“The New York Times” relaciona morte de PMs a falta de apoio e baixos salários 41

Enviado em 02/12/2012 as 19:25 – PSDB NUNCA MAIS

Domingo, 02 de Dezembro de 2012 – 15h11

Polícia-SP: Jornal relaciona morte de PMs a falta de apoio e baixos salários

FolhaPress

SÃO PAULO, SP, 2 de dezembro (Folhapress) – O jornal americano “The New York Times” voltou a retratar a violência em São Paulo em artigo de opinião publicado ontem. De acordo com o jornal, o alto número de policiais militares assassinados está relacionado aos salários baixos e a falta de apoio oferecida pelo Estado aos PMs.

O texto foi assinado por Graham Denyer Willis – candidato a pós-doutorado em estudos e planejamento urbano no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e que realiza pesquisa focada na cidade de São Paulo.

Segundo a publicação, a polícia de São Paulo vive uma guerra contra o PCC. “Até agora, 94 policiais foram mortos em São Paulo em 2012 – número duas vezes maior do que no ano passado. Entre julho e setembro, policiais militares em serviço mataram 119 pessoas na região metropolitana e, apenas nos três primeiros dias do mês de novembro, 31 pessoas foram assassinadas na cidade”.

Para o pesquisador, o alto número de PMs assassinados é reflexo da falta de apoio que recebem do governo, já que com salários baixos, os soldados são forçados a viverem em comunidades pobres, próximo a membros de facções criminosas.

“Em cidades em expansão como São Paulo, os policiais mal remunerados com frequência vivem lado a lado com membros do crime organizado em periferias urbanas espalhadas pela cidade e negligenciadas pelo governo. Frequentemente designados para trabalhar em áreas distantes de suas casas, eles estão protegidos em serviço, mas, fora do horário de trabalho, não dispõem de praticamente nenhuma segurança”, diz o artigo.

O caso de Marta Umbelina da Silva de Moraes, 44, primeira mulher a morrer nos assassinatos em série de PMs na Grande São Paulo, é citado no artigo. No dia 3 de novembro, a soldado – que realizava trabalhos administrativos e nunca prendeu ninguém – levou ao menos dez tiros ao chegar em casa, na Vila Brasilândia, também zona norte, depois de ter ido buscar a filha caçula, de 11 anos.

De acordo com o “NYT”, “o único erro de Marta foi viver em uma comunidade desfavorecida, e, como policial, ela não estava sozinha. Quase todas as mortes de policiais de São Paulo em 2012 aconteceram quando eles estavam fora de serviço.”

Segundo o texto, é quase impossível “subir os degraus corporativos da força policial”. “Os concursos públicos da polícia brasileira selecionam seus candidatos por nível educacional e criam empecilhos para o crescimento profissional e a mobilidade econômica”. Sem conseguir deixar as comunidades pobres, os policiais são forçados a esconder a profissão, evitar qualquer tipo de contato social, tornar-se corrupto ou até mesmo participar de grupos de milícia, diz o artigo.

O pesquisador afirma que os líderes políticos não podem fugir da responsabilidade. “Apesar de ter aumentado modestamente o salário dos policiais nos últimos anos, [o governador Geraldo Alckmin (PSDB)] fez pouco para amenizar a exposição dos oficiais de baixo escalão”.

Para Willis, a troca da cúpula de Segurança Pública do Estado é um avanço, mas a nova liderança deve estar aberta “a novas ideias e que coloque em prática uma visão que ataque diretamente as falhas do sistema”.

“O aumento de salários e a eliminação de dificuldades de desenvolvimento de carreira ajudam; no entanto, o Brasil e outros governos latino-americanos precisam encontrar maneiras de transformar os policiais em recursos valiosos e respeitados em suas próprias comunidades, através da projeção de uma imagem mais humana da força policial ou de seu uso em outros serviços públicos locais”, conclui o artigo.

—————————————————

O Que Está Matando a Polícia Brasileira?

Na noite de sábado, 3 de novembro, Marta Umbelina da Silva, uma policial militar de São Paulo e mãe solteira de três filhos, foi assassinada na frente de sua filha de 11 anos, na porta de sua casa em Brasilândia, uma comunidade desfavorecida na Zona Norte da cidade.

