Em metade das escolas, policial é formado em seis meses 19

19/08/2013 – 03h00

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Um estudo que analisou 57 escolas de formação de policiais em todo o Brasil concluiu que o tempo de treinamento desses profissionais é abaixo do ideal e focado em áreas que são pouco usadas no cotidiano deles.

Enquanto nos países europeus o tempo médio de formação dos policiais é de dez meses, aqui a maioria das instituições forma seus profissionais em até seis meses.

Das 44 unidades de ensino que responderam ao questionamento dos pesquisadores da ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 20 declararam que em um semestre o policial já pode trabalhar na linha de frente do combate à criminalidade.

Outros dois centros de ensino afirmaram que o curso de formação é opcional, mas não detalharam como o policial é instruído.

Os nomes das instituições ou os Estados onde se localizam não foram divulgados.

Os dados se referem a todos os quadros iniciais das polícias Civil (agentes, investigadores, escrivães e delegados) e Militar (soldados e tenentes).

‘BACHARELESCA’

Para os pesquisadores, os policiais têm muitas aulas de direito e poucas de sociologia ou de resolução de conflitos.

“A formação é muito bacharelesca e militarista. Em alguns casos, os alunos têm mais aulas do que os de engenharia”, afirma um dos coordenadores da pesquisa, o professor José Vicente Tavares dos Santos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

ONDA DE PROTESTOS

“A escola, muitas vezes, não leva em conta que o policial vai se envolver em situações em que tanta teoria não basta.”

Para Santos, uma das provas de que o treinamento das polícias está defasado foi a forma que elas atuaram na onda de protestos enfrentados pelas principais cidades brasileiras desde junho.

“Aconteceram atos que nenhuma polícia conseguia prever. As escolas precisam se adequar à essa realidade.”

O estudo foi elaborado a pedido da Secretaria Nacional da Segurança Pública e tem como objetivo dar subsídios à elaboração de planos estratégicos para essa área.

INGRESSO

Ao interpretar os dados do estudo, o sociólogo Renato Sérgio de Lima, membro do fórum, concluiu também que as carreiras policiais precisam passar por reestruturação.

Para ele, a estrutura de ingresso e promoção das polícias Civil e Militar deveria ser semelhante à da Polícia Rodoviária Federal.

Nela, todos os policiais iniciam a carreira no mesmo posto, o de policial rodoviário federal. Com o passar dos anos, ele pode chegar ao cargo de inspetor, o que equivale ao máximo da carreira.

“Hoje, na Polícia Civil temos delegados de 25 anos de idade dando ordens para investigadores com 20 anos de carreira. Na Militar, não é diferente. Isso causa uma segregação e uma série de divergências internas que poderiam ser superadas com a reestruturação das polícias.”

Análise: Ensino para policial esbarra em tradições militares

LUCIA NADER
ESPECIAL PARA A FOLHA

O Brasil tem uma multiplicidade incrível de forças policiais. Da Polícia Federal à Guarda Municipal, passando pela Civil, Rodoviária, Portuária, Legislativa, Científica, há uma infinidade enorme de diferentes currículos, doutrinas e procedimentos policiais ensinados nas mais diferentes academias.

Os conteúdos variam e, não raramente, é possível encontrar até mesmo disparidades contraditórias entre eles.

Em todos estes casos diferentes, entretanto, há um traço comum e indelével: a imposição nas academias de um ethos militar que transforma agentes públicos em soldados de combate.

Uma das formas de minimizar este impacto tem sido o ensino do Método Giraldi, composto por lições teóricas e circuitos de tiro.

Por meio dele, o policial militar aprende a adotar uma série de métodos e precauções, antes de pensar em sacar a arma de fogo.

Além do Método Giraldi, a ideia de uso “gradiente da força” também tem ganhado espaço crescente nas academias policiais.

Por esta doutrina, o policial aprende a usar apenas a força necessária e proporcional à ameaça, ou à resistência que enfrenta -passando pela simples presença física, pelo uso da voz e por inúmeros outros recursos não letais.

MUDANÇAS CULTURAIS

A letra fria dos livros escolares, entretanto, tem pouco a fazer contra as tradições tão arraigadas.

Mudanças culturais na nossa polícia passam por caminhos mais complexos que o simples currículo.

Nenhum progresso no ensino policial será eficaz no Brasil se não estiver combinado com outras instâncias, como a corregedoria, responsável por punir os excessos e desvios; e a melhoria das próprias condições de trabalho dos policiais.

