Análise laboratorial de bebidas sob suspeita de metanol em SP exige rigor, diz o Dr. Mauro Renault – Perito do Instituto de Criminalística da Polícia Civil

Diretor do Núcleo de Química do Instituto de Criminalística explica que a perícia envolve verificação de embalagens e exame laboratorial detalhado; prazo para conclusão não é definido, mesmo com aumento de casos e vítimas

Uma onda de casos de intoxicação por metanol em São Paulo transformou a rotina do Instituto de Criminalística da Polícia Civil em uma verdadeira maratona de periciamento.

O processo de análise das centenas de garrafas apreendidas em bares e distribuidoras interditadas é complexo, detalhado e, sobretudo, sem previsão de encerramento.

O laudo final, documento aguardado por famílias, autoridades de diversas esferas e vítimas para confirmar ou não a presença de substância letal, depende de uma sequência de etapas meticulosas conduzidas por especialistas e equipamentos de última geração.

Nas etapas da perícia, segundo o diretor do Núcleo de Química do Instituto de Criminalística, Dr. Mauro Renault, são claramente definidas e não permitem atalhos:

  • Documentoscopia: O primeiro passo é verificar a apreensão das garrafas. Peritos examinam selos, rótulos, lacres e restrições, em busca de sinais de adulteração ou falsificação, usando tanto a observação a olho nu quanto às lentes especiais.
  • Núcleo de Química: Após a triagem inicial, o material segue para o laboratório, onde o líquido é transferido para frascos, centrifugado e submetido a análise em equipamentos sofisticados. Os programas computacionais identificam todas as substâncias presentes, suas concentrações e estão dentro das restrições legais. Só então é possível detectar a presença de metanol e sua quantidade.
  • Laudo final: A confirmação definitiva só ocorre ao final desse processo. Até lá, não há como afirmar se há ou não metanol em cada amostra, nem em qual concentração. O resultado é encaminhado ao Delegado de Polícia para subsidiar as investigações.

Não há prazo fixado em lei para conclusão dos laudos . Eles dependem da demanda, da complexidade das amostras e das prioridades da perícia. Em meio à urgência dos casos de intoxicação, a pressão por respostas é grande, mas o Instituto de Criminalística insiste: não é possível agilizar o processo sem comprometer a segurança dos resultados.

Casos em SP: aumento das notificações e vítimas

Segundo a Secretaria estadual da Saúde, o número de notificações suspeitas de intoxicação por metanol subiu de 45 para 52 na quinta-feira, 3 de outubro, incluindo casos investigados e mortes. Até o momento, 1 morte foi confirmada como decorrente do consumo de bebida adulterada com metanol (homem, 54 anos, capital paulista) e outras cinco permaneceram sob investigação. Há 10 casos confirmados de intoxicação e 36 ainda em análise.

Histórias de vidas impactadas

Por trás dos números, histórias de perdas e sofrimento: vítimas como Radharani Domingos, que perdeu a visão após consumir caipirinhas em estabelecimento nobre, Rafael Anjos Martins, internado em coma desde setembro, Bruna Araújo de Souza, em estado grave, e Marcelo Lombardi, morto após consumir vodca adulterada, ilustram o perigoso rastro deixado pelo metanol — uma substância inicialmente inodora, insípida e incolor, mas que devastou famílias inteiras.

Equipe de perícia sob pressão

Enquanto aguardam os laudos, as equipes do Instituto de Criminalística reforçam uma necessidade de cautela:

“Precisa verificar se tem o metanol e a quantidade, ou seja, verifique se a composição está no limite do metanol. Pode ser que a amostra não tenha metanol. O resultado só sai no laudo”, resume o Dr. Renault.

Enquanto a perícia segue seu curso, a recomendação à população é evitar o consumo de bebidas alcoólicas sem origem induvidosa.

Especialmente “drinks” em casas de luxo ou “batidões” em barraca de praia.

“O vazador está aqui e agora” …E a torpeza , também! 8

Ao ser questionado pelo Metrópoles, o procurador Márcio Christino, inicialmete, pôs em dúvida a autenticidade das mensagens. “Informação anônima não confirmada é de uma irresponsabilidade total e dá motivo para medidas legais cabíveis. Desconheço esta conversa e lamento que o site seja manipulado dessa forma”, disse.

