Preso filho de homem que matou estudante no Guarujá 14

Prisão é preventiva; Diego, assim como o pai dele, é acusado de ocultar provas do crime
15/01/2013 – 16h46 | Luciana Félix luciana.felix@rac.com.br
assassino_guaruja_filho_185671_50e4a3162d281-214957-50f5a462470e2

O filho do comerciante acusado de matar o estudante campineiro Mario dos Santos Sampaio foi preso na tarde desta terça-feira (15) no Guarujá. Diego Souza Passos, de 23 anos, foi detido acusado de ocultar provas do crime. Na semana passada, o pai dele, José Adão Passos, assassino confesso do estudante, foi preso em casa após pedido de prisão preventiva.

Correio Popular

Com baixos salários, delegados abandonam carreira em SP 53

Enviado em 15/01/2013 as 21:20 – CLAUDIO

Flávio Freire – O Globo

SÃO PAULO.

Segundo associação da categoria, rendimento inicial no estado é de R$ 6,9 mil;  No Rio, R$ 14,3 mil

A cada dez dias, um delegado de polícia de São Paulo abandona a carreira ou pede transferência para outro estado em busca de salários mais altos e melhor infraestrutura para exercer a profissão. A constatação é da Associação de Delegados de Polícia do estado, a qual, sob mote de que os profissionais estão debandando, lançou ontem o movimento “Você se sente seguro em São Paulo?” Segundo a categoria, o estado tem hoje a 25ª pior remuneração para quem acaba de assumir o cargo, de R$ 6.981,19. Está, por exemplo, no lado oposto da situação no Rio de Janeiro, com o melhor salário, de R$ 14.634,01, segundo a entidade. A reportagem é do jornal O Globo.

— A matéria prima de um delegado é o trabalho de inteligência, então não dá pra deixar o profissional dentro de uma delegacia fazendo plantão, atendendo pessoas e sem qualquer chance de realizar um trabalho de inteligência — diz a presidente da associação, Marilda Pansonato Pinheiro, para quem o governo paulista está gastando dinheiro para formar profissionais que ajudarão a combater a violência em outros estados. _ O governo gasta R$ 100 mil desde a criação do edital até a formação de apenas um delegado. E esse profissional, quando percebe que não tem perspectivas de fazer um bom trabalho, abandona a profissão ou vai para outro lugar. Ou seja, o contribuinte paulista forma para o policial para ele ajudar a população de outro estado.

São Paulo tem hoje 6 mil delegados, sendo 3,4 mil na ativa. Em agosto do ano passado, após concurso público, mais 200 foram incorporados à categoria. Desses, 25 já não estão mais nos quadros da polícia paulista.

Ex-delegado em São Paulo, Walter André Miadaira Watanabe, 36 anos, deixou a capital paulista para trás em 2008, depois de três anos exercendo a profissão. Pediu exoneração para começar a carreira em São Bento do Sul, Santa Catarina. Diz que, muito mais que a questão salarial, o que o levou a mudar de estado foi a perspectiva em relação à carreira.

— O salário nem muda muito, mas aqui a promoção é feita por merecimento. Em São Paulo, para você passar de delegado de terceira para segunda classe você tem que ficar no cargo 15 anos — disse ele, para quem o governo paulista tem falhado no investimento de serviço de inteligência.

— Em São Paulo viramos mero chanceladores de boletim de ocorrência feito pela PM. Não conseguimos aprimorar numa investigação criminal, e issoi ajudar a aumentar a sensação de impunidade — disse ele.

Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública informou que tem buscado a renovação com abertura de concursos, além de estudado medidas “para tornar a carreira de delegado mais atraente”. O órgão cita como medidas de aprimoramento a transformação da função de delegado em carreira jurídica (em 2011), aumento de 27,7% sobre o salário-base de todos os policiais e nomeação de 318 delegados apenas nos últimos quatro meses do ano passado.

“Se há desistências, elas podem se dar a inúmeros fatores, como o fato de delegados recém-aprovados terem passado em concursos para outras carreiras. A secretaria considera legítima a manifestação da associação, enquanto entidade de classe, mas considera que a campanha lançada não tem fundamento na realidade dos fatos”.