By GRAHAM DENYER WILLIS

Os registros da polícia mostram que Marta, 44 anos, nunca havia prendido ninguém em seus 15 anos de carreira. Ela era uma entre centenas de oficiais de baixo escalão encarregados principalmente da administração interna.

A maior cidade da América Latina continua descendendo em uma violenta rixa sangrenta entre a polícia e uma facção do crime organizado, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Até agora, 94 policiais foram mortos em São Paulo em 2012 — número duas vezes maior do que no ano passado. Entre julho e setembro, policiais militares em serviço mataram 119 pessoas na região metropolitana e, apenas nos três primeiros dias do mês de novembro, 31 pessoas foram assassinadas na cidade.

Essa estatística esconde uma história mais profunda sobre as cidades latino-americanas, sua polícia e a guerra contra as drogas.

O único erro de Marta foi viver em uma comunidade desfavorecida, e, como policial, ela não estava sozinha. Quase todas as mortes de policiais de São Paulo em 2012 aconteceram quando eles estavam fora de serviço. Os assassinatos têm se concentrado nas áreas pobres da cidade e muitas vezes ocorrem na porta de suas casas. As vítimas costumam ser conhecidas em suas comunidades e moradoras de zonas controladas pelo crime organizado, longe da proteção proporcionada nas partes ricas da cidade.

Em cidades em expansão como São Paulo, os policiais mal remunerados com frequência vivem lado a lado com membros do crime organizado em periferias urbanas espalhadas pela cidade e negligenciadas pelo governo. Frequentemente designados para trabalhar em áreas distantes de suas casas, eles estão protegidos em serviço, mas, fora do horário de trabalho, não dispõem de praticamente nenhuma segurança.

Nos anos 1990, facções criminosas como o PCC emergiram em prisões violentas e começaram a disputar territórios urbanos. O controle relapso das armas de fogo, as fronteiras pouco vigiadas e o lucrativo tráfico de drogas tornaram a situação pior.

“A gente jogou bola juntos quando éramos crianças” − contou-me recentemente um policial civil chamado André, referindo-se aos traficantes locais − “mas eu consegui seguir pelo caminho certo”. André cresceu em Jardim Ângela, bairro de São Paulo antes considerado o mais perigoso do planeta pela Organização das Nações Unidas.

Sua infância se assemelha à de muitas crianças pobres. Ele morava em uma casa construída por seus avós imigrantes e estudava em escola pública. Na adolescência, escapou de gangues de traficantes rivais e de grupos de extermínio formados por policiais fora de serviço. Comuns em muitas cidades brasileiras, esses esquadrões anticrime variam de justiceiros locais a grupos paramilitares conhecidos como milícias.

Recentemente, André precisou deixar o Jardim Ângela, depois de ser acusado de delação por traficantes. Atualmente, para viver em relativo anonimato em outra parte da cidade, ele precisa emendar turnos em três ou quatro empregos.

Muitos dos que hoje são policiais civis e militares foram amigos ou colegas de escola dos atuais membros do crime organizado. Vários policiais têm parentes que se casaram com criminosos e, às vezes, continuam morando ao lado ou de frente uns para os outros. Os concursos públicos da polícia brasileira selecionam seus candidatos por nível educacional e criam empecilhos para o crescimento profissional e a mobilidade econômica. Sem se afastar do trabalho para estudar durante alguns anos, é impossível subir os degraus corporativos da força policial.

Com poucos meios de sair das comunidades carentes, os policiais encontram outras maneiras de sobreviver. Alguns deixam suas armas e distintivos no trabalho. Outros assumem identidades diferentes em suas vizinhanças como professores de história, motoristas de táxi ou seguranças privados, ou passam despercebidos por grupos criminosos simplesmente por não se socializarem. Há também os policiais corruptos que pertencem à “folha de pagamento” das organizações criminosas, assim como aqueles que escolhem se tornar milicianos.

Em junho, antes da crise atual, um policial civil me disse que a coexistência com o PCC tem a mesma dinâmica de contenção da Guerra Fria e as consequências reais da destruição mutuamente garantida.

Embora tentem, os líderes políticos não podem fugir da responsabilidade. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já testemunhou tamanha violência anteriormente. Alckmin governou o estado antes de uma série de ataques do PCC em 2006 e aumentou modestamente os salários dos policiais militares nos últimos anos, o que não tem feito muito para amenizar a exposição dos oficiais de baixo escalão.

