Ivan Valente é ignorante e falacioso; agora invoca a supremacia de lei ordinária – Código Penal de 1940, decretado pelo ditador Getúlio Vargas – sobre a Constituição Federal de 1988 53

Ivan Valente: A volta do Pelourinho

11/02/2014 03h00

A foto de um adolescente negro, deixado nu, sangrando após golpes de capacete e amarrado a um poste por uma trava de bicicleta correu o mundo. Ressuscitou-se o Pelourinho 125 anos após “o fim da escravidão”, para regozijo de quem sempre está pronto para empinar o chicote e fazer justiça com as próprias mãos. Como se essa violência não gerasse mais violência e insegurança, em nome da segurança. Querem substituir o Estado pela barbárie.

Diante da gravidade do fato, em vez de negar a barbárie, a jornalista Rachel Sheherazade, no jornal do SBT, em horário nobre, não só achou justificável a ação dos 30 justiceiros, como estimulou a atitude do que ela chamou de “vingadores”. Ou seja, milícias, gangues e bandos que operam à margem da lei.

O que é isso senão apologia ao crime, à tortura, ao linchamento, ao justiçamento? Em seu editorial, em busca de audiência e navegando no senso comum e no desespero da população com a violência, a âncora conseguiu violar a Constituição, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), todas as convenções de defesa dos direitos humanos, o código de ética dos jornalistas brasileiros, o Código Penal e o Código Brasileiro de Telecomunicações e ainda debochou: quem se apiedou do “marginalzinho” que adote um “bandido”.

Por isso representamos a jornalista e o SBT junto ao Ministério Público Federal e Estadual (SP). O SBT afirmou que não se responsabiliza pelas declarações de seus âncoras, já de olho nas consequências legais. A jornalista afirmou que as críticas representavam censura. Refugiam-se covardemente na liberdade de imprensa e de opinião, mas sabem que as leis não amparam apologia ao crime, à tortura e ao linchamento.

Por outro lado, o SBT sabe que rádio e TV operam por meio de outorgas concedidas pelo Ministério das Comunicações e aval do Congresso Nacional. Não é mera propriedade privada, como querem que acreditemos. A emissora tem sim responsabilidade sobre o que apresenta e o Ministério das Comunicações e o Congresso Nacional não podem se omitir em exercer sua prerrogativa de fiscalizar as concessionárias.

Na Alemanha de Hitler, muito antes da guerra, os nazistas formaram grupos paramilitares, milícias aterrorizadoras (os Freikorps) que massacravam “inimigos” (judeus, comunistas, minorias), detonaram o monopólio da força pelo Estado e levaram o ditador ao poder. E deu no que deu. Aqui, o inimigo dos Freikorps do bairro do Flamengo são os jovens, negros e pobres, infratores ou não. Negam o Estado democrático de Direito e pretendem, com a criação de força paralela, com tortura e eliminação física, enfrentar a delinquência esquecendo o sistema que a gera. As históricas desigualdades e injustiças não podem ser resolvidas pela barbárie, mas pelo acolhimento do Estado.

Defendemos a total liberdade de opinião. Mas, é um retrocesso entender que incitação ao crime está resguardada pela liberdade de expressão. O compromisso constitucional brasileiro é com a construção de uma sociedade fraterna, justa e solidária. Nosso país não precisa de milícias ou grupos de extermínio. O que precisamos é de mais educação, política social, segurança pública, distribuição de renda e igualdade de direitos. Única maneira de se conseguir a paz.

IVAN VALENTE, 67, é deputado federal por São Paulo e líder da bancada do PSOL na Câmara

 

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No Brasil quem mais viola a lei são os membros dessas verdadeiras organizações criminosas travestidas de instituições políticas; onde honesto – além de exceção –  é  mero figurante.

Para ladrão pelourinho é pouco; não importa seja branco ou preto , maior ou menor de 18.

Ladrão é ladrão, não tem cor nem credo!

Apologia ao crime

Conforme lições de , o  delito de “apologia ao crime” surgiu na legislação brasileira com o Código Penal de 1940, inspirado no código penal fascista italiano de 1930 (Codice Rocco). Sua redação no art.287 permaneceu inalterada até hoje: “fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime”. Um crime claramente incompatível com a liberdade de manifestação de pensamento garantida pela Constituição de 1988 e que, portanto, sequer deveria ser considerado vigente em nosso ordenamento jurídico. Como o Supremo Tribunal Federal ainda não se manifestou sobre sua inconstitucionalidade, tem sido usado rotineiramente como fundamento para calar a boca de quem defende mudanças nas leis.

