O Policial e a Fintech: Uma História de “Como Denegrir a Polícia Civil em Grande Estilo ( eles )
A pergunta do milhão não é saber quem é Cyllas Salermo Elia Junior .
Importante é saber que lhe vendeu ou deu o cargo público de agente policial e lhe enfiou no DEIC.
Certamente , já era especialista na prática de crimes antes de ser “enfiado “ na Polícia Civil.
Sim, você leu corretamente!
Cyllas Salerno Elia Junior era um criminoso que, ao que parece, achou que ser apenas “um bandido liberal” não estava à altura de suas ambições.
Teve a brilhante ideia: VOU ENTRAR NA CIVIL!
Entrou , nunca trabalhou e logo foi para o DEIC – DEPARTAMENTO DE INDULGENCIA A CRIMINOSOS!
Os leitores deste Flit muito bem sabem o que significa o termo “indulgência” !
Indulgência , prática intimamente ligada à definição do que é ser um valoroso Cardeal!
Sempre advertindo e pedindo perdão para a minoria honesta , vocacionada e comprometida com a sociedade. Mas alguém tem que falar ! São poucos, mas existem e fazem a diferença apesar de os inimigos se sentarem na mesa ao lado.
O enfiado – entrou e se aperfeiçoou – depois criou uma fintech, um banco 2GO, e começou a movimentar bilhões.
Sim, bilhões!
Quem precisa de um salário de porcaria quando você pode ter um império financeiro?
E com clientela garantida : superiores e colegas bandidos!
Nem precisaria do PCC , tendo a PCC – Polícia Civil Corrupta na caderneta digital criptografada!
Mas nem tanto, pois criptografado nem aquilo que fiz nos verões passados…
Mas, como em todo bom conto de detetives , o vilão sempre acaba caindo.
E cai feio!
Voa muito alto e rouba mais do que pode carregar!
Elia , “apesar de ser um gênio financeiro” , não era tão inteligente quanto se achava e outrem pensava fosse !
Resultado: ele agora está mais familiarizado com as minutas de “delação premiada” do que com os balanços financeiros.
Talvez seja assassinado (como o outro defunto cliente ou sócio ) antes de delatar muita gente insuspeita!
A lição da história?
Se você quer ser um criminoso de sucesso, talvez seja melhor não comprar cargo de policial para lavar dinheiro.
E se você quer ser um policial de sucesso, talvez seja melhor não ser amigo de bandidos.
E assim, a Polícia Civil segue em frente, sempre pronta para o próximo capítulo de “Como Perder Tudo em Pouco Tempo”.
No picadeiro da segurança pública paulista, o espetáculo continua.
Sob a direção do mestre de cerimônias Guilherme Derrite, a trupe da Secretaria de Segurança Pública apresenta seus números mais impressionantes.
O Centro Integrado de Comando e Controle, antes um modesto ato de abertura, agora é a atração principal.
Com um orçamento que saltou de meros trocados para impressionantes R$ 56 milhões, o CICC se tornou a galinha dos ovos de ouro da secretaria.
E quem disse que policiais não entendem de construção civil?
A Alphapav, empresa fantasma que nem endereço tem, provou o contrário ao arrematar contratos milionários para reformar batalhões.
Quem precisa de experiência quando se tem amigos no lugar certo?
Mas o espetáculo não para por aí.
Enquanto o orçamento da Polícia Militar triplica, a Polícia Civil assiste da plateia, com os bolsos vazios.
Afinal, para que investigação quando se pode ter mais viaturas reluzentes nas ruas?
Os estrelas devem brilhar!
E não podemos esquecer do grand finale: o aumento expressivo da letalidade policial.
Um verdadeiro recorde de aplausos do público mais conservador.
Enquanto isso, nos bastidores, 22 policiais são presos por envolvimento com o crime organizado.
Mas isso é só um detalhe, um número de mágica que deu errado.
No final, o que importa é a bilheteria.
E nesse circo da segurança pública, Derrite e sua trupe provam que a arte de fazer malabarismos com o dinheiro público e a confiança da população continua viva e bem.
Especialidade PM!
Senhoras e senhores, aplaudam!
O show deve continuar, mesmo que a única coisa realmente segura seja o bolso dos amigos do rei.
Paulinho , você sempre foi um rapaz privilegiado, na boa ingressou na PC como Delegado, mas nunca fez um plantão na vida.
Nada como ser filho de prefeito , irmão de deputado, irmão de prefeito e frequentar o Tenis Clube.
Fez estágio probatório como assessor de prefeitura, depois em assistências diversas (da parentela, aliás) e aspone na ALESP.
Sem esquecer daquela tetinha de CIRETRAN, quando a Polícia Civil limpava a raspa do tacho antes de deixar o DETRAN.
E agora no DEIC …
Parabéns meu rapaz!
Tenho muita inveja de quem tem dinheiro no banco , parentes ( o irmão ) e amigos importantes ( Ministro de Estado ).
Nada pessoal , mas sei que você me enrabou várias vezes ( risos )…
É confortável ser “caneta fantasma” , né?
Quando não carrega nas tintas para “foder” , ( perdão pelos termos escrotos ) o colega mais antigo e de classe superior , assistentes – sem generalizar – passam suas poucas horas de expediente bebendo café e “metendo a lingua suja no cu do alheio ” !
Mas fica sussa, quem tem padrinho não ganha demissão!
As Máscaras Cairão: A cúpula da Polícia Civil e seus aliados políticos estão em pânico.
A razão?
A Polícia Federal finalmente puxou o fio da meada que desnuda a podridão institucionalizada que há décadas transforma a Polícia Civil em um balcão de negócios escusos.
O medo não é de criminosos comuns, mas da própria verdade: a teia de corrupção que une delegados encastelados, políticos inescrupulosos e financiamentos ilegais de campanhas está prestes a vir à tona.
E os ladrões de distintivo , Rolex, ternos Armani , carros de luxo e residências suntuosas – acostumados à impunidade, tremem diante do risco de ver seus crimes — ainda não prescritos — serem expostos.
A Pirâmide Invertida da Corrupção
Há 20 anos ou mais , um mesmo grupo controla a cúpula policial e os gabinetes do poder.
A corrupção não é um desvio pontual, mas um sistema piramidal invertido: quanto mais alto o cargo, maior o esquema.
Enquanto agentes da base são punidos de baciada e sofrem com salários miseráveis, os chefes ostentam patrimônios obscenos, mansões, carros de luxo e contas offshore.
São delegados que nunca pisaram em uma cena de crime de sangue nas periferias, mas dominam a arte de arrecadar e negociar proteção funcional ( apadrinhamento ) em troca de financiamento eleitoral.
Políticos, por sua vez, garantem a perpetuação desses grupos em troca de cegueira , silêncio, lealdade e — claro — dinheiro sujo.
A Hipocrisia em Alto Volume
A lei do crime organizado : quem denuncia é punido; quem rouba e divide ganha promoção.
A PF no Centro do Furacão: Justiça ou Pizza entre os primos , salarialmente falando , Rico e o Pobre!
Verdade seja dita, os delegados da Polícia Civil ganham bem menos do que os da Polícia Federal.
Entretanto a PC possui miliardários.
Entre eles tinha o Delegado mais rico do mundo que há mais de dez anos mantinha 250 milhões de dólares na Suíça.
Talvez , hoje , nem seja o mais rico de São Paulo.
Essa ansiedade da elite policial e política não é à toa.
Se a PF seguir o rastro do dinheiro, encontrará contas milionárias, propriedades não declaradas e um fluxo contínuo de propina disfarçada de “doações eleitorais” custeando campanhas nos três níveis: Municipal. Estadual e Federal.