Há um grande abismo entre o que os políticos acreditam que deveria acontecer e as consequências de suas ações para os policiais em áreas pobres. Na verdade, prometer a submissão das facções à autoridade, como fez Alckmin, atiça o fogo da retaliação. Sua recente afirmação de que “quem não reagiu está vivo” – uma nova versão da frase usada pelo ex-governador Luiz Antônio Fleury para descrever o massacre de 111 detentos no presídio de Carandiru − provocou o PCC, disparando a contagem dos corpos e trazendo São Paulo de volta a uma era de repressão policial. As vítimas são, geralmente, os alvos mais próximos e fáceis — pessoas como Marta.

A polícia não pode atender às expectativas públicas enquanto estiver preocupada em esconder sua própria identidade. As propostas para a segurança pública precisam refletir essa realidade. O aumento de salários e a eliminação de dificuldades de desenvolvimento de carreira ajudam; no entanto, o Brasil e outros governos latino-americanos precisam encontrar maneiras de transformar os policiais em recursos valiosos e respeitados em suas próprias comunidades, através da projeção de uma imagem mais humana da força policial ou de seu uso em outros serviços públicos locais.

A recente troca na secretaria de segurança pública e no comando das polícias militar e civil é um avanço, mas é necessário que essa nova liderança esteja aberta a novas ideias e que coloque em prática uma visão que ataque diretamente as falhas do sistema.

Uma coisa é certa: sem uma nova abordagem, a violência talvez nunca diminua verdadeiramente.

Graham Denyer Willis é doutorando em Estudos e Planejamento Urbano no Massachusetts Institute of Technology. Este artigo foi traduzido do inglês por Aline Domingues e Camila Teicher.http://www.nytimes.com/2012/12/02/opinion/sunday/in-brazil-poverty-is-deadly-for-police-officers-portuguese.html?pagewanted=2

Investigador se desespera com a morte de soldado 60

Atualizado: 02/12/2012 02:03 | Por WILLIAM CARDOSO, estadao.com.br

Toca o telefone. São 15h16 de 13 de outubro deste ano. Integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) começam a pôr em prática um plano para executar o policial militar Flavio Adriano do Carmo, de 45 anos. Um investigador da Polícia Civil acompanhou tudo a 25 km dali, por uma escuta telefônica, desesperado para saber contra quem e onde seria cometido o crime. A data, ele já sabia. “Aí, nós vamos ficar na bala ali, que é hoje”, disse o criminoso identificado como Chaveiro para o comparsa Cacha. Foi dada a ordem de execução de um dos 95 PMs vítimas da onda de violência nos últimos meses no Estado de São Paulo.

Interceptações telefônicas feitas com autorização judicial pela 5.ª Delegacia do Patrimônio (roubo a banco) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) mostram tudo o que os policiais civis ouviram no dia da morte de Carmo, sem conseguir evitá-la. Foram pelo menos 20 ligações até a conclusão do plano. Os criminosos pareciam confusos. “Ele parece… Cabelo grisalho, de lado, meio quadradinho”, disse Chaveiro.

Em outra ligação, eles contaram que, por várias vezes, passaram na frente do local onde estava o PM, como quem se preparava para iniciar a caçada e precisava observar a presa. Os investigadores seguiam sem nenhum indicativo do local, o que aumentou o desespero.

Os criminosos também descreveram o cenário: viaturas, motos e uma base da PM, cercos a todos que passam pelo local. No meio da tarde, a impressão era de que qualquer ataque desferido pelos bandidos naquele momento seria uma aventura camicase, mas os criminosos esperaram pelo momento certo.

A cada conversa, novos nomes surgiam. Foram citadas pelo menos nove pessoas arregimentadas para dar cobertura e executar a ação. A “caminhada” de todos, porém, era uma só: acabar com a vida de Carmo naquele dia, para pânico de quem escutava as ligações.

Os bandidos falavam sempre em “quebradas”. Descreviam ruas, como milhares das que existem na metrópole. Mas nenhum indicativo certeiro de onde estava a vítima. E quem poderia salvá-lo ouvia tudo com a sensação de impotência.

