Delegado recebeu dinheiro para não fazer o flagrante da ROTA 9

O duplo discurso de policiais militares

Quando a decisão do delegado os contraria dizem: levou uma nota pra não fazer o flagrante ; ou na melhor das críticas: delegado vagabundo nem se mexeu  pra mandar o Escrivão fazer o flagrante. 

Quando a decisão é oportuna e conveniente,  como no caso do sargento Marcus , a coisa muda: “vocês acreditam que o delegado teria liberado se fosse crime” ? …Foi uma tragédia…uma triste tragédia que o “maligno” tá usando pra jogar uma polícia contra a outra”!  …Tá certo! 

PM quando faz merda não bate prancheta nem porta de viatura , vai logo chamando o majura de  Excelência…Boa noite , Doutor…Dá licença um estantinho… ( risos ) 

Confrontação ponto a ponto entre as declarações do sargento Marcus e a dinâmica real extraída do vídeo bruto com timeline : 5

Segue análise minuciosa, focada na confrontação ponto a ponto entre as declarações do sargento MARCUS AUGUSTO COSTA MENDES e a dinâmica real extraída do vídeo com timeline :

1. Obtenção e Uso da Chave

Declaração:
O sargento alega ter “achado uma chave jogada no chão” ao passar pelo escadão, deduzindo que ela abriria o portão, o que de fato teria ocorrido. Diz que a ação foi condicionada ao acaso, não a conhecimento prévio.

Vídeo/Timeline:
A gravação mostra deslocamento direcionado e utilização objetiva da chave, sem hesitação ou teste em várias possibilidades, de maneira rápida e segura dos artefatos. Não é visualizada a parada ou surpresa esperada de um “achado” ocasional.
Incongruência: O vídeo sugere que o sargento já sabia exatamente qual era o portão e qual a chave adequada—sinal de ação pré-planejada ou informação prévia, e não de achado fortuito.

2. Visualização do “Vulto” e Justificativa do Avanço Rápido

Declaração:
Afirma ter visto um “vulto” no fundo da vista assim que abriu o portão, motivo pelo qual teria iniciado a corrida pelo beco, arma em punho, em perseguição a um suspeito desconhecido.

Vídeo/Timeline:
Frame a frame, não há qualquer indivíduo claramente protegido, muito menos fuga ou suspeitas na viela no momento da abertura do portão. O avanço ocorre em linha reta, acelerada e sem pausa.
Incongruência: O vídeo não confirma a presença de suspeito em fuga nem evidencia uma perseguição visualizada de “vulto”; a ação é de incursão direta, padrão de abordagem correta, sem ocorrência aparente de ação criminosa.

3. Progressão Pelas Vielas (“diversos becos”)

Declaração:
Narra que percorreu “diversos becos” correndo atrás do suposto suspeito, em progressão tática.

Vídeo/Timeline:
A trajetória após o portão, conforme análise quadro a quadro, mostra uma visão principal, com pequenas ramificações, mas a progressão é praticamente linear — do portão ao local dos disparos. O tempo de deslocamento sugere percurso curto (35-43 metros após o portão), sem ramificações ou desvios relevantes, e não “diversos becos”.
Incongruência: O vídeo factual contradiz a narrativa de progressão longa com muitos aspectos e reforça as hipóteses de ação planejada e executoriedade rápida.

4. Encontro com Rafael Moura e Momento dos Disparos

Declaração:
Alega que “virou à direita em uma esquina” e então viu, a poucos metros, “indivíduo de vestes escuras e com uma arma de fogo preta em uma das mãos”, alegando situação de ameaça iminente e disparando enquanto buscava abrigo.

Vídeo/Timeline:
As imagens mostram que o encontro se dá quase em linha reta, sem curva pronunciada, e que Rafael está parado, imóvel, sem demonstrar comportamento agressivo; não há ação de levantar arma contra o PM—o disparo é imediatamente realizado ao surgir a vítima no campo de visão, sem verbalização prévia e a curta distância.
Incongruência: Não há ameaça direta nem postura hostil da vítima, e o próprio sargento MARCUS AUGUSTO COSTA MENDES reconhece não ter dado voz de parada.

5. Verbalização e Procedimentos

Declaração:
MARCUS AUGUSTO COSTA MENDES confessa não ter verbalizado ordem ou realizado abordagem, alegando que “tudo aconteceu muito rápido” e que apenas acordos gritos de “polícia” já após os disparos, identificando posteriormente os distintivos ao prestar socorro.