29 cidades da região de Presidente Prudente estão sem delegados de polícia 17

Enviado em 15/01/2013 as 21:26 – CLAUDIO

15/01/2013 – Jornal Oeste Notícias – 29 cidades da região estão sem delegados

Dos 54 municípios, na jurisdição do Deinter 8 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), com sede em Presidente Prudente, 29 (53%) estão sem delegados titulares. A realidade é um espelho do que acontece em todo o Estado de São Paulo. Para agravar ainda mais o quadro, um delegado abandona a carreira a cada 10 dias, segundo a entidade que representa a classe. As informações são do jornal Oeste Notícias.

A falta de delegados no quadro de pessoal da Polícia Civil paulista está obrigando os profissionais que estão na ativa a acumular duas ou mais cidades simultaneamente. Segundo a Associação dos Delegados da Polícia Civil do Estado de São Paulo são as más condições de trabalho que estão por trás dos desligamentos recentes.

Na semana passada, ao passar por Presidente Prudente, o delegado geral do Estado, Luiz Maurício Blazeck, disse que seriam necessários ao menos 20 delegados e perto de 250 agentes, entre investigadores e escrivães, para fazer frente à defasagem de policiais civis na área do Deinter 8.

Embora a maior parte dos municípios sejam localidades relativamente pequenas, a falta faz com que aqueles que estão trabalhando sejam obrigados a perambular entre uma cidade e outra, conduzindo inquéritos, indiciando acusados e fazendo o papel de executivo, no gerenciamento de pequenas delegacias.

Um bom exemplo está na cidade de Pirapozinho. Na comarca, apenas um delegado atende também a outras três cidades: Narandiba, Estrela do Norte e Sandovalina. Juntas, as três localidades possuem menos de 10 mil moradores.

Em 2013, a expectativa do delegado Luiz Blazeck é que todos os concursos realizados pela Polícia Civil reservem metade dos candidatos aprovados para a capital e região metropolitana e metade para o interior.

Segundo Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da Associação dos Delegados, dos 200 profissionais empossados no final de agosto do ano passado, 25 desistiram de continuar no cargo. Em dezembro, uma solenidade realizada pelo Governo do Estado no Palácio dos Bandeirantes foi feita para poder preencher 135 vagas das que sobraram, mas 23 dos futuros delegados desistiram da carreira sem nem mesmo tomar posse.

A presidente da associação afirmou que a média de desistência no quadro de delegados da Polícia Civil paulista, que antes era de um a cada 15 dias, chegou a um a cada 10 dias em 2012.

“A tendência é que continue assim, enquanto o governo, no que diz respeito a política de segurança pública, não modificar seus conceitos”, ponderou ela.

A reportagem enviou email para a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo e a Delegacia Geral de Polícia na quinta-feira e voltou a cobrar sua resposta na sexta, mas ambas não se pronunciaram sobre o assunto.

Diretor do Deinter 7 anuncia troca do delegado seccional e alterações em 90% das delegacias de Sorocaba 30

15/01/2013 14:31

julioguebertDelegacia Seccional passa por mudança geral

Responsável pelo Deinter 7 anuncia troca do comando e  alterações 90% dos Distritos Policiais        Adriane Souza adriane.souza@bomdiasorocaba.com.br

Durante uma entrevista coletiva, concedida na tarde desta segunda-feira (14), o delegado responsável pelo Deinter (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior) 7, Júlio Guebert, anunciou as mudanças que irão dar novos rumos na atuação da Delegacia Seccional de Sorocaba.
A primeira delas foi a nomeação do delegado Marcelo Carriel como responsável pela Seccional que, até então, era comandada por  André Moron. “O Carriel não foi escolhido por acaso. Ele se encaixa perfeitamente naquilo que considero correto para a atuação da Seccional”, explica Guebert, se referindo ao reforço na área investigativa que é o principal trabalho da Polícia Civil. “A vítima não quer ser só bem atendida no Plantão Policial, ela quer que o crime seja resolvido”, acrescenta.
Para ele, a área investigativa precisa ser mais ativa. Por isso, adianta que vai lidar da melhor forma possível com os recursos humanos e materiais para que os policiais civis se sintam motivados. “Não posso alterar o salário desses policiais, mas posso e irei criar melhores condições de trabalho.”
Ainda para 2013, o Deinter espera receber reforços na área da Polícia Científica e, possivelmente, um aumento no efetivo das demais áreas.
No fim da tarde desta segunda-feira (14), Júlio Guebert reuniu todos os delegados locais para informar-lhes pessoalmente das alterações nos distritos. A lista oficial só será divulgada na manhã de hoje.

