Procedimento Correto Segundo o Método Giraldi (Manual de Preservação da Vida)
Princípios Fundamentais do Método Giraldi
O Método Giraldi – “Tiro Defensivo na Preservação da Vida” – é a doutrina oficial da Polícia Militar de São Paulo (e de outros estados) para o uso da força letal, priorizando a preservação da vida, inclusive do próprio policial, inocentes e até mesmo do agressor.
Valores centrais:
- O uso da arma de fogo é a última alternativa.
- Procedimentos (não disparos) são regra; o disparo, exceção.
- O disparo só se justifica quando todos os outros meios se mostram ineficazes, sendo motivado por necessidade clara e real, sempre dentro dos limites da legalidade, necessidade, oportunidade e proporcionalidade[1][2].
Etapas Técnicas Obrigatórias Antes do Disparo
1. Avaliação da Situação
- Observar e identificar a cena: analisar o ambiente, identificar possíveis ameaças e distinguir alvos hostis de inocentes.
- Avaliar se realmente há risco iminente à própria vida ou de terceiros, ou se a situação pode ser controlada por outros meios.
2. Uso da Técnica de Verbalização
- Realizar abordagem verbal, identificando-se e ordenando a rendição ou a cessação da conduta perigosa do suposto agressor.
- O policial deve verbalizar comandos claros como: “Polícia! Pare!”, dando oportunidade para o suspeito interromper a conduta antes da escalada do uso da força[1][3][4].
3. Busca de Alternativas Não Letais
- Examinar se há meios não letais para conter ou neutralizar o risco, seja recuando, utilizando cobertura, ou empregando dispositivos de menor potencial ofensivo.
4. Postura Técnica e Tática
- Utilizar abrigo tático e manter distância de segurança, minimizando a exposição de si e de terceiros.
- Empunhar a arma com técnica, mas sem apontá-la ou disparar sem necessidade ou clareza do alvo.
5. Confirmação Visual Clara
- Certificar-se, em ambiente controlado, se a pessoa abordada realmente representa ameaça.
- Identificar sinais visuais claros (fardamento, distintivos, comportamento) que possam indicar que não se trata de um criminoso ou agressor.
6. Só Atirar em Última Instância
- O disparo só será aceitável caso o policial tenha certeza de que a vida (dele ou de terceiros) está em perigo atual, concreto e insuperável por outros meios.
- O tiro deve buscar neutralizar o risco, jamais executar ou agir por impulso, medo ou mera presunção da ameaça[1][5][2][4].
Resumo Tático do Método Giraldi
| Etapa | Descrição | Justificativa |
| Observação e avaliação | Analisar ambiente e alvos | Evita erros trágicos |
| Verbalização obrigatória | Dar ordem clara e se identificar | O procedimento é regra |
| Busca de alternativas não letais | Explorar meios de neutralizar o risco sem disparos | Preserve vidas, inclusive do agressor |
| Confirmação positiva de ameaça real | Só dispara diante de alguém claramente hostil | Princípios de necessidade e legalidade |
| Disparar em última alternativa | Atuação proporcional, para cessar ação agressiva | Evita excesso e responsabilização |
Fundamentação
O Manual do Método Giraldi reforça que erros de identificação, disparos precipitados e ausência de procedimentos de abordagem verbal antes do uso letal da força colocam o policial em risco jurídico, vulnerabilizam a instituição e contrariam os direitos humanos. O objetivo maior é que a atuação policial seja “zero a zero”: nenhuma morte desnecessária, para segurança de todos os envolvidos[5][2][4].
Em síntese:
Antes de atirar, o sargento 3º Sgt PM Marcus Augusto Costa Mendes (ROTA)deveria — seguindo o Método Giraldi — ter observado e avaliado o contexto, verbalizado claramente sua presença e intenções, escolhido alternativas não letais e somente disparado caso tivesse certeza objetiva da ameaça, agindo dentro dos parâmetros de necessidade, oportunidade, proporcionalidade e legalidade, sendo o disparo a última e extrema alternativa.
O coronel da Polícia Militar de São Paulo, Nilson Giraldi, é conhecido por ser o criador do “Tiro Defensivo na Preservação da Vida” (TDPV), também conhecido como Método Giraldi. Este método é um conjunto de técnicas e normas que padronizam as ações policiais com arma de fogo, com o objetivo de reduzir disparos acidentais e desnecessários, além de otimizar o uso da arma em situações de necessidade. O método foi desenvolvido no final da década de 1980 e adotado pela Polícia Militar de São Paulo (PMESP) a partir de 1997.
⁂
- https://www.zambini.org.br/portal/assets/publicacoes/7a4cb97d036dcd744465882bf5b20915.pdf
- https://pt.scribd.com/document/595667740/m-19-pm-manual-de-tiro-2-ed-metodo-giraldi
- https://pm.es.gov.br/tiro-defensivo-na-preservacao-da-vida-tdpv-metodo-giraldi
- https://m.vitoria.es.gov.br/noticia/criador-de-metodo-policial-de-preservacao-da-vida-orienta-agentes-da-guarda-16039
- https://pt.scribd.com/document/263326894/Manual-Do-Tdpv-Metodo-Giraldi
qualquer animal de duas pernas sabe que tava tudo errado!
alguém viu o vídeo? O mike tinha a chave do portão que acessava a viela! Em que mundo um da rota entra em 2 numa viela? Deixa o terceiro homem pra trás, sai correndo igual um louco, arma em apenas uma mão, sem varredura sem nada!
Até uma criança com uma bola na mão levaria bala desses caras.
continuem arredondando ocorrência quadrada no DP!
cadê os classistas que falam que só IP é herói?
cadê os charque que paga pau pra PM? Caiam na mão deles e esperem favor ver. Acordem! É nós por nós!
CurtirCurtir
Dr. Guerra…
É chave operacional o nome disso?
Não causa estranheza o pm ter chave e claramente conhecer o local?
CurtirCurtir
Outra pergunta: é normal a SSP liberar imagens que não refletem a realidade dos fatos? Pois as primeiras imagens, a cargo da Secretaria, omitem essa parte.
CurtirCurtir
Clint, certamente liberaram só o que interessava e provavelmente o delegado plantonista não viu tudo.
CurtirCurtido por 1 pessoa
CurtirCurtir
Aí tem: https://flitparalisante.com/2025/07/22/o-sargento-da-rota-achou-a-chave-do-portao-ou-e-o-dono-do-beco/
CurtirCurtir