LUCIA NADER é diretora executiva da Conectas

SP reduziu formação de oficial da PM de 4 para 3 anos

DE SÃO PAULO

Em São Paulo, os oficiais da Polícia Militar tiveram o tempo de formação reduzido de quatro para três anos.

O objetivo foi colocá-los mais rapidamente nas ruas.

Ao reduzir em 12 meses o tempo de formação desses oficiais, a corporação eliminou disciplinas de direito e incluiu outras, como orientação moral e sexual.

O curso feito na Academia do Barro Branco equivale ao nível superior e dá ao policial a patente de tenente.

Já o futuro soldado precisa fazer um curso de um ano.

Em ambos os casos, é necessário ter concluído o nível médio e ter sido aprovado em concurso público.

Entre as disciplinas ministradas estão: prevenção e combate a incêndios, resgate e defesa civil, policiamento rodoviário, de choque, ambiental e de trânsito urbano, direito, defesa pessoal, direitos humanos, sociologia, psicologia, gerenciamento de crises.

Nos últimos quatro anos, de acordo com dados do Comando Geral da Polícia Militar paulista, foram formados cerca de 12.000 soldados e 584 oficiais.

Editoria de arte/Folhapress

Trabalhadores do Jogo do Bicho de Santos e São Vicente poderão entrar em greve para substituição do patrão e fusão de bancas 12

bichomodernoAssim como  acontece  nas empresas formais,  os funcionários da “Banca Damasco” , responsável pela exploração do Jogo de Bicho na Baixada Santista, pretendem entrar em greve  por melhores condições de trabalho , comissões mais justas e , principalmente , para reconhecimento de vínculo empregatício e escolha de um novo patrão.

Sim, greve para reconhecimento de vínculo empregatício e por  um novo “banqueiro” !

Os  cambistas, apontadores, seguranças, conferentes e contadores  estão insatisfeitos com as condições de trabalho da empresa  desde a morte do seu fundador , no final de 2007.

Reclamam que o herdeiro , além da falta de humildade no trato com seus colaboradores em geral  , deu causa às ações do GAECO que levaram  à paralisação das apostas no mês de junho deste ano, tudo  em razão de sua vaidosa exposição nas colunas sociais e e redes sociais  exibindo  seu milionário estilo de vida.

Absurdamente, para o tal todo mundo ( especialmente policiais )  é corrupto e bandido ( menos ele ) .

Todavia , o banqueiro, quando de busca domiciliar em sua residência, chegou a ser  preso em flagrante por posse ilegal de armas de fogo , sendo posto em liberdade depois de pagar fiança.

Na ocasião outas casas foram visitadas, além dos escritórios da empresa ( fortaleza ) .

Com fundamento na nova legislação sobre lavagem de dinheiro,  o Ministério Público  obteve a indisponibilidade de todos os bens do bicheiro: imóveis, veículos importados , lancha de 15 milhões , cartões de crédito e bloqueio das contas bancárias; de forma que a banca perdeu a operacionalidade deixando milhares de pessoas ao deus-dará.

O caso se acha sob segredo de justiça ; aos cuidados do  Dr. Vicente Cascione , um dos maiores advogados do Brasil.

Para a defesa a  LEI Nº 12.683, DE 9 DE JULHO DE 2012 , não se aplica ao investigado.

Alega que o  patrimônio foi adquirido anteriormente a 9 de julho de 2012, sendo que a lei anterior não tipificava o capital oriundo de contravenção penal; que  a quase totalidade  de seus bens são frutos de herança paterna.

A imprensa da Baixada Santista não divulgou a prisão do benemérito multiempresário .

Embora não tenha mais condições de continuar no ramo , o banqueiro  nega liberar seus pontos e trabalhadores  para outros banqueiros  , medida  que asseguraria a manutenção de milhares de empregos diretos e indiretos.

Por outro lado , a gerência da banca foi transformada em mero recolha de bilhetes de apostas.

Nada resolve, fazendo apenas jogo de empurra dos graves problemas enfrentados pelos empregados há quase três meses.

Na última sexta-feira, dia 16, em assembleia geral, ficou decidido por  uma espécie de  comissão grevista, que o bicheiro  terá um prazo de 72 horas pra oferecer uma proposta que seja viável a seus funcionários.

