SIPESP é recebido pelo Secretário de Segurança Pública 40

Enviado em 22/01/2013 as 17:36 – ROD RICK

Na tarde de ontem, 21/01/2013, o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto, foi recebido pelo Secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

A reunião foi muito importante para que o Secretário tomasse conhecimento das principais reivindicações da categoria.

O Secretário, por sua vez, teve a oportunidade de expor os seus planos para a Segurança Pública, especialmente para a Polícia Civil.

O presidente do SIPESP, ressaltou a importância da valorização das carreiras de Investigador e Escrivão de Polícia, levando em consideração o nível superior conquistado em 2008, além da valorização das demais carreiras da Polícia Civil, que há vários anos está esquecida.

A defasagem de pessoal também foi outra questão lembrada na reunião, especialmente no interior do Estado, fato que sobrecarrega as escalas de serviços, gera desvio de funções e compromete todo o serviço policial.

O presidente do SIPESP solicitou que eventuais melhorias nas carreiras também sejam estendidas aos aposentados e pensionistas.

O Secretário reconheceu os problemas apresentados e esclareceu que trabalha pela melhoria de todo o quadro de Segurança Pública do Estado de São Paulo, de forma igualitária, sem qualquer distinção entre as carreiras, lembrando que a futura incorporação do ALE nos salários dos policiais é a principal prova disso.

O presidente do SIPESP lembrou que a incorporação do ALE é um avanço, mas ainda é muito tímida perto das reais necessidades dos nossos servidores, que estão amplamente descontentes, devido as perdas salariais ao longo dos anos e as precárias condições de trabalho.

Por fim, o presidente do SIPESP solicitou que as entidades representativas de classe participem mais das futuras discussões sobre melhorias e protocolou um ofício com uma síntese das reivindicações, que já foram exaustivamente encaminhadas para a Administração Pública.

O Secretário finalizou a reunião, informando que sabe das necessidades da Polícia Civil e demais carreiras da Segurança Pública, sendo certo que se empenhará para que as melhorias reivindicadas sejam efetivadas.

A Diretoria

Como fazer inimigos e afastar pessoas: DIGA SEMPRE A VERDADE! 46

Delegado é exonerado no Rio após fazer críticas a policiais mulheres nas redes sociais

Felipe Martins Do UOL, no Rio de Janeiro

22/01/201306h32

  • Reprodução/TwitterComentário feito pelo delegado Pedro Paulo Pontes Pinho no Twitter causou polêmica. Ele acabou sendo exonerado do cargo de titular da 9ª DP do Rio de JaneiroComentário feito pelo delegado Pedro Paulo Pontes Pinho no Twitter causou polêmica. Ele acabou sendo exonerado do cargo de titular da 9ª DP do Rio de Janeiro

Críticas a colegas de trabalho, particularmente mulheres, derrubaram na noite desta segunda-feira (21) o delegado Pedro Paulo Pontes Pinho, titular da delegacia do bairro do Catete (9ª DP), na zona sul do Rio de Janeiro.

Em sua conta no Twitter, Pinho postou a seguinte mensagem: “tenho 14 mulheres no meu efetivo, mas apenas uma, uma apenas, reúne talento, coragem e disposição pra encarar a atividade policial”. Essas e outras declarações levaram a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, a destituir o delegado de sua função.

As declarações do delegado ganharam repercussão após publicação de reportagem no site da revista “Veja”. Segundo a reportagem, “Pinho, no mínimo, considera que mulheres não têm a mesma aptidão que os homens para o trabalho policial”.

Por meio de nota, a chefe da Polícia Civil afirmou que decidiu exonerar Pinho da distrital por considerar que “o delegado tem dificuldades em gerir os recursos humanos que lhes são disponíveis”. Martha Rocha designou a delegada Monique Vidal, ex-titular da 12ª DP (Copacabana), como nova titular.  A nota informa ainda que a delegada foi escolhida para ocupar a 9ª DP “considerando sua trajetória como mulher policial”.

