Após 25 anos de reiteradas fraudes governo de SP terceiriza concursos para policiais civis 50

Após suspeitas de fraudes, governo terceiriza concursos para policiais

 

Empresas serão responsáveis por aplicar provas para quem quer ingressar na Polícia Civil

Mudança vai ocorrer nas próximas seleções; Polícia Militar já tem concurso feito por empresas terceirizadas

 

ROGÉRIO PAGNAN

 

 

DE SÃO PAULO

 

 

Após uma série de suspeitas de fraudes, o governo de São Paulo decidiu terceirizar a realização dos próximos concursos para contratar policias civis.

Até agora, eram os próprios policiais os responsáveis pelos concursos de todas as carreiras civis – incluindo da Polícia Científica. Os concursos da Polícia Militar já são feitos por empresas contratadas. Para a carreira de oficial, por exemplo, as vagas são disputadas no vestibular da Fuvest.

As mudanças nos concursos da Polícia Civil ocorreram após uma série de reportagens publicadas pela Folha, entre 2009 e 2010, que revelou irregularidades em ao menos dois concursos.

Em um deles, para contratação de fotógrafo, a reportagem registrou em cartório o nome de candidatos que seriam aprovados, oito dias antes do resultado final.

Entre os beneficiados estavam o sobrinho do então diretor do IC (Instituto de Criminalística), José Domingos Moreira das Eiras, que acabou afastado do cargo após a publicação da reportagem.

Em outro caso revelado pela Folha, o perito Osvaldo Negrini Neto era acusado por seis integrantes da banca do concurso para peritos, de 2005, de vender gabaritos e incluir irregularmente reprovados na lista de aprovados.

Negrini era o número dois do instituto na época da publicação da reportagem. Eles negam as irregularidades.

De acordo com o atual diretor da Academia de Polícia, Paulo Bicudo, as mudanças atendem às novas legislações aprovadas em outubro e à orientação do delegado-geral, Marcos Carneiro Lima.

Ainda segundo ele, empresas renomadas serão contratadas para realização das provas escritas e os testes psicológicos. Aos policiais, caberá a realização de exames de aptidão física e a investigação social (para saber sobre a vida pregressa de candidatos), funções que não podem ser delegadas às empresas.

PROVA ORAL

De todas as carreiras, segundo Bicudo, apenas a de delegado continuará a ter prova oral. Isso porque, segundo ele, trata-se de uma carreira jurídica – como as de promotor e magistrado.

Para policiais ouvidos pela Folha, na prova oral ocorriam as principais irregularidades. Candidatos eram reprovados de acordo com a vontade dos policiais da banca. Não cabia recursos nessa fase da seleção.

Bicudo diz que o principal motivo da mudança é dar “agilidade e modernidade” aos concursos, que cada vez têm mais candidatos.

“Muitas pessoas sérias passaram pela academia e fizeram concursos absolutamente corretos. Problemas de vazamento ocorrem em todos os lugares, com utilização de empresas terceirizadas ou não. Estamos contratando empresas sérias justamente para que isso não ocorra.”

Polícia Federal desmente “A FALHA” – Esclarecemos que os supostos policiais civis não foram identificados 31

Enviado em 10/12/2011 as 3:02 – Agepol

NOTA À IMPRENSA

São Paulo – Diante da notícia divulgada no jornal Folha de São Paulo nesta data, “PF acusa policiais de SP de extorsão a traficantes”, a Polícia Federal presta os seguintes esclarecimentos.

Deduz-se que a matéria se refere à operação policial deflagrada em 27/10/2011 para combater organização criminosa baseada em São Paulo/SP que atuava no tráfico internacional de drogas. Essa operação decorreu de uma investigação iniciada em 2010, com abrangência em 7 estados da Federação, e resultou, ao longo de um ano e meio, na prisão de 105 pessoas e na apreensão de cerca de 4,3 toneladas de cocaína e 5,2 toneladas de maconha – fato amplamente divulgado pela imprensa.

