Lei Seca seria proibir – tal como o cigarro – o consumo em quaisquer estabelecimentos comerciais das 23h00 as 17h00…
CADÊ A CORAGEM POLÍTICA DO MÉDICO E GOVERNADOR: Dr. GERALDO ALCKMIN ?
( Culhão para impor restrições comerciais à máfia desse “refrigerante” ? …Eu, nem phodendo?…Quero morrer na política; não ser politicamente morto! )
Motorista que bebe, mata e continua a dirigir
- 29 de outubro de 2011 |
- 23h00
CAMILLA HADDAD
Motoristas que beberam, atropelaram e mataram pedestres no trânsito de São Paulo não perderam o direito de dirigir. Há uma semana, o gerente de banco Fernando Mirabelli, de 33 anos, atropelou três garis na Marginal do Pinheiros, matando dois deles. Ele dirigia um Toyota Hilux e, segundo a polícia, havia bebido. Autuado em flagrante por embriaguez ao volante, tentativa de homicídio e homicídio doloso, Mirabelli ficou preso dois dias, pagou R$ 50 mil de fiança e já está livre, devidamente habilitado.
Punições brandas para casos assim têm sido cada vez mais questionadas. Além de ser possível se livrar da prisão com o pagamento de fiança estipulada pela Justiça, o motorista suspeito de embriaguez não é, pela lei, obrigado a soprar o bafômetro na chamada operação Lei Seca da Polícia Militar, pois ninguém pode ser obrigado a produzir provas contra si. O exame de sangue também pode ser recusado. Mirabelli se negou a fazer os dois testes logo após matar atropelados os garis Alex Damasceno de Souza, de 26, e Roberto Pires de Jesus, de 36.
O advogado de Mirabelli, Alexandre de Thomazo, diz que a defesa não foi informada de nenhum tipo de pedido de apreensão da habilitação de seu cliente. De acordo com o advogado, Mirabelli enfrenta hoje duas restrições. “Não pode se ausentar da capital e mudar de residência sem autorização do juiz”, afirma. “Mas pode dirigir normalmente.”
Segundo especialistas, isso leva a uma sensação de impunidade que encoraja a pessoa a dirigir, mesmo após consumir álcool. Enquanto há brechas na lei, os acidentes provocados pela combinação bebida e direção vêm aumentando. Desde julho, ao menos sete pessoas morreram atropeladas e dez se feriram gravemente na capital nesse tipo de episódios.
Outro caso recente de motorista que matou e ainda assim pôde continuar dirigindo é o do estudante Felipe Arenzon, de 19 anos. No dia 30 de setembro, ao volante de um Camaro, logo após sair de uma casa noturna na Barra Funda, ele se envolveu em uma série de acidentes. Um caminhoneiro morreu queimado. O estudante apresentava sinais de embriaguez, mas também se negou a soprar o bafômetro. Arenzon foi solto após três dias, depois de pagar fiança de R$ 245 mil, e não teve a habilitação suspensa.
O promotor do júri Tomás Busnardo Ramadan diz que é contra o arbitramento de fiança em casos de morte e lesões no trânsito. “Quando existir embriaguez somada a desrespeito às regras de trânsito e que culmine com morte, a pessoa tem que ficar presa preventivamente. A liberdade só vai servir de estímulo para outros comportamentos iguais”, critica.
Advogado criminalista e ex-ministro da Justiça José Carlos Dias defende uma pena alternativa. “Suspensão da habilitação imediata vale mais do que prisão. Tem que impedir de dirigir e fazer o motorista trabalhar no trânsito, como marronzinho ou no atendimento a vítimas de acidentes.”
Os acidentes no fim da madrugada e início da manhã, logo após as baladas, como no caso de Arenzon, fizeram com que a PM ampliasse as blitze da Lei Seca. A fiscalização, que antes ia até as 4h, foi estendida até as 6h. Mesmo assim, no primeiro fim de semana do novo horário, a medida esbarrou nas brechas da lei: os 70 motoristas flagrados e levados para delegacias foram liberados.
O delegado titular do 7.º DP (Lapa), Rubens Barazal, que costuma receber motoristas embriagados quando são parados nas blitze da Lei Seca, explica que não pode prender a pessoa nessa situação, sem ter feridos. “É afiançável, ele pode até ser atuado em flagrante, mas não fica preso”, diz.
Procurado, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) não se pronunciou sobre os casos abordados pela reportagem.
Lembre os casos:
22/10/2011
– O gerente de banco Fernando Mirabelli, de 33 anos, atropela três garis na Marginal do Tietê. Dois morrem. PM diz que ele tinha sinais de embriaguez
– Pagou fiança de R$ 50 mil
– Habilitação não foi suspensa
16/10/2011
– O estudante Nacib Mohamed Orra, de 20 anos, atropela e fere 3 pessoas em um ponto de ônibus
– Pagou fiança de R$ 54,5 mil
– Não tinha habilitação
30/9/2011
– O estudante Felipe Arenzon, de 19 anos, bate em diversos carros entre as zonas oeste e norte. Uma pessoa morreu
– Pagou fiança de R$ 245 mil
– Habilitação não foi suspensa
17/9/2011
– Mãe e filha morrem após serem atropeladas pelo auxiliar de biblioteca Marcos Martins, de 33 anos.