O delegado Pedro Paulo Pinho vai para o Centro Integrado de Investigação Criminal, considerada a ‘geladeira’ da Polícia Civil.

A chefe da Polícia Civil determinou ainda que a Corregedoria Interna de Polícia Civil (Coinpol) examine os posts do delegado Pedro Paulo Pontes Pinho em seu Twitter durante seu horário de trabalho.

Comentários polêmicos

As postagens polêmicas do agora ex-titular da 9ª DP começaram por volta das 13h desta segunda-feira. Pinho escreveu: “O que mata o serviço público é a tal da estabilidade”, para logo em seguida emendar, criticando parte dos próprios subordinados “do efetivo da 9ª DP, 21 [policiais] (ou 42%) não possui qualquer vocação para a atividade policial. Alguns destes teriam dificuldade num emprego comum”, declarou.

O delegado, que até então não fazia distinção quanto a gênero nas afirmações, prosseguiu disparando “A atividade policial exige certos talentos, e sacrifícios pessoais que poucos têm disposição a dar, como o risco à própria vida, exemplo”, disse. “Se inscrevem num concurso policial como se fosse uma vaga num escritório, só depois se dão conta do salário, plantões, riscos, cobranças…”, completou.

Nos comentários seguintes, o delegado faz referência ao trabalho das mulheres que comandava até esta segunda-feira na distrital da zona sul “Tenho 14 mulheres no meu efetivo, mas apenas uma, uma apenas, reúne talento, coragem e disposição pra encarar a atividade policial”, afirmou. “E essa uma, entre 14, jovem ainda, não tem nenhum homem que a supere. A mulher quando é boa no que faz ninguém supera, mas o contrário…”, continuou. Respondendo a uma internauta, o delegado mencionou a ausência de uma policial da distrital que teria faltado ao trabalho, alegando razões de saúde, mas que estaria online no Twitter “Uma delas, inclusive, faltou ao serviço hoje e enviou um “atestado”, porém está por aí, na internet…”.

 A delegada Andréia Nicotti conversa com um policial na delegacia de Taquara (RS). O número de delegadas na Polícia Civil do Rio Grande do Sul saltou de 14% para 27,6% depois que mais 66 mulheres entraram para a corporação em 2010. Hoje são 144 delegadas, segundo matéria do jornal “Zero Hora” Adriana Franciosi/Agência RBS

Delegado rebate acusações

Procurado pela reportagem do UOL, o delegado Pedro Paulo Pontes Pinho negou que tenha sido sexista nas declarações no Twitter. Pinho afirmou que fez críticas a policiais em geral, sem distinção de gênero. “Eu tuitei que 42%, ou seja, 21 policiais do meu efetivo possuem vocação para atividade policial. Não fiz qualquer distinção de gênero neste comentário”, disse. “Eu falo que apenas uma das 14 mulheres da delegacia não tem capacidade para atividade policial, isso não é discriminação, é apenas uma constatação. Não faço qualquer discriminação contra a mulher. Eu digo inclusive sobre essa agente que nenhum homem a supera na delegacia”, alegou o delegado.

O delegado rebateu as palavras da chefe Polícia Civil. “Eu tuitei hoje e sempre tuíto no horário de trabalho. Tuitar pra mim é o mesmo que tomar um cafezinho, especialmente hoje quando o sistema estava fora do ar e eu não poderia fazer absolutamente nada. Dou conta do serviço. Dou conta tanto que nós fomos premiados pelo governo do Estado como a melhor delegacia do Rio”, disse.

Sobre a frase “A mulher quando é boa no que faz ninguém supera, mas o contrário…”, o delegado afirmou que a intenção era dizer que “a mulher quando não é boa no que faz sai de baixo, uma expressão popular. Mas isso não é apenas com relação à mulher, vale também para o homem”, comentou.

