João Alkimin: POLÍCIA E POLÍTICA OU POLÍTICA E POLÍCIA 13

Estranho o publicado entre outros pelo próprio jornal Flit Paralisante mostrando as faixas de apoio ao novo Delegado Diretor do DEINTER VI, demonstrando a felicidade de alguns políticos com a troca de Diretor.

Em primeiro lugar afirmo que é estranho pois políticos não devem ficar alegres ou tristes com nomeações, pois isso faz parte da rotina da Polícia Civil, tendo em vista que o Delegado de Polícia não tem a inamovibilidade. Santos não teria nenhum deputado que também pudesse se regozijar, porque somente o deputado Capez. ? A mim isso preocupa, pois sou velho e de uma época que a Polícia tinha donos e posso inclusive citar alguns, por exemplo, o ex-deputado Ary Kara José conhecido inclusive por Governador do Vale e isso foi dito pelo então secretário Michel Temer em uma solenidade em que eu me encontrava presente, depois o deputado Campos Machado que exerceu influência durante muitos anos na segurança pública.

Portanto, a faixa do deputado Capez inclusive em um prédio da secretaria da segurança causa mal estar, polícia e política nunca deveriam andar juntas, mas infelizmente não é o que ocorre. Política serve para demitir Policiais, haja vista o caso emblemático do Dr. Conde Guerra, segundo alguns quando cito o Delegado Conde Guerra o texto perde confiabilidade, mas tenho certeza que é uma minoria que acha isso e isso a mim não afeta. Mas continuando, política serve para promover Delegados, para derrubar Delegados, para dar-lhes Diretorias, Seccionais, titularidade de distritos importantes. Isso é correto? Isso é justo? Isso é moral?

Obviamente a resposta é não, pois não existe almoço grátis. Se alguém recebe um favor com certeza mais dia menos dia terá que pagá-lo e quantos terão a coragem de fazer como o Ministro Celso de Mello que quando recebeu um pedido de quem o havia indicado, para o cargo de Ministro, responde: ” NÃO SE PAGA FAVOR COM A TOGA”. Portanto, volto a repetir essa ingerência espúria causa mal estar e desconfiança.

Basta ver o ocorrido com o delegado João Roque de Mogi das Cruzes, ou com o Delegado Massilon, quero deixar claro aqui que não faço a defesa de nenhum dos dois, pois nãos os conheço, mas sim a maneira deselegante com que foram tratados e volto a dizer hoje foi com esses e com muitos outros que não vieram a público, amanha com quem será. Entendo, que isso ocorre na Polícia Civil há muitos anos, basta lembrar o caso do Dr. Abrahão José Kfoury que ao deixar a delegacia geral teve a palavra de seus pares que ninguém assumiria aquela cadeira e nem havia ainda saído do prédio quando outro Delegado assumiu o posto, portanto um dos motivos que leva a Polícia Civil a se encontrar no estado que se encontra é a vaidade de alguns, a covardia de outros e a desunião de uma maioria.

A Polícia Civil e me perdoe o Dr. Blazeck esta se tornando midiática, pois embora não seja nenhum especialista em segurança pública, burro também não sou. A última operação da Polícia Civil iniciando-se as 5:15 da tarde com um jornalista anunciando a operação e o local desde as cinco

estava fadada desde o início ao fracasso. Sempre ouvi de policias experientes, e me refiro a operacionais, que quando se quer prender marginais se faz na madrugada e se for o caso depois se chama a imprensa para mostrar o resultado de uma operação bem sucedida.

Mas se esses forem os rumos tomados pela Polícia Civil visando apenas o impacto junto a imprensa já estou preocupado, assim como me preocupa volto a afirmar a relação umbilical entre Polícia e Política. Inúmeros policiais estão insatisfeitos, ganham um salário de fome e a Assembleia Legislativa estava se preparando para trocar todos seus automóveis ao custo de alguns milhões de reais e saliente-se que alguns não tinham sequer duzentos quilômetros rodados. Por derradeiro, gostaria de saber como se sentem os deputados com base eleitoral em Santos, Mogi das Cruzes e Carapicuíba, pois não vi nenhum deles afixar faixas elogiando as trocas.

Espero que os atuais Diretores e Seccionais de Polícia que assumiram agora os cargos, deem combate real e efetivo a criminalidade a começar por máquinas caça níqueis para que não se repita aquele triste dia em que inúmeros maquineiros se reuniram na churrascaria Angélica Grill para festejar a eleição de um amigo, pois até que seja mudado exploração de máquina caça níquel é crime e tolerância é prevaricação.

João Alkimin

João Alkimin é radialista – http://www.showtimeradio.com.br/

Aqui tem afogado se segurando em palito de fósforo…( Filho do jornalista João Leite Neto protagoniza intriga na Polícia Civil de Guarujá ) 29

Queda de braço na  Polícia Civil de Guarujá

Filho do jornalista João Leite Neto vira protagonista de disputa interna.

por Carlos Ratton

        Atualizado em 25 de janeiro de 2013 às 14h54

Uma simples prisão por não pagamento de pensão alimentícia acabou expondo uma história de bastidores surpreendente, dando conta de uma disputa acirrada pelo comando da Polícia Civil em Guarujá, cidade já reconhecida na região e no estado por diferenças políticas que, comprovadamente, tiraram a vida de parlamentares e funcionários públicos.
O protagonista da trama é o autônomo Luiz Americano Leite Neto, filho do ex-deputado estadual e jornalista João Leite Neto, que trabalhou no popularesco ‘Aqui Agora’, do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), na década de 1990. Atualmente, João Leite Neto trabalha num programa semelhante em Guarujá.
Já os coadjuvantes são o atual delegado titular do Município, Cláudio Rossi, e o delegado plantonista Marco Antônio do Couto Perez que, conforme apurado extraoficialmente pela reportagem, junto com Luiz Americano, estaria articulando, por intermédio de uma espécie de tráfico de influência, a transferência de Rossi, com objetivo de ocupar seu lugar na Pérola do Atlântico.

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Delegacia sede –  Clima é de instabilidade. (Foto: Luiz Torres/ DL)

Conforme levantado com fontes ligadas à polícia, Couto Perez teria amizade com a família de Leite Neto, que exerce forte influência na Polícia Civil de São Paulo. Rossi teria descoberto a ação de ambos e, ao levantar os antecedentes de Luiz Americano, descobriu que ele estaria pelos menos há seis meses com um pedido de prisão decretada pelo juiz da 1ª Vara da Família do Tatuapé (Capital) por não pagamento de pensão.

Na última terça-feira, Rossi solicitou pessoalmente a captura de Luiz Americano, que transitava tranquilamente na Cidade. Os policiais militares o encontraram em um carro, próximo à Câmara de Vereadores, junto com um policial que, segundo informações, é da equipe de Couto Perez.
Ao anunciarem a prisão, Luiz Americano, para se livrar da situação, teria ligado para Couto Perez que seguiu para o local, causando tumulto nos arredores da Câmara, porém, sem êxito. Americano ficou  preso até ontem na Delegacia Sede de Guarujá, cujo clima não é dos bons entre o delegado titular e o plantonista.

Versão da Polícia
O DL tentou ouvir o delegado Cláudio Rossi, mas ele se negou a comentar o assunto, para não causar ainda mais instabilidade na polícia. Sequer explicou como um homem com pedido de prisão decretada estaria transitando por Guarujá com um policial que, no mínimo, teria obrigação de prendê-lo.
Por telefone, o delegado Marco Antonio do Couto Perez negou qualquer tipo de confronto com Rossi ou disputa na delegacia sede de Guarujá. Fez questão de enfatizar que o delegado titular é seu amigo e que tem inspirações de ascensão profissional, “mas nunca prejudicando um companheiro de profissão”.

Delegados

Couto Perez nega disputa por delegacia e Claudio Rossi, delegado titular, não se manifestou. (Foto: Arquivo/ DL)

Sobre o ocorrido em frente à Câmara, Couto Perez foi direto: “sou policial e jamais tentaria impedir a prisão de alguém. Conheço o pai do Americano (João Leite Neto) e minha participação foi no sentido de saber o que estava acontecendo e acalmar a família”, disse, concluindo que não sabia do mandado de prisão, pois os papéis nunca passaram por suas mãos.
A reportagem conseguiu localizar Luiz Americano, por volta das 18h30 de ontem. Ele já estava em sua casa, na Enseada. Segundo ele, o débito com relação à pensão alimentício estaria na casa dos R$ 9 mil e já foi pago. Sobre a situação delicada envolvendo os delegados, Americano enfatizou que é amigo de ambos e que nunca estaria articulando qualquer transferência.
“Não tenho poder para isso e, mesmo que tivesse, quero o bem da cidade. Jamais estimularia conflito entre os dois policiais, até porque ambos são meus amigos. Tanto sob o comando de Rossi, como de Marco Antônio Perez, a polícia está em boas mãos”, finalizou

http://www.diariodolitoral.com.br/conteudo/4086-queda-de-braco-na–policia-civil-de-guaruja

JoaoD6

Capitão do Mato: A ordem de serviço institui como critério de suspeição a cor ou raça. Isto é racismo, sim! 16

Enviado em 25/01/2013 as 12:43 | Flit Paralisante Em resposta a Alves Faria Dagoberto.

A ordem de serviço institui como critério de suspeição a cor ou raça. Isto é racismo, sim!

” … especialmente individuos da cor parda e negra com idade aparente de 18 a 25 anos, os quais sempre estão em grupos de 3 a 5 individuos na pratica de roubo a residência daquela localidade

O crime cometido exige apuração e penalização.

Aliás, o que o oficial diz em sua defesa, no presente caso , é irrelevante.

A instrução racista foi dada por escrito e o documento foi assinado.

O infrator melhor faria alegando que a assinatura dele foi falsificada.

LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989.

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

        Pena: reclusão de um a três anos e multa

No crime de racismo há a lesão do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana.

Morte e vida paulistana 12

Por Marilda Pansonato Pinheiro

A cidade de São Paulo, um dos maiores centros financeiros do mundo e pólo cultural do País, completa, nesta sexta-feira, o seu 459º aniversário sem motivos para assoprar as velas.

Nesta cidade, infelizmente, o cidadão não tem segurança para viver nem dignidade para morrer. A assertiva ganha respaldo nas últimas notícias veiculadas, em jornais de repercussão nacional, sobre o caos na Segurança Pública e, agora, com o recente escândalo no Instituto Médico Legal (IML) – órgão também subordinado à Secretaria de Segurança Pública.

O cenário é estarrecedor: além das poças de sangue, tufos de cabelo e dejetos de cadáveres espalhados pelo chão, corpos de homens e mulheres empilhados e marcados com caneta, o escoamento de sangue e secreções para o esgoto comum (aquele que deságua nos rios), nos deixou inconformados.

Essa foi a cena encontrada em um dos IMLs de São Paulo. Se fosse roteiro de um filme de terror a sinopse seria: desrespeito aos mortos e insalubridade aos vivos. Estamos chocados. Neste caso é a morte trazendo risco à vida. Nós Delegados sentimos um misto de revolta e tristeza diante da falta de observação às normas básicas para preservação da dignidade dos mortos e também dos vivos que por ali transitam, como funcionários, agentes funerários, além de familiares.

E pensar que pode acontecer com qualquer um, já que a violência já não escolhe suas vítimas por classe social, idade e sexo. A perplexidade não pode nem deve ceder lugar às necessárias e urgentes providências, razão pela qual, nós, Delegados, não podemos assistir a esse filme de terror da vida real sem tomar as devidas medidas.

Por conta disso, pedido de Providência Administrativa e de Polícia Judiciária foram enviados pela entidade à Secretaria de Segurança Pública e à Delegacia Geral de Polícia, respectivamente, além de outras medidas tomadas pelo Jurídico da entidade.

O descortinar do problema também nos faz constatar que a criação da “Polícia Técnico Científica”, órgão criado exclusivamente no Estado de São Paulo, ao arrepio da lei, começou errado. E o que começa errado não tem como dar certo. Em 1871 Sir William Gladstone, Primeiro Ministro Britânico, já profetizava: “Mostre-me a maneira pela qual uma nação ou uma comunidade cuida de seus mortos, e eu mostrarei com exatidão matemática a ternura e simpatia deste povo, seu respeito pelas Leis de sua terra e sua lealdade para com os altos ideais”.

*Marilda Pansonato Pinheiro é presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.

Três policias que bebericavam na madruga foram emboscados por alguns colegas “ninjas” armados com calibre 12 11

12Policiais de folga são baleados na Zona Sul de SP

Vítimas foram levadas para pronto-socorro da Pedreira. Ninguém foi preso

24/01/2013 05h01– Atualizado em  24/01/2013 07h12

Três policiais militares de folga foram baleados no início da madrugada desta quinta-feira (24), no Jardim Consórcio, na região de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, de acordo com a Polícia Militar (PM).

