No Brasil, onde até a barbárie virou protocolo governamental, não surpreende que uma madrugada no Itaim Bibi e uma tarde de praia em Ilhabela produzam dois craques da mesma seleção: a do colapso ético armado.
Será metanol ou diazepan?
De um lado, Evandro Pedro de Mello, escrivão da Polícia Civil, 50 anos – deixou de ser rapaz faz bom tempo – transformando rua nobre em banheiro a céu aberto.
Está certo que aquele lugar em certas esquinas de bares é um esgoto ; assim vomitar e mijar na calçada em porta de prédio de luxo nem seria penalizável, poderia ser estado de necessidade.
Entretanto , comemorando sabe-se lá qual desgraça com tiro para o alto, como se estivesse levantando taça em final de campeonato, é o fim da picada!
E da carreira dele, salvo um bom laudo psiquiátrico .
Do outro, Leonardo Athila Rodrigues Borghi, tenente da PM de 32 anos, de sunga na Praia do Sino, agredindo uma moça que estava fumando um cigarrinho de maconha. Não bastou dar uns empurrões na moça de 40 anos , ainda amassou o baseado da banhista e disparou em direção aos pés da vítima!
Não parou por aí, escondeu a arma e aguardou tranquilo a chegada da Rádio Patrulha.
E qual o que , ao receber ordem de prisão partiu para cima dos próprios colegas de farda , prometendo “muito derramamento de sangue” como se fosse técnico incendiando torcida organizada.
E na frende do Delegado que buscava conter os ânimos , pois autoridade praiana não gosta de perder tempo relações mal resolvidas…
O tenente cuspiu na cara do Sargento…
Conclusão: tudo indica que o Oficial do Barro Branco estava cheiradão , mas foi implicar com uma maconheira …
A tiragem de lá já me passou que na verdade seria uma mulher muito harmoniosa …
E o tenente parece o Capitão Gay.
O derby é simples: de um lado, a deselegância bêbada do Itaim, carro branco, prédio de luxo, mijada na calçada e tiro para o alto; do outro, o surto de testosterona em Ilhabela, arma na areia, maconha alheia transformada em questão de honra, agressões, disparo e ameaça generalizada.
Ambos confiando na velha mística da farda e do distintivo : aquela sensação de que, no fim, tudo não passará de “excesso isolado”, “noite ruim” ou “momento de embriaguez”, como se álcool fosse licença poética para crime armado em via pública.
A graça macabra é que esse jogo não é amistoso, é campeonato oficial.
Evandro não urina na calçada por distração; faz isso porque aprendeu que o espaço público é, em última instância, extensão de seu domínio funcional, um puxadinho moral do cartório onde lavra flagrantes alheios.
Quando saca a arma para responder ao porteiro, não está “alterado”: está exercendo, até o osso, a pedagogia institucional que sempre ensinou que quem porta pistola e distintivo fala mais alto do que qualquer morador, qualquer regra, qualquer lei de trânsito ou pudor mínimo.
Leonardo, por sua vez, não é um erro estatístico de início de verão em Ilhabela. Ele é o resultado lógico de uma formação que confunde autoridade com humilhação, uso de arma com afirmação de identidade, e controle emocional com fraqueza.
A sequência é didática: vê a mulher fumando maconha, transforma cigarro em afronta pessoal, agride, dispara em direção aos pés da vítima, enfrenta os colegas, dá cabeçada em sargento, cospe em policial e promete voltar para “resolver” tudo no sangue.
Isso não nasce numa tarde aleatória; é o produto de anos de convívio com a ideia de que, para certos fardados, a lei é sempre um pouco mais elástica.
“Quem é mais palmeirense?”
É só a metáfora espirituosa – sobre embriaguez de arrogância – para fugir da pergunta central: isto é estupidez ocasional ou sintoma de doença institucional crônica?
Nos dois casos, a narrativa oficial já vem pronta: estavam alcoolizados, “fora de serviço”, “no âmbito da vida privada”, como se a bala para o alto, o disparo na areia, o uso da arma e a simbologia do cargo ficassem convenientemente desligados junto com o ponto eletrônico.
O que se chama de “momento de embriaguez” é, na verdade, o colapso público de um tipo de personagem que as corporações vêm produzindo, protegendo e promovendo: o sujeito que só é valente quando tem metal na cintura e respaldo corporativo nas costas.
No apito final, não há heróis, só um placar constrangedor: dois agentes que deveriam representar o Estado urinando – literal e metaforicamente – na calçada e na areia da legalidade que juraram defender.
A “Libertadores da Vergonha” não é o torneio de quem bebeu mais ou quem surta melhor em público, mas o campeonato silencioso em que as polícias disputam quem consegue naturalizar mais o absurdo, transformar crime em “desvio” e doença institucional em folclore.
E, enquanto a arquibancada social continuar aceitando que tudo isso é apenas “noite ruim de dois palmeirenses” e não sintoma de uma cultura podre, o derby da estupidez seguirá em campo, sempre com casa cheia e impunidade ( quase ) garantida no vestiário.
Mais Palmeirense ?
Entendam: alguém derrotado pela própria arrogância ao cantar vitória antes do apito final.
O tipo que diz assim: para evitar polêmicas suprimimos algumas considerações anteriores em relação a questões envolvendo a relevância de funções …
A verdade : para que o meu livro não seja proscrito nos melhores cursos e concursos deixo de defender a isonomia de vencimentos e igualdade de carreiras do sistema de Justiça.
Mas , depois , foi amante da corrupção ao estilo 15h30 …
Quando se mostrou um idiota se rendeu à PM e saiu se dizendo traído pela PC.
O presidente da ADPESP saiu feliz com a promessa de uma foto ao lado de Tarcísio de Freitas , com a certeza de que cada policial civil poderá lhe render 3 votos nas próximas eleições para ALESP .
Mesa de Banquete Invisível
Palácio do Governo, segunda-feira à noite.
Aposentados famintos esperando por um encontro igualzinho criança espera Papai Noel em compras: todo mundo sabe que não virá , mas vai que desta vez acontece o milagre.
Conta-se piadas sobre reforma da previdência (ninguém ri), olha-se para o relógio como quem assiste filme de terror: cada minuto passado é um novo susto.
O garçom não passa, a água – podre – é de torneira da Sabesp , e o cheiro é de promessa de 2022, requentada.
Lá dentro, o Governador – ao lado do delegado Nico – faz discurso de orçamento com cara de quem perdeu o talão de cheque.
“Estamos estudando”, diz ele, girando a palavra “estudo” como quem chupa bala para enganar a fome.
Ninguém menciona café , porque cafezinho só para quem é da casa.
Café para policiais , só em fotografia de campanha.
Até porque não se quer café ; busca-se benesses !
No final, nos dizem para compartilhar a foto nas redes — porque o que não vai para o Instagram, não existe.
E o aviso: “A eleição é ano que vem.”
A saída é simples: ou o presidente da ADPESP vira meme ou continuará esperando um convite para banquete invisível.
Talvez um convite para a pizza de muçarela com cerveja barata na pizzaria da mulher do Delegado Nico.
Para os operacionais da Polícia Civil e aposentados , dizem pelas mais línguas que, se esperando mais um pouco, pela reestruturação , pode aparecer até pão de queijo…
Mas só se a gente levar de casa e dividir com a segurança.
Porque promessa do Tarcísio de Freitas, meu caros , nem refrigerante quente acompanha.
Diz ele: a lei de responsabilidade fiscal proíbe …
Salvo quando é para dar dinheiro para um Vorcaro da vida!
Flit Paralisante em seu estado de arte coletiva , destacando que o texto foi desenvolvido sob inspiração do leitor “Delta Desiludido” :
“Nobres colegas caíram no canto da sereia e tomaram banho de cocô desse “presidente” que até ontem ninguém conhecia. Ele só tem um único objetivo com esses grupos “Resiste” (que não resiste à nada) e “Guerreiros” (que não tem forças pra nada): voto nas eleições estaduais. Na cabeça de vento e cheia de implante dele, cada policial civil e seus respectivos familiares renderiam de 3 a 5 votos para ele, sendo o suficiente para se eleger deputado estadual. E os bravos colegas delegados da falida PCSP foram os “otários” da vez, ludibriados por quem se acha “esperto”. Fica a lição de um “passa moleque” dado em uma classe inteira de uma só vez.”
Há clientes que nenhum advogado, por mais hábil e combativo que seja, consegue defender. Talvez, com exceção irônica do genial Felipe Santa Cruz, que presidiu a OAB no triênio 2019-2022.
Não por faltar recursos intelectuais e processuais, mas porque os fatos, a materialidade das provas e a gravidade qualificada dos atos transcendem qualquer técnica de arguição jurídica.
Jair Bolsonaro, condenado – definitivamente – a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma organização criminosa armada destinada a perpetrar um golpe de Estado, é precisamente esse tipo de cliente.
Um cliente ruim, com uma postura ruim e, como bem se aponta, com filhos que revelam a mesma incapacidade de compreender os limites éticos e legais que estruturam a convivência institucional.
O que torna a situação ainda mais paradigmática é a transmutação radical da posição jurídica: de um penalizador a réu, de um discurso punitivo de máxima severidade para uns, a um garantismo de ocasião para si próprio.
Essa hipocrisia não é acidental; é estrutural e reveladora de uma verdade incômoda que o sistema judicial brasileiro ainda reluta em nomear – e punir – com clareza: a seletividade penal como ferramenta de poder político.
A “Dupla Medida” do Rigor Penal
Durante seu governo, Bolsonaro construiu uma retórica da “guerra ao crime organizado”, codificada em discursos inflamados sobre “bandido bom é bandido morto”.
Essa linguagem não era mera exuberância retórica de um ex-delegado; era convocação a um direito penal do inimigo, a uma flexibilização radical das garantias processuais e humanas quando o alvo fosse aquele sujeito construído como inimigo permanente: o jovem pobre das periferias, o traficante favelado, o “suspeito padrão” do Brasil urbano.
Um Daniel Vorcaro, o pregador pentecostal que virou banqueiro, estaria imune a essa retórica.
Nesse contexto, a doutrina do “direito penal do inimigo” opera em sua forma mais crua: tolera-se a relativização de direitos fundamentais, penas desproporcionais, antecipação de tutela penal e encarceramento em massa sob o argumento de que o inimigo não merece as mesmas salvaguardas de um cidadão comum.
O pertencimento ao crime organizado, ainda que motivado pela absoluta carência de oportunidades de inclusão social , torna-se motivo não apenas para punição, mas para desumanização.
O crime da pobreza é tratado como terror que justifica exceção e execução.
Quando o Punitivista Vira Réu
A inversão começa em novembro de 2022, quando a Polícia Federal descobre o que a história e a lógica já sugeriam: o planejamento detalhado de um golpe de Estado.
A “Operação Contragolpe” revela a existência do documento “Punhal Verde Amarelo”, um planejamento com características terroristas, elaborado por militares de alto escalão e impresso no Palácio do Planalto.
O documento previa o assassinato de candidatos eleitos, de ministro do STF e estabelecia os recursos humanos e bélicos necessários para sua execução.
O 8 de janeiro de 2023 não foi um evento banal, como bem salientou a ministra Cármen Lúcia.
Foi o ponto culminante de um processo golpista que começou assim que a urna falou diferente da vontade do homem de faixa.
Foi a materialização, ainda que truncada, de um ataque sistemático não apenas a eleições, mas aos próprios fundamentos do Estado Democrático de Direito.
E aqui ocorre a metamorfose jurídica que deveria estarrecer qualquer observador atento: o mesmo campo político que exigia endurecimento máximo, que celebrava grupos de extermínio e que clamava por penas de morte para “bandidos”, passa agora a exigir para si um direito penal de manual suíço, garantista, humanitário, cheio de ressalvas procedimentais e presunções de inocência amplamente expandidas.
A defesa de Bolsonaro não é uma defesa no sentido jurídico clássico.
Não contesta os fatos com provas; não oferece narração alternativa fundamentada em evidências.
A defesa de Bolsonaro é achincalhe institucional puro. É ataque ao STF, à TSE, à PGR, à polícia. É afirmação de que as próprias instituições são perseguidoras, que o processo é instrumentalizado, que o sistema é uma farsa.
Trata-se, em essência, de uma estratégia de deslegitimação do tribunal que o julga.
Quando as provas são esmagadoras—minuta do golpe, reuniões com embaixadores para questionar resultados eleitorais, incitação a manifestações violentas de massa—não há técnica processual que resgue a situação.
Há apenas negação.
A Verdadeira Natureza Terrorista do Bolsonarismo
Aqui reside o cerne da contradição que estrutura toda a análise: enquanto o Congresso discute a equiparação de organizações criminosas ligadas ao tráfico ao terrorismo, com aumento brutal de penas e endurecimento procedimental, as ações atribuídas a Bolsonaro e seu núcleo duro escapam dessa classificação quase por omissão institucional.
O traficante da favela, por mais violento que seja sua operação, age dentro de uma lógica de mercado ilícito, de disputa territorial por rotas de venda de drogas. Sua violência é instrumental; seu objetivo é lucro e poder local, não a abolição do Estado Democrático.
Diz a Lei nº 13.260/2016 (Lei Antiterrorismo) , em seu “Art. 2º (…) provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.”
Com efeito , os atos de 8 de Janeiro e o planejamento do “Punhal Verde Amarelo” se enquadram perfeitamente nessa definição, pois visavam explicitamente provocar terror social e generalizado contra as instituições, expondo a paz pública a perigo extremo.
Bolsonaro e seus cúmplices, por sua vez, planejavam a execução de candidatos eleitos, a morte de ministro da Corte Suprema e a instauração de um regime de exceção.
Seus objetivos eram estruturalmente terroristas: quebrantar o pacto constitucional, eliminar alternância de poder, instituir-se como poder hegemônico irremovível.
Portanto, o verdadeiro “terrorismo” não é o do traficante favelado, mas o do golpista com patente militar que opera a partir do Palácio do Planalto.
É a aplicação da definição mais precisa: terror com objetivo político, violência organizada contra as instituições democráticas, planejamento de assassinatos para fins de manutenção de poder.
Desumano é tratar traficante como terrorista enquanto se glorifica golpista violento como defensor da pátria.
Desumano é reivindicar endurecimento para uns e garantismo expandido para si. É a hipocrisia moralizada, a seletividade penal travestida de princípio.
Collor vs. Bolsonaro: Duas Espécies de Corrupção
A comparação com Fernando Collor, embora em superfície pareça estranha, revela a precisão da crítica.
Collor foi condenado pelo STF a 8 anos e 10 meses por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O ex-presidente vigarista desviou recursos públicos, recebeu propinas, operou esquemas de enriquecimento ilícito.
É corrupto de gabinete, corrupto tradicional, o vigarista que sempre foi.
Collor cumpre pena em regime domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Seus movimentos são monitorados, suas visitas restritas.
Mas – e isso é crucial – Collor não representa perigo imediato contra o Estado de Direito.
Sua corrupção é parasitária, não destrutiva.
Ele roubava recursos, não intentava abolir o regime que permitia seu roubo.
Bolsonaro é algo qualitativamente diferente.
Além de envolvido em esquemas de vantagem indevida (investigação da caixa 2, desvios em segurança presidencial), ele é apontado pela PGR como líder de trama golpista, com apoio de grupos armados, discurso de ruptura institucional, tentativa de incitação de força armada à insubordinação.
Bolsonaro é o vigarista corrupto que também é assaltante à mão armada.
A diferença entre ambos é a diferença entre um parasita que suga o corpo político e um predador que busca sua morte.
Collor em prisão domiciliar não ameaça a democracia; apenas a desonra.
Bolsonaro, ainda que preso, continua como organizador de resistência institucional, coordenador de negacionismo, símbolo móvel de recusa ao resultado das urnas.
Bolsonaro é, objetivamente, o inimigo público número um da democracia brasileira.
Uma Questão Civilizatória
A menção frequente à pena de morte não é gratuidade argumentativa. É contraste civilizatório.
A Constituição Federal de 1988, fruto de transição democrática e compromisso com direitos humanos, proíbe a pena de morte, admitindo-a apenas em caso de guerra declarada; entretanto uma exceção que permanece praticamente remota e inaplicável na vida institucional brasileira. Falta regulamentação , inclusive!
Essa escolha constitucional reflete uma postura: rejeição à vindicta capital, ao poder soberano de matar.
O Brasil elegeu o caminho da prisão, mesmo para crimes graves, mesmo para atentados à ordem constitucional.
Ocorre que esse caminho civilizatório é seletivo apenas quando convém à ordem. Para o traficante favelado, a brutalidade prisional é rotina; para o golpista de farda e gravata, há recursos, adiantamento de garantias, expansão de direitos processuais.
A questão, portanto, é demonstrar que o bolsonarismo exige rigor máximo para crimes de pobreza e garantismo estendido para crimes de poder.
Que instrumentaliza o sistema penal para esmagar inimigos socioeconômicos e poupa inimigos políticos internos. Que não reconhece nem respeita, para outrem, aquelas mesmas garantias que agora reivindica para si.
O Direito Penal da Direita Fundamentalista como Espelho da Desigualdade
O que está em jogo não é, portanto, um debate jurídico técnico sobre recursos processuais ou interpretação de normas.
O que está em jogo é a própria viabilidade do Estado de Direito quando confrontado com uma elite política que rejeita as bases do pacto democrático.
A defesa de Bolsonaro é impossível não porque seus advogados sejam incompetentes, mas porque os fatos são esmagadores e a posição é indefensável.
É impossível porque não se pode defender, racionalmente, aquele que buscou destruir racionalmente a ordem que permite sua defesa.
Nesse sentido, o caso Bolsonaro funciona como espelho cruel da seletividade estrutural do sistema penal brasileiro: direito penal máximo para a pobreza, direito penal mínimo para o poder.
Termos de prisão desproporcionais para o traficante, recursos infinitos para o golpista. Violência institucional contra o inimigo pobre, cuidados humanitários com o inimigo rico.
A democracia não sobrevive a essa contradição.
A lei, quando seletiva, deixa de ser lei; torna-se mera ferramenta de dominação.
E a justiça, quando desigual, deixa de ser justiça; torna-se apenas legitimação da força.
Bolsonaro é o cliente ruim que expõe, cruamente, a verdade que o sistema jurídico preferia manter velada: de que lado do espectro penal estão a clemência institucional e clemência institucional e de que lado estão as correntes.
O corrupto de gabinete recebe tornozeleira; o golpista armado deveria receber, no mínimo, o mesmo rigor que se aplica ao jovem favelado pego com um papelote de cocaína no bolso.
Se há algo que o Brasil deve aprender com esse episódio é que a seletividade penal não é um defeito do sistema—é seu modo de operação.
E enquanto essa verdade não for enfrentada com a mesma dureza com que se enfrenta o crime nas periferias, o Estado Democrático de Direito continuará sendo uma promessa não cumprida: garantista para quem pode, punitivo para quem não pode.
