Governo do Estado voltou atrás e anunciou o envio de reforços da Polícia Civil à Baixada Santista 37

Operação Verão 2012

Governador anuncia reforço da Polícia Civil na região

De A Tribuna On-line

O Governo do Estado voltou atrás e anunciou o envio de reforços da Polícia Civil à Baixada Santista. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira, pelo próprio governador Geraldo Alckmin, durante solenidade de inauguração de uma unidade do  Instituto Emílio Ribas, em Guarujá.
Segundo apurado pela reportagem, 400 policiais civis virão para a Baixada no dia 27 de dezembro, início da Operação Verão 2012. ”Houve uma readequação e as férias, licenças, estão suspensas”, declarou Alckmin.
O governador disse que o policiamento será reforçado após ser novamente questionado por A Tribuna. Isso porque, no dia 15 de dezembro, em visita ao Guarujá, ele havia confirmado que a região não receberia mais policiais na temporada.

Créditos: Alberto Marques

Durante inauguração de unidade do Instituto Emílio Ribas, Alckmin e Maria Antonieta degustam um cafézinho

“Serão 2 mil policiais militares a mais, sendo 1.200 só na Baixada Santista, além de quatro helicópteros. Teremos também a vinda de 12 bases comunitárias, que vão ficar aqui independentemente da Operação Verão.”, afirmou.
O governador explicou que os policiais civis, todos de função administrativa, irão atuar na área investigativa. “Todas as férias e licenças estão suspensas, todo mundo está trabalhando. E além disso, haverá reforço de delegados de polícia na região. Virá o necessário. Hoje em dia é importante esclarecer que a pessoa não precisa mais ir em distrito. Toda viatura da PM vai ter tablet, se pode fazer tudo pela internet ou em qualquer base da Polícia Militar. Você só irá no distrito em casos graves, de homicídio e latrocínio”.
Polêmica
A decisão do Estado de não deslocar reforço da Polícia Civil para a Operação Verão 2012 na Baixada Santista gerou polêmica. No dia 14 de dezembro, o delegado geral de Polícia de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, confirmou à imprensa que a Polícia Civil não enviaria investigadores, delegados e escrivães de outras cidades do Estado. “Não há motivo para esse deslocamento de policiais civis do interior ou da Capital para a Baixada Santista”, disse, na ocasião.
Alckmin também descartou a necessidade, ”Não há necessidade (de reforço). Todo o estudo feito pela Delegacia Geral (da Polícia Civil) e pela Secretaria da Segurança Pública mostrou que, com os próprios recursos daqui concentrados, você terá um bom atendimento”, afirmou, logo depois.

Créditos: Alberto Marques

Governador do Estado voltou atrás e anunciou o envio de reforços da Polícia Civil à Baixada Santista

Em meio a esclarecimentos sobre a decisão do Estado, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou , na semana passada, que, apesar de a Operação Verão ser um programa do Governo, o efetivo da Polícia Civil é de responsabilidade da Delegacia Geral, e que a medida, ainda que polêmica, seria positiva para dinamizar o trabalho exercido pelos policiais civis nos distritos. Na ocasião, a assessoria de imprensa do órgão informou que os policiais civis têm como função a investigação, e não a realização de rondas e blitze, que é de responsabilidade da PM.
Preocupação
A notícia incomodou autoridades da região, cobraram o reforço no policiamento civil na temporada. A prefeita de Guarujá, Maria Antonieta (PMDB), que preside o Conselho de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista (Condesb), chegou a pedir ao governador, pessoalmente, quando ele veio à região, que reconsiderasse a decisão.
Ela argumentou que a medida poderia acarretar sérios prejuízos à segurança pública da Baixada Santista. De acordo com Antonieta, o governador prometeu que, em até três dias, daria uma resposta sobre a solicitação.
Emílio RibasA partir de agora, a Baixada Santista tem uma filial do segundo maior hospital de infectologia do mundo, o Instituto Emílio Ribas. Em visita ao imóvel, que fica na Rua São Miguel, s/nº, Pae Cará, no mesmo local onde funcionava o Hospital e Maternidade Ana Parteira, Alckmin disse que o Instituto Adolpho Lutz, que também será instalado no prédio, estará funcionando no primeiro semestre de 2012.
A unidade do Emílio Ribas terá sua gestão feita pela Fundação Zerbini, atuando no combate e tratamento de doenças infecto contagiosas em nível regional. Ela começa com dez leitos nesta primeira etapa, devendo subir para 54 até março de 2012. A expectativa é de realizar até 15 mil internações anuais quando estiver com o funcionamento pleno.