Os policiais passeavam de moto quando dois criminosos se aproximaram e começaram a atirar sem nada dizer. Os policiais tentaram escapar e foram perseguidos, segundo a corporação. Eles, então, revidaram. Os PMs foram baleados na perna – um deles levou um tiro no pescoço.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/01/dois-policias-de-folga-sao-baleados-na-zona-sul-de-sp-diz-pm.html

As vítimas foram levadas para o pronto-socorro da Pedreira e não correm risco de morrer. Ninguém havia sido preso até as 5h.

O caso foi registrado no 98º Distrito Policial, no Jardim Miriam

Revolução de Março: A Força Pública de SP era considerada – pelo Exército – um covil de comunistas…( De 1964 a 1983 o Comando Geral era destinado a Coronéis verde-oliva ) 21

25/01/2013-05h00

Comissão da Verdade de SP quer rever brasão da Polícia Militar

DE SÃO PAULO

A Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo vai propor a revisão do brasão de armas da Polícia Militar paulista. Desde 1981, o símbolo presta homenagem ao golpe de Estado de 1964, que implantou a ditadura militar no país.

O brasão contém 18 estrelas que, segundo o site da PM, representam “marcos históricos da corporação”. De acordo com a página, a 18ª estrela é uma referência à “Revolução de Março”. O termo “revolução” é usado por militares que negam que houve uma ditadura no país de 1964 a 1985.

Em janeiro de 2012, a Folha noticiou que os sites da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e da PM tratavam o golpe como “Revolução de Março”. A pasta retirou a expressão no mesmo dia; a PM a manteve.

“A Comissão da Verdade pretende sugerir a revisão e análise do significado dessas estrelas”, disse o deputado Adriano Diogo (PT), presidente do colegiado paulista. Segundo ele, os caminhos formais para sugerir uma revisão no símbolo ainda serão discutidos com os integrantes da comissão.

Criado em 1958 pelo então governador Jânio Quadros, o brasão de armas da PM foi alterado em 1981, na gestão de Paulo Maluf, que acrescentou a 17ª e a 18ª estrelas.

Além do golpe de 1964, estão representados no brasão outras ações repressivas realizadas pelas Forças Armadas em episódios controversos, como a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), que devastou o país vizinho, e a revolta de Canudos (1897) no sertão baiano, que dizimou todos os participantes do movimento.

Há ainda estrelas em homenagem às repressões à Revolta da Chibata (1910) e ao levante dos 18 do Forte de Copacabana (1922).

Procurada, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que não comentaria o assunto por se tratar de um tema “de natureza política”. (PATRÍCIA BRITTO)

Editoria de Arte/Folhapress


http://www1.folha.uol.com.br/poder/1220285-comissao-da-verdade-de-sp-quer-rever-brasao-da-policia-militar.shtml

Advocacia Sandoval Filho: Ação judicial do ALE – Adicional de Local de Exercício tem sua tese reforçada por Projeto de Lei apresentado por Governador 33

São Paulo
Ter, 22 de Janeiro de 2013 16:31
Os policiais militares, civis, técnicos científicos da Secretaria de Segurança Pública e agentes de escolta e segurança da Secretaria de Administração Penitenciária terão o Adicional de Local de Exercício (ALE) incorporado ao salário. Isso é o que está previsto no Projeto de Lei encaminhado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no dia 20 de janeiro. Com a alteração, esses servidores têm um aumento no salário-base. Em 1º de março de 2014, quando a medida está prevista para entrar em vigor, a porcentagem referente a 2014 já deve ser adiantada e incorporada aos salários. Metade do benefício será incorporada ao salário-base. Os outros 50% farão parte do Regime Especial de Trabalho Policial (RETP).O governador explicou que, em 2010, quando a incorporação do ALE foi estabelecida, o processo deveria levar cinco anos, sendo incorporados 20% ao ano. “Nessa de 2014, nós estamos antecipando para 2013”, disse Alckmin. Além disso, o valor da incorporação terá como referência o ALE II – gratificação mais alta para os servidores da segurança – tanto para policiais que já recebiam este benefício quanto para aqueles que desfrutavam do ALE I.
Os servidores que não têm o ALE incorporado ao salário podem entrar com ação judicial para fazê-lo, conforme artigo da advogada Ana Flávia Magno Sandoval, sócia da Advocacia Sandoval Filho.

Ação judicial do ALE – Adicional de Local de Exercício tem sua tese reforçada por Projeto de Lei apresentado por Governador

A iniciativa do Governador Geraldo Alckmin reforça a tese da ação judicial oferecida aos servidores aposentados e pensionistas de Agentes Penitenciários, Policiais Civis e Policiais Militares que não recebem o ALE – Adicional de Local de Exercício, e que têm este direito, nos termos do artigo 40, § 8º, da Constituição Federal.
Da mesma forma, dá mais força ao pedido dos servidores ativos, inativos e pensionistas dos ocupantes de cargos de Agente Penitenciários, Policiais Civis e Policiais Militares, para que o valor pago a título de ALE – Adicional de Local de exercício, seja totalmente incorporado aos vencimentos, proventos e pensões com os respectivos reflexos no RETP – Regime Especial por Trabalho Policial, Sexta-parte e Adicional por tempo de serviço.
O Projeto de Lei apresentado pelo Governador prevê a incorporação de 50% do ALE, no entanto, tendo em vista o caráter genérico da gratificação, ela deve ser integralmente incorporada aos vencimentos, proventos e pensões, e paga a todos os servidores ocupantes dos cargos de Agentes Penitenciários, Policiais Civis e Policiais Militares, sejam ativos, inativos ou pensionistas.
Ana Flávia Magno Sandoval OAB/SP nº 305.258
Exerça seu direito clicando aqui, escolhendo Secretaria da Administração Penitenciária, Secretaria da Segurança Pública – Polícia Civil ou Secretaria da Segurança Pública – Polícia Militar e a ação correspondente.

Com informações da assessoria do deputado Rafael Silva

 

Rua Dona Maria Paula, 123  20º andar – cep 01319-001  São Paulo – SP | tel + 55 11 3638 9800 | fax +55 11 3638 9812  Advocacia Sandoval Filho. .