– Foi solto sem pagar fiança
– Habilitação foi suspensa
23/07/2011
– A nutricionista Gabriela Guerreiro, de 28 anos, perde o controle do Land Rover que dirigia, atropela e mata o administrador Vitor Gurman, de 24 anos
– Ela não chegou a ser presa
– Habilitação foi suspensa
O FLIT EXPLICA: FABRICANTES DE BEBIDAS QUE CAUSAM ALCOOLATRIA FORAM HOMENAGEADOS PELA POLÍCIA MILITAR EM RAZÃO DOS MULTIPLOS BENEFÍCIOS DA CERVEJA: É ALIMENTO NO INVERNO; É REFRIGÉRIO NO VERÃO ( sem falar que é muito mais barata que maconha, cocaína e crack )
01/05/2011Editar Deixar um comentário Ir para os comentários
Mais uma pergunta –
Por Carlos Brickmann em 19/4/2011
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo montou uma assessoria de imprensa eficientíssima, correta, rápida, que distribui informações abundantes e precisas, sem floreios. Vale o elogio – e vale também perguntar de novo por que, dispondo de uma estrutura informativa de alta qualidade, a Secretaria de Segurança Pública não responde a algumas perguntas que esta coluna vem formulando desde outubro do ano passado. A Rota, Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, unidade de combate da PM paulista, comemorou 40 anos entregando o título “Amigo da Rota” a um grupo de pessoas e empresas, “pelas contribuições dadas ao grupo”. Entre os homenageados, quatro cervejarias: Ambev (Brahma, Skol, Antarctica), Schincariol (Nova Schin, Devassa), Femsa (Kaiser) e Heineken.
A imprensa não perguntou por que as cervejarias receberam a homenagem “pelas contribuições dadas ao grupo”. Esta coluna perguntou e não teve resposta.
Terão doado dinheiro, talvez? Equipamentos? Tudo bem: essa contribuição estaria registrada? Onde? Na saída e na entrada?
E onde fica um eventual conflito de interesses? Uma dessas empresas já foi invadida pela Polícia. A casa de seu proprietário foi sitiada, de madrugada, e os policiais ameaçaram derrubar as portas com bombas. Mas, se uma empresa é “Amiga da Rota”, haverá clima para investir contra ela?
Pergunta nunca é inconveniente. O que pode ser inconveniente são as respostas. Mas qual seria a inconveniência de esclarecer de vez o assunto?

As imagens – que poderão ser confirmadas no site oficial do Programa Polícia 24 horas – revela um dos porquês de o OLIGOPÓLIO CERVEJEIRO ser tratado como AMIGO DA POLÍCIA MILITAR.
Seja dito de passagem, a indústria de bebidas alcoólicas não faz parceria ou amizade: FAZ SERVOS.
E horário gratuito na televisão só para propaganda eleitoral; enquanto não conseguirem alterar a legislação.
Programa grátis nem prá Jesus.
E se reality show especialmente destinado à propaganda institucional da Polícia Militar de São Paulo desse Ibope, certamente, há muito tempo, estrelava na Globo ( em horário nobre ).
No Brasil Polícia , salvo quando policial vai prá cadeia, não dá audiência; quem dá audiência é o fato criminoso.
Enfim, quando se lucra bilhões criminosamente; não custa quase nada investir em marketing social divulgando a operacionalidade da PM. Especialmente dos policiais amigos que, além de proprietários ou funcionários de empresas de segurança particular, não incomodam transportadores e distribuidores, exigindo a exibição da documentação fiscal, da documentação de trânsito; verificando as condições de segurança dos veículos.
Pretender que o policial inquira a razão da utilização de veículo de vendas ou caminhão de placas de Niterói, Nova Iguaçu, apenas para exemplificar, na representação ou distribuição de cerveja de fábrica Paulista, seria pedir demais.
O caminhoneiro poderia querer saber o motivo de a viatura ser de Curitiba, né? (No caso do fiscalizado é que as eventuais multas nunca serão cobradas; no caso da viatura alugada e cedida para policiamento rodoviário o motivo é economizar com o IPVA).
Termino com a resposta dada pela cantora Ivete Sangalo ao CQC, quando questionada por não beber cerveja, mas receber os royalties das campanhas publicitárias: CADA UM COM SEU VÍCIO MINHA FILHA!
Pois é, com resposta muito filho da puta, sinteticamente, disse prá que a cerveja presta: engordar, induzir dependência química e dar grandes lucros.
Dane-se quem beber; ela pega na latinha só para ganhar muito dinheiro.
A mesma lógica dos rotarianos da PM; que é a mesma lógica dos traficantes e de quem deles recebe dinheiro: O VICIADO QUE SE PHODA!
Bebe quem quer, fuma quer, “cheira” quer…
E SE “ADIANTA” QUEM PUDER.