A investigação foi concluída e remetida ao Ministério Público Federal em 7/12/2011 e não identificou policiais civis envolvidos na organização criminosa. Diferentemente do que foi publicado de que “policiais civis não foram presos porque isso alertaria os traficantes”, esclarecemos que os supostos policiais civis não foram identificados. Caso isso ocorresse, todas as medidas legais cabíveis teriam sido tomadas em conjunto com a Delegacia Geral de Polícia e com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Toda vez que uma investigação da PF não consegue apurar indícios de outros crimes envolvendo servidores públicos, as informações são encaminhadas aos órgãos competentes, após autorização da Justiça Federal.

Enfatizamos que o inquérito policial está sob segredo de Justiça e que a Polícia Federal se restringirá as informações desta nota.

Setor de Comunicação Social / Superintendência da PF em São Paulo

Livro de jornalista acusa Daniel Dantas de pagar propina a José Serra ( Eles roubaram o patrimônio do País, e eu quero provar que eles são um bando de corruptos ) 20

Livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr. denuncia esquema de lavagem de dinheiro e propina nas privatizações

Livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr. denuncia esquema de lavagem de dinheiro e propina nas privatizações
09 de dezembro de 2011
Eliano Jorge

 

O livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, anuncia e promete, com documentos, comprovar pagamentos de propinas durante o processo de privatizações no Brasil, num esquema de lavagem de dinheiro com conexões em paraísos fiscais que, de acordo o autor, une membros do PSDB, como o ex-ministro da Saúde e ex-governador paulista José Serra, ao banqueiro Daniel Dantas.

As denúncias chegam às bancas neste fim de semana. No livro e como tema de capa da revista CartaCapital. Em entrevista a Terra Magazine, Ribeiro Jr afirma ter rastreado o dinheiro. “Esses tucanos deram uma sofisticação na lavagem de dinheiro. Eram banqueiros, ligados ao PSDB”, acusa. “Quem estava conduzindo os consórcios das privatizações eram homens da confiança do Serra”, acrescenta.

“É um saque (financeiro) que eles fizeram da privatização brasileira. Eles roubaram o patrimônio do País, e eu quero provar que eles são um bando de corruptos”, dispara Ribeiro Jr. “A grande força desse livro é mostrar documentos que provam isso”.

Durante a corrida presidencial de 2010, Ribeiro Jr foi indiciado pela Polícia Federal, acusado de participar de um grupo que tentava quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos.

Por três vezes, Terra Magazine fez contato com a assessoria de Serra na tarde e no início de noite desta sexta-feira (9) em busca de ouvir o ex-governador de São Paulo a respeito das denúncias. Às 20h, a reportagem recebeu a resposta de que Serra não se pronunciaria a respeito.

Confira a entrevista com o autor de A Privataria Tucana.

Terra Magazine – Seu livro denuncia um esquema de corrupção que teria sido comandado por amigos e parentes do ex-governador José Serra. No seu entender, como isso funcionava? Amaury Ribeiro Jr – Eu tô há 20 anos, como diz o próprio livro, vendo essas contas, rastreando tudo. Eu apurava matérias de direitos humanos, depois virei um especialista (em lavagem de dinheiro). O tesoureiro do Serra, o Ricardo Sérgio, criou um modus operandi de operar dinheiro do exterior, e eu descobri como funcionava o esquema. Eles mandavam todo o dinheiro, da propina, tudo, para as Ilhas Virgens, que é um paraíso fiscal, e depois simulavam operações de investimento, nada mais era que internação de dinheiro. Usavam umas off-shore, que simulavam investir dinheiro em empresas que eram dele mesmo no Brasil, numa ação muito amadora. A gente pegou isso tudo.

E como você conseguiu pegar isso? Não teve quebra de sigilo, como me acusaram. São transações que estão em cartórios de títulos e documentos. Quando você nomeia um cara para fazer uma falcatrua dessa, você nomeia um procurador, você nomeia tudo. Rastreando nos cartórios de títulos e documentos, a gente achou tudo isso aí.

