João Alkimin: É PERMITIDO? 48

É PERMITIDO?
Se um policial especificamente qualquer um das carreiras policiais usar veículo do Estado para ir ao aeroporto ou mesmo que seja rodoviária buscar sua família, estaria sujeito a punições disciplinares, a processos administrativos?- Com certeza a reposta é positiva.
Já o senhor Governador Geraldo Alckmin desloca um helicóptero para se dirigir com sua mulher ao aeroporto para buscar sua família que chegava do México.
Quando questionado o Palácio dos Bandeirantes informa que não há nada de errado, pois a aeronave esta a disposição do Governador 24 horas por dia.
Certamente que esta, mas entendo que para assuntos oficiais, porque eu como cidadão e pagante de impostos não tenho a obrigação de pagar mordomias para o Governador ou sua família. Afinal quanto custa a hora de um helicóptero?
Podem dizer não custa nada por ser a aeronave do Governo do estado,mas pergunto eu e o combustível,e a taxa de pouso e decolagem.
Cansei de ver e ler que Delegados e outros policiais foram punidos por simplesmente levarem viaturas para suas casas, ou alguns por depositarem carros apreendidos e diga-se de passagem com autorização judicial para funcionários, ora se Governador é Governador 24 horas por dia, o Policial também é Policial 24 horas por dia inclusive recebendo o R.E.T.P.
O senhor Governador que prega tanto a austeridade, a probidade administrativa, desta vez em minha opinião deu uma derrapada, pois é o mesmo Governador que a pretexto de combater a corrupção implodiu a Polícia Civil de São Paulo mantendo no cargo o ex Secretário Ferreira Pinto. É o mesmo Governador que com uma simples canetada demitiu de maneira escabrosa os Delegados Conde Guerra e Frederico.
Entendo que quem quer ser respeitado deve se dar ao respeito e usar equipamentos públicos para fins particulares não me parece um bom exemplo.
Por outro lado, gostaria que alguém me explica-se se puderem porque alguns dias atrás o demitido ex Secretário Ferreira Pinto encontrava-se em um shopping na capital acompanhado provavelmente de uma parente e com uma alentada escolta. Ora, o mesmo já não é mais Secretário de Estado, é um Procurador de Justiça como dezenas de outros, só que já próximo da aposentadoria, portanto não tem direito a escolta quer da polícia Civil quer da Polícia Militar. Agora se for particular de seu querido amigo Berardino Fanganiello dono da GP Guarda Patrimonial aí é problema seu e não nos diz respeito.
De qualquer maneira, o fato deve ser explicado, pois enquanto não for esclarecido soa mal inclusive para o Governo do Estado, tendo em vista que nunca vi nenhum ex Secretário, ex Presidente de Tribunal ou ex Procurador Geral de Justiça com escolta.
Ademais, o ex Secretário Ferreira Pinto não tem o que temer, primeiro por ser amado pela ROTA e depois porque segundo suas próprias palavras o PCC não mais existe e certamente a população só lhe agradecerá por sua “brilhante gestão” junto a pasta, em que afastou inúmeros bons Policiais simplesmente por birra.
Para encerrar volto a dizer o que sempre disse o Governador e o Secretário são passageiros permanecendo no cargo quando muito por oito anos, já o Policial é Policial de carreira abandonando a mesma caso queira somente aos 70 anos na aposentadoria compulsória. Portanto, Governadores e Secretários passam e a Polícia Civil continua.

João Alkimin

GCMs são presos suspeitos de explodir caixas eletrônicos em SP 32

11/12/2012-11h40

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira cinco pessoas suspeitas de envolvimento em seis explosões de caixas eletrônicos na região de Campinas (a 93 km de São Paulo). Entre os detidos estão dois guardas municipais e um servidor público estadual, que trabalham em Holambra (a 133 km de São Paulo).

Os policiais cumpriram mandados de prisões, buscas e apreensões nas cidades de Paulínia, Holambra, Santo Antônio de Posse, Jaguariúna e Pedreira.

Segundo a polícia, a ação faz parte de uma ofensiva contra quadrilhas especializadas em roubos a bancos e explosões de caixas eletrônicos. Ontem (10), outros quatro indivíduos foram detidos quando se reuniam para praticar um roubo.

