A PM só é boa para 62 pessoas, para os outros 42 milhoes de paulistas, a PM é uma bosta. 28

Enviado em 04/08/2012 as 11:47 – Coronel Raposão

Aí vem algumas pessoas querendo mudar a PM…. pronto! já vem os os coronés dizer que essas pessoas são criminosos, que defendem vagabundo, que não sabem o que fazem… que não é da conta deles… É da conta deles e de todo mundo, enquanto tem coronel se lixando pra população e ganhando 260 mil por mês, tem policial lavando a roupa e escondendo atras da geladeira… Para esses coronés a PM é perfeita… Sim, para eles sim, é.

A PM só é boa para 62 pessoas, para os outros 42 milhoes de paulistas, a PM é uma bosta.

É um crime o que PSDB faz com seus funcionários 17

Enviado em 04/08/2012 as 12:52 – GREVE DE TODO FUNCIONAL. ESTADUAL

Tenho 25 anos de policia , sou investigador ,sou formado em direito desde 96 com pós graduação em 98 , domino mais de um idioma , tenho varios cursos na acadepol e alguns fora ,é um crime o que PSDB faz com seus funcionários publicos, alem dos salários miseráveis nos tratam igual a lixo ,o certo seria uma paralização de todo o funcionalismo , saude, segurança e educação por tempo indeterminado , uma greve geral envolvendo todo o funcionalismo.

Subprefeitos de SP ganham mais que Kassab e Alckmin 5

Gilberto Kassab ganha R$ 24.042,34,  governador Geraldo Alckmin recebe R$ 14.019,84, enquanto o coronel Ailton Araujo Brandão, subprefeito da Lapa, acumulou R$ 280.228,69 em junho

Agência Estado

Publicação: 04/08/2012 08:48Atualização:

  Com aposentadoria, gratificações e salário de subprefeito, 30 coronéis da reserva da PM se tornaram os funcionários mais bem pagos do funcionalismo público de São Paulo. Eles ganham mais do que o prefeito Gilberto Kassab (R$ 24.042,34) e do que o governador Geraldo Alckmin (R$ 14.019,84), além de terem vencimento superior ao de qualquer secretário ou procurador da Prefeitura.
O acúmulo dos vencimentos não é ilegal, mas criou uma classe especial de servidor público dentro do governo municipal. Hoje, mesmo os médicos e professores da rede municipal que acumulam vencimentos como aposentados do Estado não conseguem ganhar um salário que ultrapasse o teto constitucional do prefeito, segundo o sindicato da categoria.
Dos 30 subprefeitos que são coronéis, 10 deles já ganhavam aposentadorias acima do teto constitucional do governador antes de irem para a Prefeitura. Com os salários divulgados pelo governo do Estado no início da semana, observa-se que nenhum dos 30 coronéis que são subprefeitos tem aposentadoria no Estado inferior a R$ 14 mil. O coronel Ailton Araujo Brandão, subprefeito da Lapa, por exemplo, acumulou R$ 280.228,69 de salário em junho, somados os holerites da Prefeitura e do governo estadual.
Até o fim de 2011, os subprefeitos recebiam salário mensal de R$ 5.221. Em dezembro, os vereadores aprovaram um projeto do Executivo que estendia um reajuste de até 236% concedido para os secretários aos 31 subprefeitos. Na época, Kassab argumentou que iria deixar um “legado”, pois os “subprefeitos administram verdadeiras cidades”.