São documentos disponíveis para verificação pública então? Não tem essa história de que investiguei a Verônica Serra (filha do ex-governador), que investiguei qualquer pessoa ou teve quebra de sigilo. A minha investigação é de pessoa jurídica. Meu livro coloca documentos, não tem quebra de sigilo, comprova essa falcatrua que fizeram.

Segundo seu livro, esse esquema teria chegado a movimentar cifras bilionárias então? Bilionárias, bilionárias. Esses tucanos deram uma sofisticação na lavagem de dinheiro. Eram banqueiros, ligados ao PSDB, formados na PUC do Rio de Janeiro e com pós-graduação em Harvard. A gente é muito simples, formado em jornalismo na Cásper Líbero, mas a gente aprendeu a rastrear esse dinheiro deles. Eles inventaram um marco para lavar dinheiro que foi seguido por todos os criminosos, como Fernando Beira-Mar, Georgina (de Freitas que fraudou o INSS), e eu, modestamente, acabei com esse sistema. Temos condenações na Justiça brasileira para esse tipo de operações. Os discípulos da Georgina foram condenados por operações semelhantes que o Serra fez, que o genro (dele, Alexandre Bourgeois) fez, que o (Gregório Marín) Preciado fez, que o Ricardo Sérgio fez.

Está dito no seu livro que pessoas ligadas a Serra que teriam participado desse esquema? Ricardo Sérgio, a filha (Verônia Serra), o genro (Alexandre Bourgeois), Preciado, o primo da mulher dele, e, acima, (o banqueiro) Daniel Dantas, o cara que comandava todo esse esquema de corrupção.

Em A Privataria Tucana, você afirma que faria parte das operações uma sociedade entre Verônica Serra, filha do ex-governador Serra, e Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas. É verdade, conta a história da Verônica Serra com a Verônica Dantas. Isso era um pagamento de propina muito evidente para o clã Serra. Inventaram essa sociedade entre elas em Miami. Quem investe nessa sociedade? Os consórcios que investiram e ganharam (na privatização): o Opportunity, o Citibank. Eles que dão o dinheiro, está no site deles próprios. Em 2002, Serra era candidato a presidente do Brasil, o Dantas quis chantagear. Quem revelou isso aí? Fui eu, o jornalista investigativo? Foi a própria revista IstoÉ Dinheiro que revelou a sociedade de Dantas e o clã Serra. Porque ele tinha dificuldade em compor a Previ, do governo, do Banco do Brasil. Ele estava chantageando os tucanos para compor com ele. Você vê como o Dantas é manipulador nessa história toda. Primeiro veio a matéria para justificar o dinheiro dessa corrupção, dizendo que a Verônica Dantas havia enriquecido porque era uma mártir das telecomunicações. Depois, veio uma matéria fajuta… Quando não o satisfazia, (Dantas) ele chantageou o Serra. Para compor com a Previ, que estava com problemas com a Telecom, naquele processo todo. Descobri que a sociedade de Verônica Dantas e Verônica Serra não acabou, como disseram, foi para as Ilhas Virgens, sendo operada pelo Ricardo Sérgio. Para quê? Jogar dinheiro aonde? Pra própria filha do governador do Serra. Mapeei o fluxo do dinheiro, esses caras roubaram, receberam propina, e a propina está rastreada. O dia em que o Dantas deu a propina da privatização, peguei a ponta batendo no escritório da filha dele lá no (bairro paulistano do) Itaim-Bibi. O Dantas pagou pro Serra. A parte da propina do Serra está documentada.

Para que você acha que seria essa propina? Quem estava conduzindo os consórcios das privatizações eram homens da confiança do Serra. Era o Ricardo Sérgio Oliveira. Foi caixa de campanha dele. Isso é um saque que eles fizeram da privatização brasileira. Eles roubaram o patrimônio do País, e eu quero provar que eles são um bando de corruptos.

