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Valor Econômico
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28 Ago 2012
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Por Fernando Exman | De BrasíliaDiante da crise provocada pela paralisação de muitas categorias do funcionalismo, a presidente Dilma Rousseff tomou a decisão política de tentar aprovar uma lei que regulamente as greves no setor público. A investida deve começar depois que as negociações sobre o reajuste salarial dos servidores forem concluídas e do envio da proposta de lei orçamentária para 2013 ao Congresso. A iniciativa enfrentará novas resistências das centrais sindicais e parlamentares de partidos da base aliada ligados aos trabalhadores. O Executivo, entretanto, deve contar com o apoio da oposição no Congresso. E aposta na rejeição da população às greves para obter o respaldo da opinião pública e levar a ideia adiante. Apesar da sinalização de Dilma, a proposta do Executivo ainda está em fase de elaboração. Num movimento para pacificar entendimentos da Justiça e uniformizar a legislação existente sobre o assunto, a ideia do governo é proibir paralisações de categorias armadas e garantir que serviços essenciais à população sejam mantidos pelo menos por uma parcela dos servidores responsáveis pela execução dessas atividades. A lista de serviços considerados essenciais pelo governo abrange 24 áreas. Pelo projeto, os servidores terão de manter em funcionamento a distribuição de energia elétrica e gás, o abastecimento de água, as telecomunicações, a inspeção agropecuária, a arrecadação, o controle de fronteiras e do tráfego aéreo e a inspeção de estabelecimentos industriais e comerciais. A presidente quer regulamentar o corte do ponto dos grevistas, assim como incluir no projeto a possibilidade de substituição dos grevistas por outros trabalhadores. Essa última medida já está prevista em decreto editado recentemente. “Tem que ter uma lei. Do jeito que está hoje o sujeito acha que pode ficar 60 dias em greve e acha absurdo o governo cortar o ponto”, comentou uma autoridade do governo. “Se os servidores tiverem só direitos e não deveres, aí fica difícil”. |
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Arquivo diário: 28/08/2012
Operação “ Cumpra-se a Lei “: hoje estaremos em Sorocaba e quarta-feira próxima em Santos para divulgar as diretrizes da cartilha 16
Nesta manhã ( 28/08) estivemos no gabinete da Dra. Rosemary Correia para averiguar as informações das supostas propostas de reajuste por parte do governo. A deputada oficialmente confirma a existência de três estudos , porém alegou desconhecer o teor. A tese de não haver qualquer proposta e do governo utilizar tais argumentos apenas para ganhar tempo diante do cenário eleitoral é cada vez mais plausível. Continuaremos a mobilização e confirmamos a deflagração da operação “ Cumpra-se a Lei “, agendada para o dia 17 de setembro. Cada um de nós deve ter consciência de seu papel na luta por melhores condições. Hoje estaremos em Sorocaba e quarta-feira próxima em Santos para divulgar as diretrizes da cartilha. Heber – Secretário Geral – SEPESP