
A chamada Banca Falcão, defenestrada pela Polícia Civil da região de Bauru, liderada por Marina Rodrigues Rossini e Oswaldo Oliveira Júnior, expandiu suas operações para a Baixada Santista ao assumir, na condição de arrendatários, pontos de jogo do bicho que antes pertenciam aos tradicionais bicheiros: Carlinhos Virtuoso ( que da cadeia jura vinganças ) e Manoel Rodrigues, conhecido como Nequinho ( de nova namorada “ novinha e gastosa” e com direito a motorista PM ) .
Como se vê para alguns sofrer processo criminal não é brochante !
Essa movimentação representa uma reconfiguração do controle dos jogos de azar na região, com a entrada de novos atores em territórios historicamente dominados por folclóricas figuras locais.
A exploração do jogo do bicho e dos pontos de caça-níqueis pela Banca Falcão e outros , sabidamente, ocorre em desacordo com as diretrizes do atual diretor do Deinter-6, delegado Flavio Ruiz Gastaldi, que assumiu o comando da Polícia Civil da Baixada Santista e do Vale do Ribeira com a promessa de intensificar o combate ao crime organizado e à corrupção policial.
Apesar das orientações da nova gestão para coibir a atuação de organizações criminosas, subordinados diretos e setores da polícia continuam sendo apontados como coniventes ou diretamente envolvidos na manutenção do esquema, seja por meio da corrupção sistêmica ou da proteção ativa dos interesses dos contraventores.
Em razão do jogo de faz de conta até a Corregedoria local se vê sob a suspeita de vazar informações e dar proteção a determinado advogado de Santos responsável pelo leva e traz financeiro.
O cenário se agrava com a participação de contraventores da Capital, muitos supostamente ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), conforme investigações recentes da Polícia Federal.
A prisão do banqueiro conhecido como Geomá ou Pereira, apontado como um dos maiores operadores de jogos ilegais da Capital e com supostas ligações ao PCC, evidencia a integração entre o crime organizado paulistano e as estruturas tradicionais do jogo na Baixada Santista.
Segundo a Polícia Federal, essas conexões ampliam o alcance e o poder de intimidação dos grupos envolvidos.
O controle dos pontos de apostas, caça-níqueis e casas de jogo do chamado G8 — grupo que reúne as principais casas de apostas da região — está cada vez mais centralizado e protegido por uma rede de corrupção policial e alianças criminosas, tornando ineficazes as tentativas oficiais de repressão, salvo raras exceções em operações de impacto, de regra, do GAECO com auxílio de policiais militares trazidos de outras cidades.
O lema do grupo, “NÃO TEMOS INIMIGOS”… (vale dizer: morrem!)”, traduz o grau de violência e intimidação empregado para manter a hegemonia sobre o mercado de jogos ilegais, afastando concorrentes e desafetos, e reforçando o clima de medo e silêncio que impera entre operadores, apostadores e até autoridades locais.
Mas em matéria de insinuar lemas de vida e lemas de trabalho o grupo dos 8 – do 1530 ou 1533 , sabe-se lá – não está sozinho.
Um certo chefe da polícia também tem o seu: “ou vocês resolvem ou trago profissionais”!
E não se diga que nada é feito …
Se atrasar ou primeiro pagar a ninharia da área, de pronto, requer-se mandado de busca e apreensão .
E sem choro: “primeiro eu” é o maior lema!
Esse quadro revela a complexidade do enfrentamento ao jogo ilegal na Baixada Santista: mesmo com mudanças no comando policial e operações ostensivas, a simbiose entre contraventores, facções criminosas e setores corrompidos do aparato estatal mantém o jogo do bicho e os caça-níqueis como negócios lucrativos e resilientes ao controle legal e institucional.
Este artigo baseia-se em informações veiculadas por investigações policiais, profissionais da imprensa local e fontes do meio jurídico. Eventuais menções a pessoas físicas são feitas com caráter informativo, respeitando-se o contraditório e a presunção de inocência, sem intenção de imputar conduta criminosa definitiva.