Paco De Lucia( 21/12/47 – 26/02/2014 ) & Al Di Meola The Reunion “Mediterranean Sundance” 20

Morre Paco de Lucía, símbolo da renovação e difusão do flamenco
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Paco de Lúcia morreu aos 66 anos
Foto: Divulgação

Paco de Lucía, violonista de flamenco, morreu nesta quarta-feira (26) em Cancún, no México, aos 66 anos de idade. Símbolo da renovação e difusão mundial do flamenco, ele conquistou diversos prêmios.

O músico teria sofrido um infarto enquanto brincava com seus filhos na praia. Em novembro do ano passado, ele esteve no Brasil, após 16 anos, para uma turnê pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Francisco Sánchez Gómez, de nome artístico Paco de Lucía, introduziu ao flamenco, ao longo de sua carreira, ritmos como o jazz, a bossa nova e, inclusive, a música clássica.

Discípulo de Niño Ricardo e de Sabicas, e respeitado por músicos de jazz, rock e blues por seu estilo próprio, alcançou, entre outros muitos reconhecimentos, um Grammy para o melhor álbum de flamenco em 2004; o Prêmio Nacional de Guitarra de Arte Flamenco; a Medalha de Ouro ao Mérito das Belas Artes em 1992; o Prêmio Pastora Pavón La Niña de los Peines de 2002; e o Prêmio Honorário da Música de 2002.

Nascido em 21 de dezembro de 1947 na cidade de Algeciras com o nome de Francisco Sánchez Gómez, aos sete anos pegou pela primeira vez um violão pelas mãos de seu pai e, depois, de seu irmão mais velho.

Por sua mãe portuguesa ficou conhecido como “Paco, o de Lucía”, ao identificar, assim como na Andaluzia, o filho com o nome da mãe, Lucía Gomes.

Com 12 anos formou o dueto Los Chiquitos de Algeciras com seu irmão Pepe nos vocais. O grupo fez sucesso em 1961 em um concurso de Jerez e com o qual gravou seu primeiro disco.

Contratado pelo bailarino José Greco em 1960 como terceiro violonista da Companhia do Balé Clássico Espanhol, fez sua primeira turnê pelos Estados Unidos, e depois foi o segundo violonista e viajou por meio mundo. Foi aí que conheceu os músicos Sabicas e Mario Escudero, que o incentivaram a compor suas próprias músicas.

Aos 17 anos entrou para um grupo financiado pelos representantes alemães Horst Lippmann e Fritz Rau para seu espetáculo Festival Flamenco Gitano, com o qual percorreu a Europa e no qual figuravam Camarón, El Lebrijano, El Farruco e Juan Moya.

Acompanhado com frequência por seus irmãos Ramón de Algeciras e Pepe de Lucía, gravou seus primeiros discos solo em meados dos anos 1960: La Fabulosa Guitarra de Paco de Lucía (1967) e Fantasía Flamenca (1969).

Sua consagração chegou nos anos 1970, com memoráveis atuações no Palau de Barcelona, no Teatro Real e no Teatro Monumental de Madri, e sua primeira gravação ao vivo Paco en vivo desde el Teatro Real, lhe rendeu seu primeiro disco de Ouro.

Foi em Madri que surgiu a mítica dupla El Camarón-De Lucía, tão virtuosa e purista como renovadora do flamenco e que se traduziu em mais de dez discos de estúdio, como El Duende Flamenco (1972) e Fuente y Caudal (1973).

Ganhou o Prêmio Castillete de Oro del Festival de Las Minas em 1975; single de ouro em 1976 por sua magnífica rumba Entre dos Águas e disco de ouro em 1976 por Fuente y Caudal.

No final dos anos 1970, ganhou muita popularidade fora da Espanha por seus trabalhos com os guitarristas John McLaughlin, Al Di Meola e Larry Coryell.