Mas a pergunta que assombra o país é: haverá coragem para prender os de cima?
Ou tudo terminará na Pizzaria ?
Aliás, em Pizzaria se lava muita muçarela !
Não Se Engane: Isso é Guerra
O que está em jogo não é apenas a reputação de algumas autoridades, mas a sobrevivência de um sistema que transformou o serviço público em quadrilha.
Se a PF recuar agora, a mensagem será clara: a corrupção das elites sempre vencerá.
Mas se a investigação avançar, será a prova de que o Brasil ainda pode resgatar sua dignidade — mesmo que para isso precise arrasar Palácios e jogar na cadeia quem há décadas ri da lei e dos colegas decentes.
Último Aviso:
Aos delegados e políticos que hoje suam frio: seus tempos de impunidade estão contados.
A sociedade está de olho.
E, desta vez, não haverá blog bloqueado, demissão direcionada ou processo fraudulento que apague a verdade.
O fio da meada está nas mãos da PF.
Que o puxem — sem medo e sem nenhuma piedade!
A culpa è da Esquerda que instrumentaliza a imprensa para atacar Tarcísio ?
Não!
A culpa, contemporaneamente, é toda do Tarcísio que só escolheu gente torta!
Viagem a Las Vegas, Palestras : Agenda Oficial ou Benefício Ilícito?
Em agosto de 2024, os delegados Paulo Alberto Mendes Pereira, Paulo Eduardo Pereira Barbosa (irmão do deputado federal Paulo Alexandre Barbosa), Luiz Alberto Guerra e investigador Bruno Souza Rechinho , todos do DEIC viajaram para Las Vegas com todas as despesas custeadas pelo 2GO Bank.
Oficialmente, participaram das conferências Blackhat e DFCON sobre segurança cibernética, mediante autorização da Secretaria de Segurança Pública (SSP) .
Entretanto, investigação da PF identificou que Elia usou o evento para consolidar acordos com os policiais civis , obstruindo operações contra o PCC .
Os delegados — cujos nomes o FLIT PARALISANE gostaria de publicar , mas não encontrou no Diário Oficial , não foram divulgados — ficaram hospedados no Bellagio Hotel e frequentaram cassinos da cidade.
De certo foram gastar as propinas recebidas dos cassinos da Capital ; quem sabe uma sorte grande para mesclar dinheiro lícito com ilícito e ser feliz para sempre ( ou até que a PF descubra, né ) .
Documentos apreendidos na operação mostram transferências de R$ 480 mil do 2GO Bank para cobertura de passagens aéreas em classe executiva, hospedagem e despesas pessoais .
A Corregedoria da Polícia Civil instaurou procedimento para apurar se houve quebra de decoro funcional ( o nome CORRUPÇÃO – recebimento de vantagem indevida para deixar de praticar atos de ofício ou praticar contra expressa disposição legal ) , mas até hoje , 27 de fevereiro de 2025, não passou de mera APA ( apuração protelatória para os amigos ) .
Envolvimento de Autoridades em Eventos da Fintech
Além da viagem, o 2GO Bank financiou a participação de delegados em eventos nacionais.
No seminário de 2023, Artur Dian discursou sobre “avanços da Polícia Civil no combate aos crimes digitais”, enquanto Carlos Afonso, ex-chefe da Divisão de Crimes Cibernéticos do DEIC, ministrou palestra sobre rastreamentos de transações suspeitas.
Na época, a SSP justificou a participação como “troca de experiências institucionais”, mas promotores do Gaeco afirmaram que os agentes foram instrumentalizados para contribuir para a empresa de Elia.
Pois é, só mesmo sendo muito otário ou muito debochado para não suspeitar de ARARA FINANCEIRA criada por um simples e pessimamente remunerado agente policial.
Ah, o Delegado -geral nem sequer teve a elegância e dever étidco de aparecer por 5 minutos na festa de aniversário da ADPESP!
Escolheu festejar com figurões e políticos suspeitos.
Se é que existe político insuspeito!
Pede pra sair Dian ou vai cair…vai cair…vai cair !
Na vastidão dos escândalos que permeiam o sistema policial brasileiro, o caso revelado pela Operação Hydra surge como um retrato sombrio da corrupção institucionalizada na sofrida Polícia Civil de São Paulo.
Onde se manter digno ( decente, aristotelicamente honesto ) é um trabalho digno de Hércules.
Delegados do DEIC, financiados por uma fintech vinculada ao PCC, desfrutaram de viagens luxuosas para Las Vegas, enquanto o 2GO Bank movimentava bilhões em esquemas de lavagem de dinheiro.
Uma arara cor-de-rosa que não passaria despercebida nem mesmo pelo policial mais mocorongo.
A vergonhosa orgia entre bandidos públicos e bandidos privados é um lembrete amargo de como o crime organizado se infiltra nas estruturas públicas, corroendo a confiança da sociedade e desafiando os limites da legalidade.
Ou será que é a polícia que deliberadamente se associa ao crime organizado?
Pior: não será a idosa Polícia Civil Corrupta uma ORCRIM ainda mais pestilenta do que o PCC?
A Fintech e o Crime Organizado
O Banco 2GO, fundado por Cyllas Elia Junior, policial civil agora preso, operava como um braço financeiro do PCC.
Por meio de transferências internacionais via criptomoedas e contratos fictícios, entre outros esquemas, a empresa mascarava recursos ilícitos.
A sofisticação do esquema é alarmante: delegados “especializados “ foram cooptados com benefícios luxuosos, como viagens e hospedagens em hotéis cinco estrelas, enquanto eventos corporativos serviram de fachada para legitimar a fintech perante autoridades.
O Papel das Instituições
A permissividade institucional é evidente.
A legislação paulista que permite que policiais civis atuem em empresas privadas foi explorada como brecha para encobrir operações criminosas.
Absurdamente, conforme se pode pesquisar até pelo Google , valoro$ policiais , principalmente delegados, delegadas e operacionais , são empreendedores MEI.
A irregularidade é tão flagrante que a sede da empresa é o próprio domicílio na praia.
A especialidade: INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS!
“Porra, caralho”! …
Na minha querida Baixada Santista o nome dessa atividade se chama picaretagem!
Com todo o respeito, em calunguês, “vão tomar bem no meio do olho do cu”…
Não basta ser corrupto e passar o rodo em colegas mais antigos, têm que ser debochados ?
Serei direto e reto: intermediação de negócios escusos com especialização em assessoria a maquineros , bingueiros e bicheiros etc.!
Mas voltando à Arara Cor-de-Rosa , falhas regulatórias no setor financeiro digital permitiram que as fintechs operassem à margem da fiscalização.
O caso expõe não apenas a fragilidade do sistema de controle estatal, mas também a cumplicidade de policiais que deliberadamente se fingem de cegos.
Tenham certeza: não são nada cegos . Mas seus olhos grandes são de burro!
A Cultura da Impunidade
Essa história não é isolada.
As relações de corrupção na Polícia Militar e Civil são frequentes, com práticas que vão desde subornos por pequenas infrações até esquemas mais sofisticados envolvendo altos escalões.
A cultura do silêncio e a falta de punições exemplares perpetuam esse ciclo vicioso.
Como exposto em outras crônicas do Flit Paralisante , o sistema parece operar sob uma lógica onde o corporativismo mafioso e o interesse pessoal se sobrepõem ao dever público.
A Vergonha sumiu
Diante desse cenário, cabe uma reflexão profunda sobre o papel das instituições e do perfil dos indivíduos que as compõem.
