Celso Russomano é o candidato da maioria dos policiais civis paulistanos 41

Quarta-feira, 29 de agosto de 2012 – 20h20

Proposta

Russomanno quer vigias atuando na segurança de São Paulo

Agência Estado

O candidato do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, apresentou nesta quarta um pacote de medidas que pretende adotar na segurança pública, se for eleito, ao participar da série Entrevistas Estadão. O ex-deputado, líder em pesquisas de intenção de voto, quer ampliar os investimentos e as atribuições da Guarda Civil Metropolitana (GCM), integrar a corporação com as Polícias Civil e Militar e até contar com os vigias noturnos de rua nos bairros.
Pela Constituição, segurança pública é responsabilidade dos governos estaduais, mas costuma ser uma das áreas com mais queixas em pesquisas eleitorais, mesmo nas campanhas para as prefeituras. Ações como zeladoria e iluminação pública costumam ser apontadas como forma de prefeitos ajudarem os governadores nessa tarefa.
Russomanno indicou nesta quarta que quer ir além disso. Dizendo-se em sintonia com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o candidato afirmou que vai ceder tablets e radiotransmissores não só para a GCM, mas para policiais civis e militares, a fim de melhorar a comunicação entre os agentes de segurança.
“A Prefeitura vai colocar à disposição uma frequência de rádio e todos vão conversar ao mesmo tempo: Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana. Quando houver a ocorrência todos receberão a informação e a viatura que estiver mais próxima da emergência vai atender com rapidez”, afirmou. As chamadas ao 190 são gerenciadas pela central da PM, subordinada ao governo estadual.
Russomanno disse que pretende aproveitar os 300 mil vigias noturnos e seguranças de rua que atuam na cidade para trabalhar em conjunto com os agentes públicos. “Só com isso vamos quadruplicar a quantidade de pessoas nas ruas”, estimou. O candidato propõe um cadastro de vigilantes, para checar antecedentes criminais, mas não citou treinamento específico para essa nova missão. “Eles continuarão fazendo o trabalho que eles fazem, ganhando dos moradores, mas serão uniformizados e vão receber um rádio. É suporte de segurança pública.”
Autoria
Para Russomanno, a GCM está “totalmente abandonada, desmotivada e largada” e, além de investir no aparelhamento dos agentes, vai promover mais concursos para ampliar o contingente municipal.”Esses homens vão para a rua, como a legislação prevê, vão atuar em prisão em flagrante. A Guarda Civil pode fazer revista e pode apreender o que é ilícito”, explicou. O candidato não só elogiou a Operação Delegada – que dá aos PMs a possibilidade de trabalhar para a Prefeitura nas horas vagas – como disse querer estendê-la a policiais civis e GCMs e ainda reivindicou a paternidade da iniciativa, adotada em 2009. “Foi ideia minha na campanha para governador.”
Russomanno citou Paris ao dizer que São Paulo tem muitos pontos de luz, mas é “escura”, e que vai pedir recursos federais para investir na iluminação. “O dinheiro existe, nós não precisamos tirar do orçamento da cidade. Eu vou buscar esse dinheiro do Programa Reluz e vamos fazer em São Paulo”, prometeu.
O candidato também disse que vai ampliar o sistema de câmeras em vias públicas. “Vou fazer monitoramento das ruas, como o Rio de Janeiro está fazendo, através de câmeras.”
Inspiração
Questionado sobre quem o inspira na política, Russomanno citou “o estadista” Aureliano Chaves, vice-presidente do governo João Figueiredo e com quem trabalhou no Ministério de Minas e Energia na gestão José Sarney. Antes, o candidato do PRB começou a carreira política como assessor na Casa Civil paulista do governador Paulo Maluf (1979-1982), por indicação do então vice-governador José Maria Marin, hoje presidente da CBF.
Ao falar dessa ligação com governos da época do regime militar, Russomanno lembrou que é da reserva da Aeronáutica. “Não tenho problema nenhum com isso (em trabalhar para governo militar)”, disse. “Tenho uma relação muito boa com os militares, não tenho problema nenhum com eles, mas isso não quer dizer que eu apoiasse o regime militar. Acho que o Brasil tem de viver o que a gente está vivendo, que é o amadurecimento da democracia”, ponderou.
Ideologia. Hoje, Russomanno diz ser uma pessoa de centro. “Gosto de ouvir sempre os dois lados”, afirmou, lembrando um bordão dos tempos do programa Aqui Agora, no SBT. “Que direita e que esquerda temos hoje no Brasil?”, ironizou.
Se eleito, o candidato do PRB disse que sua primeira medida será fazer com que “os médicos cheguem na periferia”. Ele defendeu a proposta de pagar R$ 20 mil para levar mais médicos para bairros carentes e disse que isso, ao melhorar a prevenção de doenças e reduzir a demanda nas emergências, seria uma política mais barata para o Tesouro municipal. “Tem de ter vontade política para fazer”, afirmou.