Os detidos foram encaminhados para o Deic (Departamento de Estadual de Investigações Criminais), em São Paulo.

O que Nova York pode ensinar a São Paulo no combate à violência? 23

Enviado em 11/12/2012 as 12:27 – RON

Metrópole americana registrou significativa redução na criminalidade e dia inédito ‘sem crimes violentos’; veja as táticas e se elas servem de exemplo para capital paulista

BBC Brasil | 11/12/2012 09:02:13

 Nova York já foi vista como uma das metrópoles mais perigosas do mundo, alcançando em 1990 seu pico de homicídios: 2.262 em um ano, média de 188 por mês. Mas esse cenário mudou: a cidade de 8 milhões de habitantes apresentou uma das maiores reduções de crimes registradas nos EUA. E recentemente, em 26 de novembro, teve um dia inédito, sem nenhum registro de crimes violentos.

Algo assim é extremamente incomum, mas reflete uma tendência de queda na criminalidade. O número de homicídios em Nova York caiu para 515 em 2011 – uma redução de quase 80% em relação à década de 1990. São Paulo teve queda equivalente nos casos de homicídio desde os anos 1990. A estatística mais antiga disponibilizada pelo governo é de 1996, quando 4.682 casos foram registrados. Em 2011, foram 1.019 – uma queda aproximada também de 80%.

Já em São Paulo, diferentemente de Nova York, os números da violência voltaram a subir neste ano. A cidade americana contabilizou 376 homicídios entre janeiro e 26 de novembro deste ano, queda de 21% em relação ao mesmo período de 2011. Na capital paulista, segundo os dados mais recentes, os assassinatos subiram 33% entre 2011 e 2012, no período entre janeiro e outubro (dado mais recente disponível). Foram 870 mortes no ano passado e 1.157 neste ano.

 O aumento dos homicídios foi puxado por uma onda de violência entre polícia e facções criminosas que começou em maio e se intensificou em setembro. Só entre agosto e outubro, São Paulo registrou 433 homicídios, mais do que Nova York deve registrar durante todo o ano.

Em crimes contra o patrimônio, a redução foi muito maior em Nova York na série histórica, em comparação com São Paulo. Não há consenso entre especialistas quanto a quais pontos da “receita” de Nova York tiveram mais impacto na redução da criminalidade. Mas analistas ouvidos pela BBC Brasil e estudos apontam as medidas que acreditam ter sido mais eficazes.

Será que a cidade americana tem algo a ensinar sobre redução da violência?

Camila Dias, pesquisadora do NEV (Núcleo de Estudos da Violência da USP), considera “interessantes” algumas iniciativas de Nova York, mas critica a “base ideológica da política de segurança pública americana, de encarceramento massivo e segregação”.

O especialista em segurança pública Guaracy Mingardi cita diferenças cruciais entre os sistemas judiciais e policiais entre Brasil e EUA – lá, por exemplo, as polícias são de controle municipal; aqui, estão sob os Estados e divididas entre PM, Polícia Civil e perícia. Mas os dois comentam como as medidas adotadas em Nova York se comparam a São Paulo.

Confira:

Modelo da ‘janela quebrada’

Nos anos 1990, a prefeitura de Nova York pregava o combate a crimes pequenos e a prevenção do vandalismo (“janelas quebradas”), para impedir uma espiral de violência que levasse a crimes mais graves.

“A questão foi intervir na (degradação do) espaço urbano, que contribui para a instalação de gangues”, explica a brasileira Elenice Souza, da Universidade Rutgers (Nova Jersey), autora de estudos sobre violência no Brasil e nos EUA.

“Em Nova York, houve a restauração de áreas públicas onde problemas de violência eram visíveis”, agrega. Também foram fechados “mercados abertos” de drogas, onde o tráfico atuava livremente.

E em SP?

Para Mingardi, o modelo tem validade em locais como a Cracolândia , em São Paulo – área central e urbanizada, mas degradada pela ação do tráfico -, mas não em bairros periféricos, áreas enormes e pouco urbanizadas onde as dificuldades da polícia são maiores.

Camila Dias considera “importante” a recuperação de espaços públicos, mas critica a ação já feita na cracolândia: “Recuperar o espaço não significa limpá-lo, afastando dele alguns segmentos sociais.”