O cliente ruim, afinal, não é apenas Bolsonaro.
O cliente ruim também é uma democracia que tolera dois pesos e duas medidas, que pune com fúria os crimes da miséria e trata com deferência os crimes do poder.
Enquanto essa contradição for a regra, e não a exceção, nenhum advogado — por mais brilhante que seja — será capaz de defender o Brasil do seu mais perigoso inimigo: a sua própria e persistente desigualdade perante a lei.
Defender Bolsonaro nas circunstâncias atuais vai muito além de um mero erro de avaliação jurídica; configura uma desonestidade intelectual flagrante.
Sobretudo quando sua suposta “defesa” abandona qualquer fundamentação técnica para assumir a forma pura de vitimização, da narrativa de perseguição e do ataque indiscriminado ao STF, à Justiça Eleitoral e a todas as instituições que o responsabilizaram pela tentativa de golpe de Estado.
Quando governadores, como Tarcísio de Freitas , o vice-prefeito da cidade de São Paulo , Coronel Mello Araújo, desembargadores, oficiais superiores da PM , Delegados de Polícia , Promotores e falsos presbíteros se prestam a esse papel, deixam de atuar como defensores do Estado de Direito para se transformarem em cabos eleitorais de ocasião. Nesse processo, prostituem a função pública em busca de prestígio e dos votos das viúvas de um falso Messias.
O nível de descompromisso com a verdade e a ética nessa defesa é tão baixo que, para usar de ironia, nem no Enem suas teses escapariam da nota zero.
Não resta mais qualquer dúvida de que Jair Bolsonaro é um bandido mentiroso, e as suas desculpas esfarrapadas só comprovam isso.
Bolsonaro – como um verme covarde – ensaia o velho truque da “insanidade conveniente” para se livrar do vexame …
Da cadeia não vai sair tão cedo!
O capitão é uma vergonha para o Exército Brasileiro e para todos os que acreditaram nesse ser pusilânime .
Me fez lembrar da minha própria história quando orientado a alegar problemas mentais e emocionais para não sofrer penalidades disciplinares .
O Flit Paralisante, quando intimado – nas devidas proporções – a se submeter a esse mesmo espetáculo, recusou.
Melhor assinar a própria demissão com honra do que assinar laudo atestando falta de caráter e covardia travestida de “doença”.
Na polícia, o roteiro é batido: pego em flagrante, aciona-se o combo “surtou / é 13 / baixa enfermaria”, e a farsa médica entra para amortecer culpa e processo.
Delírio !
Usou drogas ?
Eu conheço o script melhor do que qualquer psiquiatra de plantão, porque vi isso de dentro : na carne, na corregedoria e nos bastidores dos comentários maldosos onde os laudos informais nascem antes do diagnóstico especializado.
No meu caso, quando bateram na minha porta com uma requisição para me apresentar para perícia médica , desconfiei que a máquina tentava o mesmo número teatral : intimar, empurrar exame de “insanidade”, encaixar o Delegado que saiu do cercadinho mental na gaveta dos “instáveis” e, assim, desmoralizar o que não conseguiram rebater no campo das ideias.
A “insanidade conveniente” não era uma saída que o subscritor estava considerando, mas sim um enquadramento que a instituição tentava nos impingir .
A perícia não era para ajudar, mas para enquadrar e descredibilizar perpetuamente.
Reconheço que do ponto de vista de manter um razoável salário e aposentadoria até seria a escolha mais racional …
Mas em vez de deitar-se no divã para fazer papel de réu dócil, escolhemos o caminho mais caro e mais raro: negar o teatro, aceitar o risco, segurar a própria biografia sem carimbo psiquiátrico salvador.
Há quem se agarre ao cargo, ao contracheque e à farda ( é muito comum entre os militares se passar por loucos ) ; o Flit , verdadeiramente , preferiu sair pela porta dos fundos da administração, mas pela porta da frente da história.
Demitido, sim; desonrado, jamais!
Porque nada se compara à vergonha permanente de quem, para salvar o próprio pescoço, topa vestir camisa de força moral e fingir loucura onde sempre houve plena consciência.
Demitido , mas inteiro!
Ainda que digam : TROUXA !
Se Bolsonaro hoje flerta com o álibi da confusão mental e terceiriza culpa para assessores, povo, “sistema” ou até o Diabo ( bem ao estilo de certos cristãos ) , o Flit Paralisante fez o movimento inverso: puxou para si a responsabilidade de não se deixar envergonhar , não se calar e não se deixar carimbar como incapaz.
O ex-presidente é um covarde …
O maior covarde da história do Brasil!
Sem qualquer falsa modéstia: fui um simples Delegado de Polícia com D maiúsculo, daqueles que preferem perder a matrícula a perder a espinha dorsal e arrastar todos os pares para a vala da covardia!
De cerviz baixa só pelo tempo !
