No mínimo sete delegados da Seccional de Americana, que atende nove cidades daquela região, disputarão as eleições municipais do ano que vem.
Cinco deles trabalham em Americana, cidade que tem apenas 11 delegados. Eles deverão se afastar até o final de abril do ano que vem para se dedicarem à campanha; retornando seis meses depois, caso não sejam eleitos.
O deficit na Polícia Civil de Americana já foi alvo até de inquérito do Ministério Público Estadual.
O delegado Seccional Paulo Fernando Fortunato deve definir nos próximos dias o partido em que vai se filiar para disputar as eleições para prefeito em São Pedro, sua cidade natal, onde foi vereador de 1992 a 1996.
“Aproveito a oportunidade porque completo 70 anos e já sairia da polícia, pela aposentadoria compulsória, até maio do ano que vem”, considerou.
Os dois assistentes de Fortunato, José Luis Joveli (sem partido definido) e Robson Gonçalves de Oliveira – filiado do PCdoB – devem disputar cadeiras na Câmara de Americana, acompanhados dos delegados Luis Carlos Gazarini (PT) e Alfredo Luís Ondas (PMDB).
Para Gonçalves, a candidatura é uma forma de buscar mais espaço para a Polícia Civil na política.
“A gente reclama que faltam leis para casos específicos, mas não se empenha em mudá-las”, comentou.
Gazarini afirmou que conhece as mazelas e a situação problemática da cidade.
Ondas afirmou que há representantes políticos que nada fazem pela polícia. “Não temos voz política.”
Em Sumaré, a delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) Sandra Maria Zanardi pretende se candidatar pelo PMDB. “No Legislativo posso auxiliar mais a polícia.”
O delegado José Eduardo Cury, de Monte Mor, pretende a concorrer a uma vaga de vereador em Hortolândia, onde já foi parlamentar (de 2001 a 2004).
O diretor do Deinter-9 informou, através da Assessoria de Imprensa da SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública), que ainda não recebeu a comunicação do afastamento.
Mestre disse que, quando confirmadas as candidaturas, se necessário, pedirá substitutos à Delegacia Geral de Polícia de São Paulo.
Além de candidatos Delegados há inúmeros representantes de diversas carreiras policiais civis; em todas as regiões do Estado. Na Capital, inclusive.
O engajamento político-partidário é estimulado internamente buscando o fortalecimento da instituição; especialmente visando a ocupação, em 2014, de cargos da Assembleia Legislativa e Câmara Federal.