Próximo ao crime de apologia, encontra-se no artigo 286 de Código Penal brasileiro o delito de incitação ao crime: “incitar, publicamente, a prática de crime”. Ao contrário da apologia, a incitação ao crime pune uma manifestação que faz referência a um delito futuro e não passado. É preciso, para que se possa condenar alguém por este delito, que se prove inequivocamente a intenção do agente de incentivar alguém à prática de algum crime.

Nem os juristas mais conservadores do passado conceberam que os delitos de apologia ou incitação ao crime pudessem ser usados como pretextos para coibir crônicas sobre notícias do cotidiano.

A liberdade de expressão protege o direito de quem quer se expressar, mas também o direito de quem quer ouvir a expressão do pensamento. Nas felizes palavras de Ronald Dworkin: “O Estado insulta os seus cidadãos e nega a eles responsabilidade moral, quando decreta que não se pode confiar neles para ouvir opiniões que possam persuadi-los a adotar convicções perigosas ou ofensivas.”

Delegado disponibiliza livros gratuitos para concursos da Polícia Civil e da Polícia Federal 9

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por Higor Vinicius Nogueira Jorge

foto-higor-jorgePor acreditar que ingressar na Polícia Civil do Estado de São Paulo é um sonho acalentado por muitas pessoas que buscam estabilidade, segurança profissional, salários condizentes ou até mesmo a realização de um sonho almejado desde a infância, bem como em razão de observar as dificuldades para estudar e compreender as matérias estabelecidas nos editais

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Rachel Sheherazade: Ordem ou barbárie? 48

Rachel Sheherazade: Ordem ou barbárie?

rachelFonte: FOLHA/UOL
11/02/2014 03h00

O fenômeno da violência é tão antigo quanto o ser humano. Desde sua criação (ou surgimento, dependendo do ponto de vista), o homem sempre esteve dividido entre razão e instinto, paz e guerra, bem e mal.

Há quem tente explicar a violência, a opção pela criminalidade, como consequência da pobreza, da falta de oportunidades: o homem fruto de seu meio. Sem poder fazer as próprias escolhas, destituído de livre-arbítrio, o indivíduo seria condenado por sua origem humilde à condição de bandido. Mas acaso a virtude é monopólio de ricos e remediados? Creio que não.

Na propaganda institucional, a pobreza no Brasil diminuiu, o poder de compra está em alta, o desemprego praticamente desapareceu… Mas, se a violência tem relação direta com a pobreza, como explicar que a criminalidade tenha crescido em igual ou maior proporção que a renda do brasileiro? Criminalidade e pobreza não andam necessariamente de mãos dadas.

Na semana passada, a violência (ou a falta de segurança) voltou ao centro dos debates. O flagrante de um jovem criminoso nu, preso a um poste por um grupo de justiceiros deu início a um turbilhão de comentários polêmicos. Em meu espaço de opinião no jornal “SBT Brasil”, afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a atitude desesperada dos justiceiros do Rio.

Embora não respalde a violência, a legislação brasileira autoriza qualquer cidadão a prender outro em flagrante delito. Trata-se do artigo 301 do Código de Processo Penal. Além disso, o Direito ratifica a legítima defesa no artigo 23 do Código Penal.

Não é de hoje que o cidadão se sente desassistido pelo Estado e vulnerável à ação de bandidos. Sobra dinheiro para Cuba, para a Copa, mas faltam recursos para a saúde, a educação e, principalmente, para a segurança. Nos últimos anos, disparou o número de homicídios, roubos, sequestros, estupros… Estamos entre os 20 países mais violentos do planeta. E, apesar das estatísticas, em matéria de ações de segurança pública, estamos praticamente inertes e, pior: na contramão do bom senso!

Depois de desarmar os cidadãos (contrariando o plebiscito do desarmamento) e deixá-los à mercê dos criminosos, a nova estratégia do governo, por meio do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, é neutralizar a polícia, abolindo os autos de resistência.

Na prática, o policial terá que responder criminalmente por toda morte ocorrida em confronto com bandidos. Em outras palavras, é desestimular qualquer reação contra o crime. Ou será que a polícia ousará enfrentar o poder de fogo do PCC (Primeiro Comando da Capital) ou do CV (Comando Vermelho) munida apenas de apitos e cassetetes?

