FILA DE GADO – ACADEPOL deve explicações sobre a fórmula de inscrições aos cursos para promoção por merecimento 146

EXMO. SR. DR. GUERRA,

HOJE FOI UM DOS DIAS QUE A HUMILHAÇÃO FICOU ESTAMPADA NA FACE DE CADA POLICIAL CIVIL QUE SE ARRISCOU A INSCREVER-SE NO CURSO DE PROMOÇÃO. COLEGAS DE PROFISSÃO VIAJARAM MAIS DE UMA CENTENA DE KM PARA CHEGAR AO NUCLEO DE ENSINO. QUANDO LÁ CHEGARAM DEPARARAM COM POLICIAIS DORMINDO NO CHÃO, EM BUSCA DA TAO SONHADA PROMOÇÃO. HOUVE QUEM FICOU QUASE 24 HORAS A ESPERA DA ABERTURA DA INSCRIÇÃO . QUEM PENSAVA QUE FILA DESSE TIPO SÓ ACONTECIA NO SUS, SE ENGANOU. NÃO PODERIA DEIXAR DE EXTERNAR MINHA INDIGNAÇÃO PARA O MEIO ESCOLHIDO PELA SSP PARA PROMOVER UM POLICIAL CIVIL. É JUSTO O POLICIAL SER PROMOVIDO PELO FATO DE SER O PRIMEIRO A CHEGAR NO LOCAL DA INSCRIÇÃO. ?? ONDE FICA O POLICIAL DEDICADO, COMPETENTE ?? QUE ESTÍMULO TEM PARA CONTINUAR SE DEDICANDO À POLÍCIA.
PEÇO-LHE ENCARECIDAMENTE PARA REVER A FORMA ADOTADA PARA PROMOVER O POLICIAL CIVIL. O MEIO MAIS CORRETO É ABRIR INSCRIÇÃO PARA TODOS OS POLICIAIS INTERESSADOS E APLICAR UMA AVALIAÇÃO PARA VERIFICAR O NÍVEL DE CONHECIMENTO JURÍDICO E DA LINGUA PORTUGUESA .

Luiz Flávio Gomes – Juízes pedem R$ 7 mil mensal para pagarem estudo dos filhos 52

Juízes pedem R$ 7 mil mensal para pagarem estudo dos filhos

Publicado por Luiz Flávio Gomes

A presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro enviou para a Assembleia Legislativa um projeto para conceder auxílio-educação para os filhos de juízes e servidores do Tribunal. Para os magistrados, o auxílio mensal seria de até R$7.250,00 e para os servidores de até R$3.000,00. Segundo Adriana Cruz (O Dia), a proposta ainda prevê R$ 20 mil por ano aos juízes para investirem em estudo. Os servidores receberiam mais R$ 500. O auxílio-educação postulado pode chegar a R$9 mil, se passarem os novos vencimentos dos ministros do Supremo (para R$ 35 mil). A Associação dos Juízes ainda quer mais R$ 1.100 como auxílio-transporte.

Antes das eleições todas essas propostas (nitidamente indecorosas) não serão votadas (porque os deputados estaduais estão em campanha). “A Justiça parece que não entendeu o recado das ruas, no ano passado, com as manifestações que caracterizaram falta de representatividade. Nenhum professor do estado ganha o que os magistrados querem de auxílio-educação”, criticou o deputado estadual Marcelo Freixo, do Psol. No ano passado os deputados já aprovaram o auxílio-moradia para magistrados e membros do Ministério Público sem questionamentos. Atualmente, os valores giram em torno de R$ 5 mil, segundo desembargadores ouvidos pelo jornal O Dia.

É uma incongruência manifesta os tribunais afirmarem que não há verbas para contratar novos juízes ou para melhorar o serviço público da Justiça (reconhecidamente moroso) e, ao mesmo tempo, pedirem mais benefícios mensais que driblam o teto salarial dos desembargadores. A proposta auxílio-educação é indecorosa em todos os seus aspectos, mas existe no seu seio outra aberração inominável, que faria corar qualquer aristocrata racista: o valor distinto para magistrados e servidores significa o quê? Que o filho do magistrado tem que estudar em um lugar melhor do que o do servidor, fazendo preponderar a histórica desigualdade de classes? No tempo do Brasil colonial e imperial o sonho de todo fidalgo era colocar o filho na “folha do Estado”. Esse sonho cultural não acabou; a diferença é que agora já se pretende que o filho vá para a “folha do Estado” desde o jardim da infância.

Depois de alguns anos de vida e de muitos estudos, nada mais natural que os humanos conquistarem incontáveis e díspares ideias e visões do mundo (Weltanschauung). Para transformá-las em algo valioso e útil na vida terrena, antes de tudo devemos combiná-las e submetê-las à moral e às virtudes. A primeira categoria a se dissipar, diante desse acurado exame, é a da vulgaridade (todo esforço do mundo para contê-la será pouco diante dos nefastos efeitos que ela produz ao longo das nossas transitórias existências). Sobretudo quando governamos interesses coletivos, não há como deixar de cultivar a moral e as virtudes, não somente porque dos dirigentes sempre se espera exemplaridade, senão também porque são elas que conferem ao espírito o senso do justo em sua mais profunda extensão e ao caráter a devida elevação assim como a necessária firmeza.

Todos os humanos que assumem o destino das coisas públicas, incluindo os juízes, evidentemente (sobremaneira quando assumem cargos administrativos de governança), deveriam ser obrigados a se submeterem a um curso intensivo, se não de geometria (como postulava o espírito exigente de Platão), ao menos de moderação, tal como pugnava Aristóteles, para afiar a personalidade do administrador e distanciá-lo dos vícios mais deploráveis que podem rondar o exercício do poder, nutrindo sua alma e seu espírito de um conteúdo substancialmente sólido (apesar da sociedade líquida que vivemos, como diz Bauman), de forma a evitar-lhe ao menos os deslizes mais canhestros ou as tentações mais extravagantes, tal como sugeria Stuart Mill).

Por força do princípio da moderação de Aristóteles, para cada virtude existem ao menos dois vícios. Se queremos promover o bem, se queremos ser exemplares para nossos filhos e concidadãos (“Age de tal forma que a máxima do teu querer possa valer em todo o tempo também como princípio de uma legislação geral” – Kant), o primeiro que temos que fazer consiste sempre em evitar o cálice dos excessos, dos vícios e das extravagâncias. A lição aristotélica nos ensina que a coragem desdenha a covardia e a temeridade; a justiça se afasta tanto da fraqueza como do rigor; a temperança é inimiga da devassidão bem como da austeridade; a religião ergue-se entre a impiedade e a superstição; a liberdade se ancora entre a escravidão e a licença e assim vai.

Cai em desgraça infernal (tal como a narrada por Dante) quem, fazendo uso da liberdade, sucumbe à vulgaridade e se concede a soberba licença para promover o escatológico, o estrambólico, o desregrado, o nauseabundo, o asqueroso, o repelente, o repugnante, o bestial, o inconveniente, o abjeto, o sórdido, o torpe, o nefando, o execrável, o obnóxio, o vil, o desprezível, o ignóbil ou o esquálido. Não faltam no mundo, no entanto, pretextos e motivos para se negar a aplicação das doutrinas mais nobres e elevadas, de quantas o humano civilizado já produziu. Mas todas as propostas frívolas e levianas devem ser refutadas de plano, ou seja, devem ser abandonadas à sua própria nulidade, mesmo correndo o risco de o desprezo ser interpretado como uma hostilidade pessoal. Toda proposta que viola a regra da moderação (de Aristóteles) em nada edifica quem aspira deixar um nome respeitado e glorioso. Tendo em vista o que já ganham os juízes, a razoabilidade assim como a imperiosidade da moderação aristotélica, somos pelo NÃO ao citado auxílio-educação.

Luiz Flávio Gomes

Luiz Flávio Gomes

Professor

Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). [ assessoria de comunicação e imprensa +55 11 991697674 [agenda de palestras e entrevistas] ]

Indignação – curso de promoção de investigador 126

Olá D r. Guerra
Gostaria que o senhor registrasse minha indignação com o que está acontecendo hoje. Foi publicado no Diário Oficial a inscrição para o curso para promoção na carreira de investigador. Uma verdadeira palhaçada é o que vem ocorrendo, neste momento investigadores estão acampados na Acadepol para tentar se inscrever no curso,cuja secretaria só abrirá amanhã às 8 horas. Uma verdadeira humilhação para tentar ascender na carreira e ter uma merréca de aumento no salário. Assim como eu, muitos policiais com mais de 20 anos de policia tem que se sujeitar desta forma para tentar ser promovido, pois por merecimento só vão os maçanetas puxa sacos, pois com menos de 10 anos já foram promovidos para as classes mais altas.
Agradeço por ouvir meu desabafo.

A versão do escrivão agredido por policiais militares 59

Dr. Boa tarde.

             Hoje pela manhã ( sexta -feira dia 12 )  me encontrei com o Escrivão Romano e seu irmão, vítima de agressão por policiais militares, próximo ao Quartel da Rota, caminho da Corregedoria da PM.

             Nesse momento pude observar que o seu nariz ainda encontrava-se bem machucado, ele e seu irmão ainda sofrem com as dores no corpo. Perguntei para eles o que teria acontecido para ter os Pms. aquela conduta e me respondeu que:

             1º  Romano reside próximo da casa do seu irmão. O veículo que aparece na imagem é de propriedade do seu irmão, e segundo eles o mesmo foi furtado naquela madrugada e na fuga o ladrão bateu no carro de uma moradora. A moradora ligou para a Pm e narrou o fato da colisão mas não sabia que o veículo teria sido furtado defronte a casa do irmão do Romano.

             2º  Romano foi chamado pelo irmão, na certeza, sabendo que o carro estava com defeito na embreagem os furtadores não poderiam ir muito longe e passaram  com o carro do Romano a diligenciar nas proximidades e obtiveram êxito na localização. O carro foi abandonado. Romano se aproximou do veículo furtado verificou  que os furtadores não estavam mais no local.

O irmão entrou no carro e estava voltando quando a mulher do outro veículo que os malas bateram o avisou que ela já tinha chamado a Pm e tomou conhecimento do dano e ele  e se prontificou a ajuda-la.

           3º Aquele que aparece na imagem vindo após a abordagem é o Romano, que já havia estacionado defronte a casa do irmão,  e tomou um empurrão porque falou para o Pm parar de chutar o irmão dele e se identificou como Escrivão de Polícia. E aí foi só covardia. Disseram me eles que não deram condições de explicações.

              4º  Nas imagens não é ele que está dirigindo o veículo abordado e sim seu irmão. Franqueou a busca. E não estavam bebados, embriadados, como os Pms falaram. Fizeram o exame no IML.

              Enfim fiquei com dó…Estão muito temerosos quanto aos familiares e disseram que são da PAZ.