‘Deslize de comunicação’ – Alckmin continua passando a mão na cabeça da PM; em 2014 serão eleitos três novos deputados estaduais pela PM ( votos dos loiros ) e um novo governador pelo PT ( votos dos escurinhos ) 18

Após polêmica, Alckmin diz que PM poderia descrever suspeito loiro

Agência Estado Em São Paulo

Para Alckmin, ordem de abordar negros e pardos não foi racista

Orientação foi dada em dezembro, por capitão da PM em Campinas; para governador, foi só uma descrição de suspeitos

25 de janeiro de 2013 | 2h 06
CAIO DO VALLE – O Estado de S.Paulo

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu a Polícia Militar da acusação de racismo após um comandante determinar a abordagem de jovens de “cor parda e negra” em Campinas, no interior paulista. A ordem, em dezembro de 2012, foi dada pelo capitão Ubiratan Beneducci, comandante da 2.ª Companhia do 8.º Batalhão após assaltos no bairro Taquaral.

Um comandante da Polícia Militar em Campinas, no interior do Estado de São Paulo, determinou, em uma ordem assinada em dezembro de 2012, que seus agentes abordassem jovens de “cor parda e negra” em rondas na região de Taquaral.

A medida, divulgada na quarta-feira (23) pelo jornal Diário de São Paulo, provocou polêmica devido à discriminação da cor das pessoas suspeitas de assaltos naquela área.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se manifestou sobre o assunto nesta quinta-feira.

Para ele, o caso não indica racismo, por se tratar apenas da caracterização física de um grupo específico de supostos criminosos e que, se fosse o caso, ela poderia indicar um suspeito loiro ou asiático.

“O que houve foi um assalto ocorrido num bairro. Você tem um suspeito feito pelas características. É como se dizer: ‘Olha, teve um assalto aqui e o suspeito é um loiro, uma pessoa loira. Ou o suspeito é uma pessoa japonesa, asiática’. Enfim, o suspeito era uma pessoa de cor parda”, disse Alckmin.

“Mas [esse foi] um caso específico, onde havia um suspeito. Não há nenhuma forma de discriminação”, ressaltou o governador, acrescentando que, se fosse constatado preconceito, “a punição seria rigorosíssima”.

Representantes de entidades de direitos humanos, como a Educafro, enxergam discriminação na medida.

A entidade entregou na quarta-feira (23) à Secretaria da Segurança Pública uma carta em que cobra explicações sobre a ordem emitida pelo capitão Ubiratan Beneducci, comandante da 2ª Companhia do 8º Batalhão da PM em Campinas.

Segundo o porta-voz da PM em São Paulo, o capitão Eder Antonio de Araújo, as características citadas na ordem do comando foram baseadas em uma carta enviada por moradores da região, que descreviam um grupo que praticava roubos a residências naquelas imediações.
“A forma como foi colocada a ordem de serviço, ela generaliza. Ela não tem uma ação específica”, disse Edna Almeida Lourenço, integrante do movimento negro e fundadora da entidade Força da Raça Campinas. Na avaliação dela, a mensagem deveria informar, também, outras características dos suspeitos.

‘Deslize de comunicação’ Para Araújo, a mensagem não tem teor racista. Ele afirma que o caso pode ser considerado um “deslize de comunicação”. “O documento foi escrito de forma descuidada e com informações descontextualizadas. A partir do momento em que foi constatado, o caso foi imediatamente corrigido”, disse Araújo.

De acordo com o oficial de São Paulo, duas pessoas com as características descritas foram presas no período em que a patrulha foi intensificada. A PM informou que, inicialmente, não pretende punir o autor da mensagem e que não será aberta sindicância para apurar o caso.
No exterior Nos Estados Unidos há uma polêmica de casos de policiais que decidiram investigar pessoas por causa da etnia, raça ou religião. O ‘racial profiling’, como esse tipo de discriminação é chamado em inglês, tomou força após 2001 quando ocorreram os ataques terroristas no país e grupos específicos passaram a ser mais visados nas investigações. No mesmo ano, o ex-presidente George W. Bush chegou a se pronunciar contra a prática.

A Polícia Militar é motivo de medo; foi transformada em órgão higienizador e de extermínio 8

Moradores cobram Estado sobre chacinas e ação de grupos de extermínio em São Paulo

Bruno Bocchini Da Agência Brasil, em Brasília

Em audiência pública realizada nesta quinta-feira (24) no bairro do Capão Redondo, na Zona Sul da capital paulista, moradores cobraram providências do poder público para as recorrentes chacinas e a atuação de grupos de extermínio na periferia da cidade. No dia 4 de janeiro último, sete pessoas foram mortas em um crime no Capão Redondo.

Francisco José Carvalho Magalhães, pai do estudante Pedro Thiago de Souza Magalhães, executado no Campo Limpo – bairro vizinho do Capão Redondo – aos  20 anos por um grupo de extermínio em 14 de outubro de 2012, pediu apuração sobre o caso, ainda sem solução. “Ninguém sabe falar nada. Recolheram o corpo do local rapidamente e ninguém nunca me deu explicação. Cheguei na delegacia, o boletim de ocorrência já estava feito. Ele foi morto com armas exclusivas das Forças Armadas”, disse.

Magalhães diz que, em um domingo, seu filho, que cursava administração de empresas no Centro Universitário Anhanguera, em São Paulo, saiu de casa ao meio-dia para um fazer trabalho da faculdade. “Ele saiu de casa falando que ia pegar o pen drive. Quando deu três horas, me ligaram que ele tinha sido alvejado a bala”. Pedro foi morto com nove tiros, sete dados pelas costas. No boletim de ocorrência consta apenas que quatro pessoas desceram de um carro prata e dispararam contra o rapaz.

Depois da morte de Pedro, a região foi palco de uma chacina que deixou sete mortos no último dia 4. O crime, que ocorreu no Capão Redondo, está sendo investigada pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Corregedoria da Polícia Militar, órgão que apura desvios de conduta de membros da corporação.

A Secretaria de Segurança Pública descartou que uma das vítimas da chacina seria o cinegrafista amador que fez imagens de uma ação policial no mesmo bairro, ocorrida em novembro do ano passado e que resultou na morte de um servente de pedreiro. As imagens mostram que um policial militar dispara contra um homem mesmo depois de ele estar rendido.

“O que aconteceu lá foi uma retaliação aos trabalhadores. Todo mundo sabe que dentro da polícia existe um grupo de extermínio, isso aí está na cara, não tem mais como esconder de ninguém. Aquela gravação foi para a mídia, vieram dar o troco”, disse Doraci Mariano, presidente da Associação Joacris, presente na audiência.

“Hoje, a polícia é motivo de medo. As crianças veem um carro e já correm. Na verdade, eles [os policiais] acham que da ponte [que dá acesso da Marginal Pinheiros ao bairro do Campo Limpo] para cá todo mundo é bandido. A abordagem é diferente. É com arma na cabeça, o cara pára você e fala: você pensa que está onde, no Jardins? [bairro nobre de São Paulo]”, acrescenta Mariano.

