Uma dentista foi assassinada de maneira cruel e hoje em declarações o Delegado Geral Maurício Blazeck disse para os orgãos de imprensa que muitas vezes a culpa é da vítima, parabéns Dr. Blazeck realmente a culpa é nossa. Primeiro por não sabermos votar, pois se soubéssemos teríamos eleito outro Governador que já teria um Secretário de Segurança e um Delegado Geral de Polícia que em seis meses que é o tempo que os senhores estão no cargo, já teriam feito alguma coisa.
O que os senhores fizeram até agora, o crime só sobe, os índices estão explodindo, São José dos Campos, Jacareí, Taubaté continuam sem um Seccional efetivo e o que foi feito pelo senhor, até agora nada.
Somente vejo Delegados de classe especial encostados recebendo sem trabalhar e Delegados de primeira classe comissionados em evidente improbidade administrativa, gerando ônus desnecessários para o Estado. Não vi até agora nenhuma atitude para corrigir as injustiças feitas contra inúmeros policiais na gestão Ferreira Pinto dentre os quais volto a apontar o Delegado Conde Guerra, figura emblemática de vítima de perseguição desvairada e insana.
Chega dessa balela de que a vítima não deve reagir, se tiver oportunidade e condições pode e deve. Chega dessa balela propagada pela Polícia Civil e Militar “não se deve reagir”, ora, enquanto continuarmos como cordeiros ou gado sendo tangido para o matadouro isso irá continuar. No momento em que a sociedade resolver dar um basta, provavelmente os próprios marginais irão se intimidar, somos proibidos de andar armados, sob o risco de sermos presos, mas se preciso devemos reagir a pauladas, a mordidas ou como seja possível.
Não suporto mais ouvir declarações de que as coisas irão mudar. Acredito que mudem, mas somente para pior, o Jornal O Vale Paraibano informa hoje em manchete que a RM do Vale do Paraíba é recordista em crimes, seguida de perto pela região de Campinas. E o que fazem a Polícia Civil e a Militar, absolutamente nada. Isso quer dizer que falta comando, que falta vontade política e que falta, bom prefiro não dizer, pois iria ingressar no terreno da grosseria. Acho que está na hora de V. Senhoria como chefe de Polícia decidir-se e tomar providências reais e efetivas, designado os Policiais certos para os locais certos independente de seus gosto pessoal ou do querer ou não querer de políticos, se V.Senhoria não tem independência suficiente para isso, entregue o cargo para que outro tente nos dar pelo menos um pouco de segurança. Lhe indago o seguinte senhor Delegado Geral: Se o delinquente entra na casa de qualquer policial e solicita gentilmente que lhe entregue todos os bens que lá se encontram é culpa do policial, ele também não deve reagir, se tiver condições para tanto?
Chega dessas passeatas pela paz, pois estamos é em guerra contra o crime organizado e ou nos organizamos e lhes damos combate, ou todos pereceremos, pela inércia daqueles que tem o dever de nos proteger, quero deixar claro que não culpo aqui os policiais civis ou militares que estão na guerra diária, mas a administração superior que fica em seus gabinetes acarpetados, com ar-condicionado, cafezinho e simplesmente atendendo a políticos.
O resultado se viu no julgamento do massacre do Carandiru onde policiais foram condenados, mas somente eles. E o Governador, o Secretário de Segurança, os dois Juízes de Direito que se encontravam no local, que houve massacre ninguém pode negar, mas condenar somente a tropa é no mínimo indigno e já disse tal e qual no livro FALTA ALGUÉM EM NUREMBERG, mas com certeza somente a raia miúda será punida.
Li no próprio Flit uma matéria ou uma pergunta sob como pensariam os Desembargadores em uma eventual apelação, vou aqui contar uma pequena história: O suposto terrorista Bacuri nos 70 estava preso no DOPS e certa noite o comandante da guarda Ten Chiari da Polícia Militar paulista foi com o jornal folha de são paulo a cela do preso informando-o que ele “havia morrido”, isso 24 horas antes. Posteriormente esse oficial foi subindo de posto. Já como Major participou do massacre da detenção. Passado mais algum tempo foi promovido a Coronel quando passou a comandar a Assessoria Policial Militar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Portanto, era o responsável pela segurança dos prédios do Tribunal e dos Desembargadores paulistas, mesmo sendo réu no massacre da detenção. Nessa época, o Coronel Ubiratan Guimarães foi condenado em primeira instância como responsável pelo massacre e na apelação como dito constantemente pelo jornalista Percival de Souza na apelação os Desembargadores usaram de poderes mediunicos para reformar a decisão do Tribunal do Júri para absolvê-lo usando a argumentação de que “os jurados em realidade não queriam votar do jeito que votaram. Portanto, acho que isso responde ao questionamento.
João Alkimin