Fundou em 1981 seu “Sexteto”, com Ramón de Algeciras (segundo violão), Pepe de Lucía (vocais e palmas), Jorge Pardo (saxofone e flauta), Rubén Dantas (percussão) e Carles Benavent (baixo), o que lhe permitiu criar o conceito atual de grupo de flamenco.

Colaborou no disco Potro de Rabia y Miel de seu grande amigo Camarón, e a morte deste, em 1992, o fez cancelar suas apresentações por todo o mundo durante quase um ano. Inclusive pensou em se aposentar, retornando um ano depois aos palcos com uma nova turnê europeia, na qual fez 40 apresentações nos EUA e gravou Live in America.

Entre seus discos estão Fantasía Flamenca, Recital de Guitarra, El Duende Flamenco de Paco de Lucía, Almoraima, Solo Quiero Caminar, Paco de Lucía en Moscú, Zyryab, Siroco e Lucía (1998).

Após um hiato de cinco anos, em 2004 gravou Cositas Buenas, considerado pela crítica uma “obra prima”, com oito temas inéditos, acompanhado pelo violão de Tomatito e a voz recuperada de Camarón, e que lhe rendeu o Grammy Latino de melhor álbum de flamenco.

Um ano antes, lançou sua primeira coletânea, Paco de Lucía Por Descubrir, com seus trabalhos de 1964 a 1998.

No dia 29 de junho de 2010 ofereceu um magnífico concerto para 2,5 mil espectadores que se reuniram na Puerta del Ángel de Madri.

Em 2011, participou em um disco de flamenco tradicional do músico Miguel Poveda.

Tornou-se Doutor Honoris Causa pela Universidade de Cádiz e pelo Berklee College of Music de Boston (EUA, 2010).

O músico estava estabelecido em Toledo e passava temporadas em Cancún, onde praticava pesca submarina. Teve três filhos, frutos de seu primeiro casamento em 1977 com Casilda Varela em Amsterdã: Casilda, Lucía e Francisco

Prisão em flagrante sem perseguição e sem apreensão de elementos de prova…Já que não houve má-fé, o delegado carioca deve voltar pra escola: É BURRO MESMO! 42

Após ator ser confundido com ladrão por vítima, corregedoria apura possível falha da Polícia Civil

Após 15 dias preso, Vinícius Romão deve deixar presídio nesta quarta-feira (26)

Do R7

Romão foi preso em 10 de fevereiro ao ser confundido com ladrão
Reprodução / Facebook

A Corregedoria da Polícia Civil apura se houve falha do delegado que estava de plantão no dia 10 de fevereiro na Delegacia do Engenho Novo (25ª DP), quando o ator Vinícius Romão teve a prisão decretada ao ser apontado pela copeira Dalva da Costa como responsável por roubar a bolsa dela.

A vítima do assalto prestou novo depoimento nesta terça (25), 15 dias após a prisão, e alegou que se confundiu ao denunciar o rapaz.

A Justiça decretou a liberdade provisória dele ainda na terça, mas trâmites burocráticos adiaram para esta quarta (26) a saída do jovem do presídio Patrícia Acioli, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

O delegado de plantão no dia da prisão não teria seguido as normas do código de processo penal, que determina que o reconhecimento de um suspeito deve ser feito com outras pessoas com características semelhantes, lado a lado.

Em entrevista à Rede Record, o delegado titular da Delegacia do Engenho Novo (25ª DP) acha que não houve erro ou “má fé” do delegado de plantão, já que havia a denúncia da vítima e de uma testemunha, um policial militar, de que Romão tinha sido o autor do roubo.

Entenda o caso

Romão foi detido na rua no último dia 10 ao voltar do Norte Shopping, onde trabalha como vendedor. De acordo com os amigos e com o pai do jovem, ele foi confundido com um assaltante por ter características físicas (negro e com cabelo black power) semelhantes ao do suspeito. A vítima, uma funcionária do Hospital Pasteur, teria reconhecido o ator como o criminoso, apesar de a bolsa dela não ter sido encontrada com Romão.