Além das denúncias, os moradores pediram na audiência pública uma maior presença de políticas públicas na região, ligadas a cultura e a cidadania. “As reivindicações vão desde Bolsa Família para as vítimas da violência, que já estão passando necessidade, a trazer para cá os programas sociais de esporte, lazer e cultura para a garotada, para as pessoas que estão à margem, trazer projetos sociais que a gente não conhece”, disse Paulo Roberto Clemente da Silva, da organização não governamental Capão Cidadão.

Convidados a participar da audiência, o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sotilli, e o secretário municipal da Igualdade Racial, Netinho de Paula, estiveram presentes. “Viemos aqui para aprender com essa comunidade, valorizar o que ela tem a dizer, valorizar sua expressão política, social e cultural. Nós estamos nos abrindo para aprender”, disse Sotilli.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo disse que o secretário da pasta, Fernando Grella, iria se manifestar sobre as cobranças dos moradores em entrevista coletiva que seria realizada na noite desta quinta-feira (24).

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/01/24/moradores-cobram-estado-sobre-chacinas-e-acao-de-grupos-de-exterminio-em-sao-paulo.htm

Decretada a prisão temporária de seis policiais militares, cinco homens e uma mulher, suspeitos da chacina de sete “escurinhos” 10

24/01/2013 21h54 – Atualizado em 24/01/2013 22h30

Secretário diz que mais PMs podem estar envolvidos em chacina Seis policiais tiveram a prisão decretada pela Justiça nesta quinta-feira. Segundo Fernando Grella, PMs negaram envolvimento com as sete mortes. Marcelo Mora Do G1 São Paulo

DJLAH

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, disse que outros policiais militares podem estar envolvidos na chacina que deixou sete mortos no dia 4 de janeiro no bairro do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo.

Nesta quinta-feira (24), a Justiça decretou a prisão temporária de seis policiais militares, cinco homens e uma mulher, suspeitos de participar das mortes. Grella disse, em entrevista na sede da secretaria, no Centro de São Paulo, que as investigações e diligências vão continuar para tentar confirmar a eventual participação de outros policiais no crime e identificá-los.

Os seis PMs com prisão decretada vão responder por sete homicídios qualificado e por duas tentativas de homicídio, já que duas pessoas ficaram feridas na ação dos policiais.

Entre os mortos, está o DJ Lah. As vítimas estavam em um bar, na rua Reverendo Peixoto da Silva, a mesma onde quatro PMs foram filmados matando um servente de pedreiro, em novembro passado, quando foram atingidas. Segundo o secretário, os policiais negaram envolvimento no crime.

“Há relatos de testemunhas de que seriam até 14 policiais envolvidos na chacina, mas tudo isso será confirmado nas diligências”, disse Grella.

Os seis policiais militares, cinco homens e uma mulher, já cumpriam prisão administrativa por determinação da Corregedoria da PM. Foram presos o sargento Adriano Marcelo do Amaral, a cabo Patrícia Silva Santos e o soldado Carlos Roberto Alvarez, que estavam em um carro da Força Tática, dando apoio aos demais policiais, durante a suposta ação criminosa.

De acordo com o secretário, o tablet instalado no veículo ficou desligado por cerca de 54 minutos na data da chacina. Além deles, foi preso o soldado Anderson Francisco Siqueira, que, na função de armeiro do 37º batalhão naquela data, teria facilitado a saída de uma espingarda calibre 12 utilizada no crime. Os peritos constataram que o DJ Lah havia sido atingido no rosto pela coronha de uma arma pesada. A perícia comprovou que na coronha da espingarda havia sangue humano, mas o exame do DNA ainda não está pronto.

Secretário (centro) fala sobre a prisão de policiais (Foto: Marcelo Mora/G1)

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Na casa do soldado Fabio Ruiz Ferreira, outro PM preso, os corregedores e investigadores do DHPP encontraram toucas ninjas e placas frias dos carros utilizados nas ações.

Dois dias depois da chacina, o policial registrou o roubo de sua pistola .40, despertando a suspeita da Corregedoria. A arma não foi localizada até o momento. Por último, foi preso o soldado Gilberto Eric Rodrigues.

A perícia comprovou que ao menos três projéteis, sendo que dois deles foram encontrados em duas vítimas diferentes, partiram da pistola .40 dele. No local da chacina, os peritos recolheram três cápsulas de pistolas .40, 41 de pistolas 380 e cinco de espingarda calibre 12. “Além disso, outros estojos foram recolhidos por policiais militares, segundo testemunhas”, disse o secretário.

Para ele, todos estes indícios foram suficientes para justificar a prisão temporária dos policiais militares.  “Só foi possível chegar a esse primeiro passo graças ao trabalho conjugado da Corregedoria da PM, do DHPP e da Polícia Técnico-Científica.

Foi graças a essa união de forças que conseguimos colher elementos de provas robustas contra esses policiais. São exceções, obviamente. Todas as instituições têm problemas, mas o que é preciso é que não se jogue o problema para debaixo do tapete”, disse.

O que teria motivado a ação criminosa dos PMs ainda será mais investigado, segundo o secretário. “Parece que tem relação com outro crime que ocorreu bar em frente ao local da chacina dois  meses antes. Estamos empenhados em esclarecer todos estes detalhes”, afirmou.

Os policiais suspeitavam que teria sido o DJ Lah, como é conhecido o rapper Laércio Grimas, o responsável por filmar o servente de pedreiro sendo morto, o que acabou não se confirmando, posteriormente.

Orientação racista na PM-SP provoca indignação de grupo de Direitos Humanos 9

Direitos Humanos

Reprodução do documento publicado nesta quarta-feira 23 pelo jornal Diário de São Paulo

Reprodução do documento publicado nesta quarta-feira 23 pelo jornal Diário de São Paulo

Um documento com teor racista, assinado pelo capitão da Polícia Militar de São Paulo Ubiratan de Carvalho Góes Beneducci, veio à tona nesta quarta-feira 23 e gerou revolta de organizações de Direitos Humanos e de igualdade racial. O documento, divulgado pelo jornal Diário de São Paulo, orienta policias que trabalham no bairro Taquaral, região nobre de Campinas, a abordarem com rigor pessoas “em atitude suspeita, especialmente indivíduos de cor parda e negra”. Segundo o jornal, a determinação é adotada por policiais desde o dia 21 de dezembro do ano passado e é direcionada principalmente para jovens entre 18 e 25 anos, que estejam em grupos de três a cinco pessoas e tenham a pele escura.

