Vergonha…
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Todo bolsonarista é. Principalmente os que usaram bonezinho vermelho pra comemorar a vitória do Trump.
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É realmente curioso — e, em certa medida, contraditório — o comportamento de parte dos bolsonaristas em relação aos Estados Unidos. A atitude de “bajulação” revela mais um fetiche ideológico do que um entendimento crítico da realidade histórica e social.
Os EUA, em sua política migratória, não fazem distinções sutis: brasileiros são enquadrados na categoria de latinos, e o tratamento dado a esses imigrantes é muitas vezes marcado por preconceito, detenções humilhantes e deportações sumárias, frequentemente algemados até o retorno ao Brasil. Há inúmeros relatos de compatriotas vivendo essa experiência na pele, e mesmo assim, há quem bata continência para a bandeira norte-americana como se fosse um símbolo superior ao da própria pátria.
Esse tipo de idolatria cega ignora uma realidade elementar: a relação internacional não é pautada por afetos ou lealdades emocionais, mas por interesses. Os Estados Unidos não veem o Brasil como aliado privilegiado, mas como um país em posição periférica, fornecedor de commodities, mão de obra barata e mercado consumidor. Ao esquecer isso, os bajuladores apenas reproduzem um complexo de vira-lata, reforçando a ideia de subordinação cultural e política.
O que há, portanto, é uma contradição flagrante: venerar uma nação que, ao mesmo tempo, despreza e marginaliza aqueles que a idolatram. É a manifestação clara de uma alienação política, na qual o nacionalismo de fachada cede lugar à submissão simbólica diante do que se imagina ser um modelo de “força” e “liberdade” — quando, na prática, esse mesmo modelo os rejeita.
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