Não basta identificar os suspeitos; é necessário reformular estruturas que não permitam tais práticas.
Transparência, fiscalização rigorosa e ética profissional são fundamentos doutrinários indispensáveis para restaurar a confiança da sociedade.
Recomenda-se a criação imediata de cadastros de participação de policiais em empresas privadas e a criação de unidades especializadas em inteligência e crimes financeiros dentro da Corregedoria Geral.
O Órgão Pestilento do Reino de Há Vilão
Nunca acontecerá!
Na Polícia Civil , como constantemente repetimos , quem tem um olho ( que vê ) não vira rei , morre assassinado .
Vejam o Delegado-geral , não vê, não escuta e só fala como palestrante especializado em porra nenhuma!
Ah, seu assassinato pode ser ficar lá na ACADEPOL e sem direito a dar aulas!
Enquanto isso, seguimos com nossas famigeradas e odiadas crônicas no Flit Paralisante , denunciando as mazelas do sistema e clamando por justiça.
Porque, mesmo em meio ao caos, ainda pensamos na possibilidade de um futuro em que a ética prevalece sobre a corrupção.
Que cada palavra escrita aqui seja um golpe metafórico contra as parasitas que infestam nossas instituições.
Não precisa ser santo , mas manter a dignidade e decência evita escândalos!
Tenham um bom dia; que eu vou pra praia surfar no Itararé ; depois beber Skol beliscando doritos, cheetos e fandangos…
Coisa de pobre, pois não ganhamos mensalinhos ; nem presentes de Fintechs (“arataca do caraio”).
O Custo da Desigualdade: Quando Privilégios de Poucos Pesam Sobre Muitos
Em um país marcado por profundas disparidades sociais, assistimos atônitos ao ressurgimento de benefícios anacrônicos para uma casta privilegiada do funcionalismo público.
A volta dos quinquênios e da sexta parte para magistrados, bem como as demandas por subsídios em parcela única para delegados aposentados, são exemplos gritantes de como o sistema perpetua desigualdades às custas dos mais vulneráveis.
O Custo Social dos Privilégios
Enquanto milhões de brasileiros lutam diariamente pela sobrevivência, enfrentando desemprego, inflação e serviços públicos precários, uma elite do funcionalismo público se regozija com a perspectiva de receber milhões em “atrasados”.
É um escárnio que juízes, já bem remunerados, possam embolsar mais de R$ 1 milhão em adicionais retroativos , sob o fundamento de direito adquirido, além dos chamados “penduricalhos” criados artificiosamente para burlar a regra do teto constitucional , enquanto trabalhadores do salário-mínimo mal conseguem pagar as contas do mês.
Os mesmos trabalhadores que quando necessitam do Poder Judiciário acabam humilhados , já que suas vidas nada valem !
O Mito da Meritocracia sem transparência
Defensores desses benefícios frequentemente alegam que tais remunerações são merecidas devido à importância das funções exercidas.
No entanto, esse argumento cai por terra quando analisamos a natureza automática desses adicionais, que não refletem mérito ou produtividade, mas sim mero tempo de serviço.
Certamente, a experiência deve ser valorizada ; não é razoável um Juiz com 30 anos de magistratura receber os mesmos valores do que um com apenas 10 anos.
Contudo, uma coisa ou outra!
A Sociedade não suporta pagar cumulativamente subsídio , mais indenizações e mais adicionais por tempo de serviço!
E , salvo engano , não se trata de direito adquirido, de se ver que “quando da alteração do regime jurídico pertinente à composição dos vencimentos dos magistrados , por força de alterações legislativas , a criação do subsídio em parcela única preservou e acresceu o montante global da remuneração e, em consequência, não provocou nenhuma perda pecuniário.
Magistrados e afins , na prática, acabarão recebendo duas vezes .
Isto é uma afronta e um desserviço à coletividade.
O Impacto aos Cofres Públicos
Com um impacto previsto de bilhões aos cofres públicos, esses benefícios representam um desvio de recursos que poderiam ser melhor empregados em áreas críticas como saúde, educação e segurança pública.
Cada real gasto com esses privilégios é um real a menos para investimentos em políticas públicas que beneficiariam a população como um todo.
A Necessidade de Vergonha e Reformas
É imperativo que o Brasil revise suas políticas de remuneração no serviço público. Precisamos de um sistema que valorize o mérito real, a eficiência e o impacto positivo na sociedade, não a mera antiguidade ou o pertencimento a determinadas categorias.
A reforma administrativa, há tanto tempo postergada, nunca foi tão urgente.
Conclusão
Como sociedade, não podemos mais tolerar um sistema que drena recursos dos mais necessitados para sustentar privilégios injustificáveis de uma minoria.
É hora de os cidadãos, a imprensa e os políticos comprometidos com a justiça social se unirem para exigir mudanças.
O Brasil que queremos é um país de oportunidades para todos, não de benesses para poucos às custas de muitos.
No picadeiro da segurança pública paulista, o espetáculo continua.
Sob a direção do mestre de cerimônias Guilherme Derrite, a trupe da Secretaria de Segurança Pública apresenta seus números mais impressionantes.
O Centro Integrado de Comando e Controle, antes um modesto ato de abertura, agora é a atração principal.
Com um orçamento que saltou de meros trocados para impressionantes R$ 56 milhões, o CICC se tornou a galinha dos ovos de ouro da secretaria.
E quem disse que policiais não entendem de construção civil?
A Alphapav, empresa fantasma que nem endereço tem, provou o contrário ao arrematar contratos milionários para reformar batalhões.
Quem precisa de experiência quando se tem amigos no lugar certo?
Mas o espetáculo não para por aí.
Enquanto o orçamento da Polícia Militar triplica, a Polícia Civil assiste da plateia, com os bolsos vazios.
Afinal, para que investigação quando se pode ter mais viaturas reluzentes nas ruas?
Os palhaços devem brilhar!
E não podemos esquecer do grand finale: o aumento expressivo da letalidade policial.
Um verdadeiro recorde de aplausos do público mais conservador.
Enquanto isso, nos bastidores, 22 policiais são presos por envolvimento com o crime organizado.
Mas isso é só um detalhe, um número de mágica que deu errado.
No final, o que importa é a bilheteria.
E nesse circo da segurança pública, Derrite e sua trupe provam que a arte de fazer malabarismos com o dinheiro público e a confiança da população continua viva e bem.
Especialidade PM!
Senhoras e senhores, aplaudam!
O show deve continuar, mesmo que a única coisa realmente segura seja o bolso dos amigos do rei.
A política do comissionamento em classe superior como instrumento de controle e submissão na carreira dos Delegados de Polícia é uma prática imoral herança da ditadura militar , enraizado em estruturas hierárquicas e dinâmicas de poder típicas de instituições públicas, especialmente em corpos policiais.
Esse mecanismo pode ser analisado sob múltiplas perspectivas:
Hierarquia e Poder Institucional
Centralização de decisões: Em muitas corporações policiais, como a Polícia Civil de São Paulo , a ascensão a cargos comissionados (como titulares de Distritos, Assistências , Seccionais e Divisões de Departamentos depende , necessariamente, de indicação política ou de escolhas discricionárias de superiores.
E muito pior: compra e venda dependendo do potencial de arrecadação do cargo.
A negociação de cargos não se restringe às chefias de investigadores; também ocorre com cargos privativos de Delegado.
O comissionamento , ou nomeação por confiança , concentra o poder nas mãos de uma elite institucional, que pode usar o comissionamento para recompensar lealdade.