Em carta, o diretor presidente da Educafro, frei David, pediu esclarecimentos sobre o caso para o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e ao secretário de Segurança Pública, Fernando Grella. “Nos assusta saber que ainda ocorrem casos de racismo dentro da polícia”, disse o frei David a CartaCapital.

Às 11 horas desta quarta-feira 23, o secretário-adjunto de Segurança Pública, Antonio Carlos Ponte, se reuniu com frei David para assegurar a apuração da denúncia e a convocação do Comando-Geral da PM para explicar se a orientação também é dada a outros comandos e batalhões.

Motivada pelo caso, a Educafro solicitou, durante a reunião, a divulgação dos dados étnicos das vítimas de abordagens policiais registradas como “resistência seguida de morte”. O pedido foi baseado na Lei da Transparência. O secretário-adjunto se comprometeu, segundo o diretor da Educafro, a apresentar os dados até o dia 15 de fevereiro.

Em relação a Campinas, a carta requisita os dados estatísticos sobre as abordagens com e sem mortes realizadas pelo Batalhão de Campinas, com o intuito de verificar se há, de fato, uma tradição racista dentro da unidade.

Resposta da Polícia Militar

O Comando da PM nega teor racista do documento e explica que a ordem do oficial foi motivada por uma carta de dois moradores do bairro, na qual eles descreviam os criminosos “com a cor da pele negra”.

Procurada pela reportagem, a assessoria da Polícia Militar disse que o documento apenas reproduziu as características presentes na carta dos moradores. “Houve uma falta de atenção na escrita do documento, mas isso não é um caso de preconceito”, explica o capitão Araújo, da assessoria de imprensa da PM. “O próprio capitão Beneducci é pardo e quis, no documento, apenas expor as características físicas dos suspeitos”, completa.

Leia a íntegra da carta, redigida por frei David, abaixo:

Para: Governador Dr. Geraldo Alckmin Cc para: SSP Dr. Fernando Grella

Acreditamos que neste novo Brasil que estamos construindo, que deseja ser modelo civilizatório para o mundo, especialmente a partir da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, nenhum governante opta por ser racista ou desumano haja vista a responsabilidade da garantia assegurada pelos Direitos Humanos, tão atual no reconhecimento dos crimes praticados quando da Ditadura no Brasil. A própria ONU mostra-se preocupada com a violência de vários países entre eles, o Brasil e decretou a década do Afrodescendente que vai de 2013 a 2023. No entanto, em vários setores da sociedade, especialmente órgãos públicos, vários fatos concretos deixam-nos preocupados, como por ex: cobramos do governo do Estado, na ocasião das primeiras ocorrências e até hoje o governo estadual não revelou quanto por cento das mortes pelos ataques do (PCC e da Polícia) foram de indivíduos negros.

Apesar dos protestos de boa parte da sociedade, poucas providências foram e são aplicadas para reeducar os funcionários públicos da segurança e de outros setores, autores isolados de atos discriminatórios ou vítimas do “Consciente Coletivo” que perpassa ao longo da história grande parte da corporação policial e da sociedade. O “embranquecimento” ocorre para nossa tristeza e decepção na formação de nossos policiais que inconscientemente passam a não se verem como negros e aplicam na abordagem as ordens lhes passadas ao abordarem o negro como ele. Esta falta de formação gera e faz perpetuar a “abordagem RACISTA de pressupor que o negro até que se prove em contrário é considerado um bandido, marginal!”

O novo fato, muito preocupante, refere-se à Ordem de Serviço nº 8 – BPMI – 822/20/12 da região de Campinas emitida pelo Capitão Ubiratan Beneducci, que segue anexo.

A ordem leva-nos a entender que se os policiais cruzarem de carro ou a pé, com um grupo de 3 a 5 brancos entre 18 e 25 anos, não desconfiem deles. Se forem pardos ou negros, abordem-nos imediatamente! Queremos que a Polícia se liberte da imagem do cidadão/ã Negro/a como sendo bandido/a. Quase 100% dos políticos processados e daqueles que aplicam Grandes Golpes financeiros contra a nação são indivíduos brancos. Para estes sim, a polícia deveria emitir alertas urgentes! Para nossa tristeza, neste caso são considerados inocentes até que se prove o contrário. A inversão de valores está no conceito de que são “autoridades” e não moram na periferia ou favelas.

Compreendemos que esta orientação e determinação não é governamental, mas este mesmo governo ao qual apelamos através deste ofício, pode combater com determinação e direito esta medida aplicada por este servidor policial, mal formado e não preparado para suas funções de comando.

Ao final, baseado na lei de transparência nº 12.527 de 18/11/2011, solicitamos ao governador Alckmin:

1) Que nos apresente os dados étnicos das vítimas de abordagens policiais, registradas como “resistência seguida de morte”, e quantos por cento são cidadãos/ãs brancos/as, indiodescendentes, negros/as ou orientais. 2) Apresente-nos o perfil étnico das vítimas dos ataques do PCC e da Polícia do ano de 2006 quando dos primeiros ataques. 3) Apresente-nos os dados estatísticos daquele batalhão de Campinas sobre abordagens (sem e com mortes), bem como, a percentagem de moradores negros e brancos da área desse batalhão. 4) Apresente-nos os dados estatísticos dos assassinatos de negros e brancos, no estado de São Paulo nos últimos 12 meses (janeiro de 2011 a janeiro de 2012), com perfil étnico, idade e classe econômica.

Sem mais, confiando em um retorno de nossas solicitações o mais breve possível,

Com a saudação franciscana de Paz e Bem! Frei David Santos

O oficial negro Airton Edno Ribeiro afirma que o racismo é uma das marcas da PM 8

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Para Major, Polícia Militar é racista 15

Enviado em 14/05/2011 as 16:13SERÁ FIM

Para Major, Polícia Militar é racista

As evidências dos abusos e da ação criminosa das polícias de São Paulo são tão flagrantes e se dão a tanto tempo que, infelizmente, há a uma tendência a naturalização. Por essa razão, causa surpresa que denúncias surjam da própria corporação. E foi justamente o que aconteceu quando da veiculação na grande mídia da dissertação de mestrado major da Polícia Militar de São Paulo, Airton Edno Ribeiro, Mestre em Educação das Relações Raciais e chefe da divisão de ensino do Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES), que fez o estudo sobre “A Relação da Polícia Militar Paulista com a Comunidade Negra e o Respeito à Dignidade Humana: a Questão da Abordagem Policial”

Ribeiro, com conhecimento de causa, traça um forte relato sobre como a questão é tratada no interior da PM:

“há um silêncio na Polícia Militar paulista sobre os problemas referentes à cor, à negritude e ao racismo, tanto na relação com a população afrodescendente, como dentro da própria Instituição, onde a presença negra sempre foi expressiva entre as praças”. – Fonte: O vermelho

Para o policial, características étnicas próprias e perfil socioeconômico e cultural diferenciados, dada a convivência com a pobreza, favorecem o surgimento de criminosos.

