Procura-se Liderança de Verdade para a Polícia Civil de São Paulo 14

  • Quem? Delegados e líderes da Polícia Civil.
  • O quê? Crise de liderança e degradação institucional.
  • Quando? No governo atual (Tarcísio/Derrite).
  • Onde? Polícia Civil de São Paulo.
  • Por quê? Interferência política e falta de altivez.
  • Como? Através de nomeações políticas e esvaziamento de recursos.

A Polícia Civil de São Paulo, instituição indispensável para a segurança pública e a justiça, atravessa uma crise sem precedentes.

A ausência de uma liderança forte, altiva e genuinamente comprometida com os valores institucionais tem conduzido a corporação a um processo alarmante de degradação, tornando-a vulnerável a interesses políticos e a agendas pessoais que nada têm a ver com sua missão fundamental.

Delegados de polícia deveriam ser a espinha dorsal da instituição, conduzindo investigações com imparcialidade, protegendo direitos e garantindo o cumprimento da lei.

Contudo, o cenário atual revela uma preocupante escassez de lideranças dispostas a defender a autonomia e a dignidade da Polícia Civil.

A corporação clama por delegados que resistam a pressões políticas sem renunciar a seus princípios, ajam com honradez e priorizem o interesse público, protegendo a instituição contra tentativas de manipulação e subordinação a interesses externos.

É inadmissível que uma instituição tão relevante seja gerida por “marionetes” alinhadas incondicionalmente ao governador Tarcísio de Freitas e ao secretário de Segurança Pública, Capitão PM Guilherme Derrite — ambos, por sua vez, dois marionetes subordinados ao projeto político do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Que nunca teve projeto político, apenas projeto de PODER E PRIVILÉGIOS !

Essa submissão política resulta em consequências graves: esvaziamento de recursos, com transferência de atribuições e verbas para a Polícia Militar, enfraquecendo a capacidade investigativa da Polícia Civil; nomeações de chefias baseadas em lealdade política, e não em competência ou compromisso institucional; e conflitos institucionais, com tentativas de ampliar o poder da PM em áreas tradicionalmente sob responsabilidade da Polícia Civil, gerando instabilidade e insegurança.

Dentro da corporação, predomina um clima de temor.

Muitos profissionais optam pelo silêncio e pela passividade para preservar cargos e privilégios — alguns deles, inclusive, de natureza questionável.

Essa postura de subserviência corrói a moral dos servidores e inviabiliza qualquer tentativa séria de renovação ou reconstrução institucional.

Embora ainda existam servidores abnegados que, mesmo diante das adversidades, continuam cumprindo seu dever, esses esforços isolados não bastam para reverter o quadro de declínio institucional.

Reconstruir a Polícia Civil exige restaurar a autonomia dos delegados, livre de interferências políticas, garantir meritocracia em nomeações e promoções, combater o aparelhamento da instituição e valorizar a carreira policial, oferecendo condições dignas de trabalho e respeito à sua função.

A sociedade paulista não pode mais tolerar uma Polícia Civil fragilizada e submissa.

É tempo de exigir lideranças verdadeiras, comprometidas com a justiça e com a cidadania, e não com projetos políticos de ocasião.

Chega de marionetes. Queremos líderes.

Um Comentário

  1. Infelizmente a PC chegou a uma covardia nunca imaginável.

    Delegados covardes e vendidos que abrem as pernas por uma cadeira qualquer, como se aquilo fosse a coisa mais importante do mundo.

    Aceitaram um SSP tenente da PM, acreditaram em promessas como uma criança acredita no papai noel.

    Temos administradores que mais parecem dinossauros, alguns com mais de 70 anos, mal conseguem andar, não apresentam novas ideias e soluções, nada mais produzem para a PC.

    Temos vários milionários que não precisam da PC e nem do salário, precisam apenas do cargo, da funcional e da sua arma.

    Temos também chefes e policiais que não precisam do salario da PC, apenas a arma e a funcional… o que fazem, só Deus sabe.

    Entendeu porque a PC esta nessa merda e se assim continuar vai acabar?

    É preciso aposentar esses parasitas que insistem em continuar na ativa… chega a ser cômico ver DG voltando a ser diretor, seccional. Diretor voltando a ser seccional ou titular em algum DP, Seccional voltando para DP… mas não se aposentam de jeito nenhum.

    Não querem largar o osso.

    Acabamos de ver um caso grave envolvendo policiais civis e PMs da Rota… e onde está nosso SSP, Dr. NICO, Dr. Dian (aguém conhece? alguém já viu? ele é mesmo DG?)

    Que bosta!

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  2. Parabéns ao Flit Paralisante ,que não se curva aos poderosos e defende a polícia civil com bravura , com certeza esta matéria paralisou ainda mais os já engessados delegados de polícia submissos a PM. O cavalo selado passou e a polícia civil não montou. Cito aqui matéria da Folha de S.Paulo 07/10/1998:São Paulo, quarta, 7 de outubro de 1998 

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    Covas propôs unir as polícias

    da Reportagem Local

    O episódio da favela Naval detonou, à época, uma série de discussões sobre o atual modelo de polícia. No auge da crise, uma das piores da história da Polícia Militar de São Paulo, o então governador Mário Covas encaminhou a Brasília um projeto de emenda constitucional que unificava as funções das Polícias Civil e Militar.
    Além disso, o presidente Fernando Henrique Cardoso criou uma comissão para estudar o assunto. A comissão elaborou uma proposta que dava autonomia aos Estados para organizar suas polícias. O projeto foi enviado para a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.
    Essa comissão havia recebido, até o final do ano passado, 97 propostas de reforma das polícias do país. O projeto de Covas, que tirava o policiamento ostensivo da Polícia Militar, passando-o para a Polícia Civil, foi diluído pelas outras propostas. A medida de Covas foi muito criticada pela PM.
    Recentemente, a relatora da comissão, deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), finalizou seu relatório a respeito do assunto. O texto será discutido, e talvez votado, na próxima reunião da comissão, cuja data ainda não foi marcada por causa do período eleitoral. Covas assumiu o Estado com as polícias, em especial a Polícia Militar, extremamente desacreditadas por fatos como o massacre do Carandiru. Em contraposição, deixou o governo, já enfraquecido pela doença que o consumia, justamente quando essa mesma polícia enfrentou 29 rebeliões simultâneas, com mais de 35 mil reféns, sem permitir nem uma fuga sequer, mas respeitando a integridade física dos presos e de todos quanto estiveram envolvidos em tão grave episódio. Da mesma forma, conseguiu que essa polícia, convocada pela Justiça centenas de vezes para intervir desocupando áreas invadidas, particularmente na área rural, atuasse sem traumas ou violência.Também pela primeira vez no Brasil houve avanços concretos no sentido da unificação das polícias. Covas, pessoalmente, apresentou ao governo federal proposta para essa unificação. E foi além do gesto. Iniciou uma política de integração das polícias sem precedentes. Unificou suas áreas de atuação, fixou metas de redução da criminalidade conjuntas para cada distrito policial e companhia da PM, criou o Infocrim, que disponibiliza para as duas polícias o melhor programa de análise criminal do país, e viabilizou a unificação do comando das duas polícias em um mesmo local, na nova sede da Secretaria da Segurança Pública.Mas tudo isso de nada teria valido se, em seu governo, Covas não tivesse sempre se mantido fiel aos princípios democráticos e de respeito aos direitos humanos, dos quais jamais abriu mão, mesmo quando, por essa razão, viesse a sofrer prejuízos políticos.

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  3. Dr. Guerra , poderia também fazer uma matéria sobre o Iamspe , aqui no interior um simples hemograma está demorando seis meses para realizar. Muitos precisam viajar 50 km até 100 ou 150 km para consultas e exames de imagem. Aqui é o fim do mundo. Grato Dr.

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    • Estão sucateando de propósito. Hoje, até o P.S é terceirizado. Maior parte da enfermagem de internação também está terceirizada. Na Capital retiram opções de agendamento e te empurraram pra rede terceirizada…

      Não sei quando (ou se não há interesse pelo interior, ainda), mas IAMSPE está sendo todo privatizado. Os médicos já haviam avisado que o desmonte estava em curso. Até hospitais “questionáveis” já credenciaram para cirurgias… Mas a farmácia está muito melhor.

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  4. O Dian Go Kid deve estar fazendo um churrasquinho na futura mansão do Dehitler em Porto Feliz.

    Tá…..e andando para a PC.

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  5. uma verdade que dói: a polícia civil é fraca.

    seus cabeças são fracos.

    os policiais são fracos.

    somos fracos.

    Somos tolerados. Se não houvesse orçamento obrigatório o governo já teria nos apagado da estrutura pública.

    o inimigo da pc é a própria pc.

    implodida dia após dia.

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    • Você definiu com exatidão o quadro passado, atual e futuro. Lembro de um certo delegado classe especial, que ao sentar na cadeira da corregedoria como diretor, deixou-se fotografar para o extinto jornal da tarde, e junto de sua imagem a seguinte frase, anunciando sua nomeação: “Começou a limpa na Polícia Civil”, postura hedionda, imbecil, vergonhosa, não houve ali uma demonstração de comprometimento, mas de desprezo pela própria instituição

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  6. Quem está mandando na polícia civil e nas promocões são os politicos. Olim e Nico decidem quem vai ser promovido ou não. Ninguém quer saber se o cara trabalha e é um bom policial. Politica está sufocando nossa instituição e nossos diretores, só pensam em segurar suas bundas na cadeira e nada fazem

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  7. Senhores ! Acordem !

    A culpa é nossa !

    Hoje quando cheguei a delegacia esperava uma revolta sem precedentes pelo que aconteceu com o colega.

    Nada. Apenas eu e mais um que ingressou na década de 90 com raiva. Lembramos de quando um DGP foi expulso do velório do colega do 14 DP que só tinha uma algema para dois jacks na vtr.

    O colega morreu devido ao descaso. Os vagabundos saíram em pé.

    O resto ocupava-se de sua existência. Como se o polícia massacrado covardemente pelo meganha fosse alguém de um outro planeta.

    Os delegados tem culpa ? Sim.

    Mas o resto também tem ! Se o restopol não fosse tão omisso, não haveria tantos tapas na cara como o de sexta. Repetiu-se 2012 quando colegas do SIG/FCR foram alvejados pelos PMs de Osasco no Rochdale.

    Quem lembra disso ? Quase ninguém !

    Então, além de quem nos dirige somos todos culpados.

    Falta, para usar uma expressão que detesto, consciência de classe. Falta coragem.

    Infelizmente vivemos a era do “tá bom pra mim, foda-se o resto”.

    Isso irá custar caro !

    Eu queria que o polícia tivesse a mesma coragem de quem escreveu isso :

    “venho por meio destas linhas pedir para não maltratar a guarnição deste navio, que tanto se esforça para trazê-lo limpo. Aqui ninguém é salteador, nem ladrão. Desejamos paz e amor. Ninguém é escravo de oficiais e chega de chibata. Cuidado!”

    Eles tiveram vergonha e decência. Nós não.

    Por isso sofremos com a chibata ainda.

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  8. Os politicos mandam e desmandam na polícia civil e nos delegados e eles mesmos estão deixando isso acontecer acontecer para se segurarem como seccionais e diretores e nossa instituição perde a credibilidade a cada dia

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    • Exatamente.

      Não há um único seccional ou diretor que não seja capacho de um político, de um deputado.

      Todos subservientes ao poder político pra se manter na cadeira.

      Triste, mas é a realidade !

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