; confirmando em depoimentos próprios que havia “uma ordem para matar autoridades, e meu nome estava entre elas”.

Ainda assim , depois de aposentado  e afastado do aparato protetivo da linha de frente, instalou-se em funções públicas de relevante poder como secretário municipal da Prefeitura de Praia Grande .

Na região sensível da Baixada Santista :  “território inimigo”, para quem carrega esse histórico de enfrentamento.

Conforme as suas palavras: “estou sozinho no meio deles” !

Que me desculpem quem afirmar o contrário  , mas a Baixada Santista  não é ninho ou reduto do PCC…

Mas Praia Grande virou território de policiais corruptos com carreira na Capital; a exemplo dos que foram capturados pela Polícia Federal.   

Ora , mas já que assim considerava esta região e sabendo que “estava no meio deles” sua imprudência com a própria  proteção causa perplexidade.

Não são raros os exemplos de policiais  –  mesmo menos vistos – que redobram estratégias de autoproteção, alteram trajetórias, limitam aparições públicas e cultivam o anonimato quase obsessivamente após aposentadoria.

O caso de Fontes, no entanto, revela uma mistura de autodeclarado amor pelo trabalho , um pessoal senso de dever institucional e autoconfiança inapropriada para quem esteve durante décadas na linha de combate.

Tal postura pode ter subestimado a  existência de outros desafetos além do PCC , com capacidade logística e conhecimento institucional da segurança pública na Praia Grande.

Pelo que pode se perceber : muita vigilância eletrônica e quase nenhuma vigilância humana nas ruas.

Vale dizer: muito investimento em tecnologia e quase nenhum investimento em policiais.   

Outros, porém, podem enxergar  laços ainda mais profundos: a dificuldade de romper com a vida pública, com o prestígio e o sentimento de pertencimento ao ofício para o qual se foi moldado, quase sempre à custa do próprio anonimato e segurança.

Além de ser um homem tido como muito rico , dificilmente faltariam a alguém com o currículo de Fontes alternativas de trabalho  e subsistência mais seguras: CEO em empresas de segurança, consultor jurídico, conferencista, docente ; funções em que tantos policiais brasileiros de escalonamento máximo optam quando da aposentadoria planejada , em muitos casos , com robusto aparato de proteção pessoal e familiar.

A escolha por permanecer em terreno hostil, exposta à mira de uma facção que já provou sua capacidade de  planejamento e vingança  – servidos a frio – é de causar espanto.

Questionamos  : era amor pelo trabalho ou amor por uma cadeira  ainda mais poderosa e rentável ?

Ora , se amava tanto trabalhar poderia permanecer no cargo de delegado até completar 75 anos ; como muitos dos delegados de classe especial fazem ; alguns ex-delegado gerais  , inclusive!

A ação que o vitimou foi marcada por armamento pesado, carros queimados e estratégia de combate típico de operações paramilitares ; padrão que revela o grau de organização e a frieza dos executores.

Não foi morte inesperada: foi a execução de quem, à sua maneira, optou por desafiar ou desprezar o risco, mantendo funções e visibilidade típicas do “velho policial vocacionado do comigo não acontece”, cuja identidade, muitas vezes, se confunde trágica e inseparavelmente com o próprio ofício.

Este crime serve, assim, de alerta dramático para milhares em situações semelhantes : no Brasil, a linha entre o  desejo de dever e o sentimento de onipotência , decorrente de natural  bravura e  inteligência ,  podem ser fatais quando o adversário é uma organização  criminosa ; ainda mais se se confirmar a autoria como sendo do PCC.

O caso Fontes reitera – além do desapego –  necessidade imperiosa de planejamento defensivo, anonimato e estratégias de proteção permanente para todos aqueles que, um dia, ousaram combater não um crime comum ; mas um poder que se arvora em Estado paralelo, dotado de memória, alcance e até prazer de vingança.

Enfim, se aposentar da polícia para ir viver no meio de bandidos não foi morte anunciada , foi estupidez confessada…Ou a “vis atractiva” era inenarrável e irrecusável?  

Seja como for , não foi uma “buena ideia” merecedora de peninha!