E até punir o antecessor que legitimamente ocupava o cargo ; por vezes afastado por discordar e não pactuar com as práticas impostas por superiores.
Dependência funcional: Delegados em cargos comissionados , por receberem vantagens adicionais , podem sentir-se pressionados a aderir às diretrizes de seus superiores para garantir promoções ou evitar retaliações, como remoções para regiões menos desejáveis , rebaixamento de “status” ou estagnação na carreira.
Controle Disciplinar e Submissão
Cultura da obediência servil: O sistema de comissionamento pode reforçar uma cultura em que a autonomia técnica e a independência do delegado são suprimidas em favor da conformidade.
Isso mina a capacidade de atuação imparcial, especialmente em investigações sensíveis que envolvam figuras poderosas ou sistemas de corrupção institucionalizados.
Por exemplo : a jogatina sempre foi ilegal e praticada a céu aberto , mas pobre daquele Delegado que ousar reprimir tais práticas e atrapalhar a receita alheia.
Cometerá suicídio funcional, caso não seja caluniado, perseguido e punido !
Medo de represálias: A falta de transparência nos critérios de nomeação e promoção cria um ambiente de incerteza, onde delegados podem evitar tomar decisões impopulares para não comprometer suas carreiras.
Efeitos na Eficiência e na Ética
Mérito vs. lealdade: Quando promoções e nomeações priorizam alinhamento político em vez de competência técnica, a eficiência das investigações e a qualidade do trabalho policial podem ser comprometidas.
Risco de corrupção: A submissão a interesses de grupos dominantes dentro da instituição pode levar ao abuso de autoridade, manipulação de processos investigativos ou até a omissão em casos que envolvam grandes somas de propinas.
Contexto Paulista
Estrutura da carreira: No Brasil, a carreira de Delegado de Polícia Civil é regulada por normas muito frágeis; pelo que a escolha do Delegado -Geral de Polícia e toda a cúpula policial ; com centenas de comissionamentos de cargos de direção e chefia segue lógicas políticas.
Delegados-gerais são indicados por governadores, Diretores pelo Secretário , Divisionário conforme a preferência do Diretor , Delegados Seccionais de acordo com seu cacife político ( padrinho ) ou financeiro ( perfil exator ) .
Tal sistema politiza e corrói a cúpula da instituição , acarretando desestimulo , desencanto desilusão , desgosto e frustração generalizados em toda a base da Instituição.
Tensões internas: Relatos históricos de divisões entre delegados de carreira mais antigos e de classe mais elevada , pela sistemática adotada pelo atual governo que se diz técnico apenas para inglês, subordinados a “delegados comissionados” com menor experiência, capacitação e de classe inferior.
A disputa por cargo desagua em conflitos entre profissionalismo e obediência a agendas externas.
Conflitos pessoais, também!
Possíveis Soluções
Critérios técnicos transparentes: Estabelecer processos de nomeação baseados em avaliações objetivas de desempenho e experiência, reduzindo a discricionariedade.
Proteção à independência funcional: Garantir mecanismos legais para que delegados possam agir sem medo de represálias, como previsto (em teoria) pelo princípio da independência funcional do delegado.
Fortalecimento de órgãos de controle: Nenhuma nomeação para direção e chefia sem aprovação da Corregedoria da Polícia Civil que deve ser dotada de Divisão de Inteligência e Laboratórios Financeiros voltados especificamente para controle interno.
O comissionamento como ferramenta de controle perpetua uma estrutura de poder corporativista garantido a formação e perpetuação de “panelas” , “times” ou “quadrilhas internas” ; sacrificando a autonomia, ética e eficiência em nome da subordinação hierárquica.
A Democracia e a República ainda não chegaram para os policiais civis.
E a cúpula da Polícia se acha herdeira do Império.
A Saga de Cyllas Salerno e a Disciplina Acadêmica de Cegueira Deliberada na Polícia Civil
Ah, a Polícia Civil!
Esse paraíso de eficiência onde super policiais treinam anos para dominar a arte de não ver o óbvio.
Nenhum caso ilustra melhor esse currículo de ignorância estratégica que a epopeia de Cyllas Salerno Elia Júnior, o agente que aperfeiçoou o DEIC na forma de uma sucursal do crime.
Enquanto seus colegas gastavam horas perseguindo bandidos de varal pra mostrar serviço depois de “fazer a boa” , Cyllas dedicava-se a uma missão muito mais nobre: lavar dinheiro para o PCC com a sofisticação de um CFO do crime.
Opa, não sejamos imparciais, lavagem de dinheiro para o PCC e para a PCC – Polícia Civil Corrupta.
Sua fintech, a 2GO Bank, não era um mero banco digital — era um case de inovação!
Afinal, quem precisa de máquinas de cartão clandestinas quando se pode criar contas para “laranjas” com a mesma facilidade de um story do Instagram?
O mais admirável é a sinergia institucional: como um homem movimentava milhões via Pix criminoso, contratava laranjas com CPFs de filhotes de poodle (provavelmente), e ainda assim passava despercebido no DEIC, DIPOL e CORREGEPOL …
Será que usava um disfarce de “policial do mês”?
Ou a polícia adotou o método Montessori de investigação, onde cada um faz o que quer, desde que não atrapalhe o lanche coletivo?
E não vamos esquecer o curso avançado de reciclagem criminosa que Cyllas frequentou após sua primeira prisão.
Solto como se fosse um test drive do sistema judicial, voltou às atividades classificado na Delegacia do Metro .
Obviamente, nunca deu as caras naquela Unidade.
Tem padrinho valoro$o!
Enquanto isso, os chefes do DEIC pareciam ocupados demais caçando crimes menores — tipo prender camelo vendedor de pirataria — para notar que um de seus brilhantes policiais estava literalmente fazendo a festa do crime organizado.
Quem precisa de grampos e vigilância quando se tem omissão premium?
Até o PCC – Primeiro Comando da Capital deve ter rido da ironia: um investigador que lavava dinheiro melhor que sabão em pó Omo, enquanto a polícia lavava as mãos ( depois de meter a propina suja no bolso ) .
Na PCC – Polícia Civil Corrupta nada é grátis!
Cyllas, agora preso novamente, talvez ganhe o prêmio de “Policial Mais Dedicado” — categoria Dupla Personalidade.
Afinal, ele infiltrou a própria polícia no crime.
É o Inside Job mais cínico de toda a história da PCC – Polícia Civil Corrupta.
Enquanto isso, a instituição segue sua rotina: ignorar o a própria ruína, segregar a competência e a decência , celebrar prisões de traficantes de quinta ( por vezes forjando provas ) , e cultivar aquela cegueira deliberada que faz do Brasil um paraíso para policiais empreendedores.
Cyllas Salerno não é um caso isolado — é um sintoma.
E o remédio?
Ah, isso deve estar perdido em algum arquivo .zip esquecido no desktop de um Cardeal aposentado.
Epílogo: nada como ter o próprio “banqueiro policial” para garantir eficiência nos negócios.