Caso não haja proposta, a categoria deverá paralisar as atividades a partir do dia 1 de setembro; buscando negociações com outros banqueiros .

Fala-se numa suposta fusão com a banca da família Noal.

É importante salientar que a Banca Damasco é a maior empresa de apostas da Baixada Santista, segundo o Ministério Público movimenta mais de 100 milhões de reais anualmente.

LEGALIZAÇÃO DO BICHO

Há várias tentativas de voltar a tornar legal o jogo do bicho. Algumas vantagens podem surgir da legalização do jogo. As loterias oficiais, por exemplo, têm parte do valor arrecadado destinado a projetos sociais. Além disso, tiraria milhares de pessoas que trabalham como banqueiros do jogo do bicho da informalidade e os sorteios poderiam ser mais transparentes. Outra clara vantagem seria tirar o estigma da corrupção ligada ao jogo.

Existem vários projetos de leis tramitando no Congresso Nacional solicitando a legalização do jogo de sorteio diário do bicho.  O governo federal, no entanto, tem ampliado a repressão ao jogo do bicho e outros jogos de azar como o bingo ou as máquinas de caça-níqueis. Para tristeza daqueles que adoram fazer uma ‘fezinha’.

Contudo, a pergunta segue:   quem será que ganha com tudo isso? Será que é só o bicheiro?

Tudo que não presta, não funciona, é errado neste estado elitista, é culpa dos funcionários públicos e nunca da casta corrupta que está a frente da administração de todos eles: O PSDB 21

Enviado em 19/08/2013 as 3:16 – OMITIRAM O NOME DO (I)RESPONSÁVEL

O “Fantástico” desse domingo escancarou uma reportagem dos agentes da Fundação Casa decendo a madeira nos “anjinhos”, dentro da unidade da Vila maria.

Vai daqui, vai de lá, o promotorzinho disse que vai colocar os torturadores na cadeia.

Uma dona toda arrumadinha, secretaria da Fundação Casa falou que se pudesse demiria todos por Justa Causa e disse estar envergonhada pelo ocorrido.

Comentarista disseram sobre o despreparo dos funcionários.

Foram quase meia hora de reportagem e todo mundo acusou os coitados dos Agentes de Apoio, mas ninguém citou o nome do verdadeiro culpado: GERALDO PICOLÉ DE CHUCHÚ.

Porque será que lá no RJ, quando some um favelado, seja Amarildo ou Zé das Couves, a população vai pra porta da casa do governador Cabralzinho, a imprensa pressiona o Cabralzinho, os organismos internacionais pedem providências ao Cabralzinho; enquanto aqui em SP, quando ocorrem as defecadas por parte da PM, prisões de PCs, atos lesivos por funcionários da Fundação Casa, todos procuram evitar tocar no nome do PICOLÉ DE CHUCHÚ ?

Afinal de contas, se os caras são despreparados, quem é que os contratou ? Quem deixou de prepará-los ? Quem não forneceu condições adequadas de trabalhos para eles ? Quem remunera mal e porcamente esses infelizes e adoentados profissionais ?

Porque será que a mídia de SP, sempre procura tirar o rabo sujo dos tucanos da reta ?

Parece que tudo que não presta, não funciona, é errado neste estado elitista, é culpa dos funcionários públicos e nunca da casta corrupta que está a frente da administração de todos eles, do gerenciamento de pessoal do estado, há 20 ANOS.

Parabéns ao Delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, temos orgulho de você! 58

Enviado em 19/08/2013 as 1:18 – TRENSALÃO DO PSDB

DELEGADO DÁ VOZ DE PRISÃO PARA TROPA DE CHOQUE que covardemente atacava o povo em frente à Delegacia.

A batata da Polícia Militar está assando em todo o Brasil é disso que os oficiais estão com medo, da sua extinção por isso os buxixos em São Paulo do oficialato acenar em concordância com a unificação, a sociedade não aguenta mais um sistema policial ostensivo militarizado o POVO ESTÁ COM ÓDIO FIGADAL DA POLÍCIA MILITAR não confia mais nessa arcaica instituição.

Há inúmeros policiais valorosos em suas fileiras contudo o militarismo não cabe mais nos dias atuais e quanto mais o povo se manifesta nas ruas mais a PM age com truculência, mas nessa vez eles se foderam, encontraram um Delegado de Polícia com culhão, um Delegado de Polícia com ‘D’ maiúsculo da melhor Polícia Civil do Brasil, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

Se as Polícias Civis ainda existem podem apostar suas fichas que 70% de sua força política nacional é advinda da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que obviamente não é perfeita, como nenhuma Polícia no mundo o é, mas essa tem culhão e representa com dignidade o salário que o povo lhe paga.

