O povo quer saber: quanto foi a comi$$ão recebida por Coroneis da PM para comprar essa porcaria pomposamente apelidada de i-MXT 26

Outro lado

Comando da PM nega que tablets tenham problemas

Comando da corporação afirma, no entanto, que eventuais falhas podem ocorrer devido a operadora e ao policial

DE SÃO PAULO

O comando da Polícia Militar paulista nega que haja falhas nos tablets. No entanto, diz que eventuais problemas podem ser causados por “15% de falhas da operadora Vivo e 10% de falhas operacionais do policial”.

“Importante lembrar que a rede de telefonia móvel é a mesma que atende à iniciativa privada. Portanto, é impossível exigir alta disponibilidade do serviço de transmissão de dados, fato que não compromete a operação dos tablets, uma vez que essa é uma ferramenta acessória ao processo de despacho e controle de viaturas”, disse em nota.

Segundo a PM, mesmo desconectado o tablet emite as coordenadas de seus carros, uma das funcionalidades do sistema. Diz ainda que seus bancos de dados registram que os aparelhos ficam pouco tempo fora do ar.

A Vivo informou que só fornece os chips de conectividade à PM e que não comentaria as informações de que o tablet, feito para a tecnologia GSM, não “conversa” plenamente com sua rede.

Quanto à homologação pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Polícia Militar informou que, “apesar de não ser exigência no edital, o equipamento foi homologado em agosto [de 2011] e a entrada em operação só se deu após essa data”.

Questionado sobre os 3.000 tablets que, segundo a própria Secretaria de Segurança Pública afirma em seu site, já estavam em operação na capital desde janeiro de 2011, o diretor de telemática da PM, coronel Alfredo Deak, disse que “a instalação foi condicionada à homologação pela Anatel”.

“Foi entregue mesmo [no início do ano] apenas uma parcela para teste em laboratório. O grosso mesmo foi entregue em julho”, disse Deak.

Quanto à informação prestada ao Tribunal de Contas -de que o tablet não precisava do selo-, o coronel informou que, à época, não havia tablets homologados no mercado nacional, por pertencerem a uma tecnologia nova.

Fabricante do i-MXT, a Maxtrack disse que a venda dos tablets esteve “100% de acordo com as exigências e normas legais”. Ela afirma que seu aparelho se comunica, sim, com a rede da Vivo.

“As primeiras unidades foram fabricadas em novembro de 2010 e encaminhadas para o processo de homologação da Anatel. No caso do tablet utilizado no projeto da PM, a comunicação é a GPRS/EDGE. O modem GPRS/EDGE usado é um subproduto interno ao equipamento homologado desde 2008”, informou.

Segundo a Anatel, mesmo que os componentes tenham sido certificados separadamente, o aparelho só pode ser vendido após ser testado e aprovado como um todo.

A Folha apurou junto à área técnica da Anatel que o órgão deverá testar os tablets para saber se modelo que está em uso é exatamente o mesmo que foi certificado.

A Neel não respondeu ao pedido de entrevista.

Coronelato da PM queima 25 milhas em tablets Xing Ling by e-figênia solution …Quanto foi a comissão Dr. Coromé ? 28

11/04/2012-09h15

PM de SP paga R$ 25 milhões por tablets que funcionam mal

DE SÃO PAULO

Tablets comprados pela Polícia Militar de São Paulo para equipar carros que patrulham o Estado apresentam problemas sérios de funcionamento. Ao todo, são 11.750 aparelhos comprados por mais de R$ 25 milhões.

A informação é da reportagem de Reynaldo Turollo Jr. e Rogério Pagnan publicada na edição desta quarta-feira da Folha. A reportagem completa está  abaixo disponível .

Os tablets deveriam se conectar à internet ininterruptamente para que policiais pudessem, das ruas, registrar ocorrências, consultar RGs e placas de carros suspeitos. Mas PMs afirmam que têm dificuldades para “logar”.

Uma possibilidade para o mau funcionamento dos aparelhos está relacionada às características internas do tablet, de acordo com técnicos ouvidos pela Folha.

O comando da Polícia Militar nega que os aparelhos tenham problemas de funcionamento e atribui eventuais falhas à operadora Vivo e ao manuseio dos policiais.

A Vivo informou que só fornece os chips de conectividade à PM e que não comentaria as informações de que o tablet, feito para a tecnologia GSM, não “conversa” plenamente com sua rede.

PM paga R$ 25 milhões por tablets que funcionam mal

Aparelhos usados em carros não conseguem consultar placas e RGs suspeitos

Comando da Policia Militar nega que os tablets adquiridos apresentem problemas de funcionamento

Luiz Carlos Murauskas-12.set.2011/Folhapress
Alckmin conhece, em setembro, tablets já instalados em carros da PM da capital paulista
Alckmin conhece, em setembro, tablets já instalados em carros da PM da capital paulista

REYNALDO TUROLLO JR. COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO

Os 11.750 tablets comprados por mais de R$ 25 milhões pela Polícia Militar paulista para equipar carros que patrulham o Estado apresentam problemas sérios de funcionamento.

A informação consta de relatório produzido pelos próprios policiais enviado à Assembleia Legislativa. A situação foi confirmada à Folha por mais de uma dezena de PMs que receberam o aparelho na região metropolitana.

O uso da tecnologia foi anunciado em 2011 com alarde pelo próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB).

“Meu comando pede que eu tente ‘logar’ o tablet a cada duas horas. Até hoje, só consegui duas vezes”, disse um dos PMs com os quais a reportagem manteve contato nos últimos três meses -ele pediu para não ter o nome revelado.

Os tablets deveriam se conectar à internet ininterruptamente para que policiais pudessem, das ruas, registrar ocorrências, consultar RGs e placas de carros suspeitos.

O comando da Polícia Militar nega que os aparelhos tenham problemas de funcionamento. A corporação atribui eventuais falhas à operadora Vivo e ao manuseio dos policiais (leia mais na pág. C3).

‘NÃO FUNCIONAM’

Uma possibilidade para o mau funcionamento dos aparelhos está relacionada às características internas do tablet, de acordo com técnicos ouvidos pela Folha.

Além de utilizar tecnologia GSM, anterior à 3G dos celulares comuns, os tablets da PM “não conversam” bem com a rede da operadora Vivo, que fornece à corporação paulista os chips de conexão ao preço de R$ 30 mensais a unidade -um total aproximado de R$ 4,2 milhões por ano.

“Os policiais estão relatando extrema dificuldade de acesso e operação dos tablets. Não funcionam”, disse o deputado major Olímpio Gomes (PDT), membro da Comissão de Segurança da Assembleia.

“Oficiais da área da tecnologia de informação da PM me informaram de que haveria sérios problemas de qualidade desses produtos, na origem e no processo licitatório.”

A COMPRA

Os tablets foram comprados pela PM após uma licitação realizada em novembro de 2010. A empresa vencedora foi a Neel Brasil Tecnologia.

Trata-se da mesma que venceu concorrência da Prefeitura de São Paulo e forneceu GPSs ilegais (sem homologação da Agência Nacional de Telecomunicações) à Guarda Civil -a Anatel lacrou os aparelhos após o caso ser revelado pela Folha em março.

No caso da PM, 3.000 dos 11.750 tablets começaram a ser usados pela PM em janeiro de 2011, antes que houvesse a homologação dos aparelhos pela Anatel, o que só veio a ocorrer sete meses depois.

Todo aparelho que emite radiofrequência, como os tablets, precisa de um selo da Anatel para ser comercializado e utilizado no Brasil.

Ou seja, os tablets podem ter sido usados de forma ilegal por um período de tempo.

INFORMAÇÃO ERRADA

Empresa interessada na licitação para a compra dos tablets, a Consladel tentou impugnar o edital em 2010 porque a PM não exigia, no texto oficial, o selo da Anatel para a compra dos aparelhos.

O Tribunal de Contas do Estado questionou o fato. A corporação, porém, afirmou não ter feito a exigência porque o tablet prescindia dela.

Segundo a Anatel, porém, o produto precisa, sim, do selo. O Tribunal de Contas diz que o caso está sob análise.

Editoria de Arte/Folhapress