Para Cada Bom Juiz há Nove Bons Jovens Advogados tão bem e muitos até mais qualificados para fazer mais e melhor por muito menos. Taxativamente, reitera-se , para cada bom Juiz há pelo menos nove advogados altamente capacitados e vocacionados , dispostos a trabalhar por R$ 20.000,00 iniciais e alcançar R$ 45.000,00 quando no topo de carreira e aposentadoria Basta de certas mentiras, reiteradamente propaladas , para justificar ganhos imorais decorrentes de julgamentos em causa própria. Conclamamos a Magistratura a se dignar desenvolver uma ferramenta disponível aos jurisdicionados para que se possa auditar o tempo dedicado pelos Srs. Juízes à leitura e elaboração de despachos, decisões e sentenças, bem como o tempo dedicado às audiências devidamente gravadas A sociedade , certamente , descobrirá que muitos Brasil afora nem sequer trabalham muito mais do que 20 horas por semana. Espero estar muito mal-informado! Também é falaciosa a vetusta alegação de que não há bacharéis suficientemente preparados para duplicar e até triplicar o número de juízes no Brasil. Dinheiro não falta! O que se gasta com os chamdos “penduricalhos” indenizatórios é mais do que suficiente para a duplicação de cargos. Verdadeiramente, há dezenas de milhares de bacharéis advogando bem-preparados e mais vocacionados do que aquela parcela dos juízes que aí estão ganhando por quatro, mas trabalhando por meio. Idem se diga de promotores, procuradores, defensores e toda a elite de agentes públicos que se acham diferenciados e merecedores de privilégios. Não se pode continuar com a esfarrapada falácia de que a excelência dos vencimentos do cargo é decorrente da escassez de talentos. E que se os vencimentos não forem muito atraentes haverá evasão para a iniciativa privada. Inverdade, a grande maioria caso deixasse a magistratura, na iniciativa privada não conquistariam remuneração equivalente. Ademais, desde quando um Juiz por ter excesso de processos faz hora extra? Vossas Excelências , casualmente, trabalham 14 horas por dia , e até em fins de semana e feriados? Vossas Excelências têm férias indeferidas por absoluta necessidade do serviço ano após ano? E quantos dias por ano o Juiz permanece no Fórum pelo menos 8 horas? Quantos Juízes chegam antes das 13h00 e saem depois das 18h00? Ah, de vez em quando tem o Juri ! Sim , mas a maioria dos julgamentos não se estendem madrugada adentro. Certamente, o excesso de processos ( o acervo ) – aparentemente – só faz crescer o contracheque, pois a rotina de trabalho não é alterada. Nem as preocupações! A carga horária não é aumentada proporcionalmente ao “excesso” de processos; aliás tudo é processo até uma simples precatória que nem sequer o juiz despacha o cumpra-se! Por que os setores de TI não podem desenvolver uma ferramenta de fácil acesso a qualquer cidadão para que seja auditado a frequência e o efetivo trabalho dos juízes , os quais deveriam ser submetidos a controle de ponto com sistema de biometria e filmagens ? Sim, Juiz , segundo a nossa opinião, tem que bater ponto! Independência funcional é para julgar , não para ser patrão de si mesmo… Juiz é um servidor público dotado das irrenunciáveis vitaliciedade e inamovibilidade; garantias do cargo. A qualificação como agente político foi invencionismo de um jurista corporativista. Destacando-se, também, faltar transparência no Poder Judiciário . Só há muitos processos acumulados por omissão e próprio interesse dos Tribunais Quanto mais processos maior orçamento e maior verba para o fundo da Magistratura, fundo que , aparentemente , não está sendo utilizado para melhorias e aprimoramento do serviço. E as custas, emolumentos, alteração de ofício do valor da causa com finalidade arrecadatória, deixa o acesso ao Poder Judiciário cada vez mais proibitivo.
Desafio (ou Desabafo) à Magistratura: Por Transparência, Eficiência e Equidade no Poder Judiciário
O Poder Judiciário, como guardião da Constituição e garantidor dos direitos fundamentais, deve pautar-se por transparência e prestação de contas à sociedade.
Contudo, há décadas, críticas estruturais sobre sua eficiência, gestão de processos e critérios de produtividade e elevada remuneração permanecem sem respostas concretas.
Este ensaio – desprovido de rigor jornalístico ou acadêmico, imoderado e pouco profundo – entre outras questões, propõe um desafio à Magistratura brasileira: desenvolver uma ferramenta pública de auditoria do tempo efetivamente dedicado pelos juízes às suas funções, com base em tecnologia de informação (TI), e submeter-se a um debate franco sobre a necessidade de ampliação do número de magistrados e revisão de critérios de remuneração.
Será que Vossas Excelências não estão abusando de certos privilégios e se tornando como os verdadeiros “agentes políticos” , aqueles que roubam votos dos pobres e dos fanáticos para governar para os muito ricos se perpetuarem cada vez mais ricos?
Nesse aspecto, ou seja, quando se trata de cuidar dos próprios privilégios, as carreiras jurídicas, especialmente a magistratura e MP , de fato, estão se assemelhando aos “agentes políticos”.
A Falácia da Escassez de Talentos e a Cultura do Segredo
O mito da “excelência pela escassez
A Magistratura sustenta que a limitação de vagas em concursos públicos decorre da necessidade de selecionar “os melhores”.
Essa narrativa, porém, ignora o paradoxo de que há mais de 1,3 milhão de advogados ativos no Brasil (OAB/2023), muitos dos quais possuem formação técnica e experiência prática superior à de juízes recém-empossados.
A reserva de mercado disfarçada sob o discurso da “excelência” serve para manter privilégios corporativos, não para garantir qualidade.
A realidade dos concursos: mérito ou sorte?
Estudo ou treinamento?
Cultura ou memória de papagaio?
Nas últimas décadas, até por força da industria dos cursos preparatórios e das centenas de manuais para provas , concursos como o da Magistratura priorizam muito mais a memorização de dogmas jurídicos, não habilidades práticas como gestão de processos ou mediação de conflitos e capacidade de resolução de questões do mundo real.
Assim, muitos bacharéis brilhantes, que atuam há anos em casos complexos, são excluídos por não se adequarem a um modelo arcaico de avaliação.
Pior: por sua origem humilde, cor da pele , não possuir nome pomposo de origem “tradicional” ou europeia .
Sem esquecer dos diplomas tipo o invejável “São Francisco” , muitas vezes que só servem para evidenciar a mediocridade do seu portador quando comparado àquele bacharel diferenciado que superou as deficiências de um curso pouco competitivo.
Vagabundo ou barato, sob a ótica de filhinhos de papai que humilham bolsistas e cotistas!
Diga-se, Desembargador também humilha e menospreza cotista negro!
A alegação de que não há talentos para triplicar o número de juízes é insustentável: basta flexibilizar os critérios de ingresso sem renunciar ao rigor ético.
Remuneração vs. Mercado: Quem teme a competitividade?
Argumenta-se que os vencimentos atuais (média de R$ 80 mil/mês para juízes até em início de carreira ) são necessários para evitar a “debandada” para a iniciativa privada.
A realidade, porém, é que poucos magistrados deixariam a carreira para atuar como contratados ou como liberais, pois raramente alcançariam estabilidade, benefícios financeiros e poder simbólico equivalentes fora do serviço público.
Juízes que realmente se destacassem no mercado privado seriam exceções, não a regra.
Supersalários e a Opacidade da Produtividade: Quantas Horas São Trabalhadas?
A ausência de métricas transparentes
Enquanto servidores públicos de outras esferas são submetidos a controle de ponto e metas, juízes operam em um vácuo de fiscalização.
Não há dados públicos sobre:
Tempo médio dedicado à análise de cada processo;
Número de horas semanais trabalhadas;
Compatibilidade entre a quantidade de processos julgados e a remuneração recebida;
A jornada de, no mínimo, 40 horas semanais.
Se juízes de primeira e segunda instância alegam sobrecarga, por que não há registros oficiais de horas extras, trabalho em finais de semana ou feriados?
