Carlos Brickmann – Resposta à carta da Secretaria da Segurança 5

Resposta à carta da Secretaria da Segurança

 

A Secretaria da Segurança comete os seguintes equívocos em sua carta, que supõe ser de desmentido:

1 – A coluna não fez qualquer crítica à contratação de funcionários da Polícia Científica. O fato é apenas citado, sem comentários, como providência que o Governo anuncia.

2 – Também não foi criticado o episódio da prisão de policiais. Houve crítica, que agora tenho a oportunidade de repetir, à explicação do atual diretor do Denarc, de que “houve problemas em gestões anteriores”. Diz a coluna, sobre a declaração do atual diretor: “OK: mas o delegado anterior, que segundo o atual não conseguiu evitar os problemas entre os 300 homens sob seu comando no Denarc, foi transferido para um departamento maior, o Deic, onde comanda 1.200 homens”. Quem não consegue controlar 300 está apto a controlar 1.200? Ou se trata apenas de uma desculpa?

3 – Falhas sanadas? A Secretaria da Segurança deve saber perfeitamente disso, mas já que escreve ao jornal como se não soubesse, lembremos: as delegacias seccionais de São José dos Campos e Taubaté devem ser dirigidas por delegados de classe especial. Os delegados nomeados no fim de semana são  de nível hierárquico inferior, primeira classe; e recebem comissionamento por ocupar cargo destinado a profissionais de nível hierárquico superior. A delegacia do Litoral Norte deve ser dirigida por delegado de primeira classe, mas para ela foi designado um delegado de 2ª classe, também comissionado por ocupar cargo privativo de profissionais de nível hierárquico superior. Isso gera custos: o Estado paga os comissionamentos. E há delegados de classe especial e de primeira classe disponíveis, “encostados”. Gasta-se duas vezes o dinheiro público sem que haja necessidade de tal desperdício.

Se o problema for apenas o de não entender o que foi publicado, dá pena, mas vá lá. Se o problema é distorcer o que foi publicado para tentar desmentir o indesmentível, é feio demais.

Atenciosamente

Carlos Brickmann

 

 


De: krodrigues@sp.gov.br [mailto:krodrigues@sp.gov.br]

Enviada em: segunda-feira, 6 de maio de 2013 18:40

Para: Chiquinho Lacerda (Redação/Diário do Grande ABC)

Cc: vnani@sp.gov.br

Assunto: Carta resposta – Coluna Carlos Brickmann

Boa Tarde,
Prezado Francisco, conforme conversado, segue resposta à coluna do Carlos Brickmann publicada no último domingo.
Atenciosamente, cid:image006.gif@01CE4B63.7C71EE90

Neste domingo, em texto publicado pelo Diário do Grande ABC, o colunista Carlos Brickmann usou casos pontuais e informações incorretas para embasar uma dura, porém incorreta, crítica à política de Segurança Pública do Governo do Estado. Conseguiu até transformar uma boa notícia – a da contratação de funcionários para a Polícia Científica – em algo ruim.  Para tanto, usou episódios de policiais presos (com o auxílio da Corregedoria da Polícia Civil, frise-se) e lacunas nas chefias das delegacias seccionais que, quando da publicação da coluna, já haviam sido sanadas. Esqueceu-se de dizer, porém, dentre outras informações, que nunca as polícias paulistas prenderam tantos bandidos (mais de 27 mil) como no primeiro trimestre deste ano.

Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública

*Carlos Brickmann

Ai que mentira, que lorota boa

            publicado em 05/05/2013
O governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou providências para combater o crime: a contratação de quadros para ampliar a Polícia Técnica e o encurtamento do curso para formar policiais militares, para que mais PMs possam entrar mais depressa em serviço – embora não estejam tão bem preparados.
Providências para aumentar a segurança, claro! E haverá até quem acredite.
Mas vamos aos fatos. Policiais do Denarc, o departamento de combate ao tráfico de drogas, foram presos pela Polícia Federal por tráfico de drogas – três toneladas de cocaína. O atual diretor do Denarc disse que houve problemas em gestões anteriores. OK: mas o delegado anterior, que segundo o atual não conseguiu evitar os problemas entre os 300 homens sob seu comando no Denarc, foi transferido para um departamento maior, o Deic, onde comanda 1.200 homens.
Alckmin, claro, saberá explicar por que isso acontece; ou o atual titular está errado (e cabe-lhe pedir desculpas ao chefe cuja autoridade se questionou) ou está certo – e por que dar mais pessoal a quem não consegue controlá-lo?
Pelo menos quatro grandes delegacias seccionais estão sem delegado titular: a de São José dos Campos (o delegado morreu há mais de um mês), a de Taubaté (o delegado está de licença-prêmio há mais de 90 dias), a de Jacareí (o delegado está doente, licenciado), a do Litoral Norte (o delegado está de férias). Em todas elas há policiais respondendo pelo expediente – não mais do que isso.
Alckmin finge que combate o crime. Mas ninguém precisa fingir que acredita.

Um Comentário

  1. É MUITO SIMPLES DESMASCARAR ESSE desGOVERNO DO PSDBosta, BASTA PERGUNTAR O QUE EXISTE DE VERDADEIRO EM SEUS ATOS????TUCANALHAS DESGRAÇADOS, SEUS DIAS ESTÃO CONTADOS.

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  2. Precisamos de investigadores, escrivães e soldados na rua….
    Perito também, mas a urgência maior é os cargos citados acima.
    Agora, para que mais oficiais ??
    Barro branco 3 anos, para que isso ?
    Para que serve um oficial da PM ??????

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  3. É como disse anteriormente, é uma inócua tentativa de enganar o eleitor trouxa que vota no PSDB.

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  4. Acredito que com estas denuncias, nosso governador terá que mudar seus planos de anunciar estas lorotas, pois não colam mais kkkkkkkk, quero ver o que este imbecil vai anunciar, e aquela ex delegado rosemery Corrêa, qual será a nova idéia desta incompetente ?

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