Fraude contra Prefeitura de São Paulo dura mais de 17 anos ( PARA DIVIDIR O ESCÂNDALO COM MALUF, PITA e MARTA )
27 Ago 2011 . 08:22 h . Agência Estado .
A Prefeitura achou cerca de 900 documentos suspeitos. O mais antigo é de 1994 e envolve fraudes no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
São Paulo – O rombo causado pela quadrilha que forjava pagamento de taxas para construção de prédios em São Paulo já passa dos R$ 50 milhões e pode chegar aos R$ 100 milhões, segundo a Corregedoria-Geral do Município. Ontem, quatro pessoas foram presas por envolvimento no que já é considerado o maior golpe aplicado por particulares contra a Prefeitura. E a suspeita é de que o desvio de recursos municipais dure pelo menos 17 anos.
A Prefeitura achou cerca de 900 documentos suspeitos. O mais antigo é de 1994 e envolve fraudes no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
A guia de outorga de maior valor, R$ 14 milhões, é de janeiro deste ano, da Mesarthin Empreendimentos – consórcio formado por Zabo e Odebrecht.
Até agora, já se constatou que quatro construtoras, Marcanni, Zabo, Porte e Onoda, apresentaram guias com autenticação bancária falsa para levantar edifícios acima do gabarito permitido na cidade – a chamada outorga onerosa.
A investigação começou em junho, após denúncia recebida pela vice-prefeita, Alda Marco Antônio.
Os quatro presos em flagrante ontem pela Polícia Civil são acusados de fazer parte de uma quadrilha que pode ter mais de 20 integrantes. E de participar diretamente do esquema, indicando às construtoras como pagar a outorga onerosa com precatórios (títulos da dívida pública).
A polícia investiga também possível envolvimento de servidores. ( SÓ BAGRINHO RODARÁ )
Pelo sistema, quando uma construtora quer levantar um prédio de área maior que a permitida, solicita autorização e paga à Prefeitura, por meio de guia.
O valor vai para o Fundo Municipal de Urbanização. As guias do esquema foram levadas à Prefeitura e aceitas, com autenticação de pagamento em bancos “fantasmas” – o dinheiro nunca chegou.
A Prefeitura não sabe como a fraude não foi percebida antes.
Kassab sanciona projeto que dá incentivos fiscais para estádio do Corinthians , digo, estádio Emílio Odebrecht
Quarta-feira, 20 de Julho de 2011 às 11:40 / Por: Nathan Figueiredo
São Paulo – O prefeito Gilberto Kassab (foto) sancionou, há pouco, projeto de lei que prevê a concessão de incentivos fiscais de R$ 420 milhões para construção do estádio do Corinthians, o Itaquerão, na zona oeste da capital paulista.
As obras do estádio, cotado para ser palco da cerimônia de abertura da Copa do Mundo de 2014, já foram iniciadas. No novo estádio, serão disputadas partidas válidas pelo Mundial de Futebol.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Bahia em Pauta
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Ex-comandantes viraram ‘zeladores’
Entre os subprefeitos estão ex-chefes do Estado Maior, da Academia e dos bombeiros, além da primeira mulher a chegar a coronel
As escolhas não foram aleatórias. Antes de se aposentar, os oficiais indicados pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) ocuparam alguns dos principais postos no comando da PM. Nas chefias das subprefeituras paulistanas estão três ex-comandantes dos bombeiros, um ex-chefe do Estado Maior, um ex-comandante da Academia do Barro Branco, a primeira mulher a ser promovida a coronel em São Paulo e ex-comandantes de litoral, interior e Policiamento Metropolitano. Algumas das principais subdivisões ficaram para os coronéis, incluindo Sé e Vila Mariana.
Esse grupo fardado, no entanto, ainda precisa adaptar-se a tarefas diferentes das que faziam. Com as subprefeituras esvaziadas, exercem mais o papel de zeladores de grandes regiões. E precisam lidar cotidianamente com as reclamações da população e com demandas políticas. A falta de jogo de cintura dos coronéis já tem provocado críticas. A urbanista Lucila Lacreta, coordenadora do Defenda SP, reclama que o acesso aos oficiais subprefeitos sempre é mais difícil. “Você relata uma obra irregular e demora dois meses para receber uma resposta, isso quando ela vem. Conseguir ser recebido por um coronel também é uma missão impossível hoje”, afirma a urbanista.
Vereadores também criticam a falta de diálogo dos oficiais com as associações de bairros e com líderes comunitários. “Na Mooca, por exemplo, o Kassab deveria colocar na subprefeitura quem foi eleito pela região, como eu e os vereadores Ricardo Teixeira (PSDB) e Cláudio Fonseca (PPS). Os assessores militares dos subprefeitos coronéis não entendem a linguagem da comunidade que pede os serviços de zeladoria”, avalia o vereador Adílson Amadeu (PTB).
Risco. Hoje, os parlamentares perderam a influência política que tinham nas antigas administrações regionais e só indicam cargos de segundo e terceiro escalão. Na opinião de vereadores da base governista na Câmara, a chegada dos coronéis é uma aposta de risco para Kassab. Isso porque em 2008, na reeleição, o prefