O sionismo evangélico do Bolsonarismo: consequências negativas para a comunidade judaica 1

O sionismo cristão a serviço do bolso e dos inimigos de Israel

Diante da intensa polarização que marca nosso tempo, torna-se necessária a distinção entre a essência de uma identidade do mero simulacro de espiritual.

O sionismo, em seu sentido original e histórico, é patrimônio e atributo exclusivo do povo judeu,

Nasceu como expressão autêntica decorrente da fé, memória e cultura do povo judeu.

E como resposta  pacífica à perseguição sistemática dos judeus na Europa; seu objetivo era garantir a autonomia e proteger a identidade judaica por meio de um Estado próprio em Israel

É um tributo ancestral à sobrevivência e à esperança, jamais à opressão ou à expropriação simbólica.

Enquanto o sionismo – original e sem desvios –  representa o direito à autodeterminação e resistência contra a opressão, o antissemitismo perpetua o preconceito, o isolamento e os crimes contra o povo judeu, marcando algumas das páginas mais sombrias da história, especialmente da modernidade.

Não existe judeu renovado ou messiânico , diabólica invenção de empreendedores da fé que criam uma igreja como se abre um botequim …

Em determinadas localidades , lado a lado !

Do mesmo modo não existe sionismo cristão ou cristão sionista …

Mas abunda cristão judaizante !

E abundam a fanfarronice e estupidez…

Empunhar bandeiras dos EUA e de Israel, na avenida Paulista ,  em pleno 7 de setembro é fazer carnaval fora de época.  

E o avanço do chamado “sionismo cristão” que caminha de mãos dadas com  o bolsonarismo –  ostentando bandeiras de Israel –  patrocinado por setores pentecostais geridos por empresários da fé, preocupa e revolta boa parte da comunidade judaica.

Não é difícil entender o porquê: a instrumentalização de Israel, seus símbolos e sua espiritualidade, por grupos que fazem da religião um negócio  –  do tipo pagou está dentro  – e da Bíblia mero pretexto para angariar votos e lucros, conspurca valores sagrados e vilipendia tradições milenares.

Nada pode ser mais injusto do que atrelar o judaísmo genuíno à mercantilização da fé promovida por gente de falsa moralidade, convertida “da boca para fora”  e do bolso do fiel para os cofres do “bispo”.

Todos têm direito de se expressar e professar fé, mas nenhuma igreja, denominação ou pregador pode confundir a defesa ancestral da existência de Israel com a manipulação midiática e política em proveitos próprios.

É preciso, portanto, separar o joio do trigo.

Os israelitas, portadores de uma fé tão antiga quanto sofrida, não podem ver seus rituais, símbolos e bandeiras utilizados para legitimar projetos pessoais ou campanhas cujo sentido profundo ignora o real significado do sionismo.

Muitos judeus , aliás, têm se manifestado contra tal apropriação depreciativa, repudiando publicamente a associação entre o Estado de Israel e grupos que nada agregam de valor à história ou identidade judaica .

O sionismo cristão do bolsonarismo  só faz aumentar o antissemitismo no Brasil ; causando o  isolamento social  da comunidade provocado por mal-entendidos e por discursos inflamados de gente sabidamente violenta e desonesta . Sob a bandeira  sob a estrela de David  e da Menorá!

No Flit Paralisante, reiteramos o respeito à liberdade religiosa, à pluralidade e à defesa dos valores democráticos.

O sionismo ancestral, como tributo à persistência e à dignidade do povo judeu, deve ser respeitado, jamais convertido em moeda de especulação pelos mercadores do templo moderno.

E que ninguém se iluda: judeu brasileiro, não se deixaria levar pela avenida Paulista no domingo de 7 de setembro, ouvindo sermão de Malafaia, prosa de Tarcísio e ainda ver falsa moralidade dona Michelle ainda tremulando a bandeira de Israel.

Um judeu gozador e meio tropego talvez : latinha de cerveja numa mão e a bandeira do Corinthians na outra…

Um Comentário

  1. O povo judeu já sofreu demais para agora ser usado por mercadores da fé.

    Minha avó deve ter se virado no caixão de tanta raiva da Michele e do Malafaia.

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