Arcebispo de Porto Alegre foi condenado a pagar R$ 940 mil por danos morais. |
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Proferida a sentença contra dom Dadeus e a Diocese de São João da Boa Vista, a estratégia da defesa é tentar reduzir o valor da indenização. “Estamos procurando fazer um acordo com os credores, dar uma entrada e parcelar o restante”, disse por telefone, ao Correio do Povo, o advogado Wanderley Fleming, conselheiro jurídico da Diocese de São João da Boa Vista O advogado ressaltou que não cabe mais recurso da decisão do TJ-SP. “Todos os possíveis e imagináveis foram feitos, inclusive recursos extraordinários e recurso especial”, afirmou. De acordo com ele, os três autores da ação tentaram levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para aumentar o valor da indenização, mas não conseguiram pelo fato de a decisão já ter transitado em julgado. Sobre a responsabilidade pelo pagamento, Fleming explica que a condenação é “solidária”. “Os autores vão atrás do devedor que está mais perto, que é a diocese”, observou. Ele ressaltou, porém, que a diocese não tem dinheiro. “Se ocorrer um bloqueio de contas todas as paróquias param, porque o CNPJ é o mesmo”, disse. Fleming disse ainda que a condenação deu-se por uma série de artigos escritos por dom Dadeus e publicados em jornais da região contra os advogados, que posteriormente protocolaram a ação contra o religioso. Em entrevista coletiva, o arcebispo metropolitano havia afirmado que o motivo teria sido uma carta de caráter particular. Conforme o advogado, dom Dadeus já era conhecido pelo temperamento forte no tempo em que trabalhou no interior de São Paulo, tendo se envolvido em uma polêmica com a Justiça do Trabalho. “Eu adoro o dom Dadeus, respeito-o como bispo, mas nós tentamos fazer com que ele parasse com isso e não conseguimos”. Em 2004, já como arcebispo metropolitano de Porto Alegre, ele lançou a chamada Cartilha da Justiça, que foi distribuída aos fieis. Nela, afirmava que os órgãos judiciários “são fundamentalistas e julgam sem visão de conjunto e sem atentar às normas do Bem Comum e da Justiça”. As críticas foram motivadas por uma liminar expedida em 2002 que obrigava a Igreja a realizar um casamento, em Viamão, de um homem que já teria sido casado. Dom Dadeus também foi condenado a pagar indenização de 70 salários mínimos à juíza Andréia Terre do Amaral, que concedeu liminar autorizando a cerimônia, por tê-la chamado de “ignorante” em um artigo. Em 2009, dom Dadeus comprou briga com os judeus. Em entrevista à revista Press, ele afirmou que “morreram mais católicos do que judeus no Holocausto, mas isso não aparece porque os judeus têm a propaganda do mundo”. A Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Firs) publicou nota criticando a declaração. Mais recentemente, a arquidiocese envolveu-se em uma polêmica com o ex-vice-cônsul de Portugal no Rio Grande do Sul, Adelino Nobre Pinto, acusado de aplicar um golpe milionário na Igreja. Ele é acusado de desviar R$ 2,5 milhões da Arquidiocese da Capital e está desaparecido. Conforme as investigações, o valor foi entregue a Adelino como garantia de financiamento para reforma de duas igrejas no RS. Fonte:Portal Correio do Povo Magistratura gaúcha está indignada com declarações de arcebispo, diz AjurisEm nota assinada pelo presidenteda Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), João Ricardo dos Santos, a Ajuris manifestou a indiganação da magistratura gaúcha quanto às declarações do arcebispo metropolitano, dom Dadeus Grings. De acordo com a nota, o arcebispo “atribui ao Poder Judiciário a condição de ente corrompido, impulsionado por ter sido condenado em ação de indenização por fato que lhe foi imputado, ocorrido na cidade de Mogi Guaçu (SP).” Segundo o texto, a prática adotada pelo arcebispo está cada vez mais disseminada no Brasil, notadamente quando o Judiciário decide em desfavor de segmentos que desfrutam de poder diferenciado na sociedade. “Reiteramos que a postura inquisitorial do Arcebispo é inaceitável. Da mesma forma, registramos o grande respeito que temos pela Igreja Católica, e todas as outras religiões.” “A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul – AJURIS vem a público manifestar toda a indignação da Magistratura gaúcha em face das declarações do Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, que atribui ao Poder Judiciário a condição de ente corrompido, impulsionado por ter sido condenado em ação de indenização por fato que lhe foi imputado, ocorrido na cidade de Mogi Guaçu (SP). Esta prática adotada pelo Arcebispo está cada vez mais disseminada no Brasil, notadamente quando o Judiciário decide em desfavor de segmentos que desfrutam de poder diferenciado na sociedade. Reiteramos que a postura inquisitorial do Arcebispo é inaceitável. Da mesma forma, registramos o grande respeito que temos pela Igreja Católica, e todas as outras religiões. Entretanto, não podemos admitir que qualquer religioso, em nome de sua crença, insulte pessoas e instituições de forma arbitrária, numa quase retrospectiva da inquisição medieval. A AJURIS sempre exigirá pronta apuração de qualquer irregularidade no Poder Judiciário, mas não admitirá a ofensa generalizada e irresponsável, de qualquer autoridade, simplesmente pelo fato de ter seus interesses contrariados por decisão judicial. Repudiamos tal comportamento pelos evidentes danos que causa à democracia.” João Ricardo dos Santos Costa Fonte: Portal Correio do Povo |
Depois destas notícias acima vê-se que o Bispo tem toda razão, não se deve interferir nas coisas de qualquer Igreja. Se o elemento quer ser católico e casar na Igreja Católica ele deve seguir as regras da Igreja Católica, caso contrário vá procuar outra Igreja ou vá casar no inferno. A Juíza que concedeu a limirar errou feio. Aqui em Olimpia eu vejo vários Espíritas (sei porque frequento um Centro Espírita) que se casam na Igreja Católica (é muito bonito tal casamento e é isto que atrai a todos) e falam mal da própria Igreja Católica. Isto é hipocrisia. Quanto ao caso de mortes de Católicos e Judeus na guerra o Bispo errou feito. Os Judeus, ciganos e outros grupos foram mrotos por serem Judeus (ect.), já os Católicos, crentes, ateus, morreram em razão da guerra e não foram mortos exatamente por serem católicos, crentes ou ateus.
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