À noite, os bandidos se aproximaram do lugar onde estava o PM. Chegaram em um carro com placa clonada e em outro roubado. Falaram em pegar as peças – a “grandona” (fuzil) e uma “pista” (pistola). Depois, era só “descer para concluir”, disse Léo Gordão, o chefe.

20h57. Os bandidos trocaram as últimas informações. Pelo telefone, ninguém ouviu os disparos. O PM foi morto em minutos, com dois tiros de fuzil: um no peito e outro na cabeça. “Já era… Tudo tranquilo”, disse Gordão. “É nóis, então”, falou um comparsa.

Leandro Rafael Pereira da Silva, de 28 anos, o Leo Gordão, foi preso em 14 de novembro. Ele foi acusado de ordenar a morte de outro PM, Renato Ferreira da Silva Santos. Em outro caso, ele falhou. Os policiais civis conseguiram salvar um PM a tempo – telefonaram para o policial minutos antes da chegada do grupo que devia executá-lo em uma padaria. Agora, a procura é pelos bandidos que participaram da execução.

Mais um PM executado no Jardim Raposo Tavares 11

Enviado em 02/12/2012 as 8:53 – ROBERVAL

02/12/2012 05h50 – Atualizado em 02/12/2012 07h34

PM aposentado morre após ser baleado na Zona Oeste de SP

Segundo a PM, ele foi levado para o pronto-socorro, mas não resistiu.

Informação preliminar é de que ele teria se desentendido com agressor.

Do G1 São Paulo

Um policial militar reformado (aposentado) morreu baleado na noite deste sábado (1º) na Zona Oeste de São Paulo, segundo a Polícia Militar.

A informação preliminar é de que ele teria se desentendido com o agressor.

De acordo com a PM, o sub-tenente da reserva, identificado como Luis Carlos, foi baleado em um estabelecimento comercial da rua Jacinto de Morais, 74, no Jardim Raposo Tavares. Ele chegou a ser socorrido no Pronto-Socorro Bandeirantes, mas não resistiu. A PM não soube informar alguém foi detido.

O caso foi registrado no 89º DP, Portal do Morumbi.

O SERVIÇO DE CONTRA INFORMAÇÃO ESTA ATIVO…….O POLICIAL FOI EXECUTADO PELO pcc.

 

————————————

 

02/12/201205h16

PM reformado morre baleado após briga em bar na zona oeste de SP

FOLHA DE SÃO PAULO

Um policial militar reformado foi morto a tiros em frente a um bar na rua Jacinto de Morais, no Jardim Cláudia, zona oeste de São Paulo, na noite de sábado (1º).

Por volta das 21h30, o militar reformado se envolveu em uma briga e foi baleado. Ele foi levado ao pronto-socorro do Hospital Bandeirantes, onde morreu.

Segundo a PM, um menor foi apreendido e um homem preso. Um terceiro suspeito fugiu levando a arma do policial.

O caso foi registrado no 89º Distrito Policial, no Portal do Morumbi.

Irregularidade na Ciretran de Guarujá ( oficial administrativo deita e rola ) 32

THE NEW YORK TIMES : What’s Killing Brazil’s Police? ( O Que Está Matando a Polícia Brasileira? ) – by Graham Denyer Willis 107

Opinion

What’s Killing Brazil’s Police?

Yasuyoshi Chiba/Agence France-Presse — Getty Images

Brazilian mounted military police officers patrolled the streets in a shantytown in São Paulo, Brazil, last month.

By GRAHAM DENYER WILLIS
Published: December 1, 2012

SÃO PAULO, Brazil
ON the evening of Saturday, Nov. 3, Marta Umbelina da Silva, a military police officer here and a single mother of three, was shot in front of her 11-year-old daughter outside their house in Brasilândia, a poor community on the north side of the city. Records show that Ms. da Silva, 44, had never arrested anyone in her 15-year career. Instead, she was one of hundreds of low-level staffers, who mostly handled internal paperwork.

Related in Opinion

O Que Está Matando a Polícia Brasileira?

This Op-Ed essay is also available to our readers in Portuguese.

São Paulo, Latin America’s largest city, continues to descend into a violent blood feud between the police and an organized crime group, the First Command of the Capital, known by its Portuguese initials P.C.C. In 2012, 94 police officers have been killed in the city — twice as many as in all of 2011. Between July and September, on-duty police officers killed 119 people in the metropolitan area. In the first three days of November, 31 people were murdered in the city. These statistics conceal a deeper story about Latin American cities, their police forces and the war on drugs.

