O POVO DE HORTOLÂNDIA QUER SABER: Antonio Eribelto Piva Júnior e José Eduardo Cury foram demitidos a bem do serviço público por cobrarem propina de uma empresa de guincho entre 1992 e 1995 48

DESPACHOS DO GOVERNADOR

DESPACHO DO GOVERNADOR,

DE 29-1-2013

No processo administrativo DGP-7296-2000-SSP, vols. I

ao XVII (CC-124690-2012), em que são interessados Antonio

Eribelto Piva Júnior e Outro: “À vista dos elementos de instrução

constantes dos autos, destacando-se a manifestação do Secretário

da Segurança Pública e o parecer 47-2013, da AJG, julgo

parcialmente procedente a acusação irrogada a Antonio Eribelto

Piva Júnior, RG 7.379.140, e José Eduardo Cury, RG 17.208.825,

Delegados de Polícia, do Quadro da Pasta mencionada, aplicando-

lhes, em decorrência, a pena de demissão a bem do serviço

público, com fundamento nos arts. 74, II, e 75, incs. II e VI, da

LC 207-79.” Advogado: Alfredo Zarins Filho – OAB/SP – 127.565.

Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Campinas, Piva Júnior e Cury eram acusados de cobrar uma porcentagem da empresa que fazia o serviço de guincho em Hortolândia. Na época, eles atuavam como delegados da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) na cidade. O repasse era pago semanalmente e dividido entre os dois policiais.

 José Eduardo Cury e Antonio Eribelto Piva Júnior vão cumprir a pena em regime fechado. Eles  foram investigados pelo Gaeco (Grupo de Operação Especial Contra o Crime Organizado) porque, entre os anos de 1992 e 1995, exigiam 35% sobre os valores arrecadados com o serviço de guincho em Hortolândia. Júnior era o delegado titular, na época, enquanto Cury tinha o cargo de investigador.

De acordo com os promotores do Gaeco, os 35% eram pagos toda semana pelo do dono do pátio. Ainda no primeiro ano, os condenados pediram pagamento de R$ 30 mil de uma vez, e em 1993, outro pagamento ainda maior, de R$ 100 mil. Os delegados diziam que esse pagamento era parte do esquema.Com a condenação, Piva Júnior deve ficar na cadeia por sete anos e seis meses