A percepção social é a de que a lentidão processual é estratégica: quanto mais processos acumulados, maior o orçamento dos tribunais e dos fundos de custeio da Magistratura.
E ainda maiores os “penduricalhos” ( verbas indenizatórias ) livres de impostos.
Uma auditoria independente provavelmente revelaria que a carga horária real é incompatível com a remuneração.
E ninguém pode vender aquilo que não lhe pertence.
O descanso é irrenunciável , pois o comprometimento da saúde do funcionário solapa a eficiência e acarreta gastos elevados ao Erário com licenças-saúde e aposentadorias precoces por invalidez .
O que não é o caso , pois não se sabe de Juiz com síndrome de burnout .
O exemplo internacional
Inúmeros países há anos adotam sistemas transparentes de gestão processual com painéis públicos de produtividade judicia, inclusive!
Os cidadãos podem verificar o status de cada processo, o tempo médio de análise e até comparar desempenhos entre juízes.
Por que o Brasil insiste no obscurantismo?
O patrão é o povo que paga muito caro por um serviço ruim!
E chega de explorar o cidadão com custas e emolumentos para engordar os fundos da magistratura, MP, Santa Casa e, perdão, até o diabo a quatro!
Lei tributária desonesta muito mais do que imoral é extorsão a mão armada com um carimbo.
A Ferramenta de Transparência: Como Implementar?
Controle biométrico e gravação de atividades
Propõe-se a adoção de um sistema integrado com:
Biometria: Registro de entradas/saídas em cartórios e salas de audiência;
Gravação em tempo real: Audiências e sessões de julgamento transmitidas (com restrições dos casos sigilosos);
Painel de produtividade: Plataforma online mostrando, por juiz, o número de processos analisados, tempo médio por decisão e histórico de prazos.
Papel do Setor de Tecnologia dos Tribunais
O desenvolvimento dessa ferramenta de “fiscalização “é tecnicamente simples e econômico.
Tecnologias como blockchain (para segurança de registros), inteligência artificial (para análise de métricas) e cloud computing (para armazenamento de dados) já são usadas no setor privado.
E total proibição do “trabalho caseiro” ou o tal “home office” com direito, como em certos casos , ao copo de uísque !
O obstáculo não é técnico, mas político.
Resposta aos argumentos contra a fiscalização.
Ofensa à independência judicial: Transparência não se confunde com interferência. A independência é para decidir com base na lei, não para trabalhar sem supervisão.
Exposição à violência: Dados sensíveis (como horários exatos) podem ser restritos, mas o princípio da publicidade deve prevalecer.
Consequências da Auditoria: Mais Juízes, Menos Privilégios
Aumento do número de magistrados
Basta ao mito de que a excelência de um cargo é inversamente proporcional à sua abundância!
Gênios iluminados não prestam concursos públicos.
Se a auditoria comprovar subutilização da força de trabalho atual, a solução será reduzir vencimentos e realocar recursos para contratar mais juízes.
Advogados capacitados, dispostos a ganhar R$ 20 mil iniciais (como propõe o texto), poderiam ser aprovados e nomeados via concurso simplificado ( sem a suspeitíssima prova oral ) e mais honesto no sentido de se aferir competência e compromisso.
Fim dessa indústria do congestionamento processual
Especialmente nos casos tendo a Fazenda Pública como autora ( uma ladra com a mão do Juiz ).
Com transparência, o orçamento deverá ser vinculado a resultados: redução de prazos, satisfação das partes e cumprimento de metas.
A justiça como serviço, não como castelo.
Um Judiciário transparente atrairia mais confiança da população.
Juízes que realmente trabalhem 40 horas semanais terão seu esforço reconhecido.
Os que se escondem atrás de privilégios deverão adotar nova postura ou punidos.
A sociedade não tolera mais a hipocrisia de um Poder Judiciário – de se ver as recentes matérias da Folha de São Paulo – que cobra lealdade e agilidade dos cidadãos, mas se recusa a ser medido pela mesma régua.
A ferramenta de auditoria aqui proposta não é um ataque à Magistratura, mas um convite à sua reinvenção.
Se juízes realmente trabalham além do que imaginamos, a transparência será sua melhor defesa.
Caso contrário, provarão que a Justiça brasileira é, ela mesma, ré em um processo de improbidade contra a democracia.
Advertências: É inegável que muitos juízes enfrentem uma carga excessiva de trabalho, lidando com processos complexos e prazos exíguos, e que se dediquem integralmente à sua função, muitas vezes sacrificando seu tempo pessoal e familiar. A esses magistrados, que honram a toga e se esforçam para prestar um serviço de qualidade à sociedade, apresento minhas sinceras desculpas caso o texto possa causar qualquer tipo de constrangimento ou injustiça. Reitero que o objetivo do “Desafio à Magistratura” – desafio no campo das ideias – é apenas fomentar um debate construtivo sobre a necessidade de aprimorar a eficiência, a transparência e a equidade no Poder Judiciário, fortalecer a democracia e garantir o acesso à justiça para todos os cidadãos. As críticas apresentadas não se dirigem a magistrados que atuam com ética e profissionalismo, mas sim a um sistema que, na minha opinião, demasiadamente corporativista, elitista e por vezes segregador, carece de mecanismos de controle e transparência.
Na arquitetura do poder, onde a lei deveria ser pedra angular, constatamos a transformação da Justiça Militar em palco de tragicomédias mafiosamente corporativistas. O caso do coronel Luiz Flaviano Furtado – figura central de um esquema que embaralhou crimes, caça-níqueis e fardas – revela mais do que falhas pontuais: desnuda um sistema que coreografa punições como números de cabaré, onde a gravidade dos crimes dissolve-se como fumaça de tabaco barato.
Dinâmica da Organização e Papel de Furtado
A Operação Cabaré, deflagrada em janeiro de 2018 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pela Corregedoria da PM, desarticulou uma organização criminosa que operava há pelo menos cinco anos .
Furtado foi identificado como um dos líderes do esquema, utilizando sua autoridade para cooptar outros oficiais e praças.
Segundo o Ministério Público, ele atuou como intermediário entre donos de cassinos e policiais, negociando pagamentos para evitar fiscalizações e apreensões.
Em uma ligação telefônica interceptada, o coronel foi ouvido instruindo um subordinado a “deixar o negócio correr solto” em troca de vantagens financeiras.
Durante as buscas realizadas em 15 de janeiro de 2018, foram encontradas 1.054 máquinas caça-níqueis, das quais 15 foram apreendidas e as demais destruídas .
Na residência de Furtado, além de uma pistola Taurus .40 sem registro, os agentes localizaram US$ 30 mil (aproximadamente R$ 100 mil na época), numerario suspeito de ser fruto de lavagem de dinheiro das propinas recebidas dos casinos.
A soma dos prejuízos causados à quadrilha foi estimada em R$ 20 milhões, considerando o valor médio de R$ 25 mil por máquina e os lucros mensais dos estabelecimentos.
As primeiras investigações sobre Furtado ocorreram em 2013, quando denúncias anônimas apontaram sua participação em esquemas de corrupção também envolvendo outros policiais de baixa e alta patente.
Testemunhas protegidas disseram que o coronel atuava como “garantidor” de cassinos, assegurando que as operações não fossem perturbadas por ações policiais legítimas .
Em troca, recebia propinas que variavam conforme o volume de lucros dos estabelecimentos.
Lucros estimados em R$ 200 a R$ 250 milhões, no período de 2013 a 2018.
A Operação Cabaré não foi batizada por acaso.