Kassab e Serra. Essa parceria dá certo, mas só pra “coroné” O vale alimentação dessa farra toda eles tiram com a “Operação Delegada” 25

Enviado em 04/08/2012 as 8:06 – Moralidade Administrativa e Justiça Social Tucana

Nome do Filme: “Quem quer ser um milionário”

Kassab e Serra. Essa parceria dá certo, mas só pra “coroné” O vale alimentação dessa farra toda eles tiram com a “Operação Delegada”

Ailton Araújo Brandão, conforme reportagem abaixo,. é o “coroné” do módico salário de junho no valor de R$260.000,00. O coroné marajá, como outros tantos, em razão das dificuldades financeiras que enfrentam, exercem ou exerceram os cargos de subprefeitos ou chefes de gabinete da administração municipal de São Paulo, com direito ao acúmulo de vencimentos para fins de aposentadoria. Vamos cruzar as relações com os nomes dos “coroné” marajás com super salários com a relação de subprefeitos e chefes de gabinete das subprefeituras para sabermos quem e quantos são os bem afortunados.

O coroné marajá, ex subprefeito de santo amaro, salvo engano, deixou o cargo em razão de notícias sobre desvios havidos na mencionada subprefeitura. Para não cometer injustiças vamos pedir aos flitadores que apurem a veracidade da informação e, em caso positivo, repercutam a noticia.

25 subprefeitos da capital paulista vão receber aposentadoria 07 de Julho de 2011 – 08h40Estadão

Vinte e cinco subprefeitos que são oficiais da reserva da PM vão acumular vencimentos mensais superiores ao do prefeito Gilberto Kassab (sem partido), que passará a R$ 24 mil a partir de janeiro. Com base na regra da Lei Orgânica do Município que iguala o status de secretário e de subprefeito, Kassab vai estender aos 31 chefes de subprefeituras o salário de R$ 19.294,10 aprovado para os 29 secretários municipais pela Câmara na segunda.

Os coronéis e tenentes-coronéis da reserva, entretanto, já acumulam hoje aposentadorias mensais brutas que variam de R$ 9 mil a R$ 12 mil, como oficiais, ao salário mensal de cerca de R$ 7 mil no holerite da Prefeitura, como mostra o site De Olho nas Contas. Com o salário de R$ 19,2 mil e a aposentadoria de R$ 12 mil, os policiais aposentados vão ter vencimento mensal de até R$ 31,2 mil.

Ao todo, 25 dos 31 subprefeitos são oficiais da reserva da PM. Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, o oficial da ativa que é chamado para função na administração tem de optar pelo salário da corporação ou da Prefeitura. No caso dos policiais da reserva, é permitido acumular os dois pagamentos.

Acúmulo. Mesmo no caso dos tenentes-coronéis da reserva que são subprefeitos, o acúmulo dos R$ 19,2 mil da Prefeitura com os R$ 9 mil da PM vai resultar em um vencimento de R$ 28,2 mil, superior ao do chefe do Executivo. Em 2010, o Congresso aprovou proposta de emenda constitucional que estabelece o salário do prefeito como teto do funcionalismo municipal.

Para o major da PM e deputado estadual Olímpio Gomes (PDT) não existe conflito no acúmulo. “São fontes pagadoras diversas. Uma é a Previdência, a outra é a Prefeitura. Então, eles podem acumular aí uns R$ 30 mil”, argumentou o deputado. “Acontece que eles (oficiais da reserva) estavam no sacrifício todo o tempo, com a responsabilidade de serem prefeitos de regiões com 200 mil habitantes, e agora vão recompensá-los.”

O coronel da reserva Rubens Casado, por exemplo, subprefeito da Mooca, na zona leste, recebe R$ 6.936,63 da Prefeitura. Agora, seu salário no governo vai saltar para R$ 19,2 mil.

Com o acumulado sobre sua aposentaria de R$ 12 mil brutos da PM, o ganho mensal de Casado será de R$ 31,2 mil. O mesmo pode ocorrer com Ailton Araújo Brandão, subprefeito de Santo Amaro, na zona sul.

Como subprefeito, Brandão recebe R$ 6.827,14, mais R$ 12 mil como oficial da reserva. Com o novo salário, seu vencimento mensal acumulado também vai chegar a R$ 31,2 mil. O coronel é um dos 78 oficiais que trabalham no governo, que tem adotado a política de chamar ex-comandantes da PM para exercer cargos de chefia nas subprefeituras desde 2007.