“É na realização diária da atividade de polícia ostensiva que se manifesta a individualização dos pensamentos do policial e de seus preceitos humanos, ou seja, estando o policial de serviço na viatura, sozinho ou com um companheiro, ele escolhe diretamente a pessoa a ser abordada ou influencia o outro policial a abordar. E nesse contexto a escolha da pessoa a ser abordada recai sobre o negro em qualquer situação, em sutilezas que tomam conta das condutas dos policiais no exercício do policiamento”. Fonte: O vermelho

Em recente palestra proferida em São Paulo, o Major falou também sobre a percepção do policial que faz a revista. De acordo com essa percepção “o destino do negro é ser abordado”; “quem coopera não apanha”, “o policial negro não se sente negro”; “e negros esclarecidos irritam a Polícia”.

Da impunidade: de Robson à Flavio

A impunidade aos atos de violência policial é histórica no Estado de São Paulo.

Em 1978, o trabalhador Robson Silveira da Luz, foi preso e torturado no 44º distrito policial de Guaianazes, sob a responsabilidade do delegado Alberto Abdalla, que foi condenado pelo ato, mas até hoje não passou um único dia na prisão, pelo crime cometido.

Os Policiais Militares que mataram o dentista Flavio Santana, em 2002, foram condenados, presos e logo libertados.

Agora os casos de tortura e morte dos motoboys – Eduardo Pinheiro dos Santos e Alexandre Santos nos apontam ações cada vez mais ousadas, fruto da impunidade que acompanha as ações de violência policial no estado de São Paulo.

Foram vítimas de tortura, com Alexandre sendo enforcado diante da mãe. Os policiais militares agiram com requinte psicopático.

Há de se dar fim à impunidade da violência policial, sob pena de esta violência ganhar dimensões cada vez mais bárbaras.” http://www.uneafrobrasil.org

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Racismo nas abordagens é marca da PM, diz major negro

terça-feira, junho 1, 2010

Na contramão do comandante da PM paulista, coronel Álvaro Camilo, que nos casos dos assassinatos dos dois motoboys negros, negou a existência de racismo na institutição, o major negro Airton Edno Ribeiro, chefe da divisão de ensino do Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES), afirma que o racismo é uma das marcas da corporação.

“É preciso dar ênfase no respeito à dignidade humana dos negros nas abordagens, o que exige mudança do modelo conceitual de gestão educacional”, acrescentou, em entrevista aos repórteres Luciano Cavenagui e Tahiane Stochero, do Diário de S. Paulo. O major está, no momento, em Madri, Espanha, fazendo curso de especialização.

Racismo na PM

Para fundamentar a afirmação citou a dissertação de mestrado que tem como título “A Relação da Polícia Militar Paulista com a Comunidade Negra e o Respeito à Dignidade Humana: a Questão da Abordagem Policial”, apresentada por ele no final de 2009 na Universidade Federal de S. Carlos.

Na tese defendida por ele, de 129 páginas, pela qual ganhou o título de Mestre em Educação das Relações Raciais, o major menciona diversos livros sobre o tema, pesquisas de institutos e levantamentos feitos por iniciativa própria. Foram ouvidos 50 cabos e soldados, que admitiram que, antes de entrarem na PM, achavam que havia preconceito contra negros. Depois de ingressarem não achavam mais: tinham certeza.

As famílias dos dois motoboys assassinados – um dos quais, Alexandre Menezes dos Santos, na frente da própria mãe, e outro, Eduardo Luiz Pinheiro dos Santos, sob tortura no Quartel da Companhia da PM na Zona Norte – disseram que, na violência que resultou nas mortes, a condição racial de ambos foi determinante.

Cultura racista

Segundo o major Edno, o preconceito existente na corporação está ligado a cultura organizacional. “Não foram poucos os relatos dos participantes da pesquisa sobre a herança histórica de perseguição aos negros pela polícia”, disse .

O oficial, que já havia revelado os dados do estudo no Congresso de Advogados Afro-Brasileiros promovido pela OAB/SP, em julho do ano passado, lembrou a pesquisa de caráter nacional “Discriminação racial e preconceito de cor no Brasil”, realizada em 2003 pela Fundação Perseu Abramo. Na pesquisa 51% dos negros declararam que já sofreram discriminação da polícia, percentual que cai para 15% quando a mesma pergunta foi feita aos brancos.

Os dados e o estudo do major foram objeto de matéria da Afropress de 04 de julho do ano passado e agora são abordados por veículos da grande mídia.

Dos negros vítimas de preconceito, 78% disseram que foram discriminados por policiais brancos. Foram ouvidas 5.003 pessoas com 16 anos ou mais em 266 municípios. As entrevistas foram feitas nas residências dos consultados, com duração média de 60 minutos.

A violência e racismo também aparecem relacionados no Mapa da Violência 2010, em que são analisados os homicídios entre 1997 e 2007. O estudo indica que um negro tem 107,6% mais chances de morrer assassinado do que uma pessoa branca.

Em S. Paulo, levantamento do Departamento Penitenciário Nacional, feito em dezembro de 2009, mostra que os negros representam 50,46% da população carcerária

” Vamos propor que o brasão da PM tenha uma 19ª estrela, em homenagem ao Pinheirinho” 12

PM de São Paulo homenageia golpe de 1964 em símbolo da corporação

O brasão de armas da Polícia Militar é composto por um escudo com 18 estrelas prateadas que representam ‘marcos históricos da corporação’

Ricardo Galhardo– iG São Paulo |                   23/01/2013 07:00:00– Atualizada às  23/01/2013 17:27:06

A Polícia Militar de São Paulo ostenta desde 1981, quando o Brasil já caminhava para a redemocratização, uma homenagem ao golpe de 1964 que derrubou o presidente João Goulart e mergulhou o País em duas décadas de ditadura militar.

O brasão de armas da PM é composto por um escudo com 18 estrelas prateadas que representam “marcos históricos da corporação”. Segundo o site da PM, a 18ª estrela é uma homenagem à “revolução de março” de 1964, nome pelo qual simpatizantes da ditadura chamam até hoje o golpe que derrubou Goulart.