Seus desdobramentos teatralizaram a essência do que se tornou a Justiça Castrense paulista: uma casa noturna onde regras se flexionam ao sabor dos cafetas , prostitutas e a clientela (neste caso, a sociedade) que paga caro para viver ilusões de legalidade e segurança.
O coronel Furtado, como D.J. de Funk proibidão , regia não apenas máquinas de apostas, mas um mecanismo perfeito de conversão de autoridade em moeda corrente.
Naquele janeiro de 2018, quando os folhetins escancarando a operação anunciavam o fechamento do “cassino PM”, o espetáculo parecia prometer moralização.
Parecia!
Apreensões de máquinas (1.054 unidades, sendo 15 preservadas como prova), dólares escondidos entre roupas íntimas (US$ 30 mil na residência do coronel), armas não registradas – todos os elementos para um dramalhão policial de final feliz.
Absurdidades Processuais
Enquanto os cidadãos marginalizados são apanhados pela PM e levados a prisão por furto de pães, o coronel-desembargador de si mesmo dançava bolero com a legislação.
Sua primeira audiência de custódia foi exercício de prestidigitação jurídica: preso em flagrante por porte ilegal (art. 14 do Estatuto do Desarmamento), escorregou das mãos da Justiça como água entre dedos.
O Tribunal de Justiça Militar (TJM-SP), em movimento coreografado, aceitou a tese defensiva de que “uma única ligação telefônica” não sustentaria acusação de crime organizado.
Nem mesmo uma pequena prevaricação !
A sentença final – nove dias de permanência disciplinar por lingujar impróprio – equivaleria, em termos de proporcionalidade, a multar em R$ 10,00 quem roubou milhões.
Mantiveram-lhe a aposentadoria dourada (R$ 36.100,00 ) e a patente, como honrarias.
E mesa cativa no clube dos oficiais!
Enquanto isso, um soldado raso por uma infração disciplinar sem a menor relevância pode sofrer pena de 30 dias de prisão.
A mensagem é clara: no cabaré da Justiça Militar, os estrelados donos espetáculo têm todas as regalias artísticas.
O Coro dos Inconformados
Enquanto o coronel recebia tapinhas nas costas por “bom comportamento”, seus subordinados diretos no esquema enfrentavam destinos diversos.
Com a devida vênia: Sifu!
Já os donos de cassinos, civis sem farda-protetora, foram apodrecer em celas comuns.
Até a arma apreendida ganhou tratamento VIP: registrado posteriormente como “bem público ( não seria posse ilegal de armamento registro em concurso com peculato ? ) enquanto adolescentes periféricos são encarcerados por portar estilingues.
A plateia deste teatro absurdo, porcamente representada pelo Ministério Público Militar ( que nunca recorre ) , berrava nos corredores contra a “injustiça tremenda”, mas suas vozes perdiam-se na acústica projetada para abafar gemidos reveladores da descarada cupidez.
O Encenador que Virou Plateia
Sete anos após o auge do escândalo, Furtado , retornando aos pasquins policiais, tornou-se ator de sua própria farsa.
Enquanto escrevo estas linhas (23/02/2025), o coronel bem aposentado deve estar feliz e tranquilo contando estórias de integridade , patriotismo e amor pela justiça patronal ( a que lhe deu indulgências ) a netos e bisnetos.
Servir e enriquecer!
Seu caso, longe de ser aberração, revela padrão: a grande maioria de processos por corrupção na PM-SP não dão em nada; quando muito resultam em penas administrativas leves.
Só é punido por corrupção quem não sabe fazer direito e ainda não divide!
Verdadeiramente, lá na Comarquinha mais cara do mundo até estupro no banco traseiro de viatura vira crime impossível e a vítima é tratada como vagabunda do PCC!
A integridade é tamanha que Juiz auditor se dá ao direito de debochadamente se refestelar em banquetes com advogados de réus.
Absolvição certa !
Assim, a verdadeira operação Cabaré continua em cartaz.
Enquanto isso, nas periferias, o verdadeiro jogo de vida ou morte segue legal ; sem proteção e violência redobrada das fardas.
O espetáculo deve continuar, mas a plateia já sabe: enquanto a Justiça Militar for feita de cabaré, a segurança pública será um tango paraguaio mal ensaiado.
A proposta de alterar a composição dos direitos pecuniários dos policiais civis, extinguindo-se os adicionais consolidados, como quinquênios e sexta-parte, adicionais e eventuais gratificações indenizatórias , por um subsídio em parcela única, tem sido defendida por um grupo específico de delegados aposentados como uma “redenção” para a categoria policial.
Redenção para esses “ingênuos” ofertada pelo pai Tarcísio.
No entanto, essa narrativa nem sequer resiste a uma análise superficial.
Trata-se de um discurso enganoso, que mascara interesses egoístas e ignora as reais consequências para os policiais que ainda estão em atividade.
O Discurso dos Aposentados: Uma Falsa Redenção
Os delegados aposentados ( de um seleto grupo fechado ) que hoje defendem o subsídio único são os mesmos que, durante décadas, usufruíram dos benefícios que agora buscam extinguir.
Quinquênios, sexta-parte e gratificações pelo exercício de funções cumulativas, perigosas e complexas foram parte integrante de suas remunerações.
Agora, livres das responsabilidades cotidianas da profissão, propagam a ideia de que o subsídio é uma solução moderna e eficiente.
Tendo como paradigma a falsa premissa de que noutros estados os policiais civis, principalmente os delegados, são melhor remunerados em razão da implementação dos subsídios .
Mentira!
São mais bem remunerados por serem melhor qualificados , mais unidos e bem dirigidos e representados.
Essa “redenção” em São Paulo é uma ilusão.
Entretando, para os aposentados a extinção dos adicionais não faz nenhuma diferença, pois já não têm direito a esses benefícios.
Seus vencimentos estão consolidados e blindados pela paridade contra mudanças futuras.
Para eles, o subsídio não afeta suas aposentadorias integrais.
Podendo até, incialmente , ser vantajoso.
Os Impactos Reais para os Policiais em Atividade
Enquanto aposentados , de regra, desfrutam de estabilidade financeira, os policiais em atividade enfrentarão um futuro desolador com a implementação do subsídio único.
A substituição dos adicionais por uma parcela fixa significa:
Perda de direitos adquiridos: Quinquênios e sexta-parte são conquistas históricas que reconhecem o tempo de serviço e a dedicação à carreira.
Congelamento salarial: Sem reajustes anuais e progressivos, o poder de compra dos policiais será drasticamente reduzido ao longo dos anos, especialmente em um cenário de inflação; ainda que baixa.
Desmotivação e êxodo: A desvalorização remuneratória levará à migração para outras carreiras, agravando a já crítica falta de efetivos na Polícia Civil.
Para os jovens policiais, que ainda têm décadas de serviço pela frente, o subsídio único é uma sentença de morte para a progressão salarial.
Um delegado que ingressou há 10 anos receberia o mesmo salário de um novato, como se todos os anos de dedicação, riscos acumulados e noites sem dormir valessem menos que um discurso populista de “eficiência administrativa”.
A Hipocrisia dos Aposentados
Muitos desses aposentados que defendem os subsídios e a “política Tarcisista” , já distantes dos desafios cotidianos da profissão, não sentem o impacto das mudanças que defendem.
Ademais , muitos muito ricos!
Não perguntem como…
Enquanto os policiais ativos discutem a erosão salarial causada pela inflação e pela falta de reajustes, grande parcela dos aposentados desfruta de uma estabilidade financeira que lhes permite ignorar as lutas daqueles que ainda estão na linha de frente.