Em ano eleitoral não se fecha base da PM…”Especialista” diz que o policial não pode ser “atendente de balcão” 5

04/08/2012- 05h30

Fechamento de base da PM não dura 1 dia em Ribeirão Preto (SP)

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

O governo do Estado determinou na manhã desta sexta-feira (3) a reabertura imediata das cinco bases da Polícia Militar desativadas em Ribeirão Preto (313 km de SP), no dia anterior nos bairros Ipiranga, Sumarezinho, Campos Elíseos e Lagoinha, além da existente no distrito de Bonfim Paulista.

A decisão policial gerou polêmica com os moradores dos bairros envolvidos e virou motivo de disputa política entre a prefeita Dárcy Vera (PSD), candidata à reeleição, e Duarte Nogueira, que concorre ao cargo pelo PSDB, partido do governador Geraldo Alckmin, que definiu pela reativação.

A Folha percorreu as bases ontem de manhã e constatou a desativação anunciada no dia anterior. À tarde, todas já funcionavam.

Edson Silva/Folhapress
Policiais na base de Bonfim Paulista, reaberta ontem
Policiais na base de Bonfim Paulista, reaberta ontem

O comando da PM alegou na quinta-feira que os policiais escalados para ficarem fixos nas cinco bases poderiam ser utilizados nas ruas para a segurança de toda a cidade. Ao menos 20 trabalham nas cinco bases.

Nas redes sociais, a prefeita divulgou carta ao governador, após o anúncio feito pela PM. “O fechamento das bases em nada ajuda o grande esforço feito até agora para combater a criminalidade nesta cidade”, disse Dárcy.

Embora ela tenha feito o pedido na quinta-feira (2) na internet depois do anúncio da PM, a Folha apurou que a prefeita sabia do objetivo da polícia desde o mês de junho.

Já Nogueira afirmou que telefonou no mesmo dia à noite para o governador, com a intenção de debater a questão e reverter o quadro.

“Ele [Alckmin] achou melhor manter tudo como está e discutir com a comunidade quaisquer mudanças posteriores”, afirmou o tucano. Segundo ele, Alckmin não sabia da decisão da PM.

OBRAS

Por meio de uma nota encaminhada pela assessoria de imprensa, o comando da Polícia Militar de São Paulo informou somente que as bases agora reativadas passarão por reformas, visando aprimorar a qualidade no atendimento à população.

Na quinta-feira (2), o capitão Mauricio Rafael Jeronimo justificou a medida dizendo que o objetivo com o fechamento era reestruturar as unidades de policiamento para funcionar em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a GCM (Guarda Civil Municipal).

Ele disse que tratava-se de uma reestruturação para aplicar um “conceito moderno de policiamento”.

Consultada, a Polícia Militar não quis detalhar, ontem, o projeto que seria implementado no município após a desativação das bases.

A Folha procurou ontem a prefeita Dárcy Vera para ouvi-la sobre a decisão do fechamento -e posterior reabertura das bases policiais-, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.

COLABOROU EDSON SILVA

———————————————

04/08/201205h30

Especialista defende desativação das bases da PM em Ribeirão Preto (SP)

DE RIBEIRÃO PRETO

Ex-secretário nacional de segurança pública e coronel da reserva da PM, José Vicente da Silva Filho afirmou que a decisão de desativar bases da Polícia Militar em Ribeirão Preto (313 km de SP) é correta.

À Folha ele elogiou a medida anunciada na quinta-feira (2) pela corporação -revista ontem pelo governo do Estado.

“A polícia precisa acompanhar a dinâmica do crime. Por meio de um sistema de dados, deve analisar quais delitos estão sendo cometidos, em quais horários, onde estão acontecendo e ir atrás para inibi-los”, disse.