Identificar focos de criminalidade e patrulhá-los preventivamente

Para alguns observadores, o modelo da “janela quebrada” foi superestimado em Nova York. O mais importante, dizem, foi identificar focos de criminalidade para concentrar, ali, ação preventiva.

“Foi possível assinalar áreas pequenas onde criminosos mais atuavam, onde sabia-se que crimes iam ocorrer”, diz Tom Reppetto, ex-policial e autor de livros sobre a polícia nova-iorquina. Ele sugere que essas áreas tenham presença visível e constante da polícia.

“O mais importante é a localização da polícia”, complementa Frank Zimring, professor da Escola de Direito da Universidade da Califórnia e autor de artigos sobre a criminalidade em Nova York.

Segundo ele, as patrulhas preventivas – e em grande número – em focos de crime foi essencial para reduzir a violência. “O crime é mais situacional do que se pensa, inclusive homicídios. Com a patrulha policial, pessoas que iam cometer crimes simplesmente foram fazer outra coisa.”

E em SP?

Com efetivo insuficiente para policiamento preventivo, a Polícia Militar paulista “está, na maior parte do tempo, atrás do crime que já ocorreu”, afirma Mingardi. Para Dias, o policiamento preventivo poderia coibir pequenos delitos e servir como parte de uma estratégia mais ampla. “Mas pode levar à migração de crimes para outros locais. Acho que, no longo prazo, os efeitos seriam pífios.”

Revistas frequentes

A polícia de Nova York tem como prática preventiva o stop and frisk, ou “parar e revistar”. “Se policiais veem alguém parado em um beco, se aproximam, perguntam se ele está armado e o revistam”, conta Reppetto.

A medida é polêmica porque muitos a consideram um desrespeito ao cidadão; outros acham muitas revistas “preconceituosas”, por sua tendência a focarem mais pessoas negras e pobres, por exemplo. Para Reppetto, a revista só é válida se for embasada em suspeitas consistentes. Mas ele alega que a medida reduziu o número de armas nas ruas de Nova York.

E em SP?

As revistas já são frequentes em São Paulo, mas também com o foco em traços “raciais” e socioeconômicos, dizem os analistas. Podem ajudar a prevenir alguns tipos de crimes, como brigas de bares, mas não chacinas, afirma Mingardi.

Cortes comunitárias e prisões

Para Souza, teve “papel importantíssimo” a implementação de cortes (tribunais), nos anos 1990, para tratar de crimes menores, mediar conflitos comunitários e violência doméstica e para lidar com usuários de drogas. A ideia é evitar que esses conflitos evoluam e aumentar a confiança dos cidadãos no sistema judiciário e político, diz ela, agregando que aumentou a aplicação de penas alternativas e serviço comunitário.

Quanto aos casos de prisão, não há consenso entre especialistas. Uma tese defendida por Michael P Johnson, que trabalhou na prefeitura nova-iorquina nos anos 90, é de que aumentou na época o número de pessoas presas na cidade, mas elas permaneciam detidas por menos tempo, como “advertência”, para punir e mostrar que o sistema está atuante.

E em SP?

” (A adoção de cortes comunitárias) é uma medida interessante, mas no Brasil a Justiça ainda está muito distante da população mais pobre, é um bem escasso”, afirma Dias. Mingardi cita os tribunais de pequenas causas, mas faz a ressalva de que, diferentemente dos EUA, não há cortes municipais no Brasil.

“E nossa legislação não prevê detenções de curto prazo, que acabam ocorrendo ilegalmente por decisão de delegados”, agrega. “Nos EUA, a pessoa presa é apresentada ao juiz em questão de horas, mas aqui não. E a pessoa presa em flagrante, mesmo que por crimes menores, fica detida à espera da lentidão da Justiça.”

Integração, tecnologia e reforma policial

Segundo especialistas, só houve redução do crime graças à adoção de medidas conjuntas e contínuas, por um longo período de tempo, com apoio da tecnologia – abrangendo o CompStat, serviço de compilação de dados, cumprimento de metas e mapeamento do crime; o sistema de monitoramento (com câmeras) da cidade; o uso de laptops nos carros policiais; o compartilhamento de dados entre polícia, sociedade civil e Poder Judiciário; o trabalho de inteligência e de campo para identificar criminosos que tenham fugido ou que não tenham comparecido a audiências judiciais.