Delegado há 25 anos À frente do Deinter 7, Júlio Gustavo Vieira Guebert foi nomeado delegado em 1988. Em Sorocaba, foi titular de seis Distritos Policiais, além de duas delegacias especializadas: a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e a Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes).
Além de professor universitário, esteve de 2007 a 2012 na Academia de Polícia, onde foi responsável pela formação de vários policiais civis.
Em 2012, foi transferido para o Departamento de Polícia Judiciária e, em seguida, para o Departamento de Administração e Planejamento da Polícia Civil, indo ao Deinter 7.

Veja a lista dos titulares de cada DP:

DEL. SECCIONAL DE SOROCABA

carrielDr. Marcelo José Carriel Antonio – Delegado Seccional de Polícia

Drª.Daniela Cavalheiro Moreira Lara de Góes

Drª Jaqueline Lílian Barcelos Coutinho

Dr. Mário Sandro Pavoni Silva

Dr. João Francisco Ferreira Dias

Dr. Marcelo Almagro dos Santos

1º D.P. Sorocaba

Dr. Celso Foramiglio (Titular )Drª. Maria Paula Zaccariotto Van Raij
Fone: 3232-2150 / 3233-8978

2º/7º/10º D.P. Sorocaba

Dr. José Antonio Belloti (Titular )Drª. Larissa Spagnuollo

Drª.Tania Cristina Munhoz Soares Guarnieri

Fone: 3227-6206

3º D.P. Sorocaba

Dr. Átila Aparecido Fonseca Ribeiro (Titular )

DELEGACIA DO IDOSO

Dr. Silvio Miguel Marques VincentinDrª. Marta Tereza de Oliveira Ayres Cardum
Fone : 3211-3999 / 3234-2111

4º/9º D.P. Sorocaba

Dr. André Maximiliano Moron Machado (Titular)
Dr. Marcos R. de Oliveira Dr.ª Valdereza Aparecida Camargo Galvão
Fone : 3233-3611 / 3233-5581
5º D.P. Sorocaba Dr. José Ordele Alves Lima Júnior (Titular)
Dr. Luiz Antonio Lara
Fone : 3221-8716 / 3221-2112

6º D.P. Sorocaba

Dr. Romeu Lara Júnior ( Titular )
Fone : 3225-1055 / 3325-4149
8º/11º D.P Sorocaba Dr. José Augusto de Barros Pupin (Titular)Dr. Alexandre Banietti

Drª. Maria Cássia Almeida Almagro

 

DIG Sorocaba Dr. José Humberto Urban Filho (Titular)
Dr. Acácio Aparecido Leite
Fone: 3224-2160 / 3224-1595

DIJU Sorocaba

Dr. Newton Ribeiro Guimarães (Titular)
Fone: 3217-7999 / 3217-2720

DDM Sorocaba

Drª. Ana Luiza Job de Carvalho Salomone (Titular)Drª Silvia Elmara Monteiro
Fone 3232-1417 / 3234-3656

19ª CIRETRAN

Dr. José Olímpio Prette (Titular)
Dr. Décio Tadeu de Camargo Madureira
Fone: 3202-7450 / 3202-7543/ 3221-1337 3202-7959 3202-7928
G.A.S Grupo Anti Seqüestro Dr. Wilson Roberto Negrão de Almeida Barros (Titular)Dr. Rodrigo Ayres da Silva

Fone: 3211-6474 / 3233-4493

DISE Dr. Robson Lorencetti Ernesto (Titular )Dr. Basílio César de Sá Cassar

Fone: 3211-6474 / 3233-4493

Portarias do Delegado Geral designando novos Seccionais de Polícia 56

 

 