Ele afirma que a instalação de bases faz um grande sucesso político, mas que a maioria delas é ineficiente.

“A polícia precisa ser móvel porque o crime é móvel. A PM precisa estar em condições de mobilidade e flexibilidade, e não estática.”

O coronel disse ainda que o policial não pode ser “atendente de balcão”. “Essas bases empatam a polícia. Só burocratiza”, afirmou.

Já o coordenador do observatório de violência da USP de Ribeirão Preto, Sérgio Kodato, afirmou ontem que o ideal seria o governo anunciar aumento do efetivo. “Quanto mais, melhor.”

Ele também afirmou que o comando da Polícia Militar deve pensar em alternativas para aproveitar melhor seu contingente e usar a tecnologia a favor da segurança.

“É só usar câmeras por toda a cidade e agir onde houver algum tipo de problema.”

Oficialato da Polícia Militar dilapida o dinheiro do POVO 6

Enviado em 03/08/2012 as 22:37 – Gennarino Mangiagnocchi

Últimos julgamentos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo: REPRESENTAÇÃO

01 TC-003012/026/08 Representante(s): Alan Zaborski Representado(s): Departamento de Suporte Administrativo do Comando Geral da Secretaria da Segurança Pública. Assunto: Possíveis irregularidades no Pregão Presencial nº 512/160/07, instaurado pelo Departamento de Suporte Administrativo do Comando Geral da Secretaria da Segurança Pública, objetivando a aquisição de suprimentos de informática. Justificativas apresentadas em decorrência da(s) assinatura(s) de prazo, nos termos do artigo 2º, inciso XIII, da Lei Complementar nº 709/93, pelo Conselheiro Antonio Roque Citadini, publicada(s) no D.O.E. de 12-02-09, 23-06-10 e 05-05-11. Fiscalizada por: GDF-10 – DSF-II. Fiscalização atual: GDF-9 – DSF-I.

Resultado: PARCIALMENTE PROCEDENTE.

INSTRUMENTOS CONTRATUAIS

02 TC-029579/026/08 Contratante: Departamento de Suporte Administrativo do Comando Geral da Secretaria de Segurança Pública. Contratada: Sistécnica Comércio e Assistência Técnica Ltda. Autoridade(s) Responsável(is) pela Abertura do Certame Licitatório, pela Homologação e Autoridade(s) que firmou(aram) o(s) Instrumento(s): Kooki Taguti (Tenente Coronel PM Dirigente). Objeto: Aquisição de suprimentos de informática. Em Julgamento: Licitação – Pregão Presencial. NE nº2008NE00229 de 08-05-08. Valor – R$38.400,00. Justificativas apresentadas em decorrência da(s) assinatura(s) de prazo, nos termos do artigo 2º, inciso XIII, da Lei Complementar nº 709/93, pelo Conselheiro Antonio Roque Citadini, publicada(s) no D.O.E. de 12-02-09, 23-06-10 e 05-05-11. Fiscalizada por: GDF-10 – DSF-II. Fiscalização atual: GDF-9 – DSF-I.

Resultado: IRREGULAR.

REPRESENTAÇÃO

03 TC-003052/026/08 Representante(s): Alan Zaborski Representado(s): Departamento de Suporte Administrativo do Comando Geral da Secretaria da Segurança Pública. Assunto: Possíveis irregularidades no Pregão Presencial nº 513/160/07, instaurado pelo Departamento de Suporte Administrativo do Comando Geral da Secretaria da Segurança Pública, objetivando a aquisição de suprimentos de informática. Justificativas apresentadas em decorrência da(s) assinatura(s) de prazo, nos termos do artigo 2º, inciso XIII, da Lei Complementar nº 709/93, pelo Conselheiro Antonio Roque Citadini, publicada(s) no D.O.E. de 12-02-09, 23-06-10 e 05-05-11. Fiscalizada por: GDF-10 – DSF-II. Fiscalização atual: GDF-9 – DSF-I.