“A atuação passou a ser proativa e aplicada de maneira apropriada e planejada”, defende Reppetto. Souza cita também a reforma policial realizada em Nova York nos anos 1990, para combater a corrupção e a desmotivação na força. Além do expurgo de oficiais corruptos, foram comprados novos uniformes, aumentados os salários e os recursos da corporação.

“A imagem da Polícia de Nova York mudou drasticamente, ainda que não necessariamente para o bem”, afirma Zimring. “O que mostra que mudanças radicais podem acontecer.”

E em SP?

A polícia paulista conta, desde os anos 90, com o Infocrim, sistema computadorizado que mapeia o crime e que, para muitos, ajudou a reduzir as taxas de homicídio. “Mas falta ouvidoria operante, e as pessoas têm medo de denunciar. A criminalidade muda rápido, e o modelo que fez cair os homicídios já venceu”, opina Mingardi.

Para Dias, “não há integração alguma, nem nos níveis mais básicos de instituições que trabalham em áreas próximas”. Quanto à reforma policial, ela considera “essencial para se pensar em qualquer mudança mais profunda na estrutura da segurança pública” de São Paulo.

*Colaborou Luis Kawaguti, da BBC Brasil em São Paulo

Criminalidade, em NY e SP

Homicídios em Nova York:

1990 – 2.265 2011 – 515 2012 (de janeiro a 26 de novembro) – 376

Homicídios em São Paulo:

1996* (dado mais antigo disponível) – 4.682 2011* – 1.019 2012** (de janeiro a outubro) – 1.157 (*Número de casos de homicídio. A Secretaria de Segurança Pública só começou a divulgar o número de vítimas de homicídio a partir de 2005. Até então, homicídios múltiplos eram contados como apenas um caso; **número de vítimas de homicídio)

Roubos em Nova York*:

2001 – 60.965 casos 2011 – 38.437 casos Redução de 37% (*inclui roubos de residências)

Roubos em São Paulo:

2001 – 112.031 2011 – 109.709 Redução de 2% (Fontes: CompStat e Governo do Estado de SP

Alckmin utiliza helicóptero oficial para buscar família 27

JULIA DUAILIBI – Agência Estado

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), usou um helicóptero do governo do Estado para buscar o filho, a nora e os dois netos no Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos, na sexta-feira (7). O tucano não tinha compromisso oficial no local naquele dia.

O helicóptero Sikorsky, modelo S-76 A, matrícula PP-EPF, de propriedade do Estado de São Paulo, partiu no fim da manhã do Palácio dos Bandeirantes rumo ao aeroporto de Guarulhos. Lá, a aeronave teve autorização para pousar no pátio 6, chamado de pátio vip do aeroporto.

O governador e a primeira-dama, Lu Alckmin, foram então ao encontro da família, que vive no México. Depois de aguardarem os trâmites de alfândega e imigração, voltaram todos para o Palácio dos Bandeirantes. As fotos no aeroporto e no helicóptero foram postadas no Instagram (aplicativo de fotos usado em celulares e que funciona como uma rede social) da primeira-dama, que é aberto para o público.

GeraldoAlckmin_Instagran_07122012_288x212Em uma das imagens, o governador aparece com um dos netos no colo dentro da aeronave.

O governo estadual afirmou que o tucano tinha o direito de usar a aeronave para buscar a família porque se tratava de um veículo de representação à disposição do governador, que se “destina a qualquer dos seus deslocamentos enquanto ele estiver no exercício do cargo, 24 horas por dia”. O Palácio dos Bandeirantes citou ainda como exemplo decreto do governo federal que trata do uso dos veículos pelo presidente, o vice-presidente e ministros de Estado.

Não há uma lei estadual que trate do uso das aeronaves. Há normas colocadas pela Casa Militar, que é subordinada ao gabinete do próprio governador.

Alckmin é conhecido no meio político por não usar veículos oficiais em eventos partidários ou pessoais. Em reuniões do PSDB, costuma ir de táxi, de carona ou com seu carro particular.