Outra aliada da violência nossa de cada dia é a legislação penal: filha do “coitadismo” e mãe permissiva para toda sorte de criminosos. Presos em flagrante ou criminosos confessos saem da delegacia pela porta da frente e respondem em liberdade até a última instância.

No Brasil de valores esquizofrênicos, pode-se matar um cidadão e sair impune. Mas a lei não perdoa quem destrói um ninho de papagaio. É cadeia na certa!

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Estatuto da Impunidade, está sempre à serviço do menor infrator, que também encontra guarida nas asas dos direitos humanos e suas legiões de ONGs piedosas. No Brasil às avessas, o bandido é sempre vítima da sociedade. E nós não passamos de cruéis algozes desses infelizes.

Quando falta sensatez ao Estado é que ganham força outros paradoxos. Como jovens acuados pela violência que tomam para si o papel da polícia e o dever da Justiça. Um péssimo sinal de descontrole social. É na ausência de ordem que a barbárie se torna lei.

RACHEL SHEHERAZADE, 40, jornalista pela Universidade Federal da Paraíba, é âncora do telejornal “SBT Brasil”

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PARTICIPAÇÃO

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PARIDO PELA PORTA DOS FUNDOS – Humorista do grupo “Cu” recorre ao PSDB para censurar Blog do Soldado 33

Família de Fábio Porchat pede ajuda ao Congresso após ameaças na web

GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
ISABELLE MOREIRA LIMA
FOLHA DE SÃO PAULO

10/02/2014 19h31

A família do humorista Fábio Porchat, do grupo Porta dos Fundos, pediu ajuda do Congresso Nacional para investigar supostas ameaças que ele estaria recebendo por ironizar policiais militares em um vídeo que circula na internet.

A esquete “Dura”, que mostra dois policiais sendo humilhados e extorquidos por dois cidadãos comuns, virou alvo de críticas no “Blog do Soldado”, página não oficial de apoio à Polícia Militar do Rio de Janeiro, que se autodenomina “o blog defensor dos policiais militares”.

“Nós vemos como uma total falta de respeito com os policiais militares e uma humilhação pública de uma classe profissional que, inclusive, seus membros dão a vida em muitos casos em defesa desta sociedade podre”, diz texto do blog publicado na última quarta-feira (5/2).

O pai do humorista, o ex-deputado Fábio Porchat, procurou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para pedir ajuda no caso. Amigo do senador, Porchat disse em carta que o filho sofre ameaças apócrifas e anônimas nas redes sociais, por isso teme por sua vida. As ameaças, segundo o pai, foram postadas no blog.

Em uma das ameaças, Porchat seria “metralhado” no rosto com tiros de fuzil. “Recorro às autoridades competentes para que lhe deem segurança, para que sua voz continue ecoando e conscientizando o cidadão brasileiro pelos seus direitos democráticos de vivência digna e paz social”, afirma o pai do humorista na carta.

Álvaro Dias afirmou que vai solicitar ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) para cobrar das autoridades do Rio de Janeiro medidas que preservem a vida e a integridade física de Fabio Porchat. Também disse que vai pedir ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), para ter “especial atenção com o caso”.

O senador ainda vai pedir à Comissão de Direitos Humanos do Senado para tomar conhecimento das denúncias, levando o caso às autoridades federais e estaduais. “Deve ser solicitado das autoridades federais e estaduais a investigação desse denominado Blog do Soldado, origem, nas redes sociais, dessas ameaças. Imagino não ser tão difícil para as autoridades policiais identificar o responsável ou os responsáveis por essas ameaças por meio do denominado blog”, afirmou Dias.

O senador também prometeu encaminhar ofícios à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e ao Google, onde o blog estaria hospedado. “São algumas providências que podemos adotar neste momento. Nossa solidariedade a Fabio Porchat, nosso reconhecimento de que é preciso impedir que fatos dessa natureza prosperem no Brasil porque se trata também de afronta à liberdade de expressão”, afirmou o senador.

O blog com as ameaças foi retirado do ar depois que o humorista divulgou seu conteúdo. O texto publicado na semana passada se dirige ao humorista Fábio Porchat diretamente. “Você não sabe o ódio que despertou em todos nós policiais militares, ao postar essa bosta de vídeo. Humilhou a todos os policiais militares e por isso estamos rebatendo sua crítica de mau gosto. Você deveria ter vergonha na cara!”

Ao fim do texto, diz que o humorista deveria levar “umas belas de umas porradas por esta humilhação”.

