Delegado que fez denúncia foi desleal, afirmou corregedor – “Pau que dá em Chico, dá em Francisco” 28

“Pau que dá em Chico, dá em Francisco”

Isso é a JUSTIÇA que todos esperam, ou seja, aquela que alcança o destinatário final da propina. Em se tratando de instituição com uma estrutura de corrupção piramidal, em cascata, por andares, ou seja, por degraus, a parte do Leão vai para quem está no topo. Duvido que surja no curso de qualquer dessas investigações nomes de policiais plantonistas.

“Ladrão que rouba milhão é ladrão mesmo, não tem essa de ser barão”. Deve ser exemplarmente punido, mormente quando ocupa cargo de direção.

Parabéns aos Robertos Guerra e Fernandes e cadeia ao outro.

Guerra matou a cobra e mostrou o pau. Isso em 2007.

Fica neste caso demonstrada a indiscutível necessidade do Ministério Público investigar, mormente quando os investigados são aqueles que, ocupando função de direção na polícia, não são alcançados pelo órgão corregedor da instituição, mas, felizmente, não escapam da longa mão do Ministério Público em punir todo aquele pratica crime e afronta o Estado de Direito.

Parabéns ao GAECO e ao DECEP, órgãos da estrutura organizacional do Ministério Público que tardam mas não falham.
Faltam serem finalizadas com o mesmo êxito pelos citados órgãos, investigações semelhantes em: Guarulhos, Osasco, Mogi das Cruzes, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Piracicaba e outras. Aliás, não apenas de exploração de caça níqueis, mas também de leilões irregulares e ilegais de veículos nas unidades policiais, licitações e contratos na área de tecnologia da informação com pagamentos às empresas por equipamentos e programas que nunca foram entregues, etc.

No combate à corrupção policial, caso o Ministério Público se utilizasse mais do instituto da delação premiada, principalmente em relação aos corruptores e as pessoas estranhas aos quadros da polícia que com policiais atuam na prática de crimes, certamente obteria maior êxito em várias investigações em andamento.

Outra medida seria a repressão ao enriquecimento ilícito feito através de mecanismos de lavagem de dinheiro, ou seja, vantagens ilícitas transitando entre as contas correntes dos corruptos e de empresas que tenham como sócios cotistas seus parentes e atividades correlatas às desenvolvidas pela polícia, mormente a de segurança privada. Espero que ao menos lhe seja aplicada a pena de cassação de aposentadoria. Quando grandes esquemas de corrupção começaram a se evidenciar, muitos nomes ventilados como importantes participantes se adiantaram em se aposentar.

O Ministério Público, para fins de fiscalização e acompanhamento, poderia requisitar que fossem encaminhadas para seus setores especializados (Promotoria do Meio Ambiente, Promotoria de Defesa do Consumidor, Promotoria da Saúde Pública) cópia de todas as denúncias encaminhadas aos setores especializados da polícia através do telefone 181, ou então, apenas o nº da denúncia e a cópia da senha enviada ao denunciante para acompanhamento.

O mesmo em relação às denúncias de desvio de conduta policial enviadas aos órgãos corregedores.

Cópias deveriam ser encaminhadas ao GECEP .Poderia também cobrar da ouvidoria das polícias, possíveis reclamações de denúncias feitas através do 181 que não foram atendidas.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0607200717.htm

Polícia procura por segundo suspeito de envolvimento na morte de investigador 33

Guarujá

Polícia procura por segundo suspeito de envolvimento na morte de investigador

De A Tribuna On-line

*Com informações de Régis Querino

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Em operação na Vila Baiana, chefe do tráfico foi preso

Um segundo suspeito de participação no assassinato do investigador da Delegacia de Homicídios de Diadema, Marcello Lepiscopo, 38 anos, está sendo procurado pela Polícia Civil. O acusado foi identificado por uma testemunha que o reconheceu por fotografia, porém não foi encontrado nesta sexta-feira em sua residência.

Segundo o delegado assistente da Delegacia Sede da Polícia Civil de Guarujá, Sérgio Lemos Nassur, antes do crime, a testemunha ouviu uma discussão entre o investigador e algumas pessoas. “Depois de ouvir barulho de agressões, ele viu o policial caído no chão, desfalecido”. Ainda conforme o delegado, essa testemunha teria visto o suspeito e um outro envolvido, capturado na última quinta-feira, levando o corpo do investigador morro acima.

Identificado como Caíque Martins Coelho, o Zulu, de 21 anos, foi preso no final da tarde de ontem (11) com outras duas pessoas, na Praia do Pernambuco, durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar. Os três foram detidos quando tentavam fugir em dois carros junto com alguns familiares.

Entre os presos está o chefe do tráfico de drogas no Morro da Vila Baiana, Jaílson de Lira Almeida, o Dogun, 36 anos. Um terceiro suspeito, preso na quinta-feira com Dogun e Zulu, foi liberado nesta sexta-feira (12) por não ter passagem nem conexão com o crime. Investigações preliminares também não apontam para a participação de Dogun no assassinato do investigador.

A prisão de Dogun faz parte da Operação Capivara, deflagrada em outubro do ano passado, e que já capturou 18 membros da quadrilha que comanda o tráfico no morro. Dogun, que tinha mandado de prisão preventiva desde dezembro de 2013, já cumpriu pena por roubo, homicídio e tráfico de drogas. Ele foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de São Vicente.

O caso

O homicídio de Marcello Lepiscopo desencadeou uma grande operação policial em Guarujá. O corpo do policial, desaparecido desde o dia 5 passado, tinha marcas de tiros no peito e na cabeça e foi encontrado pela equipe do delegado Cláudio Rossi após uma denúncia anônima.

O investigador estava com as mãos amarradas e o cadáver foi enterrado em uma cova com 1,10 metro de profundidade num local de difícil acesso no Morro da Vila Baiana.

Marcello Lepiscopo não estava em serviço quando foi morto e teria subido o morro desarmado e sozinho. O motivo da presença do investigador na Vila Baiana vai ser apurado dentro do inquérito policial.