Dr. Roberto de Almeida Vinhas , Delegado de Polícia que dá nome à avenida de Praia Grande

Quis o destino que Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil, fosse executado por criminosos na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, a via mais importante da Praia Grande e símbolo da própria segurança da cidade.

Importante lembrar que o delegado Roberto de Almeida Vinhas, cuja trajetória inspirou a homenagem da avenida, encontrou a morte pilotando uma motocicleta Honda 360 cc, em acidente fatal ocorrido na Avenida Manoel da Nóbrega, na praia do Itararé, em São Vicente, em perigosa curva do chamado “Tapetão”.

Vinhas era titular do munícipio e foi acionado para intervir em ocorrência envolvendo “recos ” que prestavam serviço militar no então 2º Batalhão de Caçadores com integrantes da Polícia Militar.

O plantonista era um delegado substituto egresso do Exercito, Dr. Rivalino de Lima Borges , tenente da reserva remunerada. Com quem o Flit chegou a trabalhar um pouco antes dele ser aposentado ao completar 70 anos. O delegado Rivalino também atuava como radialista em emissoras da região . Era uma figura muito querida …Embora um delegado “meio enrolado e chutador de ocorrência” …(risos )

A avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas perpetua o legado de um grande delegado de polícia que não tombou fisicamente ali, mas vive para sempre no nome daquele via fundamental da Baixada Santista.

Roberto de Almeida Vinhas nasceu em 18 de setembro de 1930, na capital paulista, filho de Zacharias Lobo Vinhas e Pureza Almeida Vinhas.

Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco (USP), iniciando sua carreira policial como estagiário em 1954 e após concurso em 1957, ocupou cargos em diversas delegacias do interior e da Baixada Santista, incluindo Bofete, Cajobi, Miguelópolis, Taiúva, Itatiba, Santos, São Vicente, Praia Grande, Guarujá, Vicente de Carvalho, Cubatão e Ribeirão Pires.

Foi nomeado interinamente delegado de 5ª classe em dezembro de 1959, sendo promovido por mérito até atingir a 1ª classe .

Teve atuação marcante no DEIC – RUDI .

Sua vida pessoal também foi marcada por talentos artísticos e esportivos: desde os 16 anos foi violonista clássico, integrando o Grupo Santista de Violões e sendo presença constante em audiências de violão clássico.

Aficionado pelo tênis , recebeu prêmios pelo Tênis Clube de Santos e pelo Clube de Regatas Saldanha da Gama.

Faleceu tragicamente em 1º de agosto de 1977, vítima de acidente de motocicleta ocorrido na Avenida Manoel da Nóbrega , ao se deslocar para a Delegacia de São Vicente para atender uma ocorrência urgente. Foi casado com Marilena Aparecida Serra de Almeida Vinhas e deixou três filhas adolescentes : Luciana Célia, Ana Lúcia e Heloisa.

Sua trajetória se destacou como modelo de dedicação, integridade , inteligência e cultura.

Era irmão do “cardeal ” da Polícia Civil – Dr. Paulo de Almeida Vinhas.

O legado profissional e pessoal de Roberto Vinhas permanece como importante referência para a história da Polícia Civil paulista e da segurança pública na Baixada Santista.

    Deixem o promotor jogar sozinho – O recado do governo para os policiais : sejam corruptos , mas saibam roubar ! 4

    Com o apoio de Tarcísio de Freitas e de sua base na ALESP, todo promotor – mesmo os aposentados – aumentará ainda mais seus patrimônios milionários. Além dos benefícios retroativos, que proporcionarão mais de R$ 1.000.000,00 a cerca de 2.000 membros do Ministério Público, agora todo o dinheiro arrecadado do crime organizado será destinado ao Ministério Público; obviamente, depois foi dividido economicamente entre seus membros, pouco importando o trabalho das polícias. O recado do governo para os policiais: sejam corruptos, mas saibam roubar!

    Absurdamente, a afirmação sobre o aumento do patrimônio de promotores, inclusive retroativos, com apoio político de Tarcísio de Freitas e da sua base na ALESP, tem fundamento em fatos recentes e manifestações oficiais encontradas em farto material jornalístico.

