Retratação Necessária: O Verdadeiro Valor dos Peritos Criminais na Polícia Civil 27

Unindo Forças: Retratação e Homenagem aos Peritos da Polícia Civil

Manifesto aqui, espontaneamente ,  uma honesta ( dos fatos )  e sincera ( do coração ) retratação dirigida aos peritos criminais  que, em sua grande maioria, exercem suas funções com extremo zelo, dedicação e respeito , atuando com espírito público e tratando todos os que colaboram na busca da justiça com a devida urbanidade, sem se deixarem contaminar por visões elitistas ou separatistas de uma minoria.

Nunca foi a nossa  intenção, nas postagens do Flit Paralisante, atacar coletivamente menoscabando da qualificação da carreira dos peritos criminais e da sua imprescindibilidade para a completa apuração de crimes e definição de autoria.

Especialmente , macular a imensa maioria dos ocupantes dessa nobre carreira que sempre dignificou a Polícia Civil  com trabalho árduo e honesto.

Ao longo de 24 anos de atuação, trabalhei  lado a lado , porta a  porta , com peritos comprometidos, íntegros, leais à instituição e à missão fundamental da polícia judiciária .

Meu respeito e apreço permanecem irrevogáveis àqueles que honram o  cargo público que ocupam.

As críticas veiculadas , por mais ácidas e em certos aspectos devo reconhecer inapropriadas ,  tiveram como objetivo provocar o debate e demonstrar irresignação , diante de posturas e discursos de algumas lideranças.

Lideranças classistas e hierárquicas que, há décadas, persistem em defender a total separação da perícia criminal da Polícia Civil — movimento que consideramos prejudicial, elitista e sem respaldo nos fatos;  e descompromissado com o  interesse público.

Certamente, buscar a institucionalização da Polícia Científica como um órgão autônomo é  – embora anticientífico – legitimo , mas não nos termos em que foram e estão sendo postos.

A separação não vai garantir um serviço  público de excelência, tampouco será garantia de imparcialidade.

Não me conformo, e jamais me conformarei, com visões que preguem a fragmentação institucional sob falsos argumentos de  necessidade de total autonomia contra as “pressões” ; muito menos os arroubos de uma suposta superioridade moral e técnica dos peritos em relação às demais atividades.

A  história demonstra que a integração é fundamental para o fortalecimento do trabalho policial e para o interesse público .

Registro , assim ,  que:

Minha crítica jamais se destinou à coletividade dos peritos, e sim a determinadas condutas isoladas, reiteradamente elitistas, segregacionistas e prepotentes, defendidas por uma fração de lideranças sindicais e administrativas.

O verdadeiro inimigo é o crime, o elitismo ,  a arrogância de poucos , e não a valorosa maioria de peritos que dignifica a Polícia Civil e a sociedade.  A busca por mais um órgão policial  (a “Polícia Científica” desvinculada da estrutura da Polícia Civil ) não contribui para a modernização e aperfeiçoamento da segurança pública, mas sim para a desagregação, o desperdício de recursos e o enfraquecimento da investigação.

Reitero, publicamente, minha estima  pelos peritos que trabalham com ética e senso coletivo ;  registro que a unidade entre as carreiras policiais é imprescindível para a defesa do interesse público e da atividade de polícia judiciária , missão de qual os peritos são parte vital.

A retratação  que ora apresento não resulta de pressão externa, temor, ou qualquer espécie de renúncia à responsabilidade pelo debate franco, mas sim do reconhecimento necessário de que não pode haver dúvidas quanto ao apreço e respeito à maioria dos peritos criminais:  profissionais sérios, retos e parceiros indispensáveis no combate à criminalidade e promoção da justiça.

Retratação que nunca fiz nem para salvar o meu cargo. E não fiz porque não seria sincera!

Que jamais se confunda crítica institucional pontual e legítima com ataque generalizado à categoria: o debate público é essencial, mas deve sempre preservar o mérito e a dignidade daqueles que cumprem seu dever.

