ABSURDO RACISTA EM TRADICIONAL COLÉGIO DO RIO DE JANEIRO 38

Osias Wurman
Jornalista

 

Acima, a questão com conteúdo racista e abominável, que caiu na prova de geografia do 8º ano/série do Colégio Andrews no RJ.

O professor responsável pela prova é João Gabriel Monteiro.

O Departamento Jurídico da FIERJ tomou imediatas providencias junto ao responsável pelo Colégio, Prof. Flexa Ribeiro, um tradicional amigo da comunidade judaica.

Segundo informações recebidas, o professor será desligado do colégio. Além disto, há expresso pedido de desculpas no site do colégio(abaixo) e foi enviada circular para os pais.

Circular 175/14 – Prova de Geografia 8º ano em 10/09/2014

Sr. Responsável / Caro aluno

              Lamentamos informar que constatamos, na prova de Geografia que foi aplicada hoje no 8º ano, uma questão extremamente inadequada. Portanto, será anulada.

              Acima de tudo, queremos reafirmar que este episódio isolado não corresponde nem reflete o sentido pretendido pelo Colégio Andrews em seu Projeto Educativo, sempre voltado para a paz e o bom convívio entre os povos.

              Assim sendo, apresentamos formalmente a todos o nosso pedido de desculpas.

              A seu dispor para outros esclarecimentos que se façam necessários.

Atenciosamente,

A Direção

Ainda foi combinado palestras futuras para os alunos sobre o Holocausto e Oriente Médio. A FIERJ estará tentando trazer a exposição de “Crianças no Holocausto” para a escola.

Em resumo, a escola está completamente aberta a esclarecer o episódio que reputa infeliz e lamentável.

HOLOCAUSTO NUNCA MAIS !!!

CÂMARA APROVA REAJUSTE SALARIAL E BICO OFICIAL PARA GCMS EM SÃO PAULO 36

CÂMARA APROVA REAJUSTE SALARIAL E BICO OFICIAL PARA GCMS EM SÃO PAULO
Web Redação

FOLHA DE SÃO PAULO 21:30

A Câmara de São Paulo aprovou nesta quarta-feira dois projetos voltados a GCM (Guarda Civil Metropolitana). Eles propõem o reajuste salarial da categoria e o Deac (Diária Especial por Atividade Complementar), que corresponde a uma espécie de “bico oficial”, como o já realizado por policiais militares.

Os projetos foram encaminhados à Câmara pela prefeitura. Eles ainda deverão passar por uma segunda discussão na Casa antes de serem encaminhado para a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).

Segundo a Câmara, o projeto de lei 286/2014 prevê reajuste à categoria em duas etapas. Seriam 5% retroativos a maio de 2014, e mais 10,23% a partir de maio de 2016. Além disso, o projeto estabelece novos pisos salariais –R$ 1.449 a partir de 1º de maio de 2014, R$ 1.521,45 a partir de 1º de janeiro de 2015 e R$ 1.656, a partir de 1º de maio de 2016. Já o projeto de lei 310/2014 cria a possibilidade dos GCMs trabalharem fora da jornada normal de trabalho recebendo R$ 20 por hora. Os profissionais que optarem pelo “bico oficial” cumprirão oito horas de trabalho em até, no máximo, dez dias por mês, em parques, escolas e praças públicas.

Haddad já havia dito em abril que estenderia esse serviço aos guardas civis. Atualmente, o bico oficial, criado na gestão Gilberto Kassab (PSD), é realizado apenas por policiais militares. O trabalho é pago pela prefeitura e objetiva aumentar o efetivo nas ruas e incrementar salários dos PMs.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO

Cadastrada em 11/09/2014 por DIPOL – Assistência Policial – SETEL

TRF decide que Lei da Anistia não protege os militares que cometeram crimes 68

Tribunal do RJ reabre processo sobre morte de Paiva na ditadura
11 Set 2014

Por unanimidade, segunda turma do TRF decidiu que Lei da Anistia não protege os militares que cometeram crimes
Família de Rubens Paiva comemora a decisão; advogado que defende os acusados afirma que vai recorrer
MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

A Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com sede no Rio, decidiu nesta quarta (10), por unanimidade, restabelecer a ação penal que apura a morte e o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva, em janeiro de 1971.

Pela primeira vez, a Justiça brasileira decidiu que os crimes praticados por militares durante a ditadura (1964-85) são crimes contra a humanidade. “Os crimes cometidos contra a humanidade não podem ser abraçados pela Lei de Anistia”, afirmou a procuradora Silvana Batini.

Os três votos a favor do processo descartaram as alegações dos militares de que o crime prescreveu e de que eles não poderiam ser julgados pela Lei de Anistia.

“O crime não prescreveu porque o corpo de Rubens Paiva não apareceu”, declarou o desembargador Messod Azulay, relator do caso.

“Não podemos admitir que alguém use farda e fuzil para matar um brasileiro. Nossa Constituição não tutela o terror. Isso não é compatível com a democracia”, disse em seu voto o desembargador federal André Fontes.

O processo estava parado desde um habeas corpus impetrado por cinco militares acusados de assassinar e ocultar o corpo do ex-deputado. Eles pediam a prescrição do crime e alegavam incompetência da Justiça Federal em julgar o caso.

Os militares são acusados pelo Ministério Público Federal de homicídio, ocultação de cadáver, associação criminosa e fraude processual. A defesa irá recorrer da decisão. “Respeitamos a decisão porque assim é o jogo democrático. Vamos para uma corte superior”, disse o advogado dos militares, Rodrigo Roca.

O andamento do processo estava suspenso pelo relator, Messod Azulay, até o julgamento do habeas corpus. Com a decisão, o processo volta a seguir na Justiça Federal.

A família de Rubens Paiva comemorou: “Nós nunca perdemos a esperança. Eu, minha família, meus irmãos. Esperamos 43 anos por isto. Queremos que as pessoas sejam julgadas”, disse Vera Sílvia Paiva, filha de Paiva.

Em 26 de maio passado, a Justiça Federal do Rio havia recebido denúncia que indicava tortura e assassinato de Rubens Paiva dentro do DOI (Destacamento de Operações de Informações), no Rio.

O general José Antonio Nogueira Belham, então comandante do DOI, e o ex-integrante do Centro de Informações do Exército, Rubens Paim Sampaio, foram denunciados por homicídio triplamente qualificado. A pena, caso eles sejam condenados, é de 37 anos e meio de prisão.

O coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos e o militar Jurandyr e Jacy Ochsendorf e Souza são acusados de ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa armada. As penas para os crimes, somadas, podem chegar a dez anos de prisão.

O Ministério Público Federal ainda pede que os militares deixem de receber suas aposentadorias e que os órgãos militares retirem medalhas e condecorações obtidas por eles ao longo da carreira.

Na sexta (12), às 13h, o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio e a Federação Interestadual de Engenheiros vão inaugurar um busto de Rubens Paiva próximo ao 1º Batalhão da Polícia do Exército.

A TRAJETÓRIA DE RUBENS PAIVA
Rubens Beyrodt Paiva – Nasceu em Santos em 1929. Formou-se em engenharia pelo Mackenzie em 1954. Atuou na campanha “O petróleo é nosso”

Deputado federal – Em 1962, é eleito deputado federal pelo PTB-SP. Participa da CPI do Ipes-Ibad, instituição que articula o golpe militar

Golpe e Exílio – Após o golpe de 1964, Paiva é cassado com base no Ato Institucional nº 1 e se exila na Iugoslávia e depois na França

Retorno e mudança – Em 1965 volta ao Brasil. Leva sua família para o Rio, mas mantém contato com exilados

Desaparecimento – Em 1971 é levado por militares da Aeronáutica e desaparece. Militares alegam que ele foi resgatado por “terroristas”

Revelação – O médico Amílcar Lobo, que atuava no DOI-Codi, revela em 1986 que Rubens Paiva morreu por causa da tortura

Farsa – Em 2013, o coronel Raymundo Ronaldo Campos admite, para a Comissão da Verdade do Rio, a farsa para encobrir a morte

Acusação – Em 2014 a Comissão Nacional da Verdade acusa o general José Belham pela morte. Ele nega.

Transcrito da Folha de São Paulo ; nos termos do artigo 46 da Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998.‏