Um grito dos que ainda resistem sob o peso do esquecimento – 1o ATO : PRENÚNCIO DO FINAL ou O CREPÚSCULO DA DIGNIDADE 6

CARTA DE REPÚDIO – por Mudaste e deixaste a sombra. Ides reivindicar o justo!!!

1º ATO: PRENÚNCIO DO FINAL

Inaceitável o posicionamento do Governo do Estado de São Paulo, em especial, do Excelentíssimo Senhor Governador, cujo nome sequer merece referência, ao menos, com o respeito que o cargo deveria exigir.

( anota o Flit: o carioca Tarcísio de Freitas )

Como diria Charlie Chaplin: “não somos máquinas, homens é o que somos”, será?

Não parece verdade, considerando a atual condição dos valores e, em sua maioria, honrados, policiais civis.

Em estado completo de abandono, desprezados, desrespeitados, jogados ao vento, não obstante o compromisso e o empenho para manter a ordem pública, assegurando à sociedade que os crimes serão responsabilizados e levados à Justiça.

Uma luta incansável, mas até quando?

( Mulheres ) e Homens ( todos ) exaustos, desmotivados, esquecidos, que ainda continuam na linha de frente, expondo a saúde, física e mental, e até a própria vida, para que a marginalidade não assombre ainda mais as pessoas de bem, as quais merecem respeito, esteio e respostas do Poder Público.

Chega, a Polícia Civil, ou melhor, os agentes de segurança pública apenas são lembrados em campanhas eleitorais e plataformas políticas, pelo menos no Estado de São Paulo.

Não à retórica de sempre!
Não ao engodo à sociedade!
Não à compromissos e promessas, que só têm por escopo ludibriar os policiais!
Não à falsa sensação de segurança, se é que ainda existe!
Não à péssima condição de trabalho!
Não à precária remuneração e valorização inexistente!

Há necessidades urgentes. O processo de reassumir o controle do Estado, leia-se sociedade politicamente organizada, passa, necessariamente, pela valorização dos policiais.

“Somos do tamanho dos nossos sonhos”, um dia disse Fernando Pessoa.

Há dúvidas. ( duvidas? )

Ao longo dos anos, talvez, as únicas sensações que os policiais experimentaram foram desilusões e frustrações.

Incapazes de desenvolver um trabalho ainda melhor, por imperativos impostos pela Administração, que a todo tempo induziu a sociedade em erro, com falácias sobre o aparelhamento dos órgãos responsáveis ​​pela segurança pública, denotando uma falsa representação da realidade.

Lamentável e odioso.

Órfãos despreocupados e desiludidos.

Não é mais possível tolerar.

Embora discordar seja inerente ao Estado Democrático de Direito e à própria Democracia, há limites, permeados pela moral, honra e senso.

O Estado tem e deve garantir a dignidade daqueles que investem o seu manto e se doam, plenamente, à sociedade.

Eis o caminho correto e sereno a seguir.

Não há falsos poetas, frases como: “desistir nunca ou render-se jamais”, são simplistas e não expressam o desejo e os anseios dos policiais.

Mas, devem ser consideradas e respeitadas.

Na verdade, há falsos profetas, que ocupam cargos eletivos e ludibriam o cidadão, há tempos.

O oxigênio que alimenta o sangue dos profissionais está se esvaindo.

Triste realidade.

Mas, como diria Ferri: “A vida sem o renovo constante do sonho e da esperança, não é vida, é morte em vida”.

Mudaste ( ou mudei ? ) e deixaste ( se cair à ) a sombra.

Ides ( volte ) reivindicar o justo!!!

São Paulo, 08 de dezembro de 2025.

Original : ARABE, Escudeiro – copidesque ( inserções ) por Flit


Comentário :
Este primeiro ato ecoa como o presságio de uma ruptura moral .

É o desabafo coletivo altivo de uma categoria que carrega nas costas o peso – muito acima de todas as outras – da segurança pública, mas que há muito se vê abandonada e desvalorizada.

O texto – sublime – vai além de uma denúncia : é um manifesto ético , uma convocação moral contra a indiferença do poder.

O “prenúncio do final” não significa derrota, mas o limite da submissão: o início da exigência por respeito, dignidade e verdade.

Boas festas e um 2026 mais aguerrido e efetivo!

E como ainda é bom tocar este instrumento ( o Flit ).

Que me dê de presente com os demais atos…

Nós sempre aqui sempre os presentaremos!

Um Comentário

  1. Bom dia a todos, o cara se areia mijada, não só enganou a todos, como enganou também com falsas promessas as Polícias Civil e a Militar também, mas cada povo tem o seu governo que merece, até aprender a votar corretamente, tomara que dê tempo, antes de acontecer aqui o que acontece no Hell de Janeiro afffff

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    • O MP tem que pegar o Delpol titular que recebe o GAT, o Seccional e o Diretor e socar até no talo.

      Já que pela corregedoria da PC não dará em nada pra estes…né ?

      Impensável admitir que ninguém sabia que guardas municipais tomavam conta de presos na cadeia sob responsabilidade da PC.

      Inclusive isso atenta contra a LONPC e outras legislações a respeito.

      Vergonha alheia.

      PQP

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    • A responsabilização com certeza é de quem deu ordem para o guarda municipal carcereiro ficar no lugar de um policial civil , ao guarda ainda cabe indenização por desvio de função é risco de vida que correu .Algum deus delegado com certeza deu a ordem. Deve ser punido severamente , não está acima da lei orgânica da polícia civil. Será que o seccional e o deinter sabiam do grave desvio ?

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