Resultado: PARCIALMENTE PROCEDENTE.

INSTRUMENTOS CONTRATUAIS

04 TC-029576/026/08 Contratante: Departamento de Suporte Administrativo do Comando Geral da Secretaria de Segurança Pública. Contratada: Sistécnica Comércio e Assistência Técnica Ltda. Autoridade(s) Responsável(is) pela Abertura do Certame Licitatório, pela Homologação e Autoridade(s) que firmou(aram) o(s) Instrumento(s): Kooki Taguti (Tenente Coronel PM Dirigente). Objeto: Aquisição de suprimentos de informática. Em Julgamento: Licitação – Pregão Presencial. NE nº2008NE00230 de 08-05-08. Valor – R$65.636,00. Justificativas apresentadas em decorrência da(s) assinatura(s) de prazo, nos termos do artigo 2º, inciso XIII, da Lei Complementar nº 709/93, pelo Conselheiro Antonio Roque Citadini, publicada(s) no D.O.E. de 12-02-09, 23-06-10 e 05-05-11. Fiscalizada por: GDF-10 – DSF-II. Fiscalização atual: GDF-9 – DSF-I. Resultado: IRREGULAR.

05 TC-036305/026/09 Contratante: Secretaria da Segurança Pública – Polícia Militar do Estado de São Paulo – Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Intendência. Contratada: Capricórnio S/A. Autoridade(s) Responsável(is) pela Abertura do Certame Licitatório e pela Homologação: Álvaro Batista Camilo (Coronel PM – Dirigente). Ordenador(es) da Despesa e Autoridade(s) que firmou(aram) o(s) Instrumento(s): Olavo de Castilho Júnior (Tenente Coronel PM – Dirigente). Objeto: Aquisição de calças, jaquetas, culotes e saias. Em Julgamento: Licitação – Pregão Presencial. Ata de Registro de Preços celebrada em 17-08-09. Contrato celebrado em 22-09-09. Valor – R$2.151.645,00. Justificativas apresentadas em decorrência da(s) assinatura(s) de prazo, nos termos do artigo 2º, inciso XIII, da Lei Complementar nº 709/93, pelo Conselheiro Antonio Roque Citadini, publicada(s) no D.O.E. de 06-04-10. Fiscalizada por: GDF-10 – DSF-I. Fiscalização atual: GDF-9 – DSF-I.

Resultado: IRREGULAR.

06 TC-012918/026/10 Contratante: Secretaria da Segurança Pública – Polícia Militar do Estado de São Paulo – Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Intendência. Contratada: Capricórnio S/A. Ordenador(es) da Despesa e Autoridade(s) que firmou(aram) o(s) Instrumento(s): Olavo de Castilho Júnior (Tenente Coronel PM – Dirigente). Objeto: Aquisição de calças e culotes. Em Julgamento: Licitação – Pregão Presencial e Ata de Registro de Preços (analisadas no TC-036305/026/09). Contrato celebrado em 03-03-10. Valor – R$2.408.081,35. Fiscalizada por: GDF-10 – DSF-I. Fiscalização atual: GDF-9 – DSF-I. Resultado: IRREGULAR

Funcionários públicos não gozam dos mesmos direitos relativos à privacidade que cidadãos privados 5

03/08/2012- 03h00 – Folha de S. Paulo

Análise: Não podemos pagar ‘no escuro’ pelo salário dos nossos servidores

CLAUDIO WEBER ABRAMO ESPECIAL PARA A FOLHA

Em condições normais, ninguém paga uma conta sem saber o que está pagando. Até a promulgação da lei de acesso a informação, as condições no Brasil não eram normais quanto a isso, em particular no que se refere aos salários dos funcionários públicos. Pagávamos no escuro.