Senti orgulho de ser policial civil vendo esse Delegado de Polícia dando voz de prisão à TROPA DE CHOQUE DA PM DO RIO, enquanto aqui em São Paulo, Delegado tomou até tapa na orelha na manifestação salarial de 2008.

Parabéns Polícia Civil do Rio de Janeiro, temos orgulho de vocês!

Os amarildos do Brasil – Eu tenho hoje ódio de polícia, eu peguei raiva de polícia, eu não sei se confio na polícia ou em bandido 36

O GLOBO

18 Ago 2013

SEM DEIXAR VESTÍGIOS

Drama vivido pelos parentes do pedreiro da Rocinha é comum a outras famílias do país

Gustavo Uribe e Marcelo Fiuza

SÃO PAULO

Já era noite quando Caíque de Lima, de 18 anos, e Matias do Nascimento, de 19 anos, caminhavam em direção a uma pastelaria no Jardim Presidente Dutra, bairro da periferia de Guarulhos (SP). Os amigos de infância, que trabalhavam como ajudantes de pedreiro, tinham combinado de encontrar no local as suas namoradas. No caminho, segundo moradores do bairro, teriam sido abordados por um carro de polícia. Desde o dia 12 de julho de 2012, nunca mais foram vistos. A mãe de Matias, Maria Alice, que tem esperanças de encontrar o filho, ainda guarda as suas roupas no armário e a sua bicicleta no quintal. Segundo ela, o jovem, que anos antes teve passagem pela Fundação Casa, tinha o sonho de tornar-se alinhador mecânico, como o pai.

– Eu tenho hoje ódio de polícia, eu peguei raiva de polícia, eu não sei se confio na polícia ou em bandido. Eu estou em depressão hoje, tudo nesta casa lembra o meu filho – desabafou a mãe.

O desaparecimento dos amigos de infância não foi o único caso ao qual O GLOBO teve acesso, e que, segundo testemunhas, envolveriam forças policiais. Como o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido há mais de um mês no Rio de Janeiro, jovens de São Paulo, Minas Gerais e Goiás não são vistos por suas famílias há anos. Os casos seguem sem solução.

No primeiro semestre deste ano, o Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos, recebeu 504 denúncias de uso de força não legítima pela polícia, número superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de 413. Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná concentraram metade das denúncias de violência policial neste primeiro semestre, 253. As denúncias de prisões ilegais também tiveram crescimento no período, de 44 para 121, assim como de execuções sumárias, de cinco para dez.

Neste ano também, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo informou ter recebido cinco denúncias de desaparecimento de pessoas após abordagem policial. Segundo o coordenador da comissão da entidade civil, Martim de Almeida Sampaio, o perfil comum da maior parte dos desaparecidos nos últimos anos é de jovens negros e pobres, sem antecedentes criminais, que vivem na periferia das cidades. Os dados da entidade civil são subnotificados, ou seja, pode haver mais casos, uma vez que muitas testemunhas de desaparecimentos não notificam formalmente os episódios, muitas delas por medo de sofrer retaliação.

– O que tem acontecido de uns anos para cá são casos de desaparecidos por força de ação de grupos paramilitares, sobretudo milicianos, muitas vezes integrados por policiais militares, por membros das forças de segurança. E obviamente que esse pessoal, essas milícias, agem à margem da lei. E quem sofre desse tipo de ação tem um enorme medo e uma grande dificuldade de denunciar esses casos publicamente, porque podem ser as próximas vítimas – explicou o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB no Rio de Janeiro, Marcelo Chalréo.

Segundo O GLOBO apurou, não há estatísticas ou levantamentos oficiais nem nos estados nem no país de desaparecidos após abordagem policial. O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL), criticou a precariedade em torno das informações sobre desaparecidos no país.

– Hoje, se consegue ter mais informações sobre carros roubados do que sobre pessoas desaparecidas, o que é sintomático em termos de prioridade do poder público na área de segurança pública. O fato é que não há qualquer tipo de diagnóstico feito. E quando não se tem diagnóstico, não se tem política pública – criticou.