No livro, você também diz que Serra espionava o então governador mineiro Aécio Neves (PSDB). Está documentado. Eu trabalhava no jornal (O Estado de Minas), e me pediram para localizar. Eu descobri. Consegui a prova documental que ele contratou a Fence (Consultoria, empresa que faz varreduras contra grampos clandestinos), no Rio de Janeiro, onde ele fazia as maracutaias. O Serra gosta de espionagem. Ele contratou um dos maiores carrascos da ditadura, está documentado no livro.

Você publica ainda que Serra investigou a governadora maranhense Roseana Sarney (DEM) em 2002 e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) quando era ministro da Saúde… Isso está documentado. Os caras trabalharam, está no Diário Oficial. O agente Jardim (Luiz Fernando Barcellos), ligado ao Ricardo Sérgio. Isso está documentado, não é mentira. É porque essa imprensa defende o Serra e não divulga. O Serra montou a espionagem, ele manda espionar todos os inimigos dele.

Sua apuração mostra que essa espionagem do PSDB viria desde o governo FHC. Justamente. O Serra gosta de espionar. Fui acusado de araponga? E o Serra, muito antes, quando era ministro, ele contratava espiões para espionar os caras do próprio partido, está documentado. A grande força desse livro é mostrar documentos que provam isso.

E de onde você tirou esses documentos? É o contrato que ele pegou e contratou uma empresa de um coronel baixo nível da época da ditadura. O pretexto era que fazia negócio de contra-espinagem. O doutor Ênio (Gomes Fontenelle, dono da Fence) trabalhou na equipe dele. Estava em 2008 para quê? Para espionar o Aécio. Por que ele contratou, com dinheiro público do Estado? Por que contratou para fazer contra-espionagem no Rio de Janeiro? Todo mundo sabe que o Aécio vai pro Rio de Janeiro. A espionagem está documentada.

Seu livro mostra que, acreditando estar sendo espionada, a equipe de campanha de Dilma Rousseff teria tentado contra-atacar com arapongas também? Não foi contratando araponga. Você fala minha pessoa?

Em geral. Não. As pessoas que trabalhavam na campanha da Dilma eram pessoas de bem, ligadas ao mercado financeiro. Me chamaram porque estavam vazando tudo. Os caras faziam uma reunião, no dia seguinte estava na imprensa. Eu achava que era coisa do (ex-deputado tucano Marcelo) Itagiba ou do (candidato a vice-presidente, deputado do PMDB, Michel) Temer. Aí vem a surpresa: era o fogo-amigo do PT.

De quem? Rui Falcão (atual presidente do PT e deputado estadual).

Mas você foi indiciado pela Polícia Federal, acusado pela quebra do sigilo fiscal da filha de Serra… Claro. Por quê? Quebra de sigilo fiscal. É um crime administrativo que só se imputa a funcionário público. O inquérito todo da Polícia Federal é uma fraude, não tem foco. Abriu para apurar quebra de sigilo fiscal e abrange tudo. Nunca vai atingir a mim. Mas precisavam ter um herói, e me jogar pro público. A imprensa queria o último factoide para jogar a Dilma no segundo turno. O que fizeram? Deturpar meu depoimento na Polícia Federal. Eu nunca disse que quebrei sigilo de nenhuma pessoa, mas o cara da Folha disse, ele deturpou, induziu todo mundo a dizer que confessei ter quebrado o sigilo fiscal. Ele mentiu sobre um depoimento na Polícia Federal, e a mídia toda espalhou isso. Era a única arma dessa imprensa carrasca, que mostrou seu lado. Eu nunca disse isso, meus quatro depoimentos são coerentes, têm uma lógica. A imprensa foi bandida.

O que você sabe sobre aquela história de dossiês do PT sobre tucanos, inclusive sobre o ex-presidente FHC? Não sei nada disso.

Não conseguiu descobrir se realmente fizeram e quem fez? Não sei nada desse assunto.

Você tem tomado precauções com sua segurança? Terá que aumentá-las agora, após as denúncias do livro? Não, eu sigo minha vida como sigo desde que comecei, há 20 anos. Eu tenho uma trajetória muito bacana na profissão. Andei nos principais jornais do Brasil. comecei violação de direitos humanos, ganhei muitos prêmios, denunciei muitas violações. Hoje, eu investigo a lavagem de dinheiro.