Resistir à Falsa Redenção
A verdadeira modernização da administração pública não se faz cortando direitos, mas garantindo transparência e equidade.
Se o governo deseja simplificar e estabilizar a folha de pagamento, que o faça mediante diálogo com as categorias, preservando direitos constitucionais e o valor real dos proventos através de cláusulas de revisão automática vinculadas à inflação.
Não podemos permitir que o Governo apoiado pelos interesses egoístas de um grupo minoritário de aposentados prevaleça sobre os direitos dos policiais que ainda têm uma carreira pela frente.
A sociedade paulista não pode pagar o preço de uma polícia desmotivada e subvalorizada.
É hora de resistir à falsa redenção salarial oferecida pelo subsídio único.
Quem cala diante de um golpe, compactua com ele.
E nenhum verdadeiro policial civil se conforma com a própria humilhação.
O fenômeno do fanatismo bolsonarista não se restringe à polícia, mas reflete uma tendência mais ampla da sociedade brasileira, marcada pela polarização política e pela ascensão de discursos extremistas. No caso dos delegados de polícia, essa adesão fanática pode ser compreendida como uma adesão ao antipetismo, um dos pilares centrais do bolsonarismo. Muitos delegados, movidos por motivos ideológicos ou por uma visão maniqueísta da política, acabam abraçando narrativas simplistas que dividem o mundo entre “nós” (defensores da ordem, da família e dos “bons costumes”) e “eles” (esquerdistas, corruptos e inimigos da pátria). Essa visão binária, ao ignorar nuances, contribui para o empobrecimento intelectual, desencorajando o pensamento crítico e a reflexão.
Fanatismo Bolsonarista na Polícia Civil de São Paulo: Autoritarismo, Negacionismo e a Crise de Legitimidade Institucional
A ascensão do bolsonarismo como fenômeno político-cultural não se limitou aos discursos públicos ou às redes sociais: infiltrou-se nas estruturas do Estado, contaminando setores estratégicos, como a Polícia Civil de São Paulo.
Delegados identificados com essa ideologia, além de carregarem um passado sombrio, adotam práticas autoritárias, negacionismo histórico e promovem ataques sistemáticos a colegas rotulados como “esquerdalha”, revelando uma manipulação ética e intelectual incompatível com os princípios de uma carreira jurídica.
Essa postura, longe de ser mera idiossincrasia individual, está enraizada em uma cultura institucional marcada pelo saudosismo da ditadura militar e pela instrumentalização política do antipetismo.
O resultado é uma corporação dividida, onde o fanatismo ideológico compromete a imparcialidade do trabalho policial e corrói a confiança pública.
A referência ao saudosismo da ditadura militar é um ponto crucial. Durante o regime militar (1964-1985), as polícias civis e militares foram instrumentalizadas como braços repressivos do Estado, atuando na perseguição, tortura e eliminação de opositores.
Esse período deixou marcas profundas na cultura policial, especialmente em São Paulo, onde o Esquadrão da Morte ganhou notoriedade.
Para muitos delegados e policiais (alguns dos quais foram torturadores e executores) que se identificam com o bolsonarismo, a ditadura é vista como um período de “ordem e progresso”, em contraste com a suposta “desordem” da democracia.
Esse saudosismo não apenas revela uma visão distorcida da história, mas também uma nostalgia por um tempo em que a violência estatal era legitimada e a autoridade policial não era questionada.
Delegados identificados com o bolsonarismo frequentemente romantizam esse período, tratando a ditadura não como um regime de exceção, mas como uma “era de segurança e moralidade”.
Essa visão distorcida ignora documentos históricos que detalham a cumplicidade policial com esquadrões da morte e a perseguição a militantes.
Ao normalizar discursos que defendem a tortura, execuções sumárias e censura, esses delegados perpetuam uma cultura institucional que já deveria ter sido superada com a redemocratização.
O saudosismo autoritário se manifesta em discursos que glorificam figuras como os delegados Fleury e Romeu Tuma, entre centenas de outros que passaram por órgãos como a OBAN, o DEOPS e o DOI-Codi/SP, cujos métodos de tortura são reinterpretados como “ações heroicas” contra “inimigos internos”.
Essa narrativa revisionista não é ingênua: serve para legitimar práticas contemporâneas de intolerância dentro da corporação.
Quando delegados contemporâneos atacam colegas progressistas como “esquerdalhas”, estão reeditando a lógica maniqueísta da Guerra Fria, na qual qualquer crítica às estruturas de poder é interpretada como subversão.
A Negação do Conhecimento e a Falta de Caráter
Um dos aspectos mais preocupantes desse cenário é a negação do conhecimento por parte de delegados que, em tese, deveriam ser formados em Direito e comprometidos com a busca da verdade e da justiça.
A adesão a discursos claramente falsos ou distorcidos, como teorias da conspiração e fake news, revela uma contradição entre a formação acadêmica e a prática profissional.
Essa dissonância pode ser explicada, em parte, pelo viés ideológico que sobrepõe a razão e o conhecimento.
No entanto, também aponta para uma falta de caráter, já que esses profissionais escolhem repetir inverdades mesmo sabendo que são falsas, seja por conveniência, seja por lealdade a um grupo ou ideologia.
O Impacto na Carreira e na Polícia Civil
O fanatismo bolsonarista e o saudosismo da ditadura têm um impacto negativo não apenas nos indivíduos, mas também na instituição como um todo.
A carreira de Delegado de Polícia , que busca reconhecimento como uma carreira jurídica, acaba sendo associada a práticas autoritárias e a um discurso de ódio, o que mina sua credibilidade e legitimidade.
Além disso, a divisão interna entre delegados “bolsonaristas” e “esquerdistas” (ou simplesmente críticos do bolsonarismo) cria um ambiente de hostilidade e desconfiança, prejudicando o trabalho em equipe e a eficiência da instituição.
Guerreiros de Brancaleone: Tristes Figuras
A referência aos “Guerreiros de Brancaleone” é particularmente pertinente.
No filme italiano A Armada Brancaleone (1966), um grupo de cavaleiros medievais incompetentes e desorganizados se aventura em busca de glória, mas acaba sendo uma caricatura de si mesmo.
Da mesma forma, os delegados saudosistas da ditadura e fanáticos bolsonaristas podem ser vistos como figuras tristes, que se apegam a um passado idealizado e a um discurso vazio, mas que, no fundo, são incapazes de lidar com os desafios reais da sociedade contemporânea.
Eles são, em última análise, caricaturas de si mesmos, presos em uma visão ultrapassada e autoritária do mundo.
A Esperança de Mudança
Apesar do cenário desolador, é importante lembrar que nem todos os delegados de polícia se identificam com o fanatismo bolsonarista ou com o saudosismo da ditadura.
Há profissionais comprometidos com a ética, com a busca da verdade e com a defesa dos direitos humanos.
Esses delegados, muitas vezes silenciados ou marginalizados dentro da instituição, representam uma esperança de mudança.
Cabe à sociedade e às instituições democráticas apoiar e fortalecer esses profissionais, promovendo uma cultura de respeito, diálogo e pluralismo dentro da Polícia Civil.
Os Assassinos e Torturadores Ainda Estão Aqui
Enquanto o fanatismo bolsonarista for tratado como “opinião política” e não como risco institucional, a Polícia Civil permanecerá refém de uma agenda que a transforma em caricatura de si mesma – triste herdeira dos porões do DEOPS, agora disfarçada sob retórica digital e bravatas pseudopatriotas.
A democracia brasileira não sobreviverá a uma polícia que troca o código penal por manifestos do WhatsApp.