Classificando

 

no DECAP e nos termos do artigo 6º da Lei Complementar

731, de 26-10-1993, designa, o Dr. ANTONIO MESTRE JUNIOR –

RG. 6.629.600, Delegado de Polícia de Classe Especial, padrão

IV, lotado na Delegacia Geral de Polícia, para exercer a função

de Delegado Seccional de Polícia I da 8ª Delegacia Seccional de

Polícia da Capital, fazendo jus, a gratificação de “pró labore” de

10% calculada sobre o valor do respectivo padrão de vencimento,

anteriormente classificado no DEIC.(DGP-145-P)

no DEMACRO e nos termos do artigo 6º da Lei Complementar

731, de 26-10-1993, designa, o Dr. WALDOMIRO BUENO

FILHO – RG. 3.626.851, Delegado de Polícia de Classe Especial,

padrão IV, lotado na Delegacia Geral de Polícia, para exercer a

função de Delegado Seccional de Polícia I da Delegacia Seccional

de Polícia de São Bernardo do Campo, fazendo jus, a gratificação

de “pró labore” de 10% calculada sobre o valor do respectivo

padrão de vencimento, anteriormente classificado nO DEINTER

6 – SANTOS.(DGP-146-P)

Nos termos do art. 6º da LC 731/93

nos termos do artigo 6º da Lei Complementar 731, de 26-10-

1993, designa, o Dr. DJAHY TUCCI JUNIOR – RG. 3.971.595,

Delegado de Polícia de Classe Especial, padrão IV, lotado na

Delegacia Geral de Polícia, classificado no DEMACRO, para

exercer a função de Delegado Seccional de Polícia I da Delegacia

Seccional de Polícia de Franco da Rocha, fazendo jus, a gratificação

de (Pró-labore(de 10% calculada sobre o valor do respectivo

padrão de vencimento, cessados os efeitos da portaria que o

designou para exercer a função de Delegado Divisionário de

Polícia da Assistência Policial do DEMACRO, ficando em conseqüência,

cessado o “Pró-labore” correspondente.(DGP-159-P)

o Dr. ELSON ALEXANDRE SAYÃO – RG. 5.535.522, Delegado

de Polícia de Classe Especial, padrão IV, lotado na Delegacia

Geral de Polícia, classificado no DEMACRO, para exercer a função

de Delegado Seccional de Polícia I da Delegacia Seccional de

Polícia de Taboão da Serra, fazendo jus, a gratificação de (Prólabore(

de 10% calculada sobre o valor do respectivo padrão de

vencimento.(DGP-160-P)

o Dr. PEDRO ANTONIO ARTUZO – RG. 6.402.733, Delegado

de Polícia de 1ª classe, padrão III, lotado na Delegacia Geral de

Polícia, classificado no DEINTER 5 – SÃO JOSÉ DO RIO PRETO,

para exercer a função de Delegado Seccional de Polícia II da

Delegacia Seccional de Polícia de Catanduva, fazendo jus, a

gratificação de (Pró-labore(de 10% calculada sobre o valor do

respectivo padrão de vencimento.(DGPo

Dr. MARCOS JULIO CORNACCHIA – RG. 8.475.858, Delegado

de Polícia de 1ª classe, padrão III, lotado na Delegacia

Geral de Polícia, classificado no DEINTER 5 – SÃO JOSÉ DO RIO

PRETO, para exercer a função de Delegado Seccional de Polícia

II da Delegacia Seccional de Polícia de Novo Horizonte, fazendo

jus, a gratificação de (Pró-labore(de 10% calculada sobre o

valor do respectivo padrão de vencimento, cessados os efeitos

da portaria que o designou para exercer a função de Delegado

Seccional de Polícia II da Delegacia Seccional de Polícia de

Catanduva, ficando em conseqüência, cessado o “Pró-labore”

correspondente.(DGP-161-P).

 

Portarias do Delegado Geral, de 14-01-

 

no DEMACRO e nos termos do artigo 6º da Lei Complementar

731, de 26-10-1993, designa, o Dr. NELSON SILVEIRA GUIMARÃES

– RG 3.502.944, Delegado de Polícia de Classe Especial,

padrão IV, lotado na Delegacia Geral de Polícia, para exercer a

função de Delegado Seccional de Polícia I da Delegacia Seccional

de Polícia de Guarulhos, fazendo jus, a gratificação de “pró

labore” de 10% calculada sobre o valor do respectivo padrão

de vencimento, anteriormente classificado no DEIC.(DGP-162-P)

