Policiais recém-nomeados pedem exoneração por falta de estrutura no Amazonas 3

  Setembro de 2011-  Escrito por Agostinho Alves

Em média, por mês, 13 candidatos aprovados e nomeados, em fevereiro deste
ano, no concurso da Polícia Civil (PC) do Amazonas pediram exoneração dos
cargos. O presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil (Sinpol-AM),
Moacir Maia, informou que entre as principais justificativas estão os baixos
salários e a falta de estrutura para o trabalho.

Em fevereiro, de acordo
com dados da assessoria de comunicação da PC, foram nomeados 951 novos
policiais, sendo que 927 tomaram posse para atuar em Manaus e no interior do
Estado. No entanto, segundo o Sinpol, deste total, 19 delegados, 29
investigadores, 24 escrivães e oito peritos já pediram demissão. “A expectativa,
por conta da desmotivação, é de que esse percentual aumente”, disse
Moacir.

Foto: Diário do Amazonas

Segundo ele, o sindicato já entrou em contato com o governo do Estado
reivindicando melhorias tanto na questão salarial quanto estrutural. O objetivo,
explicou, é trabalhar a valorização do profissional e com isso evitar que os
policiais migrem para outros setores ou tenham que fazer ‘bicos’ para aumentar a
renda. “A verdade é que muitos não querem pôr em risco a vida por um salário tão
baixo”, afirmou.

O secretário em exercício da Secretaria de Estado de
Segurança Pública (SSP), delegado Umberto Ramos, informou que a pasta está se
empenhando para evitar que novos profissionais deixem a Polícia Civil. Segundo
ele, já estão sendo realizadas as compras de novos equipamentos e acessórios.
Ele frisou, também, que o governo já concedeu aumento salarial para a categoria
este ano.

Afirmou, ainda, que os equipamentos deverão ser entregues até o
final do mês de novembro não só para as delegacias onde vai ser implantado o
Programa Ronda nos Bairros, na zona norte, mas para todos os Distritos
Integrados de Polícia (DIPs). “Sabemos que vários fatores contribuem para a
saída do profissional do quadro da polícia, mas estamos trabalhando para
mantê-los na função”, garantiu Umberto.

Fonte: Diário do Amazonas

158 anos da Polícia Civil do Paraná 1

Programação alusiva aos 158 anos da Polícia Civil do Paraná


Programação alusiva aos 158 anos da Polícia Civil do Paraná:

23
de Setembro de 2011

Sessão Solene Comemorativa do Aniversário da
Polícia Civil do Paraná
Horário: 20h
Local: Câmara Municipal de
Curitiba

24 de Setembro de 2011
Torneio de
Tiro
Horário: 20h
Local: 15ª SDP / Cascavel-PR
Rua da Bandeira, 1301,
Centro

27 de Setembro de 2011
Memorial da Polícia
Civil
Horário: 10h
Local: Escola Superior da Polícia
Civil

28 de Setembro de 2011
Aniversário da Polícia
Civil e Lançamento do Selo Comemorativo aos 158 anos
Horário: 10h
Local:
Memorial de Curitiba / Largo da Ordem
Rua Claudino dos Santos, 79, São
Francisco

29 de Setembro de 2011
Sessão Solene
Comemorativa do Aniversário da Polícia Civil do Paraná
Horário: 17h
Local:
Assembléia Legislativa do Paraná

1º de Outubro de
2011

11º Baile da Polícia Civil em comemoração aos 158
anos
Horário: 21h30
Local: Iate Clube – Londrina


Assessoria de Imprensa da Polícia Civil

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2011 – Assessoria de Relações com a Comunidade
– ARCWeb / DPC

Os delegados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul não abrem mão de realinhamento salarial com procuradores 1

Delegados de Polícia mantêm
indicativo de paralisação



http://www.radiofandango.com.br/archive/valor.php?noticia=23241


Os delegados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul não abrem mão de
realinhamento salarial com procuradores. A decisão foi tomada em encontro que
reuniu neste sábado  cerca de 250 delegados, entre aposentados e da ativa. A
categoria deve enviar ao governador Tarso Genro uma carta com este e outros
pedidos. Caso a proposta não seja aceita, o indicativo de paralisação está
mantido.

Enquanto o salário inicial de um procurador chega a R$ 15 mil,
o vencimento de um delegado no início da carreira é de R$ 7 mil. O presidente da
associação da categoria, Wilson Muller Rodrigues, destaca que há dez anos os
delegados ganhavam o mesmo que um procurador e já existe entendimento favorável
no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a medida.

O governo já havia
acenado que não seria possível implementar a medida, pois significaria
praticamente dobrar o salário dos 943 delegados, 561 ativos e 382 inativos.

Ontem, terminou sem acordo reunião entre o Palácio Piratini e escrivães,
inspetores e investigadores da Polícia Civil. A Ugeirm Sindicato pede 25% de
reajuste salarial e o governo ofereceu entre 10% e 13%.

ALCKMIN CENSURARIA DISCURSO DE VEREADOR DE FERNANDÓPOLIS? 3

Alckmin pede gravação
de sessão para analisar crítica de vereador
24/09/2011 – 12:00:00
– Da Redação
Vereador na mira do
governador Geraldo Alckmin

A assessoria do
Governador de São Paulo Geraldo Alckmin pediu cópia da gravação da sessão
ordinária da Câmara Municipal de Fernandópolis para apurar se o vereador Rogério
Chamel cometeu decoro parlamentar.

O fato teria acontecido na sessão do
dia 13 de setembro quando o vereador usou a tribuna do Legislativo para criticar
o governador que é do PSDB e teria mencionado a palavra “mentiroso”.

O diretório estadual do partido também seria responsável pelo pedido enviado na
semana passada à presidente do Legislativo, Creusa Nossa que teria autorizado e
respondido o requerimento na última segunda-feira.

O diretório local do PSDB será responsável pelo envio do material que será destinado ao diretório estadual.

O RN apurou que Chamel teria peguntado na tribuna da Câmara:
Quem está mentindo, o governador ou o deputado Julio Semeghini? Relacionando o
fato a denúncia nas 253 casas do CDHU.

 http://www.regiaonoroeste.com/portal/materias.php?id=32799&busca=&pagina=&oquelista=

Assepsia contra corrupção: Sabe que dia o CNJ inspecionará o Tribunal de Justiça de São Paulo?…”No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro”, ministra Eliana Calmon 2

25/09/2011
Calmon quer assepsia contra
corrupção
Corregedora Nacional não poupa críticas
ao TJ-SP e ataca tentativa de redução do papel do conselho na punição contra
juízes
Cláudio César de
Souza
Ao completar um ano à frente da
Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a ministra Eliana Calmon, 66
anos, já traçou as metas para o restante de sua gestão, que se encerra em
setembro do ano que vem: garantir aos Tribunais de Justiça autonomia financeira
e estruturar as corregedorias dos tribunais estaduais. Com essas duas medidas,
ela considera que sua missão estará completa e que será dado um grande passo
para agilizar a Justiça, resolvendo problemas históricos de falta de estrutura,
de verbas e de funcionários e prédios precários.