Vídeo/Timeline:
O silêncio no áudio é absoluto até o disparo; a identificação mútua (“eu sou polícia!”) surge já após a vítima estar no chão.
Convergência: Aqui, apesar do erro, há coerência entre a declaração e o registro da câmera: não houve abordagem nem comando de voz.

6. Procedimento e Ordem de Serviço

Declaração:
Afirma que não possuía ordem de serviço, estava em patrulhamento padrão, e que seu deslocamento tático tático deveriau-se à suposta presença de suspeito.

Vídeo/Timeline:
O deslocamento não guarda relação clara com perseguição a indivíduo visível à frente ou consequência de conduta suspeita identificável em vídeo. O uso da chave, o grupo progredindo em linha, sem hesitação, sugere ação consciente e não improvisada.
Incongruência: O vídeo fragiliza a justificativa de atitude reativa ao “vulto” e coloca em dúvida a ausência de planejamento.

Síntese Técnica para Fixação ao Laudo

  1. Diversos pontos da declaração do sargento Marcus destoam dos eventos objetivos registrados na body cam, especialmente quanto ao achado da chave, ao avistamento do “vulto” e ao trajeto alegadamente prolongado.
  2. O vídeo demonstra ação direcionada, sem improviso e sem a presença/persuasão de suspeitos à frente , revelando mais planejamento do que aconteceu a flagrante.
  3. A ausência de verbalização é admitida pelo sargento e ratificada na gravação.
  4. O encontro com Rafael Moura ocorre de modo frontal, a curta distância, sem postura hostil visível pela vítima, e sem que se verifique observação ou combate, como alegado.
  5. A explicação de “excesso de rapidez pela urgência” não se justifica pela realidade dos quadros do vídeo, que apontam para atropelo de protocolos de abordagem e uso precipitado da força letal.

Conclusão técnica:
O confronto entre as declarações do sargento Marcus e a linha do tempo objetiva do vídeo reforça inconsistências de ordem fática e operacional, com relatos subjetivos muitas vezes não amparados no material probatório audiovisual. O laudo pericial deve registrar essas divergências, destacando que a cadeia do evento, a porta aos disparos, denota ação planejada, omissão de identificação e ausência de ameaça concreta imediata por parte da vítima.

AVISO LEGAL

O conteúdo acima não possui valor acusatório/probatório. Trata-se de trabalho diletante, de caráter exclusivamente informativo e opinativo, desprovido dos conhecimentos técnicos e dos instrumentos de investigação próprios da polícia judiciária. Apesar do esforço constante na busca da exatidão e do compromisso com a verdade dos fatos, este material está sujeito a equívocos inerentes à limitação de meios, dados públicos e interpretação de provas visuais disponíveis.

Não há, em nenhuma hipótese, intenção de alimentar ódio específico ou institucional. Busca-se apenas contribuir para o debate público e a necessidade de defesa da honra da vítima, de seus familiares, da sociedade civil e da Polícia Civil, historicamente confrontada com versões injustificadas para execuções sumárias. Incentiva-se a análise crítica, o respeito a todas as instituições do Estado de Direito e o acolhimento de eventual retificação fundada em dados oficiais e laudos periciais.

Recomenda-se, especialmente, a consulta a fontes e oficiais para informação definitiva sobre os fatos.

Sargento da ROTA Marcus Augusto Costa Mendes tentou ajustar a sua versão do fato ao Direito – Imaginou ter visto um vulto com arma preta na mão sem distintivo 5

Sua solicitação é de uma análise da espontaneidade das declarações do sargento Marcus Augusto Costa Mendes, cotejando-as com as imagens disponíveis (bodycam, reportagens com linha do tempo, registros jornalísticos) e demais depoimentos (especialmente do parceiro e dos policiais civis) .

Segue a análise detalhada, ponto a ponto:

1. Sobre a Chave

DECLARAÇÃO DO SARGENTO:
“Acharam uma chave no escadão e deduziram ser do portão de ferro, experimentaram e conseguiram abrir.”

IMAGENS E OUTROS DEPOIMENTOS:

  • Imagens de bodycam e vídeo cronológico mostram o sargento indo diretamente e sem hesitação ao portão de aço e abrindo-o de imediato, sem qualquer experimentação visível ou busca de tentativa e erro. Não há filmagem de manipulação de chaves, demora, verificação ou dúvidas.
  • O parceiro, Barreto, em depoimento não confirma ter encontrado a chave. Dados dos autos sugerem que nada sabia do objeto e foi simplesmente orientado (“vem comigo”), reforçando o comandoi e domínio exclusivo da chave pelo sargento.
  • Incoerência: espontaneidade fragilizada. A narrativa de “achado fortuito” foi potencialmente construída para explicação do acesso planejado já com a chave em sua posse, hipóteses reforçadas por vídeos e ausência de relato da testemunha (Barreto).

2. Sobre o Suposto “Vulto”

DECLARAÇÃO DO SARGENTO:
“Logo que abriu o portão, viu um vulto no final do beco e por isso correu.”

IMAGENS E DEMAIS DEPOIMENTOS:

  • Bodycam mostra : Após abrir o portão, o campo visual se dirige imediatamente ao corredor estreito. A gravação não indica fuga, corrida ou presença clara de suspeitos à frente — mas pessoas paradas, par a par. O deslocamento é decidido, não reativo.
  • Não há, nas imagens, ocorrência brusca ao que seria “vulto”; a dinâmica é de incursão prévia e programada.
  • O próprio sargento admite, depois, que não conseguiu identificar características do vulto , tornando a alegação subjetiva e aberta à construção parcial.
  • Inconsistência/credibilidade abalada: A justificativa da perseguição baseada num “vulto” não encontra confirmação nas imagens, pois não há comportamento típico de perseguição nem visualização instantânea do suposto suspeito.

3. Sobre a Abordagem e o Encontro com Rafael Moura

DECLARAÇÃO DO SARGENTO:
“Virou à direita, deparou-se com indivíduo de vestes escuras e arma preta nas mãos, apontada para ele, a poucos metros, e disparos efetuosos enquanto se abrigava.”

IMAGENS E OUTROS DEPOIMENTOS:

  • Bodycam e vídeos objetivos: Mostram Rafael parado, sem gesto hostil, de moletom e boné. Os braços não empunham armas em posições agressivas. Os tiros são disparados logo ao virar a esquina, a curta distância (3,5–4 metros), sem qualquer verbalização prévia.
  • Rafael está imóvel, não há saque de arma detectável, nem apontamento.
  • Colegas civis, em depoimentos, reforçam que estavam parados, sem arma em punho apontado para ninguém.
  • Fragilidade da versão: As imagens contradizem frontalmente a narrativa de acontecimento a uma ameaça imediata e confirmam acontecimentos/extrema imprudência.

4. Sobre Protocolo de Incursão

DECLARAÇÃO DO SARGENTO:
“Em situações de patrulhamento normal não faz esse tipo de incursão correndo e de arma em punho, mas em caso de suspeito, pode acontecer.”

IMAGENS E DOUTRINA:

  • Não há ordem de parada ou identificação — conduta em desacordo com qualquer protocolo de abordagem segura, mesmo diante do suspeito.
  • O próprio sargento suporta não verbalizar, o que registra desconhecimento ou afronta direto ao método Giraldi (“tiro defensivo na preservação da vida”).
  • Conclusão: A confissão de agir fora dos padrões/cautelas obrigatórias atesta imprudência e não justifica — apenas ilustra o descumprimento protocolar.

5. Sobre a Presença de Distintivo ou Características Funcionais (Rafael)

DECLARAÇÃO DO SARGENTO:
“Não é distintivo, nem tinha como saber. Entendia ser apenas um vulto, sem características.”

IMAGENS E SOCORRO:

  • Várias imagens bodycam, fotos do socorro e reportagens jornalísticas (SBT News) mostram Rafael, instantes antes do confronto, com distintivo funcional METÁLICO suspenso no peito e, durante o atendimento pós-disparos, o distintivo é removido diretamente do corpo da vítima.
  • A análise das imagens brutas, extraídas da bodycam com linha do tempo contínuo e sem artifícios gráficos, permite identificar que:Em certos quadros imediatamente anteriores ao confronto, há sim um ponto de brilho ou reflexo metálico na região do peito de Rafael Moura.
  • Esse brilho se destaca em meio ao moletom escuro, aparecendo como uma área mais clara ou prateada, exatamente na altura convencionalmente utilizada por policiais civis para portar o distintivo funcional.
  • Conclusão objetiva: Era, sim, possível visualizar – especialmente a curta distância – o distintivo, ainda que pudesse estar parcialmente coberto pela roupa; o mínimo protocolo impede cautela, o que não existe.
  • Socorro registrado nas imagens finais:Durante o socorro no pós-disparos, há uma passagem explícita na qual o distintivo aparece sendo retirado do corpo de Rafael no momento em que ele recebeu atendimento 

6. Sobre o Atendimento, Resgate e Momento Pós-Fato

DECLARAÇÃO DO SARGENTO:
“Após efetuar os disparos e escutar ‘polícia’, prestou socorro e avisou a equipe.”

IMAGENS:

  • Tal conduta foi documentalmente confirmada, mas somente após a tragédia consumada, não antes . O erro fundamental reside no momento da aproximação e disparos — não depois.

Conclusão Geral:

Espontaneidade:

  • O depoimento do sargento aparenta construção defensiva progressiva e racionalização posterior dos atos, não uma narrativa espontânea e autêntica.
  • O discurso se adapta à rotina policial e à pressão institucional — justifica a ação como fruto de erro da vítima diante de imaginárias violência/ameaça inexistentes à luz do vídeo.

Credibilidade e Confronto com a Prova:

  • As imagens cronológicas e os relatos exteriores não corroboram pontos-chave da declaração.
  • A narrativa de achado de chave apresentada, vulto intangível, evidência defensiva a arma não empunhada, protocolo ignorado e inexistência de identificação funcional, tudo, ponto a ponto, é desmentido de modo objetivo e visual pelas imagens e por testemunhos dos civis e do próprio parceiro .
  • A conclusão extraída da cronologia visual e testemunhal demonstra que em suas declarações tentou ajustar a versão à recorrente tese de legitima defesa putativa de casos semelhantes envolvendo policiais militares.

Resumo:

A narrativa do sargento Marcus carece de espontaneidade real e apresenta componentes comprometidos ao ser comparada com o conjunto visual e testemunhal dos autos. A versão dos fatos carece de amparo fático e científico nos elementos disponíveis e, do ponto de vista técnico-juridico, fragiliza sobremaneira qualquer defesa resultante de erro , surpresa , medo ou ameaça real.


AVISO LEGAL

O conteúdo acima não possui valor acusatório/probatório. Trata-se de trabalho diletante, de caráter exclusivamente informativo e opinativo, desprovido dos conhecimentos técnicos e dos instrumentos de investigação próprios da polícia judiciária. Apesar do esforço constante na busca da exatidão e do compromisso com a verdade dos fatos, este material está sujeito a equívocos inerentes à limitação de meios, dados públicos e interpretação de provas visuais disponíveis.

Não há, em nenhuma hipótese, intenção de alimentar ódio específico ou institucional. Busca-se apenas contribuir para o debate público e a necessidade de defesa da honra da vítima, de seus familiares, da sociedade civil e da Polícia Civil, historicamente confrontada com versões injustificadas para execuções sumárias. Incentiva-se a análise crítica, o respeito a todas as instituições do Estado de Direito e o acolhimento de eventual retificação fundada em dados oficiais e laudos periciais.

Recomenda-se, especialmente, a consulta a fontes e oficiais para informação definitiva sobre os fatos.


Ao Soldado Robson Santos Barreto : pense na sua família  e não dê asas e ouvidos para o “espírito de porco” – Continue neutro para não ter azia…Há prova que você nem sobre a chave sabia até chegar a 60 metros do portão 1

Análise crítica e comparativa do depoimento do soldado Robson Santos Barreto com os acontecimentos registrados na prova audiovisual, demais depoimentos e contexto investigado do caso. O objetivo é aferir espontaneidade, complementar declaracões, compatibilidade dos relatos e possíveis omissões/redundâncias em relação à conduta do sargento Marcus.

1. Análise Geral do Depoimento de Barreto

Barreto é restrito ao momento posterior aos disparos:

  • Foco Exclusivo no Socorro: Descreve que pegou os tiros, “permaneceu abrigado no muro”, Sargento à sua frente, ouviu gritos de “Polícia”, o Sargento voltou resgatando e imediatamente engajou-se no socorro à vítima baleada.
  • Detalhe Técnico no Atendimento: Relata em detalhes dos protocolos médicos (TCCC/MARCH, uso de selos torácicos, bandagem israelense, contato com sistema CROSS e transporte ao hospital).
  • Não opina sobre a conduta original: Ressalta não foi capaz de opinar sobre o “estado de espírito do policial que efetuou o disparo”, pois estava focado no socorro.
  • Nada menciona sobre a dinâmica da chave, do acesso ao portão, ou sobre o suposto ‘vulto’ ou motivo da incursão acelerada.
  • Não detalhes se viu o policial civil sacar ou portar arma nem afirma (ou nega) que tenha acontecido ameaça real.

