
À luz dos recentes acontecimentos envolvendo Eduardo Bolsonaro, torna-se impossível ignorar a flagrante demonstração de gangsterismo mafioso advinda de suas declarações públicas, atitudes e histórico político.
Mais do que mero destempero verbal, suas manifestações revelam traços claros de uma personalidade narcisista psicopática, cuja violência, prepotência e desprezo pelas instituições são teoricamente herdados de seu próprio pai – patrimônio nada invejável do clã Bolsonaro na política brasileira.
É sintomático perceber o quanto Eduardo Bolsonaro, diante do intenso cerco judicial e de investigações acerca da sua conduta (e de sua família), reage com agressividade, tentando inverter a ordem dos fatos e posar de perseguido.
Entretanto, o que se vê é a dificuldade típica do narcisista de aceitar sua mediocridade funcional e a decadência política de seu projeto de poder, cada dia mais desmoronado diante da opinião pública, das instituições republicanas e da Justiça.
Seu passado obscuro, envolto em polêmicas, favorecimentos e suspeitas de corrupção – muito mais do que simples rusgas partidárias – aponta para a necessidade de responsabilização em múltiplas esferas.
Não basta perder, como já perdeu moralmente, sua função de escrivão da Polícia Federal: é preciso que seja decretada sua prisão preventiva, diante do uso reiterado do cargo parlamentar para incitar ataques a autoridades, intimidar servidores públicos e fomentar a desestabilização democrática.
Além da justa prisão, é imperativo que o Judiciário – com coragem institucional e respeito ao devido processo legal – promova sua condenação criminal, casse seu mandato de deputado federal, o declare inelegível por todo o período previsto em lei e, por fim, proceda ao sequestro cautelar de seu patrimônio para garantir pesada indenização ao Estado e às vítimas de seus reiterados abusos.
Vale ressaltar que, ao buscar máscaras e proteção em figuras emblemáticas do cenário internacional – como Donald Trump, de quem tenta se aproximar para escapar da jurisdição brasileira – Eduardo reafirma sua essência antirrepublicana e míope.
Que se esconda, se for capaz, sob as bolas do saco de Trump, aguardando um eventual legalista na presidência dos EUA, que venha a tomar as medidas necessárias para prendê-lo e entregá-lo às autoridades brasileiras, pondo fim a um ciclo de impunidade e desmoralização das instituições nacionais.
Em uma verdadeira democracia, ninguém pode estar acima da lei, tampouco os que, travestidos de representantes do povo, tentam usurpar a República para benefício próprio.
O fim desse ciclo é não só necessário: é urgente.