Pinho atacou novamente a policial que se ausentou no plantão desta segunda-feira. “Eu fui derrubado por uma policial que falta ao trabalho para ficar tuitando. Isso me deixou revoltado. Aí tuitei que o que falta ao serviço público é a estabilidade. Quem devia estar sendo punido não era eu”,

Perguntado por esta reportagem se não era antiético ou pelo menos deselegante expor a público problemas relacionados ao trabalho dentro da distrital, Pinho disse que a “polícia é pública e não deve esconder da população as suas falhas, os seus problemas”.

Segundo a edição online da “Veja”, a policial criticada pelo delegado é a investigadora Ana Maria Abdo Roale, 48. A revista afirma que o estágio probatório dela terminou ontem, e, segundo afirma a policial, esta foi a primeira falta. A reportagem do UOL tentou entrar em contato com a agente, mas não teve sucesso.

A tchurma da boquinha 25

22/01/2013-04h00

‘Bancada da bala’ militariza gabinetes na Câmara Municipal de SP

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Sai a farda, entra o paletó e a gravata. No lugar da pistola, caneta e tablet. Em vez do quartel, o gabinete na Câmara.

Junto com os “vereadores-PMs” que tomaram posse neste ano –já apelidados de “bancada da bala”– veio um grupo que antes dividia com eles o dia a dia da caserna.

Estão nos gabinetes de Álvaro Camilo (PSD), ex-comandante-geral da PM, Paulo Telhada (PSDB), ex-comandante da Rota, e Conte Lopes (PTB), capitão aposentado que também atuou na Rota e foi deputado estadual.

Coronel da reserva, Camilo trouxe três ex-subprefeitos da gestão Gilberto Kassab (PSD).

O chefe de gabinete é o coronel Danilo Antão, seu braço direito na PM, que chefiou a Subprefeitura do Ipiranga. Os outros são os coronéis da reserva Nevoral Bucheroni, que comandou as subprefeituras de Pinheiros e Sé, e José Francisco Giannoni, ex-subprefeito de Santana.

Marlene Bergamo/Folhapress
Da esq. para a dir. Nevoral Bucheroni, Danilo Antão, José Francisco Giannoni e Álvaro Camilo
Da esq. para a dir. Nevoral Bucheroni, Danilo Antão, José Francisco Giannoni e Álvaro Camilo

Camilo chamou ainda o tenente-coronel Alexandre de Felice, o único que não atuou na prefeitura. “Trouxe pessoas que sabem muito bem a demanda da população.”

Ele diz que irá levar à Câmara as discussões sobre o combate aos bailes funk na periferia e a manutenção da Operação Delegada, em que PMs atuam na fiscalização do centro fora do horário de serviço.

O coronel Telhada trouxe colegas da Rota –tropa de elite da PM. Uma soldado que era sua secretária no quartel e dois sargentos reformados. Telhada terá como foco de seus a segurança na cidade.

Conte Lopes trouxe para a Câmara um major da reserva que atuou com ele na polícia e na Assembleia.

Aloizio Mercadante (Educação), que praticamente ficou ao relento na era Lula e ganhou seu lugar ao sol com Dilma, sonha com o Palácio dos Bandeirantes 15

Assessores diretos de Lula afirmam que Dilma será candidata à reeleição

22 Jan 2013

Fernando Gallo – ESTADÃO.COM.BR

Auxiliares próximos de Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram ontem publicamente que o ex-presidente não será candidato ao Planalto em 2014 e apoiará a reeleição de Dilma Rousseíf. Se­gundo eles, o líder petista tam­bém descarta concorrer ao go­verno paulista. Em encontro realizado com ministros de Dil­ma e ex-ministros de seu gover­no, além de intelectuais, Lula disse que quer “ser ex-presiden­te sem se meter no exercício de quem exerce a Presidência”.

Nas últimas semanas, o petista – que no ano passado recebeu o diagnóstico de cura do câncer que o acometeu – começou a se movi­mentar mais politicamente. Na se­mana passada, reuniu-se com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e seu secretariado para dar orientações. Também combi­nou de se encontrar com Dilma.