Sorte grande: jogo do bicho está liberado em São Paulo 17

Operação prende chefe de quadrilha do jogo do bicho no Rio; policiais também são presos

Felipe Martins Do UOL, no Rio

A polícia prendeu na manhã desta quarta-feira (29) o contraventor Evandro Machado dos Santos, o “Bedeu”, chefe de uma quadrilha do jogo do bicho que atua em áreas do centro do Rio e no bairro de São Cristóvão, na zona norte da cidade. O filho de Bedeu, Alessandro Ferreira dos Santos, também foi preso, acusado de fazer parte do esquema.  Os dois foram encontrados pelos policiais em um condomínio de classe média alta no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.

Até as 9h, 18 dos 24 mandados de prisão da operação haviam sido cumpridos, parte deles envolvendo policiais civis e militares que fariam parte da quadrilha e 30 mandados de busca e apreensão em vários pontos da cidade. Dentre os acusados estão o capitão chefe do Serviço Reservado (P2) do 5º Batalhão da Polícia Militar; o chefe do Setor de Investigações da 4ª Delegacia Policial; e dois sargentos da PM que são supervisores de graduados da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência.

Segundo a denúncia, o grupo recebia propina de R$ 30 mil mensais para fazer a segurança dos pontos do jogo do bicho e fornecer informações sobre operações policiais contra o jogo.

Bedeu domina o jogo do bicho em grande parte do centro do Rio, dentre estes a Central do Brasil, as ruas Uruguaiana e do Rosário e o largo da Carioca, Segundo a investigação, a quadrilha tinha um faturamento mensal de R$ 170 mil e funcionava como uma empresa, com divisões financeira, administrativa e jurídica.

Do valor arrecadado mensalmente, R$ 30 mil eram destinados ao pagamento de propinas a policiais civis e militares. Além da proteção dos pontos de exploração da jogatina ilegal e da segurança dos chefes da organização, os policiais eram responsáveis pelo vazamento de informações relativas a operações policiais que seriam realizadas pelos órgãos de segurança do Estado.

Sete meses

A polícia apurou ainda que Bedeu ostentava um alto padrão de vida, dono  de mansões em áreas nobres da cidade, carros importados e um iate. Os mandados estão sendo cumpridos em diversos pontos da cidade, em residências e escritórios da organização. A investigação do Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança durou cerca de sete meses. Durante esse período, 25 apontadores do jogo do bicho pertencentes à quadrilha foram presos.

Polícia MIlitar aproveita a greve da Polícia Civil para cobrar R$ 19,75 por cópia de BO-PM 10

28/08/201219h57

Com greve da Polícia Civil, população de Goiás precisa pagar por cópia de boletim de ocorrência

Rafhael Borges Do UOL, em Goiânia

Com a greve dos policiais civis em Goiás, que já dura 48 dias, a população está tendo de pagar pela emissão de uma cópia de boletim de ocorrência (BO). Isso porque a cópia é solicitada à Polícia Militar, que cobra uma taxa de R$ 19,75, prevista em lei.

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás explica que o registro do BO não deve ser cobrado, somente a retirada de cópia do documento.

O promotor de Justiça Fernando Krebs considera que o fornecimento do BO deve ser obrigação do Estado, portanto, a lei que determina o pagamento deveria ser revogada. Ele afirmou que recomendará a revogação ao governo do Estado.

Já o advogado Célio Mendonça Júnior diz que a taxa não é abusiva, sendo usada para remunerar o serviço público. “Concordo que, do ponto de vista do senso comum, é bem injusta essa cobrança. Mas neste caso, não vejo como alegar ilegalidade ou inconstitucionalidade da taxa”. Ele ainda afirma que, neste caso, há efetiva prestação do serviço, e o consumidor é atendido em sua demanda.

Greve

Na última semana, os policiais civis em greve foram alertados pelo secretário de segurança pública, João Furtado Neto, de que poderiam responder a processo administrativo e até serem demitidos por abandono das funções. Representantes dos grevistas dizem que só encerram as manifestações se conseguirem aumento de salário aprovado em lei. Uma assembleia geral será realizada nesta quarta-feira (29) para decidir os rumos da paralisação.