
A recente operação em ferros-velhos de Praia Grande, liderada pela GCM e parceiros, expõe um problema estrutural grave: a ausência de atuação do DEINTER-6 (por meio de suas Divisões, Seccionais , Delegacia de Investigações dos Municípios e Distritos ) nas ações de fiscalização e repressão a esse tipo de comércio ilegal.
Enquanto a força-tarefa multidisciplinar logrou apreensões e notificações, a omissão de um órgão especializado em investigações complexas revela uma lacuna estratégica, especialmente diante da articulação crescente entre receptação, crimes patrimoniais e tráfico de drogas.
É notório que ferros-velhos funcionam como pontos de escoamento de mercadorias roubadas, como portões, janelas , torneiras , marcadores de água e luz , fios elétricos e equipamentos públicos, alimentando um ciclo de violência e prejuízos sociais.
No entanto, o cenário atual vai além: essas estruturas – os ferrolhos – têm sido usadas como fachadas para o narcotráfico, principalmente para a venda de crack, que se alastra em áreas urbanas periféricas.
A falta de atuação proativa do DEINTER-6 — cuja competência inclui justamente o enfrentamento a redes criminosas organizadas — permite que esses estabelecimentos operem sob um véu de impunidade, onde o comércio de objetos ilícitos coexiste com a distribuição de drogas.
A operação citada na matéria, embora relevante, limita-se a ações pontuais de fiscalização documental e apreensão de materiais, sem avançar na desarticulação das redes criminosas que sustentam esses negócios.
Enquanto a GCM e a Polícia Militar atuam na superfície, a ausência da Polícia Civil impede investigações profundas, como o rastreamento de financiamento do tráfico através da receptação e a identificação de líderes que coordenam essas atividades.
A própria apreensão de réplicas de armas e veículos abandonados sugere vínculos com a segurança de facções, algo que demanda expertise investigativa especializada.
Além disso, a descoordenação institucional fragiliza a eficácia das políticas públicas.
Não esquecendo que para a população há corrupção policial .
Se, por um lado, a participação de concessionárias como a Sabesp é essencial para identificar furtos, por outro, a falta de integração com o DEINTER-6 perpetua a fragmentação das informações, dificultando o mapeamento de conexões entre crimes patrimoniais e o narcotráfico.
O secretário de Segurança menciona a redução de índices de roubo ignorando os milhares de roubos e furtos qualificados não noticiados em razão do descrédito nas policiais .
A omissão no combate ao tráfico/receptação mina qualquer avanço, já que o crack alimenta outros delitos, como furtos e roubos para sustentar vícios.
Em síntese, é urgente que o DEINTER-6 assuma seu papel central nesse cenário, atuando não apenas de forma reativa, mas com inteligência policial e operações integradas, capazes de desmantelar as redes que se beneficiam da ilegalidade.
Enquanto isso não ocorrer, as ações contra ferros-velhos serão apenas medidas paliativas, incapazes de romper o elo perverso entre receptação, violência urbana e tráfico de drogas.
A reportagem deixa bem claro que tal operação, com agentes da GCM e PM, se deu pela mais completa incapacidade e incompetência da Polícia Civil.
Instituição cujo objetivo principal, seria justamente investigar e fiscalizar tais locais, mas sabemos como é…. fiscalizar ferro velho não dá o retorno e$perado.
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Ainda bem que aqui na capital não existe recolha kkkkkkkkkk
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AQUI NÃO TEM RECOLHA
Desceram todos para o Litoral !
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ou foram para corro, em especial alguns R da norte kkkkk
Deus é justo uma hora paga
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esse blog ainda existe ?? Pensei que já tinha desistido.
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Rumando, obrigado pela sua visita depois de tantos anos.
Existe sim, rumando remando como a Polícia Civil que ainda existe e não desiste (por conta daqueles que trabalham ).
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Após algum tempo ausente neste caderno registro com pesar o falecimento de Durval Germano Coimbra
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Grande, Coimbra!
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