Meu compromisso – embora há muito tempo tenha sido demitido  – permanece sendo com a busca da verdade, defesa das carreiras sem voz , com a coesão institucional e com a missão constitucional da Polícia Civil, a qual todos pertencemos por laços indeléveis de história e sangue funcional.

Rcguerra

Muito além da perversidade: policiais de SP matam pessoa em situação de rua por reconhecimento e promoção 10

A execução do morador de rua Jeferson de Souza, 37 anos, sob o Viaduto 25 de Março, no centro de São Paulo, em 13 de junho, expõe uma prática sombria dentro da Polícia Militar: agentes que cometem violências não apenas por sadismo, mas para obter reconhecimento interno e ascensão na carreira.

Os responsáveis pelo crime – o tenente  Alan Wallace dos Santos Moreira  e o soldado Danilo Gehrinh – agiram com  por motivo torpe  e  absoluto desprezo pelo ser humano , segundo a Justiça, mas fontes da corporação sugerem que a lógica por trás de tais assassinatos vai além da crueldade. 

As câmeras indiscretas   

As câmeras corporais dos próprios PMs destruíram a versão inicial de que Jeferson teria tentado pegar a arma de um dos agentes. Os vídeos mostram a vítima desarmada, imóvel e com as mãos para trás  quando foi atingida por três tiros de fuzil (cabeça, tórax e braço), disparados pelo tenente Alan Wallace.

O soldado Gehrinh, em vez de intervir, tentou  tampar a lente da câmera para evitar registro.   

Mas como um soldado poderia intervir?

A cultura da “bravura” que incentiva violência 

A experiência  diz que casos como o de Jeferson estão ligados a uma  cultura tóxica de valorização da violência  em certas unidades da PM.

Há uma pressão por resultados  e uma romantização da ‘guerra’, onde policiais que agem com brutalidade são vistos como ‘corajosos’ e ganham status”, explica um delegado do DHPP, sob anonimato. 

Recompensa interna

Relatos de PMs indicam que oficiais envolvidos em operações com mortes recebem elogios formais, menções em boletins e até aceleram promoções;  especialmente em tropas de elite.

Impunidade

A demora na responsabilização de agentes violentos alimenta a sensação de impunidade.

“Eles sabem que, se a câmera não pegar, vão ser tratados como heróis”, diz uma fonte da Corregedoria. 

A reação institucional 

A PM e o Ministério Público afirmaram que os envolvidos foram presos preventivamente e que o caso é “uma exceção”.

Mas não é verdade!

É rotina! Mais uma caso em a apuração se deve muito mais ao “depoimento das câmeras corporais”.

Se não fosse essa “certeza visual” não haveria conclusão alguma pelos laudos periciais e prevaleceria a versão dos policiais.

Urgentemente deve-se por fim das premiações por “mortes em serviço”;  triagem psicológica rigorosa para tropas de choque e total transparência e rigor técnico-jurídico  em investigações relativas a emprego de “força letal” .

Desumanização

Jeferson, que vivia em situação de rua há anos, tornou-se mais uma vítima de um sistema que, para alguns,  recompensa a violência e fabrica homicidas .

Seu caso lembra outros episódios da Operação Escudo, onde mortes foram justificadas como “resistência” até que provas mostrassem execuções. 

A maioria execuções sumárias praticada por Tenentes e Capitães em busca de autopromoção.  

Enquanto a Justiça mantém o sigilo e acaba arquivando os  processos, familiares e defensores de direitos humanos só podem dizer :  extermínio executado e avalizado por quem tem o dever de assegurar segurança e justiça.  

“QUEM PAGOU POR QUÊ?  16

Em 8 de julho , atendendo a um pedido de um amigo de escritos – que, por cautela, sugeriu evitar dissabores a uma autoridade policial de reconhecida lisura – retiramos uma postagem sobre o jogo ilegal na Baixada Santista – Baixada Santista: O Tabuleiro do Jogo Entre Facções e Polícia .

Erro nosso!

Acreditamos,  que a discrição preservaria a tranquilidade de pessoas ilibadas , a saúde de alguém  que estaria enfermo e  não alimentaria fofocas palacianas e de botequim.

Engano! 