“Blogueiro é igual a pixador, a única diferença é que acentua!” ( Agora entendemos o ódio da PM “Bandeirante” por blogueiros e pixadores ) 6

Enviado em 06/12/2011 as 19:21 –  CARLA

Que fábula interessante! Aumento o couro: “Policial, inclusive Civil, não bate por nada!”

O “antropólogo” deve ter feito o desabafo via blog, of course! Depois que inventaram blog qualquer um fala o que quer! Como diria um amigo que repete o que ouviu no filme Contágio: “Blogueiro é igual a pixador, a única diferença é que acentua!” Não duvido que o antropólogo saiba acentuar. (hahaha)

PM-Coxinha

Metrô de SP apaga grafite de ‘PM-coxinha’ perseguindo pessoas com um cassetete em punhos 11

09/12/2011-11h51

Metrô de SP apaga grafites de ‘PM-coxinha’ e ‘vagão negreiro’

TALITA BEDINELLI DE SÃO PAULO

O grafite de um “homem-coxinha”, usando uniforme da Polícia Militar e perseguindo pessoas com um cassetete em punhos, foi apagado pelo Metrô de um muro do canteiro de obras da futura estação Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, zona sul paulistana.

Outra imagem também incomodou o órgão: ela fazia alusão à escravidão e trazia os dizeres “todo vagão tem um pouco de navio negreiro”. Os dois trabalhos acabaram cobertos por uma tinta verde.

Os grafites são parte de um projeto feito pelo Sesc Santo Amaro, com apoio do Metrô.

ANTES DEPOIS
Divulgação Divulgação
Imagem mostra grafite de policial “homem-coxinha” Grafite apagado após intervenção do Metrô

Ele foi coordenado pelos grafiteiros Rui Amaral e Mauro Sérgio Neri da Silva, que chamaram 40 artistas da zona sul para fazerem seus trabalhos no muro, nos dias 11 e 12 de novembro deste ano.

No final do mês, eles foram surpreendidos com a alteração nos trabalhos que, segundo Amaral, já tinham sido aprovados pelo Metrô. Os outros grafites ficaram intactos.

“Eles decidiram que apagariam e apagaram. Não houve a preocupação de estabelecer um diálogo com a gente”, disse Beto Silva, 30, autor do grafite do “PM-coxinha”.

CENSURA

Beto classifica a atitude como censura e diz que o trabalho é uma crítica social bem humorada sobre atitudes violentas da Polícia Militar.

Popularmente, os PMs são vistos como comedores de salgados em bares e lanchonetes. Por isso, ganharam o apelido de “coxinha”.

Os grafiteiros acreditam que houve um pedido da PM para que a imagem fosse retirada. A PM nega qualquer intervenção nos grafites.

“Quando o Metrô foi averiguar a reclamação, decidiu que também não gostou do trabalho do navio negreiro e apagou”, conta Amaral.

“Fiz uma crítica saudável. Seria saudável também que eles aceitassem a crítica e a levassem em consideração”, diz Bruno Perê, 27, que fez o trabalho que comparava os vagões de trem aos navios.

O artista diz que já expôs trabalho de temática parecida no Museu Afro Brasileiro.

“Deixo claro que a censura não tem o dedo do Sesc, que sempre foi favorável ao grafite e à liberdade de expressão”, diz Rafael Spaca, coordenador do projeto pelo Sesc Santo Amaro.

A assessoria do Metrô disse que o pedido de apagar parte dos trabalhos foi feito pela administração do órgão.

Afirmou ainda que reconhece que essa postura foi indevida e que está conversando com os grafiteiros desde o início do mês para definir como será feita a recuperação.

Uma reunião deve acontecer hoje para tentar resolver o impasse. Os artistas dizem que só aceitam preencher o muro com o mesmo trabalho.

Colaborou PEDRO PRACCHIA