O assessor de direitos humanos da Anistia Internacional no Brasil, Maurício Santoro, observa que o desaparecimento após abordagem policial não é um problema que tem se manifestado apenas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, mas no país inteiro. Ele avaliou que a apuração desses casos não é feita da maneira esperada, uma vez que, diante das denúncias de envolvimento de policiais, “a primeira reação da corporação é de proteger o policial”.

– A gente não tem como dizer com todas as letras que esses casos são maioria, porque não temos estatísticas oficiais para isso, mas a gente pode afirmar que eles são, pelo menos, uma parcela muito significativa de casos de desaparecimento – afirmou.

O mesmo drama da mãe de Matias do Nascimento é vivido pela família da assistente social Francilene Gomes Fernandes, irmã de Paulo Alexandre, desaparecido em 2006. O jovem, na época com 23 anos, estava em um bar com os amigos no bairro de Itaquera, Zona Leste de São Paulo, quando teria sido abordado, segundo testemunhas, por uma viatura das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), da Polícia Militar.

O caso ocorreu na semana em que explodiu uma crise em São Paulo entre o governo estadual e uma facção criminosa. Desde aquele dia, o jovem, que no passado havia cumprido pena pelo furto de R$ 11, nunca mais foi visto. A irmã chegou a escrever trabalhos acadêmicos sobre o desaparecimento.

Nota de corte para eliminação das Praças…( No Brasil nunca houve concurso honesto ) 27

Investigação

Candidatos suspeitam de fraude em prova para oficial da PM em SP

De A Tribuna On-line

Candidatos do concurso para oficiais da Polícia Militar de São Paulo, um dos mais concorridos do país, desconfiam da lisura da seleção e suspeitam de fraude. Segundo eles, os resultados foram divulgados antes do previsto pela Vunesp, organizadora do concurso, ainda no período previsto para dar entrada a recursos da prova de redação, como mostrou o Bom Dia São Paulo desta sexta-feira. Mais de 12 mil candidatos concorreram a uma das vagas para ingressar na Academia do Barro Branco.

Oficialmente, o resultado deveria sair nesta sexta, mas foi divulgado no dia 4 de agosto, enquanto os candidatos ainda podiam entrar com recursos da prova de redação. A Vunesp divulgou o resultado da nota de corte no próprio site e convocou os candidatos aprovados para a prova de condicionamento físico. Minutos depois, as informações sumiram do site.

Em nota, a Vunesp admitiu que divulgou equivocadamente a situação do candidato como “convocado para a prova de condicionamento físico”, enquanto deveria indicar apenas de ele havia sido eliminado ou habilitado.

“Esclarecemos, ainda, que, em um primeiro momento, o resultado inicial disponibilizado no site desta Fundação, equivocadamente, indicou a situação do candidato como “convocado para a prova de condicionamento físico”, enquanto deveria indicar, apenas, a situação “eliminado” ou “habilitado”. Todavia, ressaltamos que tal ocorrência em nada comprometeu a lisura do concurso público, vez que a convocação à prova de condicionamento físico será oportunamente efetivada aos 1.104 candidatos que obtiverem a melhor classificação na Prova Escrita”, informa o texto.

No concurso de oficial da PM teve uma  concorrência de 54 candidatos por vaga – eles passam por provas escrita e física. A Vunesp realiza o exame desde 2010. Antes, o concurso era organizado pela Fuvest.

O desprestígio da advocacia e dos advogados 14

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RAIMUNDO HERMES BARBOSA

A TRIBUNA DE SANTOS

Os advogados nunca estiveram tão desprestigiados como nos dias atuais. Todas as mazelas do Judiciário são deslocadas para os ombros da advocacia, como se a mesma fosse a responsável pelos desmandos do poder público com a Justiça. Se o processo demora colocam a culpa no excesso de recursos, como se fosse verdade. Entretanto, cumpre realçar que se o processo demora a culpa não é dos advogados, e sim, do Judiciário desaparelhado e carente de profissionais, tanto no campo dos serventuários, como no número reduzido de juízes, bem como nas Varas criadas e não instaladas por falta de pessoal.

O processo vai se arrastando, e ponha-se a culpa nos advogados, que recorrem das sentenças mal elaboradas, até mesmo por falta de tempo material dos juízes de primeira instância. Os juízes, por sua vez, sempre contam com os advogados para agilizar os processos de suas Varas. Toda via, a consideração com os advogados é nenhuma, basta que chegue atrasado para uma audiência, minutos que seja, e o mundo desaba sobre sua cabeça, pois no mínimo será considerada falta de zelo, afinal, onde já se viu um causídico chegar minutos atrasados, deixando sua excelência esperando.

Contudo, os advogados permanecem horas e horas aguardando ser chamado para uma audiência previamente marcada com horário distinto da realização da mesma. E a nossa querida Seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil silente, apática e tratando de várias outras questões, esquecida do exercício profissional e dos advogados guerreiros, sofredores do dia a dia do Fórum.

Não se tem conhecimento de uma reunião entre o presidente da OAB/SP e o presidente do TJ/SP para tratar de assuntos sérios relacionados com a Justiça, que cada dia se afasta mais do povo. Basta verificar o Peticionamento Eletrônico sem as devidas salvaguardas e alternativas para o cidadão. Por exemplo: caso o sistema saia do ar ou não funcione, como tem ocorrido, como ficarão os advogados que não conseguiram interpor o recurso e o prazo se exauriu? Como ficarão perante seus clientes, posto que não tiveram alternativa.

O desrespeito com os advogados é tão grande que o TJ/SP baixou uma resolução decretando que, mesmo que os advogados já estejam na fila às 19h, o expediente será encerrado. E aqueles que chegaram às 18h com um recurso, dentro do prazo fatal, e a fila não andou? Ele será responsabilizado pelo cliente mediante indenização, previsto no Estatuto, porém a culpa foi da fila, pois ele chegou a tempo de protocolizar.

Não podemos aceitar essa passividade da nossa entidade. Dentre as preocupações da Seccional de São Paulo da OAB, a primeira deveria e tem que ser com o exercício do mister do advogado no seu dia a dia, pois, através dele estará defendo em cada ponto do Estado, de maneira inquestionável, a cidadania.

(Raimundo Hermes Barbosa, presidente da Federação das Associações dos Advogados do Estado de São Paulo (Fadesp) http://www.fadesp.adv.br)

Operação Blecaute: Até Quando? interrompeu as atividades da Polícia Civil por cinco horas 27

Nesta terça-feira (13/08) Delegados e Policiais Civis de todo o Estado de São Paulo suspenderam suas atividades por cinco horas em protesto contra as péssimas condições de trabalho impostas pelo Governo e o avanço da criminalidade para o Interior Paulista.

A Operação Blecaute: Até Quando?, movimento organizado pela ADPESP (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), contou com a adesão de 98 por cento das mais de 2 mil delegacias do Estado. Este foi o terceiro ato de protesto realizado pela Polícia Civil em menos de quinze dias.
O ato teve por objetivo protestar contra o Governo Paulista que por mais de 20 anos vem executando uma administração equivocada de sucateamento da Polícia Civil, resultando nos altos índices de criminalidade e nas baixas porcentagens de esclarecimento, aumentando diretamente a insegurança da população e a criminalidade no Interior Paulista.
Após o período de interrupção das atividades, cerca de 700 Delegados e Policiais Civis da Capital e Interior paulista, representantes das mais de todas as seccionais do Estado, se reuniram no centro de Ribeirão Preto. O ato teve início com protesto realizado em frente ao Teatro Dom Pedro II, onde representantes de vários Sindicatos de Polícia fizeram uso da palavra, entre eles a presidente da ADPESP, Dra. Marilda Pansonato Pinheiro, do Emauri Lúcio da Mata, presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Ribeirão.
Logo depois do protesto houve passeata que caminhou rumo à Câmara Municipal de Ribeirão Preto, onde uma comissão de representantes da Polícia pelo presidente, vereador Cícero Gomes da Silva e pelo vereador, Samuel Zanferdini. No plenário, todos os participantes da passeata também foram recebidos em sessão ordinária transmitida pela TV Câmara e demais órgãos de imprensa local. Em discurso, a presidente da ADPESP,  Dra. Marilda Pansonato, salientou que a Polícia Civil segue impedida de exercer seu trabalho por conta do sucateamento feito pelo Governo.
Mais uma vez, o resultado bem-sucedido do movimento contou com a adesão total de todos os Delgados e Policiais Civis do Estado. E, até quando permaneceremos reféns do descaso do Governo Paulista em relação à Segurança Pública? O basta contra tantos desrespeitos vem sendo dado, dia a pós dia, com a união de toda classe à luta por melhores condições de trabalho para prestar um atendimento digno e de qualidade ao povo paulista.

