Morre o Dr. Robson Lorencetti Ernesto , delegado titular da Dise de Sorocaba…Enterro está marcado para as 9h deste domingo (27) 38

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

Robson Lourencetti Ernesto (Foto: Reprodução/TV Tem)Lorencetti trabalhou como assistente no Deinter-7
Foto: Reprodução/TV Tem)

Morreu na manhã deste sábado (26), em Sorocaba (SP), o delegado Robson Lorencetti Ernesto. Segundo familiares, Lorencetti, que tinha 44 anos, teve um infarto fulminante quando estava em casa.

Lorencetti foi delegado em São Roque, trabalhou como assistente no Deinter-7 e comandou o 8º DP antes de assumir, no último dia 14, a titularidade da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) da cidade.

“Estamos chocados. Ele era um grande homem, um grande policial. Sempre jogávamos bola juntos, era aparentemente muito saudável. Foi uma perda enorme, não só para a familia dele, mas também para a cidade”, lamentou o delegado Alexandre Banietti.

Lorencetti era casado e tinha dois filhos. O velório está marcado para as 19h, na Ofebas. O enterro será às 9h deste domingo (27), no Cemitério da Saudade.

Vinganças entre PCC e PM causam aumento de cerca de 40% no número de casos de homicídio no Estado 16

Homicídio sobe 34% na capital em 2012 e reverte tendência de queda de 11 anos

26 Jan 2013

Bruno Ribeiro; Daniel Tríelli e Tiago Dantas

O ano passado terminou com um aumento de 34,3% no número de casos de homicídio na capital paulista em relação ao ano anterior, revertendo uma tendência de queda verificada pelo menos desde 2001 -dado mais antigo divulgado pelo governo. O total de casos cresceu de 1.019, em 2011, para 1.368, em 2012 – e a cidade voltou aos patamares de violência de seis anos atrás. No Estado, também houve aumento de 15% – o que não ocorria desde 2009.

O resultado negativo ocorreu em um ano marcado pela guerra não declarada entre policiais militares e integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A escalada de violência derrubou, em novembro, o secretário estadual da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, que foi substituído pelo ex-procurador-geral de Justiça Fernando Grella Vieira.

A troca, no entanto, ainda não resultou em redução significativa nas mortes. Na comparação de dezembro (primeiro mês completo com Vieira no comando da segurança pública) com o mesmo mês de 2011, verifica-se um aumento de 62,5% (de 96 para 156) no número de casos de homicídios dolosos (com intenção de matar).

A velocidade do crescimento do número de mortes em São Paulo se intensificou a partir de setembro. O terceiro trimestre de 2012 teve 66% mais casos de homicídio do que o mesmo período de 2011. Embora todos os trimestres do ano tenham sido mais violentos do que os de 2011, no primeiro trimestre esse crescimento havia sido de apenas 14,7%, segundo dados divulgados ontem pelo governo.

Levando em conta o número de pessoas mortas, o ano passado terminou com 1.497 pessoas assassinadas na capital, contra 1.069 em 2011, um aumento de 40%. No Estado (incluindo as cidades da Grande São Paulo), o aumento porcentual foi menor, de 18%, mas significou 803 mais mortos (de 4.403 para 5.206 pessoas). Muitos dos assassinatos registrados no ano passado foram chacinas – ocorrências policiais que terminam com pelo menos três homicídios.

Silêncio. Apesar da piora das estatísticas, nem o comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Roberto Meira, nem o delegado-geral, Luiz Maurício Blazeck, quiseram ontem comentá-las. A Secretaria de Estado da Segurança Pública fez questão de reforçar, no entanto, que, na média, o Estado de São Paulo ainda mantém a menor taxa de homicídios do País: são 11,5 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em Santa Catarina, a média é 11,8; em Minas Gerais, de 18,8; no Rio de Janeiro, de 24,5. O levantamento feito pela secretaria leva em conta uma projeção para 2012, já que nem todos os Estados divulgaram dados oficiais até dezembro.

 ESTADÃO.COM.BR

PROFISSÃO SEGURA: 9 PMs morreram em serviço no ano passado 13

Mortes em confronto com a PM crescem 40%

26 Jan 2013

Foram 323 casos em 2012 só na capital; n° reflete “guerra velada” entre PM e PCC

O número de pessoas mortas em confronto com a Polícia Mi­litar aumentou 40,4% entre 2011e2012na cidade de São Pau­lo. No ano passado, foram 323; no anterior, 230. O número é um forte indicativo da guerra não declarada entre apolícia eo crime organizado no ano passa­do, especialmente se considera­do o ritmo que essa alta teve durante 2012.

Se comparados os primeiros trimestres de 2011 e de 2012, a alta foi de 10,3%. Na comparação entre os segundos trimestres, ela até foi mais fraca: 8,6%. Mas no terceiro trimestre, quando a violência na capital atingiu o ápice do ano, o índice dobrou. Foram 92 casos entre julho e setembro em comparação com os 45 dos mesmos meses de 2011.

Na comparação entre os últimos trimestres de 2011 e de 2012, o número de mortos em confronto com a PM aumentou 59,6%. No Estado inteiro, 547 foram mortas em confronto com policiais militares no ano passado, uma alta de 25,2% em relação a 2011.

Postura. Para o coronel da re­serva da PM e ex-secretário na­cional de Segurança Pública Jo­sé Vicente da Silva Filho, o au­mento dos números de mortos em confrontos com a polícia e dos homicídios tem a mesma causa. “A polícia assumiu a pos­tura desde abril de combater os pontos de venda de drogas no varejo. E isso provocou uma reação de alguns grupos crimino­sos. E temos, infelizmente, o efeito de manada.” Por outro lado, segundo o coronel, a polícia aumentou em cerca de 10% o número de prisões em flagran­te, uma mostra de que os poli­ciais estão mais na rua.