O que se seguiu , conforme soube nos últimos dias , foi uma suposta caça às bruxas ridícula, liderada por alguém que , além de retaliar inocentes e fazer teorias conspiratórias sobre os nossos   “caguetas “, ainda ousa espalhar que “nos pagou pela retirada da postagem”

Pausa para o espanto. 

Qual a finalidade de se propalar ter pagado pela retirada de uma postagem no Blog?

Eu nada pedi e nada recebi; tanto que irei reescrevê-lo , devo ter os rascunhos.

Não sou extorsionário !

Deixemos claro:  se algo do Flit “sai do ar”, é  por cortesia, autocritica, auto reavaliação , não por covardia e muito menos por “dinheiro de policial” .

E, peremptoriamente, não mantenho contato pessoal com policiais em atividade ou aposentados.

Não troco mensagens ou informações sobre tais assuntos.

Quanto à pessoa injustamente acusada,  por conta de antiga relação funcional e simpatia:  não a vejo há mais de cinco anos.

E não é a primeira vez que, por hábito, procuram  interpelar quem nunca nos informou sobre o submundo policial : ainda mais por dinheiro ou interesses pessoais.

Se alguém disse que pagou para retirar a postagem, mente.

Ou então está sendo enganado, e agora querem envolvê-lo em uma falsa polêmica.

A verdade: a saúde de uma pessoa e a confiança de uma autoridade ilibada foram as únicas preocupações para retirar o texto.

Não crie um clima atribuindo-nos práticas de chantagem, pois é isso que a autoridade acabará pensando de nós.

E que tem problemas administrativos muito sérios e urgentes para resolver.

Dizer que pagou pela retirada, além de falso, é uma tolice que só serve para criar intrigas, complicar a própria situação e alimentar fofocas inúteis.

E quem solicitou a retirada não é intermediário e, como eu, também nada recebeu.

Na praia o sol brilha para todos, mas quem quer toda a luz para si – em vez de bronzeado ou dourado – sobe a serra bem queimado!

Vira-lata’ que detecta sangue humano se torna o 2° cão perito da Polícia Científica de SP 1

Encontrada na rua, Savana passou por treinamento para trabalhar em investigações de crimes contra a vida

por Ricardo M. S. Gonçalves24 de julho de 2025, 16:15

Os quatro anos que já passaram juntos tornaram Savana e Machado uma dupla inseparável

A cachorra Savana ainda era filhote quando foi encontrada abandonada próximo à casa de João Henrique Machado, em São José dos Campos. O perito criminal resgatou a vira-lata em grave estado de desnutrição. Durante o tratamento para que ela pudesse ser entregue a um programa de adoção, o policial descobriu que Savana tinha algo especial, que fez com que os dois se tornassem parceiros de vida.

Com muita disposição em aprender, sociabilidade e um faro refinado, Savana se tornou o 2º cão perito da Polícia Científica de São Paulo. Ela consegue detectar manchas de sangue humano que não são visíveis a olho nu ou quando há a tentativa de remoção do vestígio, podendo ajudar na elucidação de casos de crimes contra a vida.

A vira-lata acabou desenvolvendo essa habilidade “imitando” o Mani, o primeiro cachorro que integra a equipe de peritos da Polícia Científica.

Com muita disposição em aprender, sociabilidade e um faro refinado, Savana se tornou o 2º cão perito da Polícia Científica de São Paulo

Os dois ficam à disposição do Instituto de Criminalística de São José dos Campos, onde Machado trabalha há cinco anos na perícia de crimes fazendo a biodetecção de vestígios biológicos com o uso de cães. “Para eles, o trabalho é uma grande brincadeira. Os dois se divertem juntos e competem para ver quem acha o vestígio primeiro”, contou o perito.

Savana foi preparada para atuar em casos importantes de maneira independente. Com dois anos de treinamento e passando nos testes internos, Machado aperfeiçoou o animal para contribuir com máxima eficiência nos laudos da perícia. Para isso, são realizados testes frequentes e em horários variados para não criar uma rotina, já que o acionamento pode ser feito a qualquer momento.