Adpesp inicia campanha pelas ruas de São Paulo 27

campanhaadpesp
Na manhã desta segunda-feira (14), a Adpesp iniciou a campanha “Você se sente seguro em São Paulo?” com o objetivo de escancarar as péssimas condições de trabalho enfrentadas pelos Delegados de Polícia do Estado. A campanha já foi divulgada em jornais de grande circulação da Grande São Paulo, na TV e também através de busdoor. Além disso, centenas de pessoas já estão espalhadas pelas principais ruas da capital com faixas e folhetos que contêm informações a respeito do movimento.
O objetivo central da campanha é mostrar à sociedade a realidade do sistema de segurança pública no Estado. Fatores como os crescentes índices de criminalidade, a insegurança que permeia o dia a dia do cidadão, o descaso do governo e o desamparo suportado pela população, associados à debandada de Delegados para outros Estados ou outras carreiras, levaram a Associação dos Delegados de Polícia a desencadear uma ação de conscientização e apoio, apresentando soluções simples e eficientes que esbarram na indisposição do governo em executá-las.
A campanha será dividida em três etapas. A primeira delas buscará atingir São Paulo (Capital) e a Grande São Paulo com ações das mais diversas, desde folhetos e cartazes espalhados pelas ruas até inserções na televisão. A segunda fase será direcionada ao interior do Estado e a terceira, a todo País. Além disso, serão realizadas ações pontuais de apoio, como a Operação Alerta São Paulo, a Operação Vigília e a Operação 13 de maio. Os detalhes dessas e de outras ações pontuais serão divulgados em momentos oportunos.
E você, se sente seguro em São Paulo? Fique atento e participe!

Projeto prevê regras rígidas para apuração de violência policial 21

Projeto em tramitação na Câmara cria regras para a apuração de mortes e lesões corporais decorrentes das ações de agentes do Estado, como policiais. Pela proposta (PL 4471/12), esses casos deverão ter rito de investigação semelhante ao previsto para os crimes praticados por cidadãos comuns. A proposta foi apresentada pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Fábio Trad (PMDB-MS), Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e Miro Teixeira (PDT-RJ). As informações são da Agência Câmara de Notícias.
Atualmente, o Código de Processo Penal (Decreto-Lei 3.689/41) autoriza qualquer agente público e seus auxiliares a utilizarem os meios necessários para atuar contra o suspeito que resista à prisão . Não prevê, no entanto, as regras para a investigação do uso de força nesses casos.
Inquérito imediato
Pela proposta, sempre que a ação resulte em lesão corporal ou morte, a autoridade policial competente deverá instaurar imediatamente o inquérito para apurar o fato, sem prejuízo, inclusive, da prisão em flagrante. Ministério Público, Defensoria Pública, órgão correcional competente e Ouvidoria deverão ser comunicados imediatamente da instauração do processo.
Assim como é previsto para os crimes comuns, na investigação dos incidentes decorrentes da chamada “resistência seguida de morte ou lesão corporal” deverão ser recolhidos todos os objetos envolvidos no evento. Em caso de morte, as autoridades devem requisitar também o exame pericial do local.
Corpo de delito
Ainda conforme o projeto, em todos os casos de morte violenta envolvendo agentes do Estado também deverá ser realizado exame de corpo de delito interno. Hoje, pelo Código de Processo Penal, esse exame é opcional em todos os casos. O laudo da apuração deverá ser entregue à autoridade requisitante e à família da vítima em até dez dias, prossegue o texto.
Fotos instantâneas de cadáveres
O projeto torna ainda obrigatória a documentação fotográfica de cadáveres “na posição em que forem encontrados”, bem como das lesões externas e de vestígios deixados no local. Os peritos deverão também juntar esquemas e desenhos da ocorrência. Atualmente, o código determina que essa documentação é facultativa.
Os deputados afirmam que diversos pressupostos fundamentais de uma investigação eficaz têm deixado de ser adotados nesses casos. Conforme relatam os profissionais que atuam com esta temática, dizem os autores, a análise empírica de inúmeros autos de inquéritos aponta que vários deles apresentam deficiências graves, como a falta de oitiva de todos os envolvidos na ação, a falha na busca por testemunhas desvinculadas de corporações policiais e a ausência de perícias básicas, como a análise da cena do crime.
“A deficiência das investigações desses casos não só representa uma clara violação dos direitos humanos, como também uma violação de tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”, afirmam.
Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada no Plenário.