Já o presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB-SP), Arles Gonçalves Júnior, diz que, com a troca de comando da cúpula da Se­gurança Pública, as polícias es­tão tendo uma nova postura, de investigação no lugar do enfrentamento. “Se essas políticas per­sistirem, deveremos verificar queda nos índices de homicí­dios”, afirma.

Nomenclatura. Os casos de mortes em confrontos com a PM são registrados como “resis­tências seguidas de morte”, e não contam os homicídios dolo­sos e culposos cometidos por policiais militares. Um exem­plo de caso que não entraria nessa conta é a primeira chaci­na de 2013, no Campo Limpo, na zona sul. Anteontem, seis PMs foram presos acusados de matar sete pessoas no dia 4.

No último dia 8, uma resolu­ção da Secretaria da Segurança Pública determinou que os casos de “resistência seguida de morte” sejam chamados de “morte decorrente de interven­ção policial”. Na época, o secre­tário Fernando Grella Vieira afirmou que era um modo de o governo sinalizar que “está dis­posto a investigar” cada caso.

Policiais. Os policiais também foram vítimas da guerra não de­clarada no ano passado. Nove PMs morreram em serviço no ano passado, um a menos que em 2011. No entanto, os dados não mostram quantos policiais foram executados em suas fol­gas. No total, até o dia 28 de dezembro, 106 PMs morreram no Estado. Mas não foi divulga­do quantos foram assassinados em 2011.

Vítima. A mais recente vítima desse confronto foi um policial militar de folga assassinado na madrugada de anteontem, em posto de combustível do Jar­dim Itapark, em Mauá, na Gran­de São Paulo. Segundo a PM, ele havia parado seu carro para abastecer quando três homens apareceram e atiraram. A polí­cia não confirmou se os crimi­nosos estavamapé ou se chega­ram em algum veículo. Depois de atirar, eles fugiram.

Testemunhas chamaram por socorro e a primeira equipe a chegar foi um carro da própria PM. Os colegas levaram o poli­cial ferido até o pronto-socor­ro do Hospital Municipal Nardini, onde o PM chegou a ser so­corrido, mas não resistiu aos fe­rimentos.

O nome do policial não foi informado pela SSP. Os poli­ciais não confirmaram se a ação foi filmada por câmeras do pos­to nem disseram se havia algu­ma pista sobre os acusados. / DANIEL TRIELLI, BRUNO RIBEIRO E TIAGO DANTAS

26 Jan 2013
ESTADÃO.COM.BR

PSDB distribui cargos para fragilizar palanques de Dilma pelos Estados 14

26/01/201304h00

NATUZA NERY DE BRASÍLIA

O comando do PSDB já colocou em curso uma silenciosa operação para tentar desidratar o palanque de Dilma Rousseff em 2014.

Governadores tucanos têm assediado partidos da base federal com promessas de cargos e ampliação de espaço nas administrações locais.

No Paraná, PSC, PP e PMDB vêm sendo contemplados com secretarias. Em São Paulo, Geraldo Alckmin negocia com PP, PRB e até PMDB, parceiro de Dilma.

A estratégia se repete em outros Estados liderados pela sigla oposicionista, como Minas Gerais, Alagoas, Goiás, Roraima e Pará.

O CANTO DOS TUCANOS
Aécio Neves: O senador, atualmente o mais provável candidato tucano à Presidência da República, é o pai da operação. Hoje, corteja PDT, PTB, PSB e PV
Geraldo Alckmin:O governador de São Paulo oferece espaço ao PP de Paulo Maluf e a Celso Russomanno (PRB), candidato a prefeito derrotado na capital paulista

No mapa tático há um objetivo não declarado: chegar ao segundo trimestre do ano eleitoral com canais suficientes para multiplicar ao máximo o número da candidaturas presidenciais, roubar para si aliados hoje na órbita federal e, onde isso não for possível, obter desses partidos o compromisso de não apoiar nem PSDB nem PT na corrida nacional.

Quanto mais postulantes houver, maiores as chances de segundo turno, e quanto mais partidos deixarem a coalizão federal, menos tempo de TV terá a petista.

Dilma, aliás, que fez sua primeira campanha eleitoral com um grande arco de alianças em 2010, pode não repetir a façanha de um palanque tão vasto em 2014.

QUANTIDADE

O PSDB torce por um múltiplo cardápio de candidatos: o governador Eduardo Campos (PSB-PE), a ex-ministra Marina Silva e os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Cristovam Buarque (PDT-DF) –além de, claro, o tucano Aécio Neves (MG).

O próprio Planalto já detectou a operação dedicada a “quebrar” o palanque da presidente. As costuras de Aécio entraram no radar do Palácio quando o senador passou a estreitar laços com o presidente do PDT, Carlos Lupi. Este, aliás, defende que sua sigla lance um nome próprio na disputa do ano que vem.

Segundo a Folha apurou, os tucanos iniciam 2013 dispostos a estruturar as bases da campanha presidencial do senador mineiro.

A partir de fevereiro, passarão a fazer pesquisas periódicas de opinião para montar a narrativa eleitoral.

E já iniciaram as buscas por um “João Santana tucano”, em referência ao marqueteiro do PT, vitorioso nas últimas três eleições presidenciais.

No comando dessa operação para desidratar o palanque petista está o próprio Aécio. Até agora submerso, ele tem liderado o assédio à base da presidente recomendando calma aos tucanos mais ansiosos.

Diz isso citando o avô Tancredo Neves: “As pessoas só se movem da base no momento em que o poder futuro é mais atraente que o poder presente”.

Colaborou CATIA SEABRA, de Brasília