“Acho que o problema do
Judiciário brasileiro ainda é gestão, mas já melhorou bastante. O CNJ veio para
ensinar gestão ao poder Judiciário, mostrar como é que se gere e criar um padrão
uniforme para todos os tribunais. Antes do CNJ, nós tínhamos 27 tribunais
estaduais que eram ilhas isoladas”, disse a ministra, em entrevista exclusiva
concedida à Associação Paulista de Jornais (APJ) em seu gabinete em Brasília
(DF).

Fiel ao seu estilo de falar o que pensa e não se intimidar diante
dos desafios, Eliana Calmon não poupou críticas ao Tribunal de Justiça de São
Paulo. “Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento
Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer
ação do CNJ e o presidente do Supremo Tribunal Federal é
paulista.”

Responsável por punir os juízes envolvidos em casos de
corrupção e cobrar mais eficiência, a ministra mostrou indignação ao ser
questionada sobre a pressão sofrida pelo Supremo Tribunal Federal para reduzir
as competências do CNJ, proibindo-o de investigar e punir magistrados antes que
as corregedorias dos tribunais de justiça dos estados façam este trabalho de
apuração e julgamento. “Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da
magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos
que estão escondidos atrás da toga.”

Na entrevista, ela falou ainda
sobre os projetos do CNJ para agilizar a Justiça e cobrou mobilização popular
contra a corrupção na política. Leia abaixo os principais
trechos.

APJ – Ministra, quais são as principais ações da senhora
na Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça?
Eliana Calmon – Desde que
assumi em setembro do ano passado, tenho entendimento de que a Corregedoria do
CNJ não é para ter apenas função disciplinar. A Corregedora também tem por
função orientar, direcionar, dirigir e facilitar da magistratura. Corregedoria é
também corregência. Tenho trabalhado nestas duas posições. De orientação, de
desmanchar os nós que se apresentam na condução da atividade jurisdicional e, ao
mesmo tempo, a questão disciplinar dos magistrados que estão, de alguma forma,
com algum problema no seu comportamento como julgador. Na questão de orientar e
direcionar, temos diversos programas. Cito como exemplo o programa Justiça
Plena, que nasceu a partir do interesse da Secretaria de Direitos Humanos por
força de processos que o Brasil estava respondendo em cortes internacionais por
estar transgredindo direitos humanos aos quais tinha se comprometido em
priorizar a realização. Muitos dessas transgressões, indicados pela Corte
Internacional, é no sentido de que os processos judiciais não estão andando.
Como exemplo, crimes cometidos por milícias ou crimes praticados na área rural,
que tiveram grande repercussão social, e que não andam. A partir daí que pediram
a interferência da Corregedoria do CNJ. Aí que criamos este programa Justiça
Plena e começamos a monitorar alguns processos que têm interesse grande, tem
relevância e importância social e alguns deles que o Brasil tem interesse
absoluto de resolver.

APJ – A Corregedoria do CNJ identifica os
gargalos da Justiça e cria programas específicos para resolvê-los?
Eliana –
Inclusive na questão até política. Passei isto tudo para o presidente do CNJ,
que é o ministro Cezar Peluso. Ele deu todo o apoio e disse vamos para imprensa
dizer quem é o vilão da história. A partir daí, o INSS pediu calma. Disse eu me
rendo e vamos fazer parceria, vamos resolver. Para os juizados especiais
federais traçamos a meta prioritária. Até dezembro, o INSS se comprometeu em
cumprir todas as sentenças transitadas em julgado, todos os acordos e todas as
decisões que o Supremo Tribunal Federal tomou em relevância. A meta 2 deste
programa é para resolvermos no segundo semestre, que são todos os processos do
Brasil que não dependem de decisões, mas sim de cálculos. Cálculos para saber
quanto é o valor de cada aposentadoria. Em seis meses vamos resolver estes
problemas. Traçamos metas e no cumprimento dessas metas vamos tirando o inchaço
da Justiça. São pessoas, como no caso que citei do homem que esperava
indenização há 40 anos, que nem tem mais esperança na Justiça. É aí que o CNJ
entra. Quero destacar outro programa, que é o Pai Presente, para agilizar os
processos de reconhecimento de paternidade. Temos índice de 30% que reconhece
imediatamente que é o pai, manda fazer o registro e elimina a necessidade de
processo judicial. De 40% a 50% os pais dizem que reconhecem os filhos se for
feito o exame e mandamos fazer. Fica percentual pequeno depois da triagem, de
10% que dizem que só pagam se o juiz mandar. E aí damos sequência ao
processo.

APJ – Na avaliação da senhora, quais são hoje os principais
problemas do Judiciário brasileiro e como o CNJ tem atuado para ajudar a
solucioná-los?
Eliana – Acho que o problema do Judiciário brasileiro ainda é
gestão, mas já melhorou bastante. O CNJ veio para ensinar gestão ao poder
Judiciário, como é que se gere, e criar um padrão uniforme para todos os
tribunais. Antes do CNJ, nós tínhamos 27 tribunais estaduais que eram ilhas
isoladas, cuja informática não se comunicava porque os sistema eram
incompatíveis. Hoje, estamos marchando para estabelecer uma só forma de todos
administrarem o precatório, uma só forma de todos terem o controle interno, uma
só forma de ter um sistema de servidores públicos. Assim, vamos administrando
esta parte, uniformizando e criando metas a serem alcançadas.

APJ –
Como o CNJ identifica os problemas e onde é preciso mais investimento para
agilizar a Justiça?
Eliana – Através de inspeções. Isso nós fazemos, é um
trabalho constante. Nossa equipe é muito pequena e nos ressentimos disto. Temos
apenas 40 pessoas, contando com os juízes e comigo. Muito pouca gente, mas o que
vamos fazer? Inclusive, quando vamos para inspeção, começamos também a fazer a
triagem de problemas disciplinares. Magistrados que não estão cumprindo seus
deveres, processos que estão paralisados por vontade própria e que estão
guardados nas prateleiras, dentro dos armários. Temos encontrado muitas coisas
feias, que as corregedorias são incapazes de tomar partido, muitas vezes por
corporativismo e outras vezes porque o plenário não dá guarida ao corregedor. O
Órgão Especial não deixa ou não tem quórum para condenar o juiz, muitas vezes
por fatos gravíssimos.

APJ- Pegando o exemplo de São Paulo, onde
faltam prédios, juízes e estrutura, como a senhora faz? A senhora cobra do
governador mais recursos para o Tribunal de Justiça?
Eliana – Sabe que dia eu
vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um
Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ e o presidente do
Supremo Tribunal Federal é paulista.

APJ – Como resolver isto? A
senhora tem tentado?
Eliana – Tenho sensibilizado e monitorado. Ficam dizendo
assim sobre mim: ela vem. De vez em quando, eu vou lá e faço uma visita de
cortesia. É muito difícil. Eu só posso fazer uma inspeção em São Paulo pontual.
Por exemplo, eu vou para as varas de execução penal ou para as varas de
recuperação judicial, onde existem muitos problemas. Mas fazer uma inspeção
geral não dá porque São Paulo é um monstro. Quando eu assumi a corregedoria no
ano passado, o ministro Gilmar Mendes me disse o seguinte: se você não resolver
o problema de São Paulo, você não resolve nada. Porque São Paulo representa 60%
dos processos ajuizados no Brasil. Lá é hermético. Eles não informam para o CNJ
os valores pagos para os desembargadores. De qualquer forma, São Paulo tem uma
coisa de boa. São Paulo tem um órgão de controle dos juízes de primeiro grau
muito bom, com muita estrutura. Então, não me preocupo tanto. Há corporativismo,
há coisas equivocadas e tal, mas não me preocupo tanto. A minha preocupação são
tribunais que estão absolutamente sem controle, inclusive na questão
disciplinar. Bato muito nesta tecla. As corregedorias estaduais não são capazes
de cumprir seu papel. Não têm o apoio necessário dos membros do tribunal, não
têm estrutura adequada, o corregedor muitas vezes não tem quadro de pessoal nem
verba própria, as corregedorias estão desestruturadas. E o que pior, as
corregedorias não têm continuidade. Como não têm quadros próprios, cada
corregedor que chega traz seu pessoal e está sempre começando. Então, minha luta
hoje é estabelecer quadros próprios para as corregedorias, de tal forma que os
servidores da corregedoria fiquem como servidores de corregedoria. E que as
corregedorias tenham orçamento próprio, para o corregedor saber o que vai fazer
e elaborar seus projetos. A corregedoria tem que ser um órgão dissociado dos
demais.

APJ – A senhora já conversou sobre isto com a presidente
Dilma?

Eliana – Com a presidente Dilma, não. Mas já conversei com os
corregedores, com os presidentes dos tribunais de justiça, que não querem
naturalmente. Mas vou levar este projeto para o Tribunal Pleno do CNJ para ver
se conseguimos impor esta situação aos tribunais de justiça.

APJ – Nas
cidades do interior, há pequeno número de varas federais e de defensores
públicos. Como melhorar esta situação?

Eliana -Na Defensoria
Pública, há déficit mas é uma luz no fim do túnel. São Paulo foi o último estado
a ter defensor público. Tinha ser o primeiro, o carro-chefe, pela estrutura que
tem. Mas temos que ter um pouco de paciência, porque não dá para ter tudo. A
estrutura da Defensoria Pública Federal está melhorando também.

APJ –
Apesar de já ter projetos atualmente em discussão no Congresso Nacional, a
modernização dos códigos Civil e Penal tem demorado para ser implementada. Por
que isto acontece e quais mudanças que estão em discussão a senhora destaca como
mais importantes?

Eliana- Todo código é muito demorado. Quando se
faz a lei, ele já está defasado. Com a velocidade da vida, os códigos ficam
envelhecidos. Acho que as codificações pegam por interesses que nem sempre são
da Justiça. Acho que o processo penal brasileiro está em absoluta crise, porque
tem prevalecido teses jurídicas dos grandes escritórios de
advocacia.

APJ – O que pode ser modernizado?

Eliana –
Primeiro, o Foro Especial. O tamanho dele é absurdo. Segundo, esta plêiade de
recursos. Ninguém aguenta mais. Hoje no Brasil, você tem quatro instâncias. Até
chegar à última instância, as pessoas já morreram e não aguentam mais esperar. E
a corrupção dentro do poder Judiciário vem muito desta ideia. Na medida em que
você demora muito na Justiça, você começa a criar os atritos e os problemas. Se
for rápido, também dá ensejo a que exista menos recursos e menos corrupção. A
corrupção também existe porque o processo demora tanto que neste interregno
começa a haver uma série de incidentes. A Justiça é muito entupida porque um
conflito na sociedade gera dez processos. Ninguém aguenta este grande número de
recursos.

APJ – Há atualmente uma enorme pressão para que o STF reduza
as competências do CNJ, proibindo-o de investigar e punir juízes acusados de
corrupção e ineficiência antes que as corregedorias do tribunais de Justiça dos
Estados façam este trabalho de apuração e julgamento. Por que há esta pressão e
como a senhora se posiciona?

Eliana – Já disse e está em todos os jornais. Acho que isto é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura,
que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga.

APJ – O CNJ tem enfrentado dificuldade para
punir os casos de juízes e promotores acusados de corrupção? Por
que?

Eliana -Já começa a ter dificuldade.

APJ – Como
eliminar estas dificuldades?

Eliana -A palavra está com o
Supremo Tribunal Federal.

APJ – O CNJ se dispôs a implantar nas
cidades brasileiras varas específicas da Lei Maria da Penha, que está
completando cinco anos. Como está este trabalho, quais cidades já foram
beneficiadas e quais estão em processo de instalação?

Eliana -O CNJ
está devagar nesta parte, mas na realidade temos todo incentivo. Temos que
deixar que os tribunais façam este trabalho. O CNJ faz a conscientização da
necessidade de serem criadas estas varas da Lei Maria da Penha.

APJ –
Como a senhora analisa os casos recorrentes de corrupção na política,
principalmente no governo federal?

Eliana – Estamos em uma intimidade
indecente entre cadeia de poderosos e isto tudo está acontecendo em razão de um
esgarçamento ético muito grande. Não existem culpados. A sociedade caminhou para
este grande abismo e hoje precisa resgatar isto. Está difícil resgatar porque na
sociedade capitalista o valor maior é o dinheiro. E as pessoas só entendem esta
linguagem. A linguagem moral e ética é uma linguagem fraca dentro de uma
sociedade de consumo. Mas chegamos a um estágio de tanto esgarçamento que ou
partimos para uma posição de radicalizar uma providência contra a corrupção ou
nós não vamos sobreviver como nação civilizada. Estamos pagando muitos impostos
e esses impostos estão indo pelo ralo. E uma sociedade tranquila como a
brasileira, uma sociedade meio anestesiada, quase que já se banalizou a
corrupção. Mas a sociedade já está mostrando muita impaciência. Acredito que já
estamos chegando ao fundo do poço e, quando isto acontece, temos que partir para
decisões muito drásticas. O que não é bom para a democracia, mas às vezes é
necessário.

João Alkimin: Jabuti não sobe em árvore 35

Ha alguns dias atrás escrevi uma matéria e um leitor do Jornal Flit Paralisante pediu-me que falasse a respeito dos Direitos e Garantias Constitucionais que deveriam garantir ao Policial Civil a livre manifestação do pensamento, pois bem, aqui vai o que acho:

É garantido a livre manifestação do pensamento, vedado o anonimato.

Mas que Policial Civil em sã consciência irá criticar ou apontar mazelas da Instituição e usar seu nome verdadeiro?

O melhor exemplo disso é o Delegado Conde Guerra que ousou repercutir uma notícia dada pelo Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão e foi por isso criminosamente demitido.

E contra a Rede Globo, nada. Absolutamente nada.

A tal administração superior seja lá que entidade for essa, o puniu, mas ninguém ingressou com ação de dano moral ou criminal contra a Rede Globo.

Por quê?

Talvez medo da Vênus platinada ou então a velha máxima “quando alguém lhe trouxer uma notícia ruim, mate o mensageiro.”

Portanto ao que parece, o Policial Civil tem dois direitos na atual administração, “o direito de não ter direito e o direito de não abusar do primeiro direito”.

Por óbvio que se houvesse melhor bom senso os Policiais Civis poderiam se manifestar e ter garantido constitucionalmente esse direito, mas não é o que ocorre.

Se você Policial Civil criticar a administração, por pior que ela seja, por mais mazelas que cometa e, por isso for punido, não adiantará recorrer ao Judiciário, na maioria das vezes a resposta será a mesma:

“O Judiciário não pode interferir, pois a administração é independente e as duas não se confundem”.

Balela!

O Judiciário tem a obrigação de verificar e dar uma resposta quando alguma injustiça for cometida e no momento o que vejo é uma enormidade de injustiças contra todas as carreiras da Policia Civil.

Querer acreditar como vem propalando a Revista Veja hoje , para mim, fazendo papel de porta voz ou assessoria de imprensa do Secretário de Segurança Pública que o mesmo está fazendo uma faxina na Policia Civil, é zombar da inteligência do homem mediano.

O que está se fazendo é cometer inúmeras injustiças, colocando na rua da amargura pessoas que criticaram ou denunciaram falhas da administração, mas não são ladrões.

Vejamos o caso do Banco Itaú, quem foi punido?

O Delegado do 69º que ao que se sabe é o maior especialista em crime organizado e, a Delegada do 78º que , saliente-se , imediatamente comunicou o fato ao Delegado Geral, ao Secretário e ao DEIC.

No programa de sábado passado feito por Percival de Souza e por mim, dei a minha óptica dos fatos, entendo que – durante o dia do assalto e o inicio das investigações pelo DEIC – houve a mesma coisa que no assalto ao banco central no Nordeste: uma verdadeira caça ao tesouro.

Gostaria de relembrar que um Policial Civil envolvido na extorsão e morte de um dos assaltantes foi a semana passada condenado a longa pena pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e pasmem, pela primeira vez, alguém saiu preso de dentro do próprio Tribunal.

Mas uma dúvida me assalta: só ele?

Era o único envolvido?

Um humilde investigador de Policia foi o único que se locupletou; cadê os outros? Como diria aquele humorista.

Claro que alguns usam do anonimato para atacar honras e reputações; mas já vi no próprio Jornal Flit Paralisante, quem age dessa maneira ser com toda justiça exposto, me refiro ao caso em que um Delegado de Policia usou o nome de outro Delegado, o Delegado Marcos Batalha para ataques contra terceiros e, agora foi identificado. Portanto entendo que o Policial Civil tem o direito de criticar ou emitir suas opiniões, mas enquanto não tiver garantias constitucionais contra eventuais perseguições por parte da administração, não os aconselho a fazer isso.

Vejam o caso recente de um Delegado que no aniversário do Secretário fez criticas, foi imediatamente colocado na NASA, embora dele não seja amigo sei por informações que é um bom Delegado.

No caso em que postei o encontro do Secretário com o Jornalista Mário César Carvalho, todos me perguntam como recebi a mídia com a gravação, darei aqui em primeira mão, RECEBI EM UM ENVELOPE DA CORREGEDORIA GERAL DE POLICIA.

Portanto é ai que devem começar as investigações.

Como a Rede Bandeirantes recebeu as imagens da escrivã sendo desnudada por Policiais despreparados?

Não acredito que a mídia tenha saído correndo e rolado até o Morumbi onde se inseriu em uma máquina e se auto reproduziu para todo o Brasil.

Senhores, jabuti não sobe em árvore,ou foi enchente ou foi a mão do homem, mas disso ninguém quer falar, é melhor deixar no esquecimento.

Entendo então que os Policiais Civis devem continuar mantendo o anonimato para não se tornarem vítimas de perseguições por parte da Administração Superior.

Melhor salário, renovação de quadros e maior controle reduziriam corrupção policial, dizem analistas 17

BBC- Brasil

O emprego de policiais recém-formados nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) não é suficiente para evitar a corrupção nas unidades, sendo necessário aprimorar a remuneração, a formação e os mecanismos de controle, dizem especialistas ouvidos pela BBC

Governo aposta em policiais recém-formados para conter corrupção nas UPPs (Foto: AFP)

Apesar do esforço da Secretaria de Segurança Pública do Rio em concentrar policiais recém-formados nas UPPs – contando serem policiais “sem vícios”, como já afirmou o secretário José Mariano Beltrame – a primeira grande denúncia de corrupção em uma UPP veio à tona no último fim de semana.

O jornal O Dia denunciou um suposto esquema de pagamento de propina por traficantes a policiais da UPP dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, em Santa Teresa.

Na última quarta-feira, Beltrame afirmou que os envolvidos seriam punidos e provavelmente expulsos da corporação.

O sociólogo Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, concorda que policiais mais novos tenham menos chances de desenvolver abusos e diz que a estratégia de recorrer a recém-formados é corriqueira em outros países.

No entanto, ele afirma ser ingenuidade pensar que isso, por si, possa manter afastada a corrupção sem que se invista em outros fatores primordiais para lutar contra o problema.

“O primeiro é a remuneração. O segundo é a formação (dos policiais) e os requisitos de entrada (na corporação), que são muito baixos, a gente acha que devia se exigir o terceiro grau”, afirma o professor.

“Para isso, também teria de haver um salário condizente. O terceiro é a fiscalização. E o quarto é cultural, da sociedade brasileira. Quando as pessoas oferecem R$ 20 ou R$ 30 para se livrar de uma multa também estão incentivando a corrupção”, diz.

Risco previsível

A especialista em segurança pública Jacqueline Muniz, professora da Universidade Católica de Brasília (UCB) e da Candido Mendes, afirma que o risco de corrupção era previsível nas UPPs, que retomaram áreas que estavam sob domínio do tráfico, e ainda são vulneráveis.

“Como o crime não tem como vencer o Estado, tenta vencer alguns policiais. É sabido que os policiais ali podem estar vulneráveis ao crime”, diz Muniz.

Para ela, é preciso investir no controle social da polícia, estimulando a participação da população na fiscalização dos agentes. “Quanto mais você multiplica mecanismos de controle e denúncia social, como um disque-denúncia, você cria uma rede de controle social”, afirma.

Muniz vê ainda a necessidade de se fortalecer mecanismos internos e externos de controle, aprimorando ouvidorias e corregedorias, que precisam, segundo ela, ter mais autonomia e orçamentos maiores.

Para o presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (Aspra-PM/BM-RJ), Vanderlei Ribeiro, o principal problema a ser solucionado para conter a corrupção na polícia são os baixos salários.

“Ao entrar na corporação, (os novos policiais) vão se deparar com a miséria, a falta de equipamentos, a alimentação e a saúde precárias, a formação precária, porque tem que botar o homem rapidamente na rua”, diz Ribeiro.

Ele defende a adoção de uma política salarial para os policiais, citando como exemplo positivo a renovação feita nos últimos dez anos na Polícia Federal (PF).

“FESTA DOS BODES” – Veja insinua que ministros de Estado, ministros de Tribunais, senadores, deputados, empresários e advogados fazem parte de uma espécie de maçonaria do CAFETA 27

A Veja desta semana (edição 2236) sobre as festanças de Brasília, em que se misturam autoridades dos três Poderes, empresários, lobistas, advogados criminalistas e réus, muitos réus, investigados por crimes de diversos tipos, insinua que o crime organizado tomou conta do sistema jurídico brasileiro.

Na reportagem “A festa dos Bodes” os jornalistas Daniel Pereira e Rodrigo Rangel retratam um cenário macabro, para o povo honesto deste país,  relativo à zona nebulosa por onde circulam os  poderosos políticos e altos magistrados: os donos do Phuder.
Naquela zona cinza e incerta todos os leões , lobos, raposas e gatunos são pardos.
Ministros de Estado, ministros de Tribunais, senadores, deputados, advogados , empresários com grandes investimentos em obras públicas, interessados em licitações, acusados de falcatruas as mais grossas, à luz do sol são reservados, formais e pudicos.
Sob a luz da lua, cercados por muralhas, refestelam-se em verdadeiros bacanais de ruborizar demônio.

“No dia 17 passado, um sábado, Toffoli, Kakay e representantes de famosas bancas de advogados de Brasília voltaram a se encontrar em uma festa, em Araxá, Minas Gerais, no casamento de um dos filhos do ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence. O aeroporto da cidade não via um movimento assim tão intenso fazia muito tempo. Os convidados mais famosos chegaram a bordo de aviões particulares, inclusive o ministro Dias Toffoli. Em nota, ele explicou que o avião lhe fora cedido pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, onde dá aulas. Naquele dia, por coincidência, o ministro, que estava junto de sua companheira, informou que tinha um compromisso de trabalho no campus que a instituição mantém em Araxá.

Sepúlveda Pertence é o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência – uma espécie de vigilante e fiscal do comportamento das autoridades do Executivo. Além de Kakay e Toffoli, ele recebeu como convidados o ex-senador Luiz Estevão (condenado a 31 anos de prisão e que deposita suas últimas esperanças em se safar da cadeia nos recursos que serão julgados no STJ e no Supremo) e o empresário Mauro Dutra (processado por desvio de dinheiro público) – e advogados que defendem ou já defenderam ambos. Toffoli é relator de um dos processos de Luiz Estevão no Supremo. Os quartos do hotel mais luxuoso da cidade foram ocupados, portanto, por juízes, réus e advogados que atuam em processos comuns. A feijoada de Brasília terminou na madrugada do dia seguinte, com um inofensivo karaokê. A festa de Araxá também avançou a madrugada, embalada por música eletrônica. Havia, porém, uma surpresa guardada para o final.”

Frascos de lança-perfume, em inúmeras bandejas para os convidados

A matéria lembra as histórias sobre a Roma em decadência, os bacanais, a prostituição a que se submetem as autoridades e fiscais da lei que deveriam zelar pelo bom andamento das instituições.
Quem quiser detalhes leia a matéria de Veja ( será merecedora de crédito? ) .
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Ora…ora!
Quanta maledicência da Veja.
Em festa boa rola cocaína.
Foi  apenas carnaval; não bacanal. 

Uso de redes sociais desafia as empresas – Para a Petrobras, as redes são “ambientes democráticos de protagonismo do cidadão no exercício da liberdade de expressão, como produtor e divulgador de informações e de suas próprias opiniões”. 2

Uso de redes sociais desafia as empresas

Grandes companhias se dizem em transição, sem definir se proíbem ou estimulam empregados a se conectar no trabalho

Proibição aumenta mundo afora; pesquisa aponta preocupação corporativa com a segurança de sistemas

NELSON DE SÁ

ARTICULISTA DA FOLHA

O que fazer com o funcionário que, no
trabalho, não se desliga do Facebook, do Orkut e/ou do Twitter? Proibir, regular
ou estimular?
A Folha ouviu sete grandes empresas sobre o assunto. A
maioria se declara em transição, ainda sem definir se mantém as restrições de
acesso, que vêm de longa data, ou se tira proveito da presença de integrantes de
suas equipes nas redes sociais.
O que também aproxima a maioria é a
prioridade dada à sua presença institucional, como empresa, nessas mesmas redes.

Mundo afora, a proibição vem aumentando. Segundo pesquisa global da
consultoria de segurança on-line Clearswift, divulgada há duas semanas, cresceu
a proporção das empresas que bloqueiam integralmente o acesso a redes sociais no
trabalho -de 9% em 2010 para 19% em 2011. Outras 56% bloqueiam parcialmente,
hoje.
A Clearswift sublinha o “paradoxo” que encontrou: 80% dos gestores
afirmam que as redes geram ganhos para suas empresas, mas 48% apontam o uso de
mídia social no trabalho como “preocupação”.
Para 57%, o maior temor é com a
segurança do sistema. A consultoria avalia ser efeito dos ataques on-line, como
o que atingiu a rede Playstation, da Sony.
Outra companhia de segurança
on-line, Webroots, obteve resultado semelhante em pesquisa com empresas pequenas
e médias dos EUA e do Reino Unido, no final de 2010: 53% afirmaram se preocupar
com infecções via redes sociais.
Ao justificar a proibição do acesso nas 135 delegacias do Rio no início do mês, a Polícia Civil usou outro argumento: “Para que vai acessar rede de relacionamentos? Para brincar na internet?”.

EM ESTUDO
Para a Petrobras, as redes são “ambientes democráticos de
protagonismo do cidadão no exercício da liberdade de expressão, como produtor e
divulgador de informações e de suas próprias opiniões”. Daí porque a estatal
“faz uso de uma série de mídias sociais como canais institucionais e
promocionais”.
Quanto aos funcionários, a empresa ainda “estuda implantar
uma regulação geral para o acesso corporativo”. Regulação que deve também
“orientar a força de trabalho a participar das redes sociais fora da companhia”.

Também em estudos está o grupo JBS, maior processador mundial de carne
bovina, que já “utiliza algumas ferramentas de forma institucional, como
Facebook e LinkedIn”.
Ainda “não permite o acesso dos colaboradores às redes
sociais”, argumentando que seu princípio é “estimular o colaborador a manter o
foco no que se propôs a fazer, no serviço”. Acrescenta: “Mas a empresa sabe que
a utilização das redes sociais é hoje uma realidade” e “está estudando como
melhor utilizar”.

Proteger sistema é a principal razão para veto a redes
sociais

Quando permitem o acesso, empresas se preocupam em
orientar empregado sobre como se manifestar na internet

Companhias insistem em que funcionário tenha responsabilidade e dão
recomendações sobre o que não postar

DO ARTICULISTA DA
FOLHA

Segurança dos sistemas. Esse é o principal
motivo para uma empresa impedir que seus funcionários acessem redes sociais sem
restrição durante o expediente.
A Eletrobras, que “monitora e interage com
usuários de Twitter, Facebook e YouTube”, institucionalmente, ainda “restringe o
uso no trabalho basicamente por questões de segurança da rede interna”. Mas a
empresa também “reconhece a importância e, há cerca de um ano, vem estudando a
atuação de outras grandes empresas em relação ao assunto”.
A Vale atua nas
redes há um ano, também institucionalmente, e “por enquanto” mantém os sites
bloqueados, em restrição que vem de longa data. “Mas eles são liberados caso a
caso, por solicitação das áreas”, como já ocorre com os departamentos de
comunicação e de recursos humanos, “ao menos em parte”. E “no celular é
liberado”.

INVESTIR EM EDUCAÇÃO
Também no Itaú a política
sobre redes sociais depende do departamento. Na área de marketing o acesso “é
totalmente liberado e irrestrito”, pois as redes sociais são “ferramentas de
trabalho”.
Diz Fernando Chacon, diretor-executivo de marketing do banco: “A
gente prefere muito mais investir em educação do que em restrição. E aí, tanto
na pessoa jurídica como na física. A sua atitude, a informação que você passa
diz respeito a você e à organização de que faz parte. A gente tem a preocupação
de que o colaborador tenha ciência de que ele, tanto em hora útil como em fim de
semana, atua na organização -e é importante que seja respeitoso, tome cuidado
com os comentários”.
E não há alternativa, afirma Chacon: “55% dos
colaboradores do banco são geração Y [nascidos entre 1978 e 2000]. Como é que
você vai inibir que essas pessoas tenham uso da ferramenta como fazem no dia a
dia de suas vidas? O mundo muda, o Itaú tem que mudar com ele”.
Cláudio
Gonçalves, vice-presidente de gente e gestão da construtora Andrade Gutierrez,
concorda. Ele afirma que o grupo tem “ativa participação institucional nesse
ambiente”, listando Facebook, Twitter e YouTube, e que “o acesso irrestrito é
proibido no trabalho, mas estamos estudando a possibilidade de liberação”, pois
“o uso crescente das redes sociais, inclusive no ambiente de trabalho, nos
parece uma tendência irreversível. Pode ser um dreno de tempo e esforço ou uma
ferramenta comum e até útil. A diferença reside na atitude do líder imediato e
no tipo de governança que a empresa desenvolve”.

ESTÍMULO
Das grandes empresas que aceitaram falar, a Unilever, que
produz nos setores de alimentação, higiene e limpeza, aparenta ter a política
mais assentada. “Não proíbe ou regula”, pelo contrário, “estimula”, diz Luiz
Carlos Dutra, vice-presidente de comunicação corporativa para a América Latina.

“A Unilever mantém as redes sociais abertas para navegação de seus
funcionários, não somente nas páginas que possui, mas para páginas pessoais
também, com a consciência de que não devem discutir questões de natureza privada
com as profissionais. As redes são parte da realidade e devem ser usadas com bom
senso.
A Unilever preza pela privacidade de seus funcionários, por isso
recomenda que tenham responsabilidade, mas não controla o conteúdo.”
A
empresa informa e treina “todos os funcionários, sem exceção”, sobre seu código
de princípios.

FRASE

“A informação que você passa diz respeito a você e à organização. A gente tem a
preocupação de que o colaborador tenha a ciência de que ele, tanto em hora útil
como em fim de semana, atua na organização”

FERNANDO CHACON
diretor-executivo de marketing do
Itaú

Brasil é negligente com perícia e impunidade…Resultado é que apenas 10% dos homicídios são elucidados 6

Brasil é negligente com perícia e impunidade
Sun, 25 Sep 2011 08:04:21 -0300
Resultado é que apenas 10% dos homicídios são elucidados
Alessandra Duarte
Carolina Benevides
O GLOBO

Enquanto o Brasil soluciona todos os anos, em média, de 5% a 10% dos homicídios, os Estados Unidos resolvem 65% dos casos; a França, 80%; e a Inglaterra chega a uma taxa de solução de homicídios de 90%. Um dos motivos para isso é a perícia – que aqui trabalha com um déficit de pessoal estimado em 30 mil peritos, segundo a Associação Brasileira de Criminalística (ABC), representante dos peritos das polícias estaduais. Além disso, o país não conta com lei federal que regulamente o modelo ou estrutura mínima para perícia nos estados. E mais: a falta de equipamentos leva a situações como o perito deixar de fazer fotos do local do crime ou tirar um raio-X para achar um projétil em um corpo; e a situação fica pior ainda por conta da não preservação do local do crime pela polícia até a chegada do perito.
Segundo a Associação Brasileira de Criminalística, o Brasil tem hoje cerca de 6,5 mil peritos nas polícias estaduais, déficit explicado, em boa medida, pela falta de concursos. Estudo da associação com base em recomendação das Nações Unidas mostra que o Brasil precisaria ter, segundo sua população, 38 mil peritos, pois a recomendação é um mínimo de um perito para cada cinco mil habitantes. Seria necessário quintuplicar o número de peritos no país.
– Há estados em situação falimentar. Alagoas, o estado mais violento (pelo Mapa da Violência do governo federal), tem 34 peritos. No Piauí, o pior quadro, são 21 peritos para o estado inteiro. Você acha que, no sertão, por exemplo, mandam para perícia o corpo de toda vítima de assassinato? Nem solicitam, porque sabem que não vai ter quem faça, a não ser que seja familiar de alguém importante. Às vezes, mandam o corpo ser analisado por um médico da prefeitura, que não é legista e não sabe como procurar provas num cadáver – afirma o presidente da ABC, Iremar Paulino.
Apesar desse quadro, casos com repercussão nacional como o assassinato da juíza Patricia Acioli, no Rio, têm trabalho pericial exemplar. No caso dela, foram periciados o local, o carro onde ela estava e o corpo. E analisados dados de mais de três milhões de celulares. Foi a partir desses dados que a polícia provou o envolvimento de três policiais militares e o planejamento do crime.
– Quando a máquina se esforça para funcionar, aparecem as respostas. Mas o crime envolvendo a juíza não foi tratado como mais um. O problema é fazer a máquina funcionar independente do CPF – diz Erlon Reis, da diretoria da Associação de Peritos do Rio.
Quando vi na TV a solução para o caso da juíza, pensei: e a minha sobrinha? (A perícia) Devia funcionar para todo mundo, né? Minha família acabou, nada foi feito, ela tinha 10 anos – conta Carlos Roberto Afonso de Almeida, de 49 anos, tio de Jéssica Prisciliane Afonso Guimarães.
A menina foi vítima de bala perdida na Cidade de Deus, Rio, onde morava. Jéssica levou um tiro no pescoço em 14 de dezembro de 2006. Chegou a ser removida para o hospital e morreu no dia seguinte. A família nunca soube de onde saiu o tiro, e no inquérito muitas vezes Jéssica aparece como Jenice.
– A polícia não investigou nada. Nunca teve perícia no local. Queríamos entender o que houve, mas enterramos a menina e entregamos para Deus – conta Carlos.
O caso de Jéssica é um dos exemplos de falhas e mesmo inexistência de perícias em inquéritos de homicídios encontrados pelo GLOBO no Tribunal de Justiça do Rio. Um dos principais motivos para a situação de negligência da perícia é o déficit de pessoal. Segundo a ABC, o Estado do Rio tem previsão de 535 vagas para peritos criminais; considerando o mínimo de um perito a cada cinco mil habitantes, o estado precisaria de três mil. Alagoas e Piauí, em pior situação, precisariam ter, cada um, 600, até 30 vezes mais do que o quadro atual. Com 346 peritos, a Bahia precisaria de 2,8 mil.
Somado ao déficit, está a má distribuição dos peritos que existem. Em boa parte dos casos, estão concentrados nas capitais.
– A falta de rede integrada faz com que alguns estados tenham melhores resultados, mas nem isso é garantia de qualidade. Minas, por exemplo, tem boa estrutura para DNA forense. No entanto, um posto no interior pode ter que atender entre dez e 15 municípios – diz Edson Wagner Barroso, perito criminal no DF e ex-coordenador de perícia forense na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
“O local fala. Deve ser preservado”
Outro motivo apontado para as falhas de perícia, a falta de isolamento do local do crime é uma mostra da ausência de um melhor acompanhamento da perícia pela polícia.
– O Estado tem que dar condições para que existam policiais suficientes para atender a demanda. O delegado deveria comparecer a todos os locais onde houve um homicídio, mas nem sempre é possível por conta do excesso de trabalho. No entanto, o primordial é preservar o local. Se o delegado chega a um lugar mexido, ele não tem como restabelecer o quadro anterior – diz Carlos Eduardo Benito Jorge, presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) do Brasil.
– O local fala. Deve ser preservado, ou não entendemos sua história. E, na hora de ir uma equipe de perícia para ele, é obrigatório ir junto pelo menos um investigador. Já estive em local de homicídio em que vi um projétil incrustado na parede que o perito tinha deixado passar – afirma Francisco Eustáquio Rabello, presidente da Adepol-MG e ex-corregedor de polícia.
Secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki diz que foram investidos, entre julho de 2010 e setembro deste ano, R$30 milhões na compra de equipamentos e capacitação de profissionais. Mas que agora a Senasp se prepara para criar “os primeiros padrões” para os procedimentos em caso de homicídio:
Os EUA acabaram de lançar uma cartilha com os procedimentos. Traduzimos e vamos adaptar para a nossa realidade, ouvindo peritos, delegados, especialistas. Em parceria com os representantes dos estados, a Senasp vai criar os primeiros padrões. Vamos induzir que os estados trabalhem com esses procedimentos, para que a gente tenha robustez nas provas – diz Regina Miki, que acredita: – Com isso, a perícia será igual para todos

Punições a magistrados podem ser anuladas

Ganha fôlego movimento para esvaziar poder do CNJ
Sun, 25 Sep 2011 08:07:04 -0300

Punições a magistrados podem ser anuladas, avaliam ex-ministros
Supremo deve julgar na próxima quarta-feira ação que pode reduzir a capacidade de fiscalizar do conselho de Justiça
FREDERICO VASCONCELOS
FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

Aumentou nas últimas semanas o movimento para reduzir o poder de fiscalização e punição de juízes pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o que esvaziaria as atividades de sua corregedora, a ministra Eliana Calmon, “xerife” da magistratura.
O embate não é novo, mas pode ter uma decisão final nos próximos dias. O que está em jogo é decidir se o CNJ pode punir juízes antes que as corregedorias dos tribunais façam apurações e julguem esses magistrados.
A questão pode ser resolvida pelo Supremo Tribunal Federal na próxima quarta-feira, em julgamento de ação ajuizada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), favorável à restrição.
Se o Supremo decidir que o conselho tem que atuar de forma complementar, estaria aberta a possibilidade de anulação de condenações anteriores, hipótese admitida pelos ex-ministros Nelson Jobim e Miguel Reale Júnior.
Nos últimos meses, o STF concedeu liminares suspendendo o afastamento de magistrados punidos pelo CNJ.
O presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso, é favorável a que o conselho aguarde a decisão das corregedorias nos tribunais antes de entrar em ação.
Foi o entendimento do ministro Celso de Mello, ao suspender, em 2010, punição do CNJ a dez magistrados, afastados sob acusação de desviar verba do Tribunal de Justiça de Mato Grosso para socorrer uma instituição da maçonaria. O CNJ atuara a pedido do corregedor do tribunal.
Em dezembro, o ministro Marco Aurélio Mello derrubou decisão do CNJ que afastara o ex-presidente de uma associação de juízes federais, acusado de fraudar contratos de empréstimos da Fundação Habitacional do Exército.
Eliana Calmon assumiu a função de corregedora em setembro de 2010, prometendo rigor nas apurações de irregularidades, a exemplo de seu antecessor, Gilson Dipp.
Porém, atribui-se à nova composição do colegiado do CNJ, que passou por uma renovação em meados deste ano, um perfil mais restritivo em relação ao poder de investigação que o órgão manteve quando presidido pelo ministro Gilmar Mendes.
Exemplo disso, no mês passado, o recém-empossado conselheiro José Lúcio Munhoz apresentou ao colegiado a proposta de redução de poderes do CNJ.

MUDANÇA DE RUMO
No ano passado, a OAB previu que Peluso diminuiria o grau de exposição dos juízes nas apurações do CNJ.
Essa mudança de rumos ficou clara no último dia 13, quando Peluso votou contrariando Eliana no caso de duas magistradas do Pará e foi acompanhado pelos colegas.
A corregedora pretendia abrir apuração contra as juízas pela suspeita de que um bloqueio de R$ 2,3 bilhões de uma conta do Banco do Brasil pudesse favorecer, posteriormente, uma quadrilha especializada em golpes.
Em vez de abrir processo disciplinar, que é público, o plenário decidiu instaurar sindicância, apuração protegida pelo segredo de Justiça.
Peluso não está sozinho ao defender uma atuação discreta do CNJ. Ele tem o apoio de várias associações de magistrados contra a exposição de processos contra juízes.

LEI DE MURICI NA MAGISTRATURA: “Salário de juiz não é problema da Justiça, é do País…No início se ganha bem, mas um juiz mais experimentado, que trata de ações relevantes, é mal remunerado”…( Salários de R$ 35.000,00 a R$ 50.000,00, será mau ? ) 4

Jurista critica ameça de cerceamento do CNJ
Juízes querem cercear a ação do CNJ”
Para o jurista, Conselho Nacional de Justiça perde sua razão de existir se for impedido de vigiar as atitudes de magistrados
GABRIEL MANZANO

A decisão dos juízes federais de contestar, no Supremo Tribunal Federal, o poder do Conselho Nacional de Justiça de regular e investigar irregularidades cometidas por magistrados “é uma iniciativa infeliz, que pretende cercear o trabalho bastante positivo do CNJ”, diz o professor Pedro Estevam Serrano, titular de Direito Constitucional da PUC-SP. Essa posição adotada pela Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), segundo ele, “não é algo juridicamente adequado nem útil à sociedade”.
É uma briga antiga, com pretexto novo. Em julho, o CNJ adotou a resolução 135, para uniformizar os procedimentos ligados à atuação administrativa e disciplinar dos juízes. Estes viram no ato uma extrapolação de poder. Só caberia ao conselho, entende a AMB, investigar assuntos já julgados por tribunais inferiores.
O STF deve julgar a Ação de Inconstitucionalidade (Adin) pedida pela AMB na quarta-feira. Ela tem como relator o ministro Marco Aurélio de Mello – que, até onde se sabe, vê com simpatia a causa dos juízes. Serrano não percebe, no episódio, indícios de espírito corporativo, assim como não critica a luta do Judiciário por melhores salários. Nesta entrevista, ele adverte: “Deviam parar de considerar o salário do magistrado uma referência para os demais Poderes”.

Como o sr. vê o pedido dos juízes para que o STF os livre das decisões do CNJ?


A AMB tem legitimidade para entrar com a Adin. Os artigos 102 e 103 da Constituição lhe dão tal direito. Se considerar inconstitucional, o STF pode retirar a lei do mundo jurídico.

De que modo isso seria feito?


Após a decisão, o Supremo remete o texto ao Senado, cuja Mesa subtrai os efeitos da lei. É a mecânica burocrática. Mas na prática, decidida a inconstitucionalidade, a lei já perde a eficácia.

A atitude dos juízes configura espírito corporativo?


Não vou chegar a isso. A gente não pode confundir certas coisas. Algumas reivindicações de natureza administrativa ou jurisdicional podem parecer corporativas, e na verdade atendem a demandas da cidadania. Pois ter um Judiciário forte, independente e bem remunerado é algo que interessa à sociedade, não só à categoria.

O Supremo deveria acatar o pedido da AMB?


Sob o ponto de vista técnico e jurídico, acho que essa ação não deve prosperar. Digo isso porque a lógica da reforma feita para introduzir o CNJ no sistema é a de lhe atribuir possibilidades de controle administrativo e disciplinar – nunca o jurisdicional, fique claro – da conduta dos tribunais. Se você limita essa possibilidade de controle, para que ele só julgue o que já passou pelas corregedorias, vai reduzi-lo a uma instância recursal das corregedorias. Estará subtraindo a competência que lhe deu a Constituição.

Isso configuraria, então, espírito corporativo?


Sim, nesse caso poderia favorecer o acobertamento de situações ilícitas. Não vejo isso em tribunais modernos e bem estruturados, como o de São Paulo, mas de outras regiões. Veja o tipo de desvios encontrados no Norte, é só fazer um levantamento do que o CNJ já fez até aqui. A propósito: se a lei que a AMB pretende existisse no passado, o conselho não teria feito nem metade do que fez.

Parecem-lhe justas ou corporativas as pressões salariais que crescem no meio jurídico?


Acho que salário de juiz não é problema da Justiça, é do País. Decidiu-se criar na Constituição um teto para ministro do Supremo e isso se revelou, creio eu, inadequado. No início se ganha bem, mas um juiz mais experimentado, que trata de ações relevantes, é mal remunerado. E acho um equívoco remunerar o juiz da mesma forma que se remunera um senador, um deputado. Ser juiz é uma carreira. Então tem de remunerar de acordo com o mercado profissional, tratando melhor os mais experientes. O Brasil remunera mal os juízes maduros.

Mas os valores, para os padrões do País, não são bons?
O que deviam fazer, acho eu, seria parar de considerar salário de magistrado referência para os demais Poderes. Cada poder devia ter seu próprio teto, e acho que o da magistratura devia ser mais elevado que os do Legislativo e Executivo. Mas cada vez que se fala do juiz vem alguém e compara com o salário mínimo… Ora, há muitas distorções na vida brasileira. A solução difícil de um grande problema não pode inviabilizar a solução de outro menor.

LEI DE MURICI:   Eu cuido de mim; cada um cuida de si!

Ora, há muitas distorções na vida brasileira. A solução difícil de um grande
problema não pode inviabilizar a solução de outro menor.

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LEI DE MURICI