    Indenizações retroativas (isentas de imposto de renda) e novos critérios para a destinação de recursos oriundos do crime organizado realmente estão sendo implementados a favor do Ministério Público, em complemento a remunerações e benefícios já bastante elevados.

    Benefícios Retroativos e “Supersalários”

    O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) conseguiu aprovar , em 2025, um benefício financeiro retroativo que permite pagamentos de até R$ 1.000.000,00 por promotor ou procurador, tanto na ativa quantos aposentados: alegando “carga extra de trabalho” entre 2015 e 2023.

    Jornadas extras sem provas; já que ninguém pode fiscalizar o fiscal.

    Estima-se que cerca de 1.900 membros do MP-SP tenham direito aos benefícios, com impacto superior a R$ 1 bilhão nas contas públicas.

    A prática dos chamados “penduricalhos” faz com que os rendimentos líquidos ultrapassem o teto constitucional, chegando a mais de R$ 100 mil por mês em certos casos.

    Ou na maioria?.

    Dinheiro do Crime Organizado

    Uma alteração na legislação estadual também determinou a destinação para o Ministério Público dos recursos provenientes da lavagem de dinheiro e das apreensões do crime organizado.

    Pelo novo arranjo, 30% desses valores vão diretamente para o Fundo Especial de Despesa do Ministério Público, enquanto 70% são destinados ao Fundo de Incentivo à Segurança Pública, usados ​​para equipamentos e capacitação das polícias.

    Essa medida foi apresentada como estratégia para fortalecer o MP nas investigações próprias, mas causou desconforto quanto ao reconhecimento, valorização e participação das polícias nas operações, diante da diferença na destinação dos recursos.

    É o promotor rico ficando cada vez mais rico e metendo a chibata no pobre policial.

    Reação e Sinal Político

    O governo, com maioria na ALESP, justificou que a medida  valoriza e reconhece o protagonismo do MP e incentiva a  recuperação de ativos do crime organizado, minimizando o peso sobre o Tesouro Estadual.

    Mas não há transparência sobre critérios para distribuição interna desses recursos.

    Também não há políticas de valorização dos quadros policiais, que sobrevivem com vencimentos absurdamente inferiores e condições muito precárias; especialmente na base.

    O episódio deve ser amplamente contestado pela sociedade e pelas entidades de servidores como mais um capítulo de apropriação estamental de dinheiro público e total desvalorização das polícias em contraste com esse despropositado reconhecimento institucional dado ao MP.

    Para muito breve – atendendo à hipócrita manifestação de um promotor – aguardem iniciativas do governador criando o direito a escolta vitalícia para membros do MP de São Paulo, é claro!

    Depois da sua aposentadoria, a partir de 2023, ele passou a não ter nenhuma proteção do estado. Me parece que uma autoridade que dedicou mais de 40 anos ao combate ao crime organizado deveria ter uma proteção do estado.
    Lincoln Gakiya, promotor do MP-SP…

    Gakiya: ‘Não posso me aposentar por falta de segurança à minha vida’… A gente precisa ter uma garantia de uma legislação que nos apare. Assim como tem na Itália, tem nos Estados Unidos, tem na França, na Inglaterra. É uma legislação que dê garantia de proteção a esses policiais ou outras autoridades que corram o risco de vida por trabalhar diretamente no combate a organizações criminosas como essa.
    Lincoln Gakiya… “Eu estou na última quadra do meu trabalho, ano que vem completo os requisitos para a aposentadoria, e não poderei fazê-lo por que não tenho garantia de segurança para mim e minha família”, disse o promotor.

    O promotor relata ter avisado Fontes sobre planos do PCC. Ele reforça que, sem legislação, nem ele terá direito à escolta ao se aposentar, mesmo diante de ameaças.

    O Ruy, caso ele realmente tenha sido atingido pelo PCC, porque isso ainda está sob investigação, ele estava abandonado à própria sorte. Ele até deu uma entrevista para um blog há poucos meses atrás e disse que estava sem segurança, que estava se sentindo amedrontado… –

    Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/09/16/brasil-nao-protege-quem-enfrenta-o-crime-diz-lyncon-gakiya.htm?cmpid=copiaecola