O pai dele, o tenente-coronel da reserva do Exército Jair Romão, de 64 anos, criticou a atuação da polícia. Ele tenta há dias visitar o filho na prisão.

— Meu filho foi completamente injustiçado, principalmente pelos policiais, que não apuraram nada. Só chegaram para a moça assaltada e disseram: ‘Foi ele, não foi?’ Ela acabou confirmando. Era apenas a palavra dela.

Campanha no Facebook

Jair contou que, depois da novela Lado a Lado, da Rede Globo, o filho passou a trabalhar como vendedor no Norte Shopping. Ele saiu da loja Toulon depois das 22h, na segunda-feira, dia 10, e caminhava para casa, a cerca de 20 minutos dali. Quando estava sobre o viaduto de Todos os Santos, foi abordado por PMs, que ordenaram que ele deitasse no chão.

Nas redes sociais, amigos trocaram suas fotos de perfil pela de Vinícius. “Em pleno País da Copa do Mundo, preconceito racial é inaceitável. Meu amigo está preso por possuir a cor da pele semelhante à de um assaltante. Vinícius Romão, estamos todos com você”, escreveu Monique Pereira.

O advogado Rubens Nogueira de Abreu, que defende Vinícius, pediu à Justiça a liberdade provisória do ator e requisitou que as imagens de prédios vizinhos ao hospital sejam analisadas.

— Testemunhas disseram que o assaltante era um cracudo [viciado em crack], sem camisa, que carregava um saco. O que aconteceu foi uma barbaridade, um reconhecimento absolutamente inoportuno, com a vítima sob forte emoção. Com certeza, a prisão do Vinícius foi motivada por preconceito.

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Tá na cara que a vítima foi induzida a reconhecer o inocente:

Policial: FOI ESSE NEGÃO AQUI, NÃO FOI ?

Vítima: Foi sim doutor , esse mesmo que o senhor tá dizendo!

Felões da PF fazem paralisação por 100% de reajuste 46

Agentes da PF fazem paralisação de 48 horas

26 Fev 2014

Reivindicação é de 100% de reajuste; houve protesto no ministério da justiça

Jailton de Carvalho

Brasília

AGENTES, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal iniciaram uma paralisação de 48 horas em mais um protesto por reajuste salarial. Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a paralisação teve adesão de pelo menos sete mil policiais nos 26 estados e no Distrito Federal. Em Brasília, 300 policiais fizeram cortejo em volta do Ministério da Justiça para simular o enterro da segurança pública do país. Os policiais reivindicam 100% de reajuste.

A direção da PF não quis comentar a paralisação. Mas, segundo um dos auxiliares do diretor Leandro Daiello, o protesto não teve a adesão majoritária de policiais divulgada pela Fenapef.

A paralisação termina hoje com ou sem resultado favorável nas negociações. Mas, segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, Flávio Werneck, se não tiverem as reivindicações atendidas, agentes, escrivães e papiloscopistas voltarão a cruzar os braços no próximo mês, desta vez por tempo indeterminado. Os protestos podem repercutir sobre a estrutura de segurança que está sendo preparada para a Copa.

Depois do enterro simbólico, com caixões e carro funerário, uma comissão de policiais foi chamada para conversar com Marcelo Veiga, chefe de gabinete do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O governo oferece, desde ano passado, reajuste de 15,8% em parcelas. Mas a proposta foi rejeitada várias vezes por assembleias sindicais. Os policiais querem reajuste de 100%, o que igualaria as faixas salariais às de outras carreiras de Estado.

Agentes, escrivães e papiloscopistas estão em guerra contra supostos privilégios de delegados e reivindicam ampla reestruturação da carreira. Veiga ouviu as queixas dos policiais e se comprometeu a levá-las ao Planejamento. Hoje, líderes sindicais e representantes do governo devem voltar a se reunir.

– Mas não vejo grandes perspectivas. Estamos negociando há cinco anos e não tivemos solução.Não acho que o problema vai ser resolvido em conversa tão rápida – disse o presidente da Fenapef, Jones Leal.