Candidato Márcio França , em linhas gerais, defende o governo federal , responsabiliza os “grevistas” por inflação e ameça caminhoneiros com multas e suspensão da CNH 48

 

Esse aí não quer ser reeleito !

Governo de SP manda Polícia Rodoviária aplicar multas nas estradas

O governador do Estado de São Paulo, Márcio França, determinou ao secretário de Segurança, Mágino Alves, que acione imediatamente a Polícia Rodoviária para aplicar multas em todos os veículos que estacionem em fila dupla nas estradas paulistas ou que promovam bloqueios, impedindo a livre circulação. Para quem organiza bloqueios, a lei prevê multas de até R$ 17.608,20. Para os que interrompem a circulação nas vias a multa é de R$ 5.869,40. Em todos os casos as multas são gravíssimas e implicam remoção do veículo e processo de suspensão da habilitação por 12 meses.

Pré-candidato Alckmin sobre a greve e crise dos preços de combustíveis defendeu o amigo Pedro Parente, mas que os aumentos – em vez de diários – poderiam ser semanais ou quinzenais…( “Para que os caminhoneiros possam juntar o dinheiro do posto, né ? ) 13

ALCKMIN

Em São Paulo, na tarde de quinta, o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, disse que “faltou diálogo” na condução da crise de combustíveis pelo governo Temer.

O tucano defendeu espaçar a periodicidade de reajuste de preços para que, em vez de praticamente diários, eles sejam semanais ou quinzenais. A medida daria, segundo o presidenciável, previsibilidade para o setor.

Alckmin discordou do senador Cassio Cunha Lima (PB), do PSDB como ele, que defendeu a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras.

Pela manhã, o tucano havia dito não ter “detalhes das repercussões das medidas” estudadas e negociadas pelo governo Temer e pela Petrobras.

“Vi hoje uma entrevista de um líder dos caminhoneiros dizendo que ele já vinha desde o mês passado  alertando, colocando a gravidade do problema. Agora é procurar equacionar para acabar essa greve o mais rápido possível para não ter os efeitos danosos de um colapso”, afirmou.

Alckmin disse que, “em momentos de grande volatilidade de preço de petróleo, uma das alternativas é ter colchão tributário, que você possa reduzir e, com isso, minimizar, diminuir um pouco o impacto dessas variações”.

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Ganhou muitos votos dos acionistas ( estrangeiros ) da Petrobras !

Pré-candidato Bolsonaro apoia 100% a greve desde que sem bloqueios nas estradas …( Tá melhorando! ) 11

Favorável à greve de caminhoneiros, Bolsonaro critica bloqueio de estradas

Gustavo Maia

Do UOL, em Salvador

Apesar de dizer que é “100%” favorável à paralisação dos caminhoneiros, em greve há quatro dias, o pré-candidato à Presidência da República e deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) declarou nesta quarta-feira (24), em Salvador, que a categoria não conta com o seu apoio “se porventura” estiver havendo bloqueio de estradas.

“No primeiro momento eu vi que não houve bloqueio, e parece que agora está havendo. O bloqueio de estrada não é salutar, ok? Parar os caminhões, 100% de apoio meu. Bloquear as estradas, não”, declarou Bolsonaro, que viajou à capital baiana para evento de pré-campanha.

Segundo a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), o país tem agora 330 interdições de rodovias, em 23 estados.

“Até quando vejo o MST [Movimento Sem Terra] bloqueando, sempre tem um projeto nesse sentido. O bloqueio de estrada dificultando o direito de ir e vir das pessoas, que pode morrer alguém numa ambulância ali, você tem que combater com uma lei bastante rígida quanto a isso”, apontou o presidenciável.

Antes das críticas, ele afirmou que a situação era previsível. “Um copo embaixo de uma torneira gotejando vai derramar um dia, não é no mesmo dia”, disse Bolsonaro.

O pré-candidato contou que nos últimos dois anos participou de quatro eventos de caminhoneiros nos quais apresentaram seus problemas, sendo o último deles o preço dos combustíveis. “Chega um dia que chega o que está acontecendo. Gostaria que não estivesse acontecendo, tá?”, avisou Bolsonaro.

Segundo o deputado federal, essas questões vão desde o preço do pedágio e a “indústria das multagens” à “nova indústria do farol aceso”, referência à lei que tornou obrigatório o uso de farol baixo aceso nas rodovias de todo o país mesmo durante o dia, em vigor desde 2016. “O objetivo é multar, não é nada além disso”, declarou.

O presidenciável apontou ainda a queda do preço dos fretes –causada segundo ele pela “inflação do número de caminhões no mercado” por conta do estímulo à compra de veículos mediante crédito barato nos governos petistas– e o “problema gravíssimo do roubo de cargas” como pontos que motivaram o movimento dos caminhoneiros, além das condições das estradas.

“Dá para resolver isso? É difícil, você tem que partir para iniciativa privada”, perguntou e respondeu o pré-candidato.

Bolsonaro disse ainda que os caminhoneiros já mostraram que a Petrobras não pode ter o monopólio do preço e da produção “para tapar buraco de corrupção e ajudar governadores”. “Porque quando aumento o ICMS do combustível vai refletir mais dinheiro no caixa do governo. Só pode desaguar no que está desaguando”, declarou.

No dia do início da greve, Bolsonaro publicou um vídeo em suas redes sociais defendendo a paralisação e prestando “solidariedade” aos caminhoneiros. “Que vocês sejam feliz e alcancem realmente o objetivo que interessa para vocês e para todos nós 200 milhões do lado de cá”, disse o presidenciável.

“[Os caminhoneiros] não têm encontrado eco no Legislativo. Sobrou-lhe o Executivo, que teima a se omitir. Assim sendo, apenas a paralisação prevista a partir de segunda-feira (21) poderá forçar o presidente da República a dar uma solução para o caso”, afirmou Bolsonaro.

Pré-candidato Ciro Gomes acusa política de preços de Temer e de Parente de fraudulenta: “a essência do problema é você trazer câmbio e custo de Roterdã para a estrutura de formação de preços no Brasil”…( Verdade, na Petrobrás o único que recebe em dólar é o Pedro Parente, para os demais petroleiros apenas redução de benefícios ) 9

Ciro diz que a política de preços de Temer e de Parente é uma fraude

Presidenciável também criticou o acordo feito com os caminhoneiros para por fim à greve

Wálter Nunes
São Paulo

O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) apontou a política de preços da Petrobras como a responsável pela crise provocada pela greve dos caminhoneiros. “A política de preços do Pedro Parente e do Michel Temer é uma fraude que fez uma nação inteira de refém, a economia inteira de refém, para beneficiar meia dúzia de acionistas minoritários”, disse Ciro.

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), que criticou a política de preços do governo

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), que criticou a política de preços do governo – Pedro Ladeira – 22.mai.18/Folhapress

Ele também criticou o acordo feito com os caminhoneiros para por fim à greve e que não foi cumprido pela categoria. “O acordo que o governo fez aperfeiçoa essa fraude na medida em que espera nas costas do povo pela renúncia fiscal incabível numa hora difícil como esta com uma solução que não resolve nada.”

Ciro diz que estatal deve mudar a política de preços. “Porque a essência do problema é você trazer câmbio e custo de Roterdã para a estrutura de formação de preços no Brasil. Quando a única razão mais relevante para os valores estratégicos da institucionalidade mesmo de existir da Petrobras é ela imunizar o Brasil dos ciclos eternos de especulação do petróleo no mundo”, disse.

“Abre uma guerra e explode o (preço) petróleo, o Brasil pode perfeitamente ter uma política, aí sim, isto é mercado: custos da Petrobras, mais remuneração do seu imobilizado, mais o lucro em linha com seus competidores.”

O pré-candidato falou sobre a permanência de Parente no cargo. “Ele (Pedro Parente) nunca deveria ter entrado. Mas quem nunca deveria ter entrado são os golpistas. E ele faz parte, é um sintoma desse golpe todo.”

Sobre a decisão de Temer de usar as Forças Armadas para dar fim aos protestos, Ciro diz ser outro equívoco.

“É tudo errado. O governo não poderia praticar esta política de preços, que é o que importa. E os caminhoneiros também não podem impor ao Brasil que um subsídio transitório ou absolutamente precário ao diesel seja espetado na conta de quem precisa de educação pública e saúde pública que é o que foi feito no Palácio do Planalto. É um estado de caos, de anarquia. Vejo tudo isso com muita preocupação”, diz.

“Diante da greve a única coisa que se tem pra fazer é negociar. Agora negociar é demitir o Pedro Parente e fazer uma política de preços séria”, declarou.

Ciro falou sobre sua política de preços para a Petrobras num futuro governo. “A minha política é você ter uma matriz de custos absolutamente profissional com elemento de remuneração do imobilizado para amortizar o investimento e o lucro em linha, que isso é o razoável para qualquer acionista. E quem não quiser, no meu governo, eu compro as ações. Quem quiser vender o Brasil quer comprar.”

O pré-candidato participou de um evento do Instituto para Desenvolvimento para o Varejo, em São Paulo. Ele falou para uma plateia de empresários do setor. O evento foi fechado aos jornalistas que só tiveram acesso ao político no final do debate.

O presidente da Petrobrás é um CEO contratado , além de salários e benefícios diretos e indiretos na ordem de cerca de R$ 200.000,00 ( duzentos mil reais ) por mês, recebe participação nos lucros oriundo de sua gestão.  No caso, alguns milhões de dolares . 

DECRETO Nº 63.420, DE 24 DE MAIO DE 2018, cria grupo de estudo para a transferência da PC da Segurança para a Justiça…( A PC – com esse grupo de estudo composto por PMs, peritos e representantes de classe ( todas, né ? ) – irá do nada a lugar nenhum ) 78

Decretos
DECRETO Nº 63.420,
DE 24 DE MAIO DE 2018
Institui Grupo de Trabalho visando ao estudo
e identificação das medidas necessárias para
implementar a transferência da Polícia Civil e da
Superintendência da Polícia Técnico-Científica, da
Secretaria da Segurança Pública para a Secretaria
da Justiça e da Defesa da Cidadania, e dá providências
correlatas
MÁRCIO FRANÇA, Governador do Estado de São Paulo, no
uso de suas atribuições legais,
Decreta:
Artigo 1º – Fica instituído Grupo de Trabalho visando ao
estudo e identificação das medidas necessárias para implementar
a transferência da Polícia Civil e da Superintendência da
Polícia Técnico-Científica, da Secretaria da Segurança Pública
para a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.
Artigo 2º – O Grupo de Trabalho a que alude o artigo 1º
deste decreto será composto por um representante de cada um
dos seguintes órgãos:
I – Secretaria da Segurança Pública;
II – Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania;
III – Procuradoria Geral do Estado;
IV – Polícia Militar;
V – Polícia Civil;
VI – Superintendência da Polícia Técnico-Científica;
VII – representantes de entidades de classe das polícias
Militar, Civil e Técnico-Científica.
§ 1° – A coordenação dos trabalhos do Grupo de Trabalho
instituído por este decreto será exercida em conjunto pelos
representantes das Secretarias da Segurança Pública e da Justiça
e da Defesa da Cidadania.
§ 2° – O Procurador-Geral do Estado indicará seus representantes
à Coordenação do Grupo de Trabalho no prazo de 5
(cinco) dias, contados da publicação deste decreto.
§ 3° – O Secretário da Segurança Pública indicará os
representantes das entidades de classe das polícias Militar, Civil
e Técnico-Científica no prazo de 5 (cinco) dias, contados da
publicação deste decreto.
Artigo 3º – Os estudos apresentados pelo Grupo de Trabalho
instituído por este decreto deverão assegurar a continuidade dos
processos de trabalho, de operação e prestação dos serviços dos
órgãos a serem transferidos, podendo contemplar, entre outras
providências:
I – inventário dos bens móveis e imóveis, equipamentos,
inclusive dados magnéticos e softwares, direitos e obrigações e
acervo da Polícia Civil e da Superintendência da Polícia Técnico-
-Científica;
II – identificação dos cargos, funções e funções-atividades
classificados na Secretaria da Segurança Pública que serão
objeto de transferência para a Secretaria de Justiça e da Defesa
da Cidadania.
Artigo 4º – O Grupo de Trabalho a que se refere este decreto
deverá apresentar o relatório de conclusão dos estudos no
prazo de até 90 (noventa) dias, contados da data de instalação
dos trabalhos.
Artigo 5º – Este decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 24 de maio de 2018
MÁRCIO FRANÇA
Mágino Alves Barbosa Filho
Secretário da Segurança Pública
Márcio Fernando Elias Rosa
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania
Claudio Valverde Santos
Secretário-Chefe da Casa Civil
Saulo de Castro Abreu Filho
Secretário de Governo
Publicado na Secretaria de Governo, aos 24 de maio de
2018.

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Quando não se deseja mudar nada cria-se um grupo de estudos. 

Governo e imprensa mentem e desinformam a população – Locaute é a paralisação das atividades empresariais para pressionar os empregados e frustrar direitos trabalhistas…Empresas de transportes – assim como caminhoneiros autônomos – podem parar quando bem entenderem, aliás sem lucro param em razão da falência…Ninguém do setor puramente privado é obrigado a zelar pelas necessidades e sobrevivência alheia desfalcando o próprio bolso…Quero ver cortar o ponto e mandar a PM baixar a borracha em caminhoneiro como fazem com professores e outras categoriais que não produzem dinheiro 17

Manifestações ganham força com adesão de entidades empresariais

Especialistas afirmam que setor de transporte de carga está praticando locaute

É preciso esperar a reação dos caminhoneiros nesta sexta-feira (25) para medir o nível de adesão ao acordo. A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), que vinha liderando a paralisação, deixou a mesa de negociação e não assinou o acordo. O governo vai monitorar em particular se a desmobilização será tão ágil quanto foi a organização.

A rapidez com que a paralisação se alastrou pelo país desperta suspeitas de que as transportadoras, que também sofrem com a alta do preço do diesel, participam da mobilização, o que é proibido por lei.

Seria o chamado locaute, espécie de greve coordenada por empresários. A legislação brasileira só garante o direito à greve aos trabalhadores.

Em entrevista a Folha, na noite desta quinta, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que informações da área de inteligência do governo identificaram indícios de participação do setor empresarial que, se comprovada, vai exigir ação da Polícia Federal.

O setor de transporte de carga –que responde pela movimentação de 60% de tudo que o país produz e consome– é hoje muito mais profissionalizado. Da frota regularizada de 1,76 milhão de veículos de carga que circulam no país, o caminhoneiro autônomo responde por pouco mais de um terço –37% do total, conforme dados da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre). Transportadoras privadas e cooperativas respondem por 62% do setor.

A maioria das transportadoras são pequenas e médias empresas. Possuem cerca de sete caminhões. Mas existem também grandes companhias no setor, com mais de 1.500 veículos. As transportadoras trabalham não apenas com motoristas próprios mas também contratando caminhoneiros autônomos.

Procuradas pela Folha, transportadoras privadas contaram que pararam de enviar os veículos para a estrada. Mas negam que tenham aderido à mobilização. Dizem que se preocupam com a segurança.

“Há transportadoras com centenas de caminhões parados nos piquetes nas estradas, colocando em risco os motoristas e as cargas. Foi por isso que deixamos de enviar veículos a partir de terça-feira (22), mas tudo que queremos é a situação se normalize”, disse à Folha José Hélio Fernandes, presidente da NTC & Logística.

A NTC & Logística é a maior associação nacional de transportadoras de carga do país, reunindo 3.500 grandes empresas associadas diretamente e cerca de 50 entidades patronais do setor. No total, representa cerca de 10,5 mil transportadoras.

Apesar de provocar a paralisação generalizada da produção e do abastecimento, o movimento passou a angariar apoio de entidades empresariais, dentro e fora do setor de logística.

Entre os que se manifestaram está a Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores), que representa as empresas que comercializam produtos alimentícios industrializados, bebidas, higiene pessoal, produtos farmacêuticos e perfumaria, entre outros. “Com certeza [apoio a greve dos caminhoneiros]. Sofremos no dia a dia com essa situação de falta de previsibilidade”, afirmou Emerson Luiz Destro, presidente da entidade.

De acordo com ele, todos, sem exceção, perdem com a paralisação, mas o confronto se faz necessário quando o diálogo não resolve o problema.

“Se essa medida se faz necessária para que governo se sensibilize com a necessidade de rever sua política de preço e forma que gere os aumentos, não tem outro jeito, então assim seja”, afirmou.

Na tarde desta quinta-feira, a Aprosoja de Mato Grosso, que representa produtores rurais, um dos segmentos mais punidos pelos custos do transporte de carga, divulgou carta aberta em apoio aos caminhoneiros.

O texto assinado por Antonio Galvan, presidente da entidade, conclama a sociedade, em especial os produtores rurais, a levar suas máquinas para os locais de bloqueio.

Associações comerciais de Mato Grosso também começaram a apoiar os manifestantes. No início da noite desta quinta, foi divulgado que 17 municípios iriam interromper atividades do comércio e serviço em sinal de apoio aos caminhoneiros.

Advogados ouvidos pela Folha, avaliam que seria necessário uma investigação mais detalhada para identificar se a mobilização a esta altura seria de trabalhadores ou de empresários. Mas há especialistas cravando que a paralisação já não poderia ser chamada greve.