Costa citou pelo menos 12 políticos, diz revista
07 Set 2014
O GLOBO
Acusados negam envolvimento em corrupção na estatal e dizem que ex-diretor não provou denúncias
Políticos e dirigentes partidários acusados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa de envolvimento no esquema de recebimento de propinas negaram ontem qualquer relação com o caso. Reportagem publicada neste fim de semana pela revista “Veja”, com base nos depoimentos de Costa, afirma que a operação de aquisição da refinaria de Pasadena, nos EUA, serviu para abastecer o caixa de partidos aliados do governo e para pagar propina a envolvidos no negócio. Segundo a revista, Costa citou como beneficiários do esquema os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB); a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB); o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB); o ministro Edison Lobão (Minas e Energia); o presidente do PP, Ciro Nogueira; o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto; o senador Romero Jucá (PMDB-RR); e os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC).
Costa está hoje preso em Curitiba sob acusação de atuar com o doleiro Alberto Youssef em casos de lavagem de dinheiro. Segundo a revista, desde 29 de agosto, quando começou a depor, Costa citou os três governadores. Nos três estados, a Petrobras mantém investimentos bilionários. Segundo “Veja”, Costa também fez questão de dizer que, na época em que era diretor da Petrobras, conversava frequentemente com o então presidente Lula, que o chamava de Paulinho, sobre assuntos da companhia. A reportagem não apresenta documentos que comprovem as denúncias, nem detalha o esquema.
O PSB mobilizou os principais líderes do partido e a candidata Marina Silva para defender Eduardo Campos e preservar sua memória. Em nota oficial escrita pelo presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, o PSB nega qualquer envolvimento do ex-governador. “Não há acusação digna. Há, apenas, malícia. Morto, Eduardo Campos não pode se defender. Mas seu partido o fará, em todos os níveis, políticos e judiciais, no cível e no criminal”, diz trecho da nota.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou, por meio de nota, que nunca recebeu recursos de Costa. Chamou de “insinuações genéricas” as denúncias publicadas na revista e disse que, em nenhum momento, Costa apresentou provas. “Nunca pedi nem recebi quaisquer recursos por meio do senhor Paulo Roberto Costa. As insinuações publicadas pela revista “Veja”, de forma genérica e sem apresentar evidências sobre o meu nome, não podem ser tomadas como denúncia formal nem fundamentada”, diz trecho da nota. “Foram feitas em um processo de delação premiada, sem apresentação de provas. E delação premiada exige provas. Peço a todos que fiquem atentos à manipulação do episódio na campanha eleitoral, por candidatos sem respeito pela verdade dos fatos”, completou Henrique Alves.
Em Maceió, Renan Calheiros negou as acusações e disse que a delação premiada foi usada para fins políticos.
– Acho que a delação premiada, quando se faz para atingir pessoas e beneficiar outras, tem que agravar a pena. Acho que esse é o aprendizado que o Brasil vai passar. Há o uso político claro da delação premiada.
Também em Maceió, o vice-presidente Michel Temer defendeu cautela sobre as denúncias:
– Tudo isso está agora no Supremo Tribunal Federal. O PMDB, enquanto instituição, não tem nada a ver com isso. A delação premiada tem os seus problemas. E isso precisa ser levado com muito cuidado para que não haja acusações que possam vir a ser infundadas.
Quando perguntado se as denúncias afetariam a campanha à reeleição de Dilma, ele disse:
– Zero. Não afeta a campanha da Dilma.
O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) negou qualquer ligação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e disse, em nota divulgada ontem, que repudia a inclusão de seu nome “em qualquer dos fatos supostamente relatados”. Segundo a revista “Veja”, Cabral foi citado por Costa, em depoimento à Polícia Federal, como um dos integrantes do suposto esquema de corrupção que desviaria recursos da Petrobras. As investigações fazem parte da Operação Lava-Jato, da PF.
Cabral reiterou que, quando foi eleito, em 2006, Costa já era diretor da empresa. Ele garantiu que, durante sete anos e três meses – período em que foi governador -, “jamais indicou ou interferiu nas nomeações do governo federal e nas decisões gerenciais da Petrobras”.
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afastou a possibilidade de as denúncias respingarem em sua campanha à reeleição e disse que a chance de seu nome ser envolvido em alguma irregularidade “é zero”. Num primeiro momento, Pezão negou que Cabral estivesse entre os citados pela revista, mas depois admitiu que o ex-governador aparece na reportagem e afirmou que vai esperar a Justiça se pronunciar.
– Vou esperar para ver o que o Ministério Público e a Justiça falam. Vamos apurar com calma. Eu trabalhei ao lado do Sérgio, e ele foi um governador que deu autonomia para todos os secretários trabalharem e indicarem seus subordinados. E eu, nesses sete anos e meio junto com o presidente Lula e a presidenta Dilma, nunca vi Cabral pedir um cargo em ministério ou diretoria na Petrobras – disse.
Pezão também afirmou que não vai procurar o ex-governador para esclarecer as denúncias.
– Não, de maneira nenhuma – disse o governador, afirmando que esteve com Paulo Roberto Costa “diversas vezes”. – Eu era o secretário de Obras, me relacionava institucionalmente. Ele (Costa) era o responsável pelo Comperj, então tinha contatos permanentes não só comigo, mas com todos os secretários.
Já o prefeito Eduardo Paes disse que não viu acusações na reportagem.
– Não falo sobre hipóteses (caso a investigação tenha desdobramentos). O que eu sei sobre o Sérgio Cabral é que ele, junto com o Pezão, colocaram o Rio em quarto lugar no Ideb.
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, disse ter ficado indignada com as denúncias e que nunca participou de “nenhum esquema de corrupção”. Disse ainda que tomará “todas as medidas cabíveis” para defender a honra.
O secretário de Finanças do PT, João Vaccari, chamou de “mentirosas” as declarações do ex-diretor. Afirmou nunca ter ido à sede da Petrobras e disse que não arrecada recursos em empresas do governo porque é proibido pela lei. Em nota, Vaccari diz que nunca “tratou de assunto relativo ao partido com o senhor Paulo Roberto Costa”.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou repudiar o que chamou de “insinuações” feitas pela revista. Em
O secretário de Finanças do PT, João Vaccari, chamou de “mentirosas” as declarações do ex-diretor. Afirmou nunca ter ido à sede da Petrobras e disse que não arrecada recursos em empresas do governo porque é proibido pela lei. Em nota, Vaccari diz que nunca “tratou de assunto relativo ao partido com o senhor Paulo Roberto Costa”.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou repudiar o que chamou de “insinuações” feitas pela revista. Em nota, disse que só conheceu Costa “de maneira institucional”. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) disse que não conhecia e que não “operava” com Costa. Em nota, ele sustentou que nunca fez qualquer negociação com o ex-diretor da Petrobras.
– Não vou falar sobre esse assunto, pois o que eu falar é que vai virar notícia. Vou tratar desse assunto depois da eleição. Existe uma campanha (da “Veja”) contra mim, é uma sacanagem. Eu nem sabia desses contratos – disse.
Edison Lobão, Ciro Nogueira, João Pizzolatti e Mário Negromonte não foram encontrados pelo GLOBO por telefone ou mensagens de texto. A Petrobras não quis se manifestar
Impressionante a longa fila de “amigos” de Eduardo Campos, mas, em esquisita contrapartida, desapareceu a fila de amigos de de Paulo Roberto Costa!
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POLICIAIS DE SÃO PAULO
ESTE HONESTISSIMO DEPUTADO VACAREZZA É AQUELE QUE SE POSICIONOU RADICALMENTE CONTRA A PEC 300.
GENTE DA MELHOR QUALIDADE, PROBO, DIGNO, AUTENTICO, FIEL E MUITAS OUTRAS QUALIDADES MAIS.
O QUE ESTÕ FALANDO DELE É A MAIS PURA INVENÇÃO.
AFINAL, HOJE É PRIMEIRO DE ABRIL.
PC SÃO PAULO (APOSENTADO, COM PARIDADE, COM INTEGRALIDADE, MAS SEM AUMENTO)
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Senhores
Quem é o favorecido com estas especulações todas? Oras, não há meio corno ou meio ladrão, divulguem a lista dos acusados, afinal de contas, acusar é uma coisa e provar é outra. Os acusados ainda podem usar o subterfúgio da moda…
NÃO FUI EU…..NÃO SEI DE NADA….FOI O ASSESSOR….
C.A.
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