Governo cedendo a pressão política convoca 400 policiais civis para a operação “Inferno na Praia” 51

Enviado em 24/12/2011 as 15:16 – LOUCOPOL

Jornal A Tribuna – 24/12/2011.

Polícia Civil é enfim escalada para o time da Operação Verão

 O major Marcelo Salles, da Casa Militar, informou que 400 policiais já chegam no dia 27

SIMONE QUEIRÓS DA REDAÇÃO

Depois da polêmica envolvendo a falta de policiais civis na Operação Verão 2011-2012, o Governo do Estado resolveu readequar seu contingente e enviar 400 homens para a Baixada, a partir do próximo dia 27. A informação foi passada pelo major Marcelo Salles, da Casa Militar, indicado pelo governador Geraldo Alckmin para fornecer detalhes sobre a operação. A informação foi uma resposta ao questionamento feito por A Tribuna ao governador, durante coletiva de imprensa, a respeito do reforço no policiamento. Sobre a operação, Alckmin disse que “serão 2 mil policiais militares a mais, sendo 1.200 só na Baixada Santista, além de quatro helicópteros e a vinda de 12 bases comunitárias, que vão ficar aqui independentemente da Operação Verão”. Segundo o governador, todos os policiais civis de função administrativa irão para a área investigativa. Disse também que todas as férias e licenças estão suspensas e haverá reforço de delegados de polícia.Questionado sobre quantos policiais virão a mais, ele disse durante a coletiva que será “o necessário”. O governador também fez questão de reforçar os serviços online. “É importante esclarecer  que hoje em dia a pessoa não precisa mais ir em distrito. Toda viatura da PM vai ter tablet, pode-se fazer tudo pela internet ou em qualquer base da Polícia Militar. Você só irá no distrito em casos graves, de  homicídio e latrocínio”. A presidente do Conselho de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista (Condesb) e prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, afirmou que a cobrança foi primordial para garantir o reforço no policiamento. Ela chegou a pedir ao governador, pessoalmente, que reconsiderasse a decisão. “Foi fundamental nós não termos acatado a decisão com conformismo. Nós nos reunimos enquanto prefeitos da região, mostramos ao governador que toda a Operação Verão poderia ser comprometida se não viessem os números necessários. Ainda achamos que o número de policiais civis é pouco,muito pouco. Mas já avançamos, pois não viria ninguém”. Antonieta ainda afirma estar trabalhando para ampliar essa quantidade de policiais. “Inclusive falei de Peruíbe e Mongaguá, cujas delegacias não funcionam à noite, e precisam funcionar. E nessa previsão que o secretário de segurança e o delegado geral deram, ainda não havia a abertura em Mongaguá e Peruíbe. Então estamos solicitando mais pessoas, ainda achamos insuficiente mesmo com o Boletim Eletrônico e todo o esforço da Polícia Militar. Porque, para mim, Polícia Militar tem que estar livre para fazer o policiamento e a Civil tem que estar pronta para atender à população”.

Idas e Vindas ARQUIVO-24/3/10 O imbróglio da presença ou não da Polícia Civil na Operação Verão desta temporada começou quando a Delegacia Geral da Polícia Civil optou pelo convite aos policiais interessados em participar em anos anteriores, o costume era convocar o efetivo. Resultado, ninguém se interessou. E a corporação, a princípio, não participaria da operação.  “Não há motivo para esse deslocamento de policiais civis do Interior e da Capital, para a Baixada Santista”, chegou a concluir o delegado geral, Marcos Carneiro de Lima, em entrevista à A Tribuna, na edição de 14 de dezembro. No dia seguinte, o governador Geraldo Alckmin,  em visita à região, confirmou que a Polícia Civil não participaria da Operação Verão 2011/2012. “Não há necessidade (de reforço). Todo o estudo feito pela Delegacia Geral e pela  Secretaria de Segurança Pública mostrou que, com os próprios recursos daqui concentrados, você  terá um bom atendimento”, chegou a dizer. Dez dias depois, a realidade já parece ser outra.