No entanto, logo em seguida, o próprio procurador foi ao grupo reclamar do vazamento, em mensagens às quais Metrópoles também obteve acesso. “O vazador está aqui e agora vigiando quem fala criticamente do PGJ”, disse no grupo.

Ao Metrópoles, Christino completou afirmando que se trata de “disputa eleitoral” já que o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) escolherá novos diretores em dezembro deste ano.

https://www.metropoles.com/sao-paulo/procurador-cita-porsche-de-juiz-e-lamenta-sua-classe-social-inferior

Promotores, procuradores e delegados: nobres do palácio, párias nos luxos e isonômicos no mau cheiro! 5


Um olhar gonzo para a falta de “ubiquação” das castas que sonham (e espumam) com carros importados ,  bônus milionários  e ficam nos pés, de nariz colado na vitrine do vizinho, chorando isonomia.

Sob inspiração de bombástica matéria publicada no Portal Metrópoles de autoria de Luiz VassalloRamiro Brites.

Vamos falar de carreira que no WhatsApp defendem penduricalhos, ironizam outros servidores e reclamam de carrões de juízes.

Do que é viver com o senso de império na cabeça, mas sem o império no lugar.

No MPSP, nas delegacias e outros gabinetes da elite “jurídica” , a “ubicatión” — que no portunhol castiço significa “sentimento de pertencimento ao lugar certo” — é escassa, e a falta dela é o grande drama da classe.

Também pode significar sentimento de onipotência , grandeza e até pejorativamente como falta de inteligência !

Será trauma institucional dos tempos – até 1988 – em que o Juiz poderia nomear “promotor ad hoc”?

Há muitos anos , tudo virou competição: “quem é mais nobre?”; “quem não é plebeu?”; “quem não está do lado de lá da vitrine?”.

No MPSP, o grupo “Equiparação Já” grita por isonomia!

Mesmo choro; desde antes da “Carta de Curitiba ( 1986 )“…  

No fundo, destilando antiga inveja raivosa; agora de juiz com carro esportivo alemão e inveja de desembargador com coleção de apartamentos.

“Você já passeou de Porsche hoje?”, esbanja ironia um procurador.

Logo no parágrafo seguinte, reclama: “A diferença entre nós e os desembargadores não é eventual, é estrutural. Agora, estamos em uma classe social inferior.”

Os diálogos são ouro para uma crônica cáustica.

Uma procuradora indigna-se:

“Inacreditável! Um conhecido meu, juiz, acabou de comprar o terceiro carro de colecionador!

Mais de um milhão só em carros de colecionadores para ficar na garagem e sair só final de semana!”.

Um amigo meu – Desembargador aposentado – manda biejinhos nos ombros para a invejosa!

E, enquanto isso, outros membros do MP vociferam por “equiparação”, prêmios, bônus, penduricalhos e o “direito a pagar as contas” — claro, com um salário que, para o resto da sociedade, já é digno de aposentadoria precoce em Lisboa.  

Aqui, a isonomia funciona só para puxar o tapete lá de baixo ; nunca para estender a mão.

A categoria em si é unida na angústia de ser “classe média alta funcional”, mas é rara na defesa do serviço público para além do próprio salário.

Quando alguém contesta, é chamado de “mesquinho”, “ingênuo”, “inimigo da classe”, “idealista” ; em vez de exemplo , uma aberração!

O “burro” é quem não quer receber o penduricalho, o “espertinho” é quem milita pela “equiparação” ;  enquanto ela – a coletividade , a razão do serviço, a coisa pública em si – ficou no banco da reserva, à espera do momento em que alguém, por esquecimento, abrir a porta e deixar entrar ar fresco.

O “burro” certamente já vislumbrou que o fim da matata está próximo!

Promotores , procuradores e delegados parecem viver uma cena digna de Kafka ou de uma propaganda de rádio do Eli Corrêa : ambos clamam por “isonomia”.

“Oiiii gennnte! 

Penso que , em vez do inseto gigante de a Metamorfose , estão muito mais para as moscas da feira …

Em “Assim Falou Zaratustra”, de Nietzsche, as “moscas da feira” (ou “moscas venenosas”) representam as pessoas mesquinhas, pequenas e venenosas que se sentem ofendidas pela grandeza e o orgulho de quem está acima delas.

No caso, há isonomia na falta de “ubiquação” — ou, em português claro, ambos sentem falta de reconhecimento, de status, de respeito. Não querem só dinheiro, querem ser vistos, querem ser aplaudidos, querem sentar-se na primeira fila do baile — de preferência, ao lado dos magistrados, seus ídolos inacessíveis.

Mas, entre um café requentado na delegacia e uma reunião importante no MP, um detalhe passa despercebido: promotores e delegados são, de fato, isonômicos .

Só que na falta de percepção da sua verdadeira realidade!

O  sentimento de pertencimento, de estar no lugar certo, de ser reconhecido , falta tanto para o promotor, que sonha com o Porsche do juiz, quanto para o delegado, que sonha, “quando sonha” , com o salário do promotor.

Enquanto isso, a população assiste ao espetáculo com cara de quem tomará um  Flit Paralisante qualquer.

O debate interno,  nas redes sociais , nos grupos do Whatzapp , nos corredores dos fóruns e das delegacias, é uma mistura de culto à autoimagem, ressentimento de banco de faculdade e racionalização jurídica digna de um manual de autoajuda corporativa.

Diga-se: bem mafiosa!

O argumento técnico é só o palco: atrás do pano, a peça é de vaidade, medo de perder o “Submariner” e inveja do juiz que transita de Lexus ostentando um “discreto” Patek Philippe e que compra seus ternos na Europa; sem contar para ninguém.

Cá entre nós : não gostaria de ser julgado por magistrado que  compra Porsche…Prefiro aqueles dos tempos de Chevette , Opala ou mesmo Santana!

Verdadeiramente, todo  mundo quer um pouco do que o vizinho tem.

Mas nada é tão amargo quanto notar que, nem na solidão de frente ao espelho, se consegue gostar do reflexo.

A pessoa  põe bela roupagem, discursa contra os privilégios do poder, mas depois, no grupo interno do WhatsApp, explode o “Inacreditável”!

E, claro, segue remoendo: “A diferença entre nós e os desembargadores é maior do que entre nós e os ( nossos )  analistas. Estamos mais perto de sermos vistos como ( os nossos ) funcionários do que como ( nossos )  iguais. Isto não é eventual, é estrutural. Agora, estamos em uma classe social inferior. Bom domingo, com ou sem Porsche.”

Bem feito para os analistas “metidos a besta” !

Que nos perdoem todos que ainda mantém postura e comedimento ao tratar de questões tão sensíveis.

Porra, todo mundo quer pagar as suas contas …

Mas nem todos trabalham o suficiente para merecer R$ 100.000,00 por mês e ainda achar pouco.

Pior: ainda ser invejoso!  

Defeito que este Gonzo nunca se permitiu; ainda que sempre tivesse muita revolta pela supervalorização de algumas castas do funcionalismo em detrimento de quem ,  verdadeiramente , além de tocar , tem que carregar o piano e toda a banda nas costas…

Esses rapazes merecem um grande : “vão tomar bem no meio do olho do cu”, com especial dedicatória ao Dr. Christino que , certamente , queria ser Juiz “judicialiforme” , para quem não é do tempo desse palavrão : quando o Delegado – ou ou o Juiz – de ofício , investigava , denunciava , presidia a instrução e sentenciava, conforme seus interesses , pelo engavetamento  ocorrências de crimes graves .

Bastava fazer mais ou menos como o Marcio Sérgio : instaurar PIC para , ao final , contrariando a si próprio, suscitar que o ocorreu desistência voluntária e arrependimento eficaz , pelo que, nos termos do artigo 18 do CPP ( risos )  autoarquivada o PIC de gaveta , sem esquecer de expedir ofício com cópia da sua r. decisão diretamente ao  infeliz peculatário  – rico e sogro de Desembargador – como se pedisse desculpas pelo inconveniente .

No fim, o grande drama deles não é a falta de coisa alguma , mas sim o excesso de espelho. Enquanto se olham, se comparam e se lamuriam, a banda – aquela que toca a sinfonia caótica da violência, da corrupção e da miséria real – continua esperando que alguém, por um milagre, pare de chorar o Submariner que não tem e comece, finalmente, ajudar a carregar o piano.

Rede de prostituição é alvo de megaoperação contra lavagem de dinheiro na Baixada Santista 7

Caiu na tarrafa

Ministério Público preserva intimidade dos funcionários e clientes ao não divulgar nomes de hotéis, restaurantes e prostíbulos investigados. O faturamento foi desviado para postos de combustível ligados às fintechs do Crime.

Uma megaoperação policial supervisionada pelo Ministério Público de São Paulo, com a colaboração da Polícia Militar e a Receita Federal,  desmantelou nesta quinta-feira (25) um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que , entre outras atividades , usava casas de prostituição, hotéis  e restaurantes na Baixada Santista como fachada para ocultar a origem ilícita dos recursos, alimentando uma rede de postos de combustíveis associados a fintechs ligadas ao crime organizado.

A ofensiva, batizada da Operação Spare, cumpriu 25 mandatos de busca e apreensão em Santos, Guarujá, Bertioga e Praia Grande, mirando bens, documentos e contas vinculadas a estabelecimentos comerciais que funcionavam como verdadeiro elo entre o submundo dos jogos de azar, prostituição e o setor financeiro alternativo das fintechs.

O MP, consciente de preservar a intimidade dos clientes das casas de prostituição e hotéis investigados, optou por não revelar nomes ou endereços, restringindo o foco ao fluxo financeiro e à apuração das empresas beneficiadas pelo esquema de lavagem.

Segundo as apurações, o faturamento desses estabelecimentos era redirecionado para postos de combustíveis que, por sua vez, mantinham ligação direta com contas digitais administradas por fintechs de fachada;  estrutura utilizada para camuflar milhões de reais oriundos do crime, principalmente apostas ilegais e tráfico de drogas.

Especialistas apontam que o cuidado em ocultar nomes dos espaços de entretenimento adulto e hotelaria demonstra a preocupação das autoridades em evitar a exposição de trabalhadores e clientes  que não tenham relação com a atividade ilícita.

A operação representa mais um passo no enfrentamento a círculos criminosos na Baixada Santista e acender o alerta para o papel central das “maquininhas de pagamento” em esquemas de lavagem, movimentando grandes volumes sob aparente legalidade e revelando a atuação de diversas quadrilhas estruturadas  no litoral paulista.

Flit Paralisante apresenta: “Quanto Mais Patridiota, Melhor” — estrelando Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo

Cheguei na Netflix por acaso , depois de meia garrafa de Wild Turkey 101 Proof , achando que ia pegar a matinê de clássico como Mad Max, mas por descuido – ou foi a beberagem – caiu logo no festival “Quanto Mais Idiota Melhor”, edição da Jovem Pan  Brasilzão sem freio.

Deu-lhe : a tela cheia de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, dupla dinâmica do meme: Wayne e Garth da política, só que sem guitarra, sem graça e overdose de patriotário.

Eduardo – chupetinha do Donald – vem de protagonista, mas é aquele cara que decora batalha naval achando que descobriu a arte da guerra na política .

Paulo faz o Garth genérico: fala inglês de WhatsApp, repete tudo com delay – que não é o da guitarra do Brian May  ; muito mais para o tipo tradutor de hoje do discurso embromation do Trump.

Golpista!

Um filha da puta que foi neto da puta que era bisneta de uma puta!

Mas , diga-se, em matéria de embromação e de mentira ele é GENIAL!

Um cavalo cheiroso como queria o avô General – aquele do apê milionário em São Conrado , financiado pela CEF!

O roteiro?

O mesmo de sempre!

É besteira pronta atrás de besteira pronta, só que ninguém confessa que tá rindo pra não ser ameaçado .

Quanto mais patacoada, mais fã-clube batendo palma e apelando para : “We Are the Champions” em ritmo de fuck  news.

Fim do filme?

Nunca tem.

A sessão é looping infinito, as mesmas frases de efeito, “os mesmos” – conforme o bom meganhês –   levam de indignação falsa, mais risadinha de plateia paga do Metrópoles e Ciª.  

Se piscou, perdeu três falsas e indignadas falas e dois discursos “Deus amaldiçoe o Xandão e o Brasil”.

Moral da história: no Brasil versão primavera 2025, a tragédia dos bozos virou sitcom.

E quem reclama vira figurante voluntariamente ; sem peninha .

Como sempre , o Flit Paralisante apresenta uma “buena ideia”, assistam o original:

“Quanto Mais Idiota, Melhor” …

E vem continuação por aí; em trio!

SIPESP: Em Defesa da Transparência Absoluta nos Rumos da Entidade e do Sindicalismo 21

Um tanto constrangido, o Flit Paralisante se vê na obrigação de levantar questionamentos a respeito de um sindicato , o SIPESP , indiscutivelmente respeitado e ao qual nutrimos apreço, reconhecendo a solidariedade que tantas vezes nos foi dispensada, ainda que com as divergências naturais!

Contudo – em cumprimento ao dever de informar e debater temas relevantes ao universo da Polícia Civil e da nobre carreira dos Investigadores de Polícia – torna-se necessário indagar sobre a veracidade das informações que circulam a respeito de supostas incongruências encontradas nas contas da entidade, já sob a gestão da diretoria atual, presidida por Paulo Augusto Ribeiro Morato Erica .

É legítimo, e até natural, a preocupação em resguardar a imagem de lideranças históricas como a do ex-presidente Rebouças.

Entretanto, quando se trata da administração de patrimônio sindical e de recursos vultosos, a transparência deve ser absoluta, sem concessões.

Com efeito , a  insinuação que chega até nós é grave: fala-se em um rombo milionário nos cofres da entidade, pretensamente abafado por meio do pagamento de uma “cala-boca” no valor de R$ 80.000,00.

Que nem sequer equivaleria a 1% do pretenso desfalque que teria ocorrido; diga-se : durante a longeva ou quase vitalícia gestão anterior.

O assunto, acreditamos, se reveste de interesse público !

Com a palavra, portanto, os maiores interessados : a classe dos Investigadores!

Quando o amor pela Cadeira é Fatal 14

A recente execução de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo, não choca apenas pela brutalidade, mas pela exposição surpreendente deliberada de alguém que conhecia como poucos o submundo do crime organizado brasileiro.

Com efeito , Fontes, jurado de morte ao menos desde 2019 , por ordem expressa da alta cúpula do PCC, tinha ciência concreta das ameaças: relatórios sigilosos, cartas interceptadas e informações de inteligência reiteravam que seu nome era alvo prioritário da facção; confirmando em depoimentos próprios que havia “uma ordem para matar autoridades, e meu nome estava entre elas”.

Ainda assim , depois de aposentado  e afastado do aparato protetivo da linha de frente, instalou-se em funções públicas de relevante poder como secretário municipal da Prefeitura de Praia Grande .

Na região sensível da Baixada Santista :  “território inimigo”, para quem carrega esse histórico de enfrentamento.

Conforme as suas palavras: “estou sozinho no meio deles” !

Que me desculpem quem afirmar o contrário  , mas a Baixada Santista  não é ninho ou reduto do PCC…

Mas Praia Grande virou território de policiais corruptos com carreira na Capital; a exemplo dos que foram capturados pela Polícia Federal.   

Ora , mas já que assim considerava esta região e sabendo que “estava no meio deles” sua imprudência com a própria  proteção causa perplexidade.

Não são raros os exemplos de policiais  –  mesmo menos vistos – que redobram estratégias de autoproteção, alteram trajetórias, limitam aparições públicas e cultivam o anonimato quase obsessivamente após aposentadoria.

O caso de Fontes, no entanto, revela uma mistura de autodeclarado amor pelo trabalho , um pessoal senso de dever institucional e autoconfiança inapropriada para quem esteve durante décadas na linha de combate.

Tal postura pode ter subestimado a  existência de outros desafetos além do PCC , com capacidade logística e conhecimento institucional da segurança pública na Praia Grande.

Pelo que pode se perceber : muita vigilância eletrônica e quase nenhuma vigilância humana nas ruas.

Vale dizer: muito investimento em tecnologia e quase nenhum investimento em policiais.   

Outros, porém, podem enxergar  laços ainda mais profundos: a dificuldade de romper com a vida pública, com o prestígio e o sentimento de pertencimento ao ofício para o qual se foi moldado, quase sempre à custa do próprio anonimato e segurança.

Além de ser um homem tido como muito rico , dificilmente faltariam a alguém com o currículo de Fontes alternativas de trabalho  e subsistência mais seguras: CEO em empresas de segurança, consultor jurídico, conferencista, docente ; funções em que tantos policiais brasileiros de escalonamento máximo optam quando da aposentadoria planejada , em muitos casos , com robusto aparato de proteção pessoal e familiar.

A escolha por permanecer em terreno hostil, exposta à mira de uma facção que já provou sua capacidade de  planejamento e vingança  – servidos a frio – é de causar espanto.

Questionamos  : era amor pelo trabalho ou amor por uma cadeira  ainda mais poderosa e rentável ?

Ora , se amava tanto trabalhar poderia permanecer no cargo de delegado até completar 75 anos ; como muitos dos delegados de classe especial fazem ; alguns ex-delegado gerais  , inclusive!

A ação que o vitimou foi marcada por armamento pesado, carros queimados e estratégia de combate típico de operações paramilitares ; padrão que revela o grau de organização e a frieza dos executores.

Não foi morte inesperada: foi a execução de quem, à sua maneira, optou por desafiar ou desprezar o risco, mantendo funções e visibilidade típicas do “velho policial vocacionado do comigo não acontece”, cuja identidade, muitas vezes, se confunde trágica e inseparavelmente com o próprio ofício.

Este crime serve, assim, de alerta dramático para milhares em situações semelhantes : no Brasil, a linha entre o  desejo de dever e o sentimento de onipotência , decorrente de natural  bravura e  inteligência ,  podem ser fatais quando o adversário é uma organização  criminosa ; ainda mais se se confirmar a autoria como sendo do PCC.

O caso Fontes reitera – além do desapego –  necessidade imperiosa de planejamento defensivo, anonimato e estratégias de proteção permanente para todos aqueles que, um dia, ousaram combater não um crime comum ; mas um poder que se arvora em Estado paralelo, dotado de memória, alcance e até prazer de vingança.

Enfim, se aposentar da polícia para ir viver no meio de bandidos não foi morte anunciada , foi estupidez confessada…Ou a “vis atractiva” era inenarrável e irrecusável?  

Seja como for , não foi uma “buena ideia” merecedora de peninha!

Mais uma vingança nojenta, repulsiva e de um arbítrio nauseante do governo dos EUA 7

Os Estados Unidos  –  mais uma vez atentando contra a nossa soberania e agindo para favorecer bandidos –  impuseram penalidades da Lei Global Magnitsky contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, e contra o instituto Lex, ligado à família Moraes, ampliando restrições já aplicadas ao próprio ministro desde julho de 2025.

As sanções incluem restrição de acesso ao território dos EUA, congelamento de bens nos EUA e impedimento de realização de transações financeiras em dólar com instituições bancárias americanas ou que operem no país.

Com efeito , a  punição de terceiros  –  familiares e instituições  – como retaliação por decisões judiciais é marca das práticas mais torpes e autoritárias da história.

Assistimos estarrecidos ao uso, pelo governo americano, da famigerada Lei Magnitsky para sancionar não apenas autoridades brasileiras, mas também seus cônjuges e entidades vinculadas à família, numa espécie de vingança extrajudicial digna dos regimes mais abjetos.

Punir alguém não pelo próprio delito, mas por sua ligação afetiva ou profissional com quem desagrada aos poderosos, rasga qualquer noção mínima de justiça, ataca a moral civilizatória e revela a verdadeira face do autoritarismo travestido de luta por “liberdade de expressão”.

Nada mais desproporcional  – e vil  – que transformar familiares em alvo de embargos financeiros, restrições territoriais e constrangimento público para forçar mudanças políticas ou pressionar tribunais.

Essa medida – nojenta, repulsiva e de um arbítrio nauseante  – envergonha a nação americana e avilta valores elementares da democracia.

A história deixará marcado esse episódio como página infame da política externa dos EUA, que, ao afirmar combater abusos, utiliza a força estatal para retaliar pessoas inocentes, sem qualquer laço com os pretensos atos ilegais; de se dizer: existentes apenas na mente criminosa dos governantes daquele país.

Não há defesa possível para a punição contra terceiros.

O verdadeiro povo americano  –  maior do que seus governos momentâneos – merece mais que isso.

É urgente repudiar, com todas as letras, esse tipo de sanção: uma imundície autoritária, odiosamente vingativa, que conspurca qualquer alegada superioridade moral ou institucional dos EUA no plano internacional.

Suspeito de elo com PCC é apontado como doador do DEIC…Para zero surpresa : o PL tá na foto e na fita! 5



Conforme matéria do Jornal Metrópoles , de autoria do jornalista Renan Porto, o empresário Gabriel Cepeda, do setor de combustíveis e investigado por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), foi apontado como responsável por custear secretamente a construção de um centro de treinamento (CT) de artes marciais na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), órgão central da Polícia Civil de São Paulo.

Detalhes da Doação e da Investigação

A doação teria acontecido sem publicação de termo no Diário Oficial, como exigido por lei, distinto de outras doações à Polícia Civil e Militar que tiveram divulgação formal.


