Com cara de paisagem o Coronel Massafera , 2:30, justifica os disparos por suposta postura ameaçadora do policial civil, que, segundo ele, teria sacado uma arma ao ser surpreendido… 1

Cotejo Crítico: Entrevista do Coronel vs. Imagens da Câmera Corporal

Pontos Principais da Entrevista do Coronel

  • O coronel Massera (PM-SP) classificou o caso como “tragédia, não crime”, alegando que as imagens corroboram a versão do sargento, descrevendo a ausência de tempo para verbalização e justificando os disparos por suposta postura ameaçadora do policial civil, que, segundo ele, teria sacado uma arma ao ser surpreendido.
  • Destacou-se a falta de integração entre as operações das Polícias Civis e Militares como fator central do desfecho trágico.
  • Reforçou que o policial militar agiu “num ambiente de risco”, monitorando que só cessou fogo ao ouvir os gritos de “polícia”.

Pontos Objetivos Observados nas Imagens

  • As imagens mostram o sargento munido de chave para acesso planejado a viela, avançando em velocidade (“desabalada carreira”).
  • Não há verbalização, comando de parada, nem identificação policial prévia por parte do sargento.
  • O policial civil Rafael Moura estava parado, com visualização clara dos distintivos; não esboça causas prejudiciais ou saque de arma ameaçador.
  • O sargento efetuou quatro disparos – dois à vista, dois de trás de um abrigo –, com a vítima imóvel e sem chance de defesa ou fato hostil.
  • Os gritos de identificação (“É polícia!”) surgem após os disparos, não antes. O sargento só interrompeu o fogo depois de ouvir esses gritos.
  • Não existe elemento que confirme a de outra presença suspeita nem percepção real de dupla ameaça.

Conclusão do Cotejo

  • Dissonância relevante entre discurso institucional e evidência técnica: Ao comparar a entrevista do coronel com as imagens, constata-se que a linha institucional suaviza a conduta do sargento, naturalizando a ausência de verbalização e a quantidade de disparos, enquanto o vídeo demonstra cenas e falhas essenciais de procedimento que resultaram em letalidade claramente evitável.
  • Fato essencial ignorado pelo comando: A alegação de que o policial civil fez “menção de sacar arma” ou que teria risco incontrolável não encontra respaldo nas imagens, que mostram a vítima sendo descoberta sem gestos hostis — reforçando que o disparo não foi resposta a ameaça concreta, mas reflexo de atuação temerária.
  • Ausência de integração não justifica falha de protocolo: Embora a falta de cooperação institucional tenha contribuído para o contexto, os protocolos operacionais de preservação da vida e identificação foram ignorados individualmente pelo sargento, conforme evidência do vídeo.
  • Negativa do “crime” não se sustenta diante dos fatos objetivos: A classificação do episódio como “tragédia” e não “crime” revela o esforço institucional de minimizar a responsabilidade individual e estrutural, em contraste com a objetividade probatória das imagens, que demonstram violação clara dos preceitos do Método Giraldi e dos princípios constitucionais do uso proporcional da força letal por agente do Estado.

Portanto, o cotejo dos registros institucionais e das evidências visuais aponta para negligência grave, conduta incompatível com os padrões legais e doutrinários e deficiência a versão defensiva sustentada institucionalmente pela PM.

: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sp-policia-militar-classifica-morte-de-policial-civil-em-acao-da-rota-como-tragedia/
: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2025/07/21/novas-imagens-bodycam-rota-policia-civil.htm

E entre a arrogância e a incompetência, há alguns Comandantes mais cuidadosos com suas lentes nos dentes e seus tratamentos estéticos na face sempre viçosa. Em vez de investimentos em procedimentos estéticos e clareamentos dentários para sempre aparecer bem na foto , deveriam usar apenas óleo de peroba quando com desfaçatez ( cara-de-pau ) subestimam a nossa inteligência com as suas costumeiras – falsas ou incompletas – versões oficiais. Se preferirem manter a aparência , do que preservar vidas , então que continuem cuidando muito mais das suas delicadas cútis facial… Mas que sejam envernizadas antes de – publicamente – normalizarem as ocorrências com assassinatos de inocentes!

Um Comentário

  1. Meu Deus , quanta arrogância, que assassinato brutal!

    E a pergunta que não quer calar: PM com a chave do mocó de vagabundo? Eita, parecendo milícia cuidando de bairro de gente pobre.

    Curtir

Os comentários estão desativados.