Com todas as dores, ainda sim prefiro a morte do que uma velhice dependente de compaixões ou interesses na minha conta bancária …
Escolhi carregar – com os meus filhos – o peso do próprio nome.
Porque, no fim, o verdadeiro exame de insanidade não é o do Fórum: é olhar no espelho e conseguir sustentar o que fez.
Não há um crime maior que a traição da liderança, é a rendição da esperança pública ao circo da normalidade política
Imagem: festival da Pizza na ADPESP
Lá estava ele, Dr. André Pereira – um delegado novato e desconhecido até ser eleito representante classista – pontificando como herói recém-saído de um batismo de fogo institucional, cercado por vinte entidades, um microfone e o Largo São Francisco inteiro em adormecida indiferença .
Era para ser demonstração de “resistência ” ; já que o coletivo das entidades se autodenomina: Fórum Resiste.
Autointitulação tão precisa quanto o tal grupo “Guerreiros da ADPESP” .
Resistentes que não resistem ( contra os poderosos ) , guerreiros que não guerreiam ( salvo contra os mais fracos ).
Nunca vi manifestação tão triste , tão sem motivação e sem moral da liderança.
Dias antes, elogiei, elogiaram, soltamos até fogos retóricos para o suposto “despertar” desse presidente da ADPESP, que andou cutucando os donos do poder paulista e gesticulando bravura…
Que não era bravura de verdade!
Melhor seria ter guardado o elogio na gaveta junto com o meu último contracheque de maio de 2011.
Bastou um giro de carro de som, uma suposta proposta do Nico – aquele personagem saído da caricatura policial paulista, mais propenso a pizza fria de muçarela do que a negociações decentes – para que a aura heroica de quem deveria liderar virasse escudo para monólogo.
Convocaram entidades, prometeram pluralidade, mas na prática: monopolizaram a manifestação coletiva no Largo, engaiolaram o discurso, castraram parlamentares e presidentes de sindicato, cortaram a voz da maioria e transformaram o protesto contra o mentirosão Tarcísio de Freitas e seus sabujos em peça de gabinete.
O movimento, que poderia incendiar a pauta e por a polícia em ebulição cidadã, virou eco solitário de um acordo costurado longe das bases.
Assim, os policiais – poucos , diga-se – se dispersaram olhando as arcadas do São Francisco, a ver a própria honra de suas instituições serem roubadas em cena aberta, enquanto o governo embolsa a narrativa do “tudo conversado e acertado “ com a cúpula domesticada.
O ato foi amansado como carré de cordeiro em rodizio de churrascaria.
Olim/Nico garantindo que está tudo bem como prato de entrada , Dr. André garantindo que fez acordo, e o resto?
Ousaram protestar, levaram repelão, restou-lhes lembrar os tempos de pelegagem sindical, em que o patrão enchia o copo do presidente e esvaziava o movimento no mesmo gole.
No final, fica a ressaca: sacrifício de quem saiu cedo para fazer barulho em nome da dignidade, só para ouvir o silêncio imposto pelo interesse de poucos.
Pizza “VIP” indigesta de muçarela ; e vergonha de saber que nem café com leite merece aqueles que, de tão politiqueiros, já perderam o respeito de quem realmente faz polícia nesse estado.
Não é só sobre vencimentos , é sobre a luta pelo direito: respeitar a voz alheia e a honra da própria classe e associação.
Se é para fazer crônica, que façamos ironia pura: dia de protesto da ADPESP que virou reunião de condomínio, manifestação que virou monólogo, Largo São Francisco engolido pela política barata e pela incapacidade de criar unidade real.
Ninguém queria ser figurante, mas foram reduzidos a sombras.
Só falou o dono do microfone e da “carruagem “, enquanto os demais ficaram aturdidos no eco.
Que se tenha certeza: André nem pela sua classe conquistará algo de bom vindo do governo …
De ruim ele já fez pela sua classe e entidade …
Mas , certamente , em breve , será promovido por desmerecido merecimento!
#DeputadoReis#PolíciaCivilSP#FamíliaPolicialEstive na manifestação dos policiais e vi algo que me lembrou os velhos tempos de “pelegagem”: um movimento que tinha tudo para crescer foi esvaziado após um acordo silencioso entre o presidente da Associação dos Delegados e o governo. Representantes classistas e até parlamentares foram impedidos de falar, o que enfraqueceu a mobilização e decepcionou quem saiu de casa para protestar.
Este vídeo expõe o que realmente aconteceu: quem tentou calar quem, por que isso enfraquece a luta e o que precisamos fazer para impedir que a história se repita. A polícia de São Paulo merece liderança, coragem e unidade — não acordos feitos nas costas da categoria:
Segue a transcrição do discurso :
“Saúdo o presidente, deputado Carlos Giannazi, também o público presente, os funcionários desta casa, cumprimentar também os membros da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica e também todos aqueles e aqueles que estão nos acompanhando pela Rede ALESP.