Ms. da Silva’s only mistake was that she lived in a poor community. And as a police officer, she was not alone. Almost all killings of São Paulo police officers in 2012 happened while they were off duty. The killings have been concentrated in poorer parts of the city, often occurring on officers’ doorsteps. The dead tended to be known in their communities and lived in neighborhoods controlled by organized crime, far from the protection afforded in wealthy parts of the city.

In cities like São Paulo, poorly paid police officers often live cheek by jowl with members of organized crime in sprawling urban peripheries that have been neglected by the government. They are often assigned to work in areas far from their homes. While on duty, they are well protected, but when off duty, they have virtually no security.

In the 1990s, criminal groups like the P.C.C. emerged from violent prisons and began competing for urban turf. Lax control of firearms, porous borders and a lucrative drug trade made the situation worse.

“We played soccer together growing up,” a police officer named Andre recently told me of local drug dealers, “but I managed to go down the right path.” Andre grew up in Jardim Ângela, a neighborhood in São Paulo that was once named the most dangerous on earth by the United Nations.

His childhood resembled that of many poor kids. He lived in a house built by his migrant grandparents and went to a public school. As a teenager, he evaded rival drug gangs as well as the roving extermination squads of off-duty police officers. Common in many Brazilian cities, these anti-crime squads range from local vigilantes to paramilitary groups known as militias.

Andre recently had to flee Jardim Ângela after gang members thought he had ratted them out. Now, in order to live in relative anonymity in another part of the city, he must moonlight working three or four other jobs.

Many current police officers were childhood friends and schoolmates of today’s organized crime members. Officers often have family members who are married to criminals and sometimes they still live next door or across the street from one another. Brazil’s police entry exams sort recruits by levels of education, and create barriers to career advancement and economic mobility. Without leaving work to study for several years there is no way to climb the professional ladder in Brazil’s police force.

WITH few ways out of poor communities, police officers find other ways to get by. Some leave their guns and badges at the station to avoid being identified as police. Others assume different identities in their neighborhoods — as history teachers, taxi drivers or private security guards — or fly under the radar of criminal groups by not socializing at all. And there are corrupt officers on the payroll of organized crime groups as well as those who choose to become vigilantes.

In June, before the current crisis, one police officer told me that coexisting with the P.C.C. had the deterrence dynamics of a cold war and the real-life consequences of mutually assured destruction.

Although they try, political leaders cannot avoid responsibility. The state’s governor, Geraldo Alckmin, has seen such violence before. Mr. Alckmin ruled the state before a series of P.C.C. attacks in 2006. And while he has raised police wages modestly in recent years, he has done little to alleviate the exposure of low-level officers.

There is a huge gulf between what policy makers think should happen and the consequences of their actions for police officers in poor areas. Indeed, vowing to beat gangs into submission, as Mr. Alckmin has promised, stokes the fires of retaliation. His recent claim that “Anyone that hasn’t resisted arrest is alive,” a phrase also used by a former governor to describe the 1992 massacre of 111 inmates at Carandiru prison, has inflamed the P.C.C., sent the body count soaring and returned São Paulo to an era of repressive policing. And the victims are often the closest and easiest targets — people like Ms. da Silva.

Police officers cannot live up to the public’s expectations when they are preoccupied with hiding their own identities. Approaches to public security need to reflect this reality. Increasing wages and removing career barriers would be helpful. Ultimately though, Brazil and other Latin American governments must find ways to make police officers more valued and respected in their own communities by presenting a more sympathetic image of the police force. One possible way is to have them deliver other respected community services as a second or third job.

Last week’s announcement that the São Paulo public security secretary and the region’s two police chiefs had been fired is promising. Openness to new ideas and a cold reckoning with the system’s shortcomings are desperately needed.

Indeed, without a new outlook, the violence may never truly subside.

Graham Denyer Willis is a doctoral candidate in urban studies and planning at the Massachusetts Institute of Technology.

A version of this op-ed appeared in print on December 2, 2012, on page SR5 of the National edition with the headline: What’s Killing Brazil’s Police?.