Com muita disposição em aprender, sociabilidade e um faro refinado, Savana se tornou o 2º cão perito da Polícia Científica de São Paulo

Há atividades de obediência, recreação e detecção, que são realizadas em ambientes abertos e fechados na tentativa de reproduzir os locais que comumente são encontrados na perícia criminal — veículos, áreas com grandes extensões como sítios e peças de roupas, por exemplo.

Com toda a experiência adquirida nos testes até aqui, o tutor dos animais comentou que já foi possível encontrar material biológico de até um ano do crime: “O Mani já descobriu manchas de sangue latente em um veículo de seis meses e em uma camiseta após um ano. Mas isso depende de vários fatores, de como aquele material se preservou em meio ao processo de degradação”, explicou o policial.

Menos custo e mais precisão

A utilização de cães como uma ferramenta de perícia é um projeto pioneiro no Brasil. Além de ter um custo mais barato para a polícia, tem demonstrado ser uma técnica mais precisa na descoberta de sangue humano no cenário do crime.

Geralmente, para descobrir algum vestígio de sangue latente, os peritos criminais utilizam o luminol, um produto químico que reage com o ferro do sangue e emite uma luz fluorescente. Porém, em amostras diluídas ou em áreas muito iluminadas e extensas, o reagente não produz o efeito desejado — além de ser um produto de alto custo.

“Nas grandes áreas, gasta-se muito luminol para encontrar um vestígio de sangue, que pode não ser de humano já que o produto não faz essa separação. Já o cão é treinado para detectar apenas esse tipo de sangue. Então quando ele aponta um local, dá a certeza ao perito de que aquela área deve ser melhor trabalhada”, disse o policial.

Para ele, a olfação dos cachorros melhora a sensibilidade e a qualidade dos exames periciais, uma vez que diminui o índice de perdas de amostras que podem ser fundamentais na resolução de um caso. O indício apontado pelos cães com o uso de produtos químicos ajuda o perito a concluir se a amostra deve ser levada ao laboratório para exames complementares.

E é assim, indo para um lado e para o outro, que Savana sai à caça dos vestígios para ganhar a sua bola de borracha de recompensa. Quando encontra, a cachorra senta ou deita em frente à amostra, indicando o material a ser analisado.

“O grande diferencial é o trabalho em cima das amostras que a gente usa. Então tem todo o detalhe para que o cão não vicie no mesmo tipo sanguíneo e mesmo material, já que o sangue de hoje não é o mesmo daqui 30 dias. Os cachorros são treinados para lidar com essas nuances”, observou Machado.

Com muita disposição em aprender, sociabilidade e um faro refinado, Savana se tornou o 2º cão perito da Polícia Científica de São Paulo

Parceria de vida

Os quatro anos que já passaram juntos tornaram Savana e Machado uma dupla inseparável. O perito comentou que desenvolveu uma relação quase que de dependência com o animal. “Sinto muitas saudades quando não vejo ela. A gente fala que os cães ficam ansiosos quando se separam, mas eu que fico com ansiedade quando estou longe dela”, brincou.

Para o futuro, a ideia do perito é que cada núcleo da Polícia Científica de São Paulo tenha o seu próprio cão para apoiar as equipes locais de campo. Mas não é qualquer animal que pode ser incorporado na profissão.

Machado observa as habilidades extras dos caninos como foco, determinação, socialização, alto nível de energia e vontade de fazer as mesmas coisas que um cão perito faz. Cães muito agressivos ou muito grandes são evitados. As buscas geralmente são feitas nos canis dos municípios.

Polícia Científica de São José dos Campos

O policial é formado em medicina veterinária e atualmente desenvolve um projeto de mestrado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de São José dos Campos para elaborar o protocolo de treinamento e utilização de cães pela Polícia Científica.

“A visão do humano, mais a olfação do cão, com a ajuda da ciência, cria um superdepartamento de perícia. Essa mistura de habilidades tem o objetivo de aumentar cada vez mais o índice de resolução criminal do estado de São Paulo”, finalizou o tutor.https://www.guiacampos.com/vira-lata-que-detecta-sangue-humano-se-torna-o-2-cao-perito-da-policia-cientifica-de-sp/