Presidente, deputado Carlos Giannazi, eu trabalhei lá na Tinken do Brasil, uma metalúrgica que ficou ali na Chácara Santo Antônio. E às vezes tinha aquele movimento de luta, movimento de greve dos trabalhadores metalúrgicos por melhores atualizações, melhores condições de trabalho. E é o que está acontecendo hoje na polícia, com os policiais civis, policiais técnicos-científicos, policiais penais, os veteranos e os policiais militares que se manifestam, mas eles não podem participar de movimento armado, né? Então, a Constituição veda uma série de ações, mas elas têm externada a insatisfação com o governo que aí está. Governo de plantão, porque o governo não é eterno, daqui a pouco ele vai embora, né? Nada é eterno, só eterno Deus. O resto tem prazo de validade. Tem lá um carimbo, como vai do supermercado: válido até 31/12, de 27, assim vai, o de 2026.
E ontem eu fui até a manifestação dos policiais, e Vossa Excelência também estava lá. A deputada também Mônica Seixas estava lá, o deputado Palumbo estava lá. Eu achei muito estranho como aquela manifestação se deu. Eu lembrei muito da época das greves dos metalúrgicos, que a gente comentou ou falou que o presidente do sindicato era um pelego. Vossa Excelência lembra disso, né? Uma pelegagem. Ou seja, ele usava os trabalhadores para fazer o movimento grevista, depois ia lá, sentou-se com o patrão e negociou com o patrão nas costas dos trabalhadores. E ontem eu fiquei assim observando que parece que aconteceu isso com o presidente da associação dos delegados, porque eles tiraram o movimento e é o que me parece o secretário interino da insegurança pública, porque não dá para se falar que nós temos segurança pública em São Paulo, né? Capão Redondo, primeiro lugar em roubos e furtos, Campo Limpo em segundo, Pinheiros em terceiro, né?
Então, o secretário interno da insegurança pública o chamou para fazer um acordo para que desmantelassem o movimento, para que o movimento não acontecesse. E, se acontecer, que não seja voz para os representantes classistas e também para os parlamentares. E foi o que aconteceu. E foi o que aconteceu. Até o delegado Palumbo subiu na carruagem do Dr. André e não conseguiu falar. Eu achei muito estranho aquilo ali. Eu achei muito estranho. Isso enfraquece o movimento, esse movimento que poderia ficar forte, se multiplicar no estado, ele foi enfraquecido da forma como aconteceu. Da forma como aconteceu.
Eu achei até estranho porque o presidente da associação falou: “Ah, eu fui lá na Assembleia e não falei”. É fato que tivemos uma sessão solene aqui, que a Assembleia fez o cerimonial e essa mesa não cabe a todo mundo, né? Então foi convidada algumas pessoas para a mesa, mas ao que me parece ele não foi convidado, ficou ressentido, né? Não tem relação nenhuma com o movimento. Isso não tem relação nenhuma com o movimento.
Então eu vim aqui para dizer do meu repúdio ao comportamento do presidente da associação dos delegados. Cerceando a voz dos representantes classistas. Nenhum representante, nenhum, ó, nem o presidente do sindicato dos investigadores, nem o presidente do sindicato dos escrivães, da associação, o presidente dos peritos criminosos, nenhum representante classista pôde subir na sua carruagem para falar sobre o movimento, sobre o protesto contra o tratamento que o governo está dando para os policiais em São Paulo.
Fica aqui o repúdio, porque eu entendo que isso enfraquece o movimento e isso traz desconfiança daqueles que vieram de suas casas e foram lá no Largo São Francisco e que viram apenas uma pessoa falando o tempo todo e não deu voz para aqueles que representam os policiais em São Paulo. Vossa Excelência estava lá e Vossa Excelência comprovou tudo o que eu estou falando. Inclusive pedia a ele: “Olha, coloca em votação.” Então, não, mas eu fiz um acordo. O governo chamou-o para um acordo. O governo também com essa atitude mostra um governo mesquinho. O governo não tem necessidade de fazer isso. Ele não tem necessidade de calar a boca daqueles que querem falar. Ele não tem necessidade de fechar a boca daqueles que querem externar sua liberdade de expressão.
Então, não dá para compactar com isso, não dá para aceitar esse comportamento. E o que me cabe é vir à tribuna e falar em nome daqueles que não tiveram voz na data de ontem. Senhor presidente, muito obrigado.
Não na EMEI Antônio Bento – não confundir com o Coronel pai da Juliana da canção do Tim Maia – mas na minha cabeça, na minha indignação, na minha raiva de ver quatro policiais militares, um deles com metralhadora, invadirem uma escola infantil porque um pai evangélico, sargento da PM, não gostou de ver sua filha desenhando Iansã.
Isso mesmo: Iansã.
Não uma bomba, não um satanás, não uma ameaça à ordem pública.