No domingo, em um segundo texto sobre o tema, o autor do blog, que não é identificado, diz que recebeu “mais de 720 comentários (…) e em sua maioria criticaram a postura deste blog e nos atacaram com xingamentos e ameaças, por apenas rebatermos as críticas contidas no tal vídeo”.

PM E PORTA DOS FUNDOS

Em nota oficial, a Polícia Militar do Rio diz que defende a liberdade de expressão e que não pretende tomar medidas contra o grupo. “Quanto a iniciativas na Internet, são de cunho individual. Todo cidadão tem direito de acionar a Justiça caso se sinta prejudicado”, diz a nota.

O Porta dos Fundos, também por meio de nota, diz que o vídeo é uma critica ao policial corrupto e não à Polícia Militar como instituição.

“A corrupção existe em todas as áreas e temos certeza de que o policial honesto não se ofende com uma ‘piada denúncia’ no vídeo do Porta dos Fundos. Aliás, contamos, inclusive, com a própria polícia para averiguar as ameaças publicadas no blog que, aí sim, mancham a imagem da corporação.”

Esta não é a primeira vez que vídeos do grupo despertam críticas na internet. No fim do ano passado piadas com temas religiosos provocaram a ira de católicos e evangélicos.

PLS 499/2013 – PSDB afirma que o Brasil não necessita da Lei Antiterrorismo 11

Morte de cinegrafista pode acelerar tramitação da Lei Antiterrorismo
Nesta terça-feira (11/2) projeto poderá começar a ser examinado e votado ainda nesta semana
Agência Senado – 10/02/2014 – 23h23

A tramitação votação do PLS (Projeto de Lei do Senado) 499/2013, que tipifica o crime de terrorismo, pode acelerar no Senado após a morte de cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão durante protestos na semana passada no Rio de Janeiro.

Os senadores podem começar a examinar a polêmica matéria nesta terça-feira (11/2) e o senador Paulo Paim (PT-RS), que havia sugerido a análise da proposta pela CDH (Comissão de Direitos Humanos), o que adiaria a votação no Plenário, desistiu de seu requerimento após a morte de Santiago.

“Mediante o acontecido com o cinegrafista, que foi covardemente assassinado, acredito que o Senado tem que responder, não só para esse fato, mas para alguns que já aconteceram e outros que vão acontecer se nada for feito. Por isso, estou disposto a retirar o requerimento e fazer o debate que faríamos na CDH”, afirmou Paim nesta segunda (10/2).

Para o senador Jorge Viana (PT-AC) é possível fechar a semana com a aprovação do projeto. Na avaliação de Viana, a ação que resultou na morte do cinegrafista se encaixa perfeitamente na definição de terrorismo que consta do PLS, “provocar ou difundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa”, inclusive com previsão de pena maior quando há emprego de “explosivo, fogo, arma química, biológica ou radioativa, ou outro meio capaz de causar danos ou promover destruição em massa”. “É o caso. Foi usado um explosivo. Não é um rojão de festa junina. Foi usada uma bomba”, disse Viana.

Segundo o senador do Acre, a lei antiterrorismo vai dar um “sinal concreto” à sociedade de que crimes como o que resultou na morte de Santiago Andrade vão ser punidos “com mais de 30 anos de cadeia”.

O PLS 499/2013 prevê pena de 15 a 30 anos para a prática de terrorismo e de 24 a 30 anos se do ato resultar morte. A punição pode ser aumentada em um terço se o crime for praticado com explosivo, fogo, arma química, biológica ou radioativa; em meio de transporte público ou sob proteção internacional; ou por agente público.

Sem mencionar especificamente o projeto do terrorismo, o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou, ao comentar a morte do cinegrafista, que o Congresso vai fazer a sua parte no sentido de agravar a punição para atos desse tipo. “Quando se pune levemente, passa-se a ideia para a sociedade de que o crime compensa e o crime não pode jamais compensar”, declarou.

A aplicação de uma lei antiterrorismo a protestos populares, no entanto, não é considerada adequada por uma parte dos senadores. Na semana passada, Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que o Brasil não precisa de uma legislação especial contra o terrorismo para a Copa do Mundo, um dos argumentos em defesa da medida. Nesta segunda, ao repudiar a ação que resultou na morte do cinegrafista, o senador criticou a participação de mascarados em manifestações e sugeriu que a polícia possa retirá-los dos protestos.

“Seria uma medida cautelar adotada, nesse caso, pela autoridade policial. Fiquem detidos até o final da manifestação, para que não coloquem em risco a vida de pessoas que são livres, que são democratas e que vão para as ruas na esperança de melhorar o país.”