Oito coronéis da PM receberam mais de R$ 50 mil em junho Nas fundações, 113 funcionários ganham mais que Alckmin

A nova regulamentação traz o assunto à normalidade. Não é esse o entendimento de muitas associações e sindicatos de servidores públicos. Tais entidades têm procurado frustrar o direito de informação do contribuinte com base em dois argumentos: a divulgação violaria a privacidade dos servidores; além disso, colocaria em risco a sua segurança.

Nada disso se sustenta.

Em primeiro lugar, funcionários públicos não gozam dos mesmos direitos relativos à privacidade que cidadãos privados.

Não apenas salários, mas outras informações a respeito da vida funcional dizem respeito ao seu papel como servidores do público, ou seja, nossos empregados. Não faz sentido que eles nos escondam qualquer informação relativa ao seu desempenho.

Quanto ao argumento da segurança, é pueril, uma vez que a atenção de criminosos não é despertada por listas, mas pelos hábitos de vida de seus alvos: o tipo de comércio que frequentam, automóveis que dirigem, as casas em que vivem etc.

As entidades que têm contestado a divulgação dos salários pagos a servidores públicos descumprem a sua principal obrigação, que é defender os interesses de seus associados.

Afinal, a exibição de diferenças salariais marcantes entre funcionários que exercem atividades semelhantes e que tenham percorrido carreiras parecidas serve, entre outras coisas, para evidenciar favorecimentos indevidos.

CLAUDIO WEBER ABRAMO é diretor executivo da Transparência Brasil.

157 ao erário protagonizado pelo oficialato : A Associação dos Cabos e Soldados da PM afirmou que não ia comentar a disparidade entre os salários pagos aos praças e aos oficiais por se tratar de “assunto interno”. 19

03/08/2012-03h00

Oito coronéis da PM receberam mais de R$ 50 mil em junho

ANDRÉ CARAMANTE DE SÃO PAULO

Apenas oito coronéis da Polícia Militar de São Paulo receberam juntos, em junho deste ano, R$ 773,5 mil de pagamento do governo estadual, entre salários e benefícios.

Os vencimentos líquidos desses oficiais variaram de R$ 51.689,33 a R$ 254.099,57.

O valor pago a cada um deles ultrapassa o teto do serviço público, de R$ 26,7 mil. Também supera o que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu no mês: R$ 14.019,84, com descontos.

Um soldado em início de carreira na capital ganha, em média, R$ 2.530 por mês.

Há uma semana, por causa da lei de transparência assinada em maio pela presidente Dilma Rousseff (PT), a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) passou a divulgar no Portal da Transparência Estadual os vencimentos dos servidores do Estado.

Os valores pagos em junho podem incluir benefícios como férias, adiantamento do 13º salário e indenizações, “além de benefícios acumulados ao longo de uma carreira”, diz nota da secretaria.

Salários acima do teto, de acordo com o governo, só são pagos por ordem judicial.

O policial mais bem pago em junho foi o coronel da PM Ailton Araújo Brandão, que recebeu R$ 254.099,57. A Secretaria da Segurança Pública não explicou como foi possível chegar a esse valor -o governador pediu que o caso do coronel fosse averiguado.

No site, estão os salários de todos os servidores da área da Segurança Pública, como os dos 166 delegados de classe especial da Polícia Civil, o topo da carreira no Estado.

Em junho, Oswaldo Arcas Filho foi o delegado de classe especial que recebeu o maior vencimento líquido: R$ 20.609,39. A Folha tentou ouvir os dois policiais, mas a assessoria da secretaria não atendeu a esse pedido.

‘RISCO DESNECESSÁRIO’

Para o delegado George Melão, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo, a exposição dos salários dos policiais pelo governo tem dois lados: “a comprovação da disparidade entre o que recebem policiais militares e civis e a exposição desnecessária dos servidores da segurança pública”.

A Associação dos Cabos e Soldados da PM afirmou que não ia comentar a disparidade entre os salários pagos aos praças e aos oficiais por se tratar de “assunto interno”.

Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress