“BANDALHEIRA NO DETRAN”
JOÃO LEITE NETO COMENTA E ANALISA OS PRINCIPAIS FATOS POLÍTICOS E POLICIAIS.
Arquivo diário: 24/10/2011
EM DEFESA DO CORPORATIVISMO – Ao contrário do que muita gente pensa, o juiz de Direito não é um funcionário público comum…O magistrado que, não raro, sequer alcançou os 30 anos de idade, deve escolher os locais que frequenta, suas companhias, e, no mais das vezes, acaba sozinho, o que lhe causa verdadeiras sequelas ( E o resto? Faz o que quer; anda com quer quer e come quem quiser ? ) 22
24/10/2011
José Carlos Gonçalves Xavier de Aquino*
Sei que é axioma do jornalismo que notícia boa é notícia ruim, mas também sei que o jornalismo sério se preocupa em propiciar aos seus leitores a correta versão dos fatos, ensejando a todos, democraticamente, o sacrossanto direito de expor o seu ponto de vista. Atualmente têm surgido, de forma generalizada, manchetes na imprensa escrita, falada e televisada sobre “bandidos de toga”, diante de entrevista concedida pela ministra do Superior Tribunal de Justiça e corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, dando conta que, frise-se, em todo o Brasil, na última década tão somente 39 juízes foram investigados em operações de grande porte levadas a efeito pela Polícia Federal, sendo certo que 31 deles foram denunciados à Justiça pelo MP, 7 chegaram efetivamente a ser julgados, e apenas 2 foram realmente condenados.
Inicialmente é bem que se diga que, efetivamente, não escrevo pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, pois que não exerço nenhum cargo diretivo, mas sim como juiz de Direito que, por 17 anos, integrou os quadros do Ministério Público do Estado de São Paulo, como promotor e procurador de Justiça, e por quase 20 faz parte da magistratura bandeirante, porquanto me sinto profundamente ofendido pelos termos chulos utilizados na aludida entrevista e, como eu, milhares de magistrados impolutos que dedicam a vida ao Poder Judiciário, no afã de distribuir Justiça dando a cada um o que é seu com igualdade.
Faço parte da comissão examinadora do 183º Concurso de Ingresso à Magistratura do Estado de São Paulo e sei, muito bem, a tarefa árdua que está sendo escolher pessoas capacitadas para comporem o Poder Judiciário. Registre-se que essa triagem de escolher juízes vocacionados para exercerem a profissão é feita com muita acuidade, pois, ao longo da carreira que os candidatos pretendem abraçar, não raro, terão que lidar com o crime organizado e, por vezes, deverão ter estrutura psíquica para, ao receberem ameaças, algo muito comum, não se desestabilizarem de molde a interferir na entrega da prestação jurisdicional.
No início do aludido concurso foram 18 mil inscritos e sei, porque ao meu tempo também passei por essa fase, que os candidatos durante o certame abdicam do convívio familiar, tiram férias para estudar, enfim, se estressam, objetivando sucesso na empreitada. Existe uma verdadeira varredura jurídica e pessoal dos candidatos até a proclamação do resultado final, que, no presente concurso, se dará ao cabo de um ano e meio. Como se vê, a escolha de novos juízes é rigorosa e, na carreira, como em toda profissão, existem os bons, a grande maioria, e os maus juízes, daí por que a mui digna ministra corregedora poderia – porque é essa a sua função –, em homenagem aos juízes probos e honestos, nominar, em cada Estado da Federação, quem são os chamados magistrados corruptos ou, como se disse, “bandidos que estão escondidos atrás da toga”.
Também faço parte do Colendo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que tem a missão penosa e constrangedora, entre outras, de julgar administrativamente seus pares. Posso garantir que, aqui, os juízes que cometem pecadilhos e infrações graves são devidamente punidos, na medida em que a Egrégia Corregedoria Geral da Justiça tem ao longo da última década atuado bravamente, ao contrário do que ficou genericamente alegado. É bem de ver que a composição do Órgão Especial do Tribunal de Justiça é de 25 desembargadores e nunca ocorreu falta de quórum para julgar e punir um colega.
De outro lado, é bem de ver que os processos administrativos disciplinares tirados contra juízes não ficam, como foi dito alhures, parados. No Estado de São Paulo, nos últimos dez anos, dos 159 processos instaurados, 89 resultaram em punição, como se vê do quadro sinótico abaixo, sendo certo que em determinados casos graves, ad cautelam, o magistrado foi suspenso preventivamente até que, observado o devido processo legal, isto é, com as garantias da ampla defesa e do contraditório, se chegasse à devida punição.
| 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011* | TOTAL | |
| Abertura de Processo Administrativo Disciplinar | 15 | 18 | 15 | 11 | 14 | 16 | 13 | 12 | 13 | 15 | 12 | 5 | 159 |
| Penalidades aplicadas | |||||||||||||
| Advertência | 7 | 0 | 5 | 8 | 4 | 5 | 0 | 1 | 1 | 3 | 1 | 1 | 36 |
| Censura | 1 | 4 | 4 | 3 | 1 | 5 | 1 | 2 | 6 | 4 | 2 | 3 | 36 |
| Remoção compulsória | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 1 | 0 | 1 | 1 | 5 |
| Disponibilidade | 0 | 0 | 2 | 0 | 0 | 0 | 2 | 1 | 1 | 2 | 2 | 1 | 11 |
| Aposentadoria Compulsória | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
| *até 21/09/2011 |
Ao contrário do que muita gente pensa, o juiz de Direito não é um funcionário público comum, posto que, como em outros países, a magistratura é uma carreira de Estado e, por via de consequência, deve ter vencimentos condizentes, bem como proporcionar uma aposentadoria digna a seus membros. Essa garantia não é do juiz, mas sim do jurisdicionado, ao permitir que o agente do Poder Judiciário julgue as demandas, que, às vezes, envolvem milhões de reais, com tranquilidade. É ela, a magistratura, um verdadeiro sacerdócio que impõe, aos juízes no início da carreira, restrições inexistentes para um jovem comum. Nos mais longínquos rincões, muita vez, o magistrado que, não raro, sequer alcançou os 30 anos de idade, deve escolher os locais que frequenta, suas companhias, e, no mais das vezes, acaba sozinho, o que lhe causa verdadeiras sequelas.
Portanto, em nome desse juiz que durante sua carreira passa muitas agruras neste país de dimensão continental, tem comportamento ilibado, devendo ser o fiador da cidadania, é que se baseia a voz do meu reclamo no sentido de que se nominando, a ministra, os maus juízes, conforme lhe cumpria, significaria separar o joio do trigo.
* José Carlos Gonçalves Xavier de Aquino é desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo
Fonte: artigo publicado originalmente no Jornal Estado de Minas, coluna Direito&Justiça, em 24/10/11.
Comunicação Social TJSP – AC (foto ilustrativa) / DS (arte)
imprensatj@tjsp.jus.br
A Segurança Pública de São Paulo está em crise 52
Crise na Segurança Pública do Estado
Centenas de investigações não solucionadas por todo o estado podem ser reflexo da falta de estrutura da Policia Civil. A Record mostra agora com exclusividade, o desabafo de um delegado que trabalha há anos na corporação
http://www.recordriopreto.com.br/portal/noticias/NzQ2Mw==/crise-na-seguranca-publica-do-estado.htm
A POLÍCIA EM SÃO PAULO DEVE OBEDECER A INTERPRETAÇÃO JURÍDICA DO GOVERNO: “a polícia de São Paulo está orientada para tipificar como doloso e, imediatamente, prende, recolhe. Só o juiz pode liberar, mediante fiança!” ( O Governador tornou mais fácil à defesa o relaxamento da prisão ) 17
Chamem o Figueiredo, o Golbery e o Erasmo Dias, pois não estou acreditando na entrevista que acabo de ler no Estadão on line, atribuida ao Governador Alckmin, em que ele teria afirmado que “nós estamos interpretando que atropelamento e morte por alcoolismo são homicídio doloso” e ainda acrescentado que “a polícia de São Paulo está orientada para tipificar como doloso e, imediatamente, prende, recolhe. Só o juiz pode liberar, mediante fiança!”
Santo Deus, desde quando o Governador, o SSP e os dirigentes administrativos seriam agora os intérpretes da legislação penal aplicável, não mais as autoridades de polícia judiciária e o poder judiciário! E, assim como ocorreu na ditadura, estariam agora apenas vinculadas a essa aberração de interpretação dada pelo governante ou por seus auxiliares!
E desde quando teria o legislador pátrio conferido-lhes o poder de interpretar a legislação penal e,mais que isso, de decidir como cada autoridade policial deve agir em cada caso que lhe é apresentado?
Juristas do Brasil, do mais simples aos mais renomados, tenham a palavra antes que seja muito tarde!
Privilégio de doutor 6
Editorial do Jornal Agora
24/10/2011 Privilégio de doutor
Um juiz no Rio de Janeiro processou o condomínio para ser chamado de ‘doutor’ pelo porteiro. Outro, em Franca, no interior de SP, mandou prender um policial, que havia chamado a sua atenção por falar no telefone ao volante.
São apenas episódios quase cômicos de um mal maior, esse sentimento de superioridade e prepotência de alguns juízes.
Agora o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo defende que haja “delegados especiais”, só para cuidar de casos envolvendo juízes. Diz que a medida evitaria abusos por parte da polícia e que os casos fossem distorcidos pela imprensa.
A proposta não faz sentido. Os juízes já têm uma série de prerrogativas -não podem, por exemplo, ser levados a delegacias, e o problema tem de ser informado ao Tribunal de Justiça. Só não existe a previsão de “delegado especial”. Seria demais.
Juiz é uma profissão bem importante. Eles são responsáveis por julgar e decidir o destino de milhões de pessoas, de empresas e de governos.
Dada a enorme responsabilidade, é natural que tenham alguns benefícios, para que o julgamento se dê sem nenhum tipo de pressão externa.
Mas a legislação mais importante do país, a Constituição, estabelece que todos, sem exceção, são iguais perante à lei. Os juízes, mais do que ninguém, nunca deveriam se esquecer disso.
Policial militar é suspeito de montar kit extorsão ( “serão adotadas as medidas de estilo para casos como este” ) 6
Léo Arcoverde
do Agora
A descoberta de um frasco com lança-perfume com um aluno de 11 anos em uma escola estadual de Embu-Guaçu (Grande SP), há dois anos, desencadeou a suspeita de um esquema de extorsão cometido por PMs do 50º Batalhão, em Parelheiros (zona sul de SP).
O estudante flagrado com lança-perfume é enteado do soldado Sidnei Scheidt, 40 anos. O aluno contou a PMs ter pego o frasco em uma pochete, encontrada por ele na rua e guardada na garagem de casa. Na bolsa também havia cocaína, maconha, crack e munições calibres 9 mm, 735 e 12.
Por determinação da Promotoria, o Núcleo Corregedor da Delegacia Seccional de Taboão da Serra (Grande SP) teve de apurar os fatos. Dois anos depois, a investigação aponta agora que a pochete, na verdade, é do soldado Scheidt e constitui um “kit extorsão” utilizado por ele e por colegas da Força Tática do 50º Batalhão para cobrar propina de suspeitos detidos em troca da liberdade deles.
Resposta
O soldado do 50º Batalhão Sidnei Scheidt negou ser dono da droga encontrada em sua casa. Ele também disse que não deixava de apresentar parte da droga apreendida com presos por tráfico. “A acusação se baseou em uma coisa errada e isso vai ter que se provado”, disse.
O criminalista José Miguel da Silva Júnior, defensor de Scheidt, disse que os depoimentos dos dez presos “devem ser encarados com ressalvas” e que eles são fruto do “combate que seu cliente fez ao tráfico na região”.
“O kit extorsão é uma invenção, fruto da imaginação do delegado. Nunca houve nada disso.
O criminalista disse que indiciamento de seu cliente “é mera formalidade”. “Há doutrinadores que defendem a extinção do indiciamento por conta de casos como esse. A pessoa é indiciada sem ter direito à defesa.”
Resposta 2
O Comando-Geral da Polícia Militar disse em nota que sua Corregedoria não recebeu comunicado oficial de qualquer órgão da Polícia Civil acerca desse caso.
Assim que isso for feito, diz o Comando-Geral, “serão adotadas as medidas de estilo para casos como este”.
O Comando-Geral disse que o soldado Sidnei Scheidt está trabalhando numa base fixa, sob supervisão de superior hierárquico. “Independentemente de quem sejam ou quantos sejam os policiais militares implicados nos fatos apurados pela Polícia Civil, será instaurado processo disciplinar e os policiais militares serão afastados”, diz a nota.
A PM também informou que o caso envolvendo o soldado foi apurado por meio de inquérito policial militar, em 2009, cuja investigação já foi encaminhada à Justiça Militar. O resultado dessa apuração não foi informado.
WikiLeaks pode fechar por problemas financeiros até o fim do ano 1
Site de vazamento anuncia suspensão temporária de atividades com objetivo de concentrar-se em arrecadação de recursos
iG São Paulo | 24/10/2011 11:17 – Atualizada às 15:58
O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, de 41 anos, disse nesta segunda-feira que problemas financeiros podem levar ao fechamento do notório site de vazamentos até fim deste ano.
“Se o WikiLeaks não encontrar uma forma de remover o bloqueio, simplesmente não seremos capazes de continuar no próximo ano”, disse Julian Assange, referindo-se ao bloqueio de seus recursos por operadoras de cartões de crédito e outras empresas desde o ano passado.
“Se não pusermos fim ao bloqueio, simplesmente não poderemos prosseguir”, disse, lembrando ter entrado com uma queixa em julho junto à comissão europeia de violação das regras da concorrência. “Um grupo de empresas financeiras americanas não pode ser autorizado a decidir sobre a maneira de o mundo inteiro aplicar seu dinheiro”, afirmou.
As declarações foram feitas por Assange no Reino Unido, onde está está retido à espera da conclusão de um julgamento de extradição para a Suécia sob a acusação de supostos abusos sexuais.
Em um comunicado, o site de vazamentos, que publicou milhares de documentos comprometedores de governos de todo o mundo, anunciou a suspensão temporária da divulgação de segredos e sigilos para concentrar-se na arrecadação de fundos que permitam garantir a futura sobrevivência.
O WikiLeaks destacou que suspende a divulgação de documentos secretos oficiais perante “o bloqueio arbitrário e ilegal” imposto desde dezembro de 2010 por empresas americanas como Bank of America, Visa, MasterCard, PayPal e Western Union, que, segundo Assange, “destruiu 95% de nossos rendimentos”.
O site criado por Assange afirma em um comunicado que se vê forçado a “arrecadar fundos agressivamente para contra-atacar”, após o bloqueio que dificulta o acesso a fontes de financiamento.
Assange acusou os EUA de estar por trás da iniciativa dos ataques bancários, que privaram a organização de “dezenas de milhões de dólares em donativos” nos últimos 11 meses. O porta-voz do site, Kristinn Hrafnsson, disse que os donativos ao WikiLeaks foram de “mais de US$ 100 mil por mês” (antes da decisão do Visa e do Mastercard) para “US$ 6 mil ou US$ 7 mil” atualmente.
As companhias financeiras com base nos EUA cancelaram o envio de fundos ao WikiLeaks depois de o site começar a publicar cerca de 250 mil documentos confidenciais do Departamento de Estado americano.
Contradições
Os anúncios desta segunda-feira contradizem declarações de Assange na semana passada durante uma videoconferência com Lima, quando afirmou que seu site estava numa forte “situação financeira” e tinha, ainda, “milhares de revelações” a fazer.
O WikiLeaks, lançado em 2006, esteve na primeira página mundial pelas informações divulgadas, em especial os abusos do Exército americano em Bagdá, publicando também relatórios confidenciais do Exércio americano sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque, o que irritou profundamente Washington.
Mas foi a divulgação, a partir do final de novembro de 2010, de milhares de telegramas diplomáticos americanos que fez de Assange uma figura não desejável dos EUA.
*Com EFE, AFP e AP
Só falta mais um!!! 34
Boa noite Dr. Guerra!! Posta ai essa imagem no blog:
http://www.studiovirtues.com.br/images/uploads/hahaha.jpg
Sinal de que o mundo está melhorando! Só falta mais um!!!