A movimentação de Lula, alia­da ao anúncio feito pelo ex-presi­dente no final do ano passado de que voltaria a percorrer o Brasil em 2013, suscitou dúvidas no meio político quanto à sua dispo­sição de se manter distante da dis­puta eleitoral de 2014. A isso se soma a tese repetida por petistas, desde que Lula deixou o cargo, de que o ex-presidente voltaria caso a crise econômica atingisse o País e fizesse despencar a popularida­de de Dilma, sua afilhada política.

“Nossa candidata”. “A nossa candidata em 2014 se chama Dil­ma Rousseíf. Essa é a nossa candi­data em 2014”, afirmou o presi­dente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que participou da reu­nião promovida pela entidade em São Paulo. “Vamos trabalhar para a sua reeleição para que a gente continue fazendo esse governo extraordinário, que tem dificulda­de, mas pode fazer muita coisa ainda pelo Brasil”, completou.

Luiz Dulci, que chefiou a Secretaria-Geral da Presidência duran­te o governo Lula e hoje também pilota o Instituto, fez coro a Oka­motto. “Sou auxiliar, mas não sou porta-voz e muito menos porta-sentimentos, mas o presiden­te Lula já se manifestou claramen­te sobre isso dizendo que a candi­data dele é a presidente Dilma Rousseíf”, disse Dulci, responsá­vel por escrever discursos de Lu­la no primeiro mandato. “Claro que cada comentarista tem liber­dade pra supor o que quiser, mas a manifestação do presidente foi clara, de que a candidata dele é a presidente Dilma.”

Auxiliar há 32 anos do ex-presi­dente e ex-ministro dos Direitos Humano, Paulo Vanucchi – outro integrante do Instituto Lula – foi além. Segundo ele, Lula não quer ser candidato nem em 2018, quan­do Dilma não poderá se reeleger. “Ele não é candidato em 2014 está fora de questão. Não tem isso, esva­ziem essa pauta. Se os editores apertarem vocês, peçam para os editores saírem da redação e andarem um pouco mais. Não vou discutir nem 2014. Voufalar de 18. O Lula não quer ser presidente em 2018”.

Vanucchi afirmou que uma candidatura em 2018 seria possí­vel apenas em uma situação ex­trema. “A chance maior do Lula é não ser mais candidato a presidente da República, é trabalhar para não ser mais. Não digo que não será em hipótese alguma em 2018 porque se houver um acirra­mento das contradições, se hou­ver crise nacional e ele despon­tar como um polo de consenso para reaglutinar as forças do País, aí ele se dispõe”, afirmou.

Ele afirmou ainda que chegou a tentar conversar com o ex-pre­sidente sobre a possibilidade de ele ser candidato ao governo de São Paulo logo após uma entre­vista em que o marqueteiro petis­ta, João Santana, defendeu a te­se. Segundo Vanucchi, Lula re­chaçou de pronto a ideia. “Ele não quer, também não é candida­to a governador”, garantiu. “Ele proibiu qualquer de nós a tocar no assunto de novo. Eu calei a minha boca. Ele disse: “proíbo vo­cês, tá fora de cogitação, não tá nos meus planos”. Nem quis dar argumentos.”

Lula não deu entrevistas on­tem. Aos intelectuais, tratou de assuntos da América Latina. Na abertura, porém, falou sobre sua atual situação política. “É um de­safio extraordinário aprender a ser ex-presidente da República”, disse. “Eu tinha um pacto comi­go mesmo de que era preciso mostrar que era possível ser um ex-presidente sem se meter no exercício de quem estava exer­cendo a Presidência”, prosseguiu Lula. “Mesmo quando essa pessoa que está exercendo a Pre­sidência seja uma ex-ministra minha, uma companheira da mais extraordinária confiança”, concluiu, referindo-se a Dilma.

O ministro Celso Amorim, da Defesa, e o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Gar­cia, auxiliares de Lula que perma­neceram no governo de sua suces­sora, participaram do encontro.