Confira a repercussão na mídia:

Policiais civis protestam em Ribeirão por melhores condições de trabalho 17

Enviado em 14/08/2013 as 7:44 – MENDIGO

13/08/2013 23h10 – Atualizado em 13/08/2013 23h18

Sindicatos pedem mais estrutura em delegacias para combate ao crime.
SSP informou que está empenhada em negociar com a categoria.
Do G1 Ribeirão e Franca

Policiais civis de diferentes cidades da região de Ribeirão Preto (SP) se reuniram na Praça XV de Novembro, no Centro de Ribeirão, para reivindicar melhores condições de trabalho. Com cartazes e apitos, a categoria reclamou ao governo estadual melhorias na estrutura, melhores salários e aumento no número de funcionários nas delegacias para tornar mais efetivo o combate ao crime. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) informou que está aberta a negociações com os policiais.
O protesto, que faz parte de um movimento realizado em outras cidades do Estado e denominado Operação “Blecaute”, paralisou os serviços das 10h às 15h em delegacias de Ribeirão Preto, que só atenderam flagrantes nesse período. A manifestação pacifica teve adesão de entidades como o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp).
saiba mais
Homem se passa por delegado da PF e faz vítimas em Ribeirão Preto
Justiça condena 4 dos 22 envolvidos em ‘tribunal do crime’ em Ribeirão
“A Polícia Civil paulista não tem qualquer condição de realizar o seu trabalho, e a culpa não é dos policiais. A culpa é do governo que não estrutura a Polícia Civil para que possa fazer as investigações. Os policiais querem, mas infelizmente o governo não nos dá condições de trabalho”, afirmou George Melão, presidente do Sindpesp.
Segundo ele, o número de profissionais que trabalham nas delegacias paulistas é o mesmo de 1994 e os prédios estão em condições precárias. “Não temos equipamentos a contento, equipamentos de ponta, não temos delegacia com estrutura de delegacia, ou seja, prédios que não possuem qualquer condição de abrigar uma unidade policial. Se o Governo de São Paulo não acordar vamos à falência.”
A falta de condições de trabalho têm levado muitos policiais civis a desistirem da carreira ou se mudarem do Estado, de acordo com Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo. “Depois de 20 anos de sucateamento, pouco restou do policial civil. Desmotivado, desvalorizado, totalmente esquecido e o resultado quem paga é a sociedade. Em São Paulo, a cada dez dias um delegado abandona a carreira. Ou ele vai para outra carreira jurídica ou vai para outro Estado ser delegado de polícia”, disse.
Governo do Estado
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo comunicou, em nota, que está empenhada em negociar com os policiais e informou que nos últimos dois anos eles tiveram reajuste salarial e inclusão de benefícios.

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http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2013/08/policiais-civis-protestam-em-ribeirao-por-melhores-condicoes-de-trabalho.html

Dissídio coletivo das categorias policiais – Audiência marcada pelo Desembargador José Gaspar Gonzaga Franceschini, vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, para 22 de agosto 181

VicePresidenteJoseGasparGonzagaFranceschiniEnviado em 14/08/2013 as 7:26

14 de agosto de 2013 Notícias
No dia de ontem – 13/08/2013, o SIPESP, representado pelo Presidente João Rebouças, juntamente com o escritório que administra o Departamento Jurídico, representado pelos Drs. Evandro Capano e Fernando Capano, estiveram no Tribunal de Justiça para dar prosseguimento ao pedido de Audiência no Dissídio Coletivo das categorias.

Foi uma surpresa muito gratificante a receptividade do Desembargador José Gaspar Gonzaga Franceschini, o qual com uma simplicidade e grande conhecimento, mostrou-se sensível as nossas reivindicações.

Levamos ao conhecimento do mesmo, o motivo da nossa preocupação pelo momento em que passa a Segurança Pública no Estado.

Imediatamente foi marcada a data de 22 de Agosto de 2013, para a primeira audiência, na qual o governo será “intimado”, para sentar-se à mesa de negociações com as entidades.

Foi uma Vitória Fantástica do SIPESP e de seu Departamento Jurídico.

Agora o governo do Estado deverá, neste Dissídio, comparecer perante a Justiça e iniciar as negociações.

fonte: site Sipesp: http://www.sipesp.org.br/comunicado-2/#more-989