 

Agência Estado

Brasão da Polícia Militar de São Paulo presta homenagem ao golpe de 1964 e à repressão de manifestações populares

 

Conforme o deputado Adriano Diogo (PT-SP), presidente da               Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, um dos objetivos da comissão é fazer a revisão dos nomes de espaços públicos batizados em homenagem a personagens ou acontecimentos ligados aos regimes autoritários. E o brasão da PM está na mira.

“Casos como o do brasão da PM fazem parte do escopo da comissão”, disse o deputado.

O brasão foi criado em 1958 pelo então governador Jânio Quadros. Na época o símbolo tinha apenas 16 estrelas. Em 1981, no governo de Paulo Maluf, um decreto incluiu outras duas estrelas em homenagem à 2ª Guerra Mundial e à “revolução” de 1964.

Além do golpe militar, as estrelas representam outros casos controversos nos quais a polícia reprimiu com violência manifestações populares. Alguns episódios foram registrados no site da PM por meio de eufemismos.

É o caso da Revolta da Chibata, nominada no site da PM como “revolta do marinheiro João Cândido”. Cândido, também conhecido como o “Almirante Negro”, liderou em 1910 o motim de dois mil homens da Marinha em protesto contra os baixos soldos, condições degradantes (eles recebiam alimentos estragados) e os castigos remanescentes da escravatura que deram nome à rebelião.

 

Reprodução

Site da PM de SP lista os 18 ‘marcos históricos’ que fazem parte do brasão de armas

 

Os revoltosos tomaram embarcações de guerra e voltaram seus canhões contra o Rio de Janeiro, na época a capital federal. Acuado, o governo aceitou as reivindicações mas três dias depois rompeu o acordo, afastou amotinados, puniu os líderes e mandou Cândido e outros 17 homens para um calabouço na Ilha das Cabras, de onde só dois saíram vivos.

Segundo o major Hélio Tenório dos Santos, membro emérito da Academia Brasileira de História Militar, o papel da PM de São Paulo no episódio foi tomar o porto de Santos para impedir o possível desembarque dos amotinados no litoral paulista.

Outras estrelas celebram as guerras do Paraguai (1865 a 1870), e Canudos (1897), o episódio conhecido como “Os 18 do Forte de Copacabana”, as revoluções de 1924, 1930 e 1932, a repressão à Intentona Comunista em 1935 e o apoio ao golpe que instituiu o Estado Novo em 1937 –nominados como “movimentos extremistas”– quando a PM atuou para evitar enfrentamentos entre comunistas e integralistas.

Greve dos operários de 1917

Um episódio especialmente polêmico que mereceu estrela no brasão da PM é a greve dos operários de 1917, considerada a primeira manifestação organizada da esquerda no Brasil e gênese do movimento sindical brasileiro.

Segundo a maioria dos historiadores a ação truculenta da polícia foi fundamental para que diversas manifestações isoladas de operários, na maioria anarquistas espanhóis e italianos, se transformassem na maior greve vista até então no Brasil.

 

Reprodução

Funeral de José Martinez, estopim da greve de 1917

 

O estopim da greve geral foi o assassinato do sapateiro espanhol José Martinez, de 21 anos, pelas tropas estaduais. A morte de Martinez provocou a união dos trabalhadores descontentes e criou o clima propício para a greve que mobilizou mais de 70 mil trabalhadores, parou São Paulo, se espalhou para o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e obrigou as autoridades municipais e estaduais a deixarem a cidade até o final do movimento por falta de garantias de segurança (da própria PM).

Fotos e relatos da época mostram a truculência da polícia contra os trabalhadores que pediam aumentos salariais, o fim da exploração da mão-de-obra infantil e feminina e o direito de organização sindical.

Segundo o major Hélio, o episódio foi registrado no brasão da PM devido a uma exceção. “É uma das passagens mais bonitas da história da PM”, disse o major.

Segundo ele, o então capitão Miguel Costa recebera ordens para dispersar um piquete. Ao chegar ao local ouviu um operário gritar: “Morra”!

“O capitão apeou do cavalo, foi falar com os manifestantes para saber o porque daquele ódio todo e foi recebido pelos líderes grevistas, que fizeram um relato das humilhações às quais eram submetidos nas fábricas”, disse o major.

Comovido com a situação dos trabalhadores, o capitão teria se dirigido ao dono da fábrica e o convencido a aceitar as reivindicações. “Foi a primeira intermediação entre grevistas e patrões no Brasil e foi feita por um policial”, disse o major.

Golpe x “revolução”

Ao justificar a homenagem ao golpe militar de 1964, ele usou uma versão contestada pela maioria absoluta dos estudiosos da época. “Havia escândalos de corrupção no governo Jango, o plano econômico fracassou e dois veio a radicalização com as reformas de base. O povo brasileiro revolveu dar um basta. A PM de São Paulo ficaria contra? Não”, disse o major Hélio.

Na verdade, as manifestações populares contra Goulart se resumiram a duas passeatas organizadas por mulheres católicas em São Paulo e Recife.

“A PM de São Paulo não tem nada a ver com política. Esse negócio de tortura não foi a polícia que fez. O DOI-Codi era responsável por isso”, justificou.

A reportagem do              iG questionou: a polícia atuou com violência nas manifestações contra a ditadura, deu suporte às ações de repressão e vários homens do DOPS e da Operação Bandeirante eram egressos da PM.

O major respondeu: “não adianta julgar com os olhos de hoje fatos ocorridos 50 anos atrás. Para a época aquilo era aceitável. Era o homem da época. Além disso, muitos policiais militares foram mortos pelos esquerdistas. Este é o real motivo da estrela no brasão”.

De acordo com o major Hélio, o critério usado para as estrelas do brasão é a escolha de fatos de relevância estadual ou nacional nos quais a PM teve participação.

O deputado Diogo, presidente da Comissão da Verdade paulista, usou a ironia para dizer que a PM continua usando a truculência contra movimentos populares até hoje, passados 49 anos do golpe militar que derrubou Goulart.

“Vamos propor que o brasão da PM tenha uma 19ª estrela,               em homenagem ao Pinheirinho”, disse o deputado petista, em referência ao episódio em que dois mil policiais expulsaram com violência as 1.600 famílias que ocupavam um terreno em São José dos Campos, um ano atrás.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-01-23/pm-de-sao-paulo-homenageia-golpe-de-1964-em-simbolo-da-corporacao.html