Uma figura de uma cultura que, por acaso, é negra, africana, e que, por acaso, é perseguida, criminalizada, esmagada por séculos de racismo religioso.
Eu que – em outros tempos – achava absurda a discriminação de policiais crentes ; sempre malvistos pelos superiores e colegas , acabo tendo que concordar parcialmente com os mais antigos : “polícia não é lugar para pregadores “ .
Uma gente que não aceita o outro e não compreende que o cristianismo – com todas as suas facetas e facções – também é uma mitologia de europeu branco que retrata o palestino Jesus como loiro , atlético , 1m80 , de olhos azuis …
Talvez de judeu , pelo retrato europeu , só lhe deixaram o pau grande .
A cena na escola infantil – típica da cristandade mórbida – é de filme de terror, mas aconteceu de verdade.
Quatro homens armados, fardados, com poder de vida e morte, entraram na escola, intimidaram a diretora, constrangeram professores, aterrorizaram crianças.
Tudo porque um colega de farda, um sargento, quis impor sua fé, sua intolerância, sua ignorância.
E a PM, em vez de orientar o sujeito a procurar a Polícia Civil, como manda o bom senso e a lei, virou gangue de proteção de colega.
O que aconteceu ali não foi apenas abuso de autoridade.
Foi prevaricação.
Foi racismo religioso.
Foi violência estatal contra a autonomia pedagógica, contra a diversidade, contra a própria infância.
Os policiais, em vez de proteger, aterrorizaram.
Em vez de garantir a ordem, criaram caos.
Em vez de respeitar a escola, transformaram-na em palco de intimidação.
E aí, o que fazemos?
O que fazemos quando a PM vira gangue, quando a escola vira palco de terror, quando a lei vira piada?
Punimos.
Punimos com severidade.
Punimos com rigor.
Punimos com indignação. Porque se não punirmos, se não responsabilizarmos, se não cobrarmos, a PM continuará a ser usada como instrumento de opressão, de intimidação, de violência contra quem ousa ser diferente, contra quem ousa ensinar, contra quem ousa aprender e contra quem ousar divergir dessa obtusa visão de mundo imundo.
A educação antirracista não é opção ideológica.
É obrigação legal.
É condição para a construção de uma sociedade democrática, justa, respeitosa da diversidade.
E a punição exemplar dos policiais envolvidos no caso da EMEI Antônio Bento é um passo fundamental para garantir que escolas permaneçam espaços de proteção, acolhimento e formação integral, livres de intimidação e violência institucional.
Porque, no fim das contas, o que está em jogo não é apenas a punição de quatro policiais.
É a defesa da democracia, da diversidade, da infância.
É a defesa do direito de ser diferente, de ensinar, de aprender, de viver. É a defesa do direito de desenhar Iansã, de ler “Ciranda em Aruanda”, de celebrar a cultura afro-brasileira.
É a defesa do direito de ser humano, de ser livre, de ser feliz.
O que poucos policiais militares sabem , em que pese as suas múltiplas especialidades intelectuais :
Antônio Bento de Souza e Castro (São Paulo, 17 de fevereiro de 1843 – 8 de dezembro de 1898) foi promotor público, juiz e um dos principais abolicionistas brasileiros. Filho de uma família abastada, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1868.
Exerceu cargos de promotor público em Botucatu e Limeira, e foi juiz municipal em Atibaia, onde já se destacava por despachos favoráveis à libertação de escravizados trazidos ilegalmente ao Brasil após 1831.
Após a morte de Luís Gama, tornou-se líder do movimento abolicionista paulista, organizando o movimento dos Caifazes, que ajudava escravizados a fugirem das fazendas e os protegia em refúgios, facilitando sua contratação como trabalhadores livres.
Foi editor do jornal abolicionista A Redempção, divulgando ideias de igualdade racial e liberdade. Sua atuação foi marcada por coragem, desprendimento e firmeza diante da perseguição dos escravocratas, sendo vítima de atentados e prisão por sua luta.
Antônio Bento é considerado um dos grandes nomes da luta abolicionista em São Paulo, símbolo da resistência contra o racismo e da defesa dos direitos humanos, tendo seu nome homenageado em escolas e instituições como reconhecimento de sua trajetória de justiça social.
Não morreu assassinado talvez pelo fato de a PM ainda não existir; além de ser branco, rico e Juiz de Direito. .
A escola EMEI Antônio Bento, assim, leva o nome de um homem que personificou a resistência, o combate à opressão e o compromisso com a justiça social, sendo um constante lembrete da importância da luta contra o racismo, da promoção da diversidade e da defesa dos direitos humanos ; valores que, ironicamente, estiveram profundamente ameaçados pelo episódio recente de violência e racismo religioso sofrido por seus alunos, professores e funcionários.
Recomendação ao Sargento Evangélico: leve sua filha para uma escola militar …