O nome de Gabriel Cepeda passou a circular na polícia como suposto financiador do CT após ele virar alvo da Operação Carbono Oculto do Ministério Público de São Paulo (MPSP), em agosto de 2025.

A operação investiga como a rede Boxter, da qual é sócio, seria usada para lavagem de dinheiro do PCC.

Um amigo de Cepeda, o influenciador e ex-lutador Matheus Serafim, publicou inicialmente nas redes que Cepeda teria sido o responsável pela obra, mas, após início da investigação, apagou a postagem e negou a veracidade da informação, alegando ter exagerado para prestigiar o empresário.


O diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, afirmou inconvincentemente que a academia foi construída com doação de outro empresário, entretanto se negou a revelar seu nome sob justificativa de proteção de dados pessoais. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) também negou envolvimento de Cepeda, informando que só revelaria o doador por meio de pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Relação da Rede Boxter com o PCC e com o PL bolsonarista

A ligação da rede Boxter com o PCC foi investigada em operações da Polícia Federal desde 2020, quando familiares de Gabriel Cepeda foram presos acusados de participação em lavagem de dinheiro para o grupo criminoso. Na Operação Carbono Oculto, há menção ao uso de empresas de fachada e transferência de postos de combustíveis para “laranjas”.

Já Matheus Serafim, ex-lutador de artes marciais e ex-assessor do deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), ingressou de forma ativa na política paulista e planeja disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nas eleições de 2026 pelo PSD. Serafim vem ampliando sua rede política, posando para fotos e participando de eventos com lideranças de diversos espectros partidários e autoridades policiais relevantes do estado.

Serafim esteve, em pelo menos três graças, acompanhado de Gabriel Cepeda — empresário investigado por suposta ligação com o PCC — em encontros com políticos de peso.

Em 11 de agosto, Serafim e Cepeda visitaram Gilberto Kassab, presidente do PSD e secretário de Governo, no Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista.

No mesmo dia, reuniram-se também com Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. O encontro teria sido repetido em 18 de agosto, apenas dez dias antes da deflagração da Operação Carbono Oculto, que colocou Cepeda no foco das investigações sobre lavagem de dinheiro para o PCC.

No Instagram, Matheus Serafim exibe fotos ao lado de outras figuras políticas e policiais, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite (PP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); nessas graças, Gabriel Cepeda não aparece.

Esses encontros ilustram a estratégia de Serafim de ampliar seu capital político, mantendo proximidade tanto com supostas lideranças da elite do PCC , chefias da Polícia Civil quanto com lideranças de partidos relevantes no cenário estadual e nacional.

Situação Atual

O centro de treinamento do Deic encontra-se pronto e em funcionamento experimental, mas ainda não foi inaugurado oficialmente. O objetivo do espaço seria proporcionar bem-estar e saúde física aos policiais, podendo ser utilizado por agentes, familiares e contratados terceirizados.

O caso está envolto em dúvidas quanto à legalidade dos valores e bens recebidos e a real identidade do doador da academia, e a questão permanece sem transparência oficial, aguardando eventual resposta formal da Delegacia Geral e da Corregedoria.

A resposta do Diretor do DEIC é descabida .

A identificação do doador é fundamental para se aferir a legalidade da transferência de recursos.

A lei de proteção de dados não pode ser invocada para acobertar procedimentos contrários à moralidade e a legalidade.


Citações:
Suspeito de elo com PCC é apontado como doador … https://contilnetnoticias.com.br/2025/09/suspeito-de-elo-com-pcc-e-apontado-como-doador-secreto-de-ct-do-deic/

Derrite flagrantemente sabota e direciona a investigação…Malditos sejam todos os delegados que se submeterem a tal elemento 2

Tem que ser o PCC …É a ordem do secretino!

Suspeita afirmou, ontem, em seu interrogatório, que não sabia o que estava carregando. Mas, segundo a polícia, ela teria afirmado ‘extraoficialmente’ que sabia estar transportando um fuzil. Aos policiais, ela também contou que foi procurada por um homem que a pediu para retirar um pacote em Praia Grande. Após voltar do litoral, a mulher, segundo a investigação, entregou a arma para a mesma pessoa que a recrutou… – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2025/09/17/mulher-ouvida-policia-buscas.htm?cmpid=copiaecola