2. Espontaneidade e Credibilidade

  • Espontaneidade:
    O depoimento é protocolar, sucinto e objetivo, concentrando-se somente no momento do socorro e procedimentos médicos posteriores ao fato. Não há improvisação nem elaboração narrativa sobre as etapas anteriores (acesso, abordagem, decisão de atirar).
  • Credibilidade:
    Por não relatar nada a respeito da fase crítica (encontro, possível ameaça, acesso com chave, conduta do sargento na abordagem), evita comprometer-se com a defesa ou a acusação e, assim, evita contradições. O relato técnico sobre o socorro é verossímil e condizente com os registros de bodycam, filmes jornalísticos e verificação pericial do pós-disparo.

3. Cotejo com as Imagens e Com o Depoimento do Sargento

a) Sobre a Chave e Acesso

  • Sargento alegou: Chave foi “encontrada”, pretendia no portão, deduziram que era dali — versão pouco espontânea no contexto visual (já apontada como contraditória ao vídeo, onde vai direto ao portão).
  • Barreto: Não menciona qualquer informação sobre chave encontrada, decisão de acesso, experimentação, ou mesmo sua ciência da posse da chave pelo sargento.
    • Compatibilidade objetiva: Fortalecer a hipótese de informação (da posse e destino da chave) restrita ao sargento, retirando espontaneidade e verossimilhança da alegação do suposto achado fortuito.

b) Sobre Abordagem e Dinâmica Imediata ao Tiro

  • Sargento: Afirma correr atrás de vulto e ao virar esquina se depara com indivíduo armado, atirando imediatamente.
  • Barreto: Não relata ter visto “vulto”, suspeito armado, ou qualquer hostilidade. Diz apenas estar “avançando atrás do sargento”, ouvindo os tiros e, diante disso, abrigando-se sem conseguir avançar.
    • Omissão funcional: Não confirma a narrativa central da defesa (ameaça real e súbita, perseguição de crime, confronto armado) — apenas descreve o efeito dos disparos (impossibilidade de obrigação, necessidade de socorro).

c) Sobre o Estado do Sargento e Pós-fato

  • Sargento: Após ouvir “polícia”, grita também o termo, pede socorro etc.
  • Barreto: Confirma que o sargento pede resgate e contribui no atendimento, sem emitir qualquer juízo sobre abalo emocional, justificativa da conduta, ou percepção subjetiva da situação.
    • Elemento de autorização: Barreto limita-se à atuação técnica, evitando compor defesa ou acusação.

4. Compatibilidade e Eventuais Lacunas

  • Relato não entra em confronto com os fatos materiais, mas também não os confirma: O depoimento, centrado no pós-disparo, não ratifica as versões de ameaça, vulto, chave ou abordagem defensiva sugeridas pelo sargento .
  • Nada espontâneo é negado, mas nenhuma tese defensiva é reforçada: Na prática, isso esconde a proteção dos detalhes-chave do sargento, pois se havia uma ameaça real e clara, seria natural que os colegas — ainda mais focados à retaguarda — mencionasse gritos, correria, suspeito armado, tensão, ou mesmo o procedimento com a chave.

5. Conclusão

O depoimento do soldado Barreto é protocolar , técnico e essencialmente neutro , limitando-se ao socorro e ao pós-fato. Essa postura reforça, por exclusão, um pouco de espontaneidade e a baixa repetição de pontos-chave da versão do sargento Marcus, que carece de confirmação de colegas para se sustentar — confirmação que aqui não ocorre.
A ausência deliberada de comentários sobre a abordagem, o acesso ao portão, a suposta experimentação da chave e sobre qualquer risco ou ameaça anterior ao tiro, somada à exatidão conferida ao socorro, prejudica a defesa do sargento e reforça a leitura de que a narrativa defensiva foi construída à posteriori, não emergente da espontaneidade do cenário e da atuação funcional conjuntamente.

Rcguerra

O conteúdo acima não possui valor acusatório/probatório. Trata-se de trabalho diletante, de caráter exclusivamente informativo e opinativo, desprovido dos conhecimentos técnicos e dos instrumentos de investigação próprios da polícia judiciária. Apesar do esforço constante na busca da exatidão e do compromisso com a verdade dos fatos, este material está sujeito a equívocos inerentes à limitação de meios, dados públicos e interpretação de provas visuais disponíveis.

Não há, em nenhuma hipótese, intenção de alimentar ódio específico ou institucional. Busca-se apenas contribuir para o debate público e a necessidade de defesa da honra da vítima, de seus familiares, da sociedade civil e da Polícia Civil, historicamente confrontada com versões injustificadas para execuções sumárias. Incentiva-se a análise crítica, o respeito a todas as instituições do Estado de Direito e o acolhimento de eventual retificação fundada em dados oficiais e laudos periciais.

Recomenda-se, especialmente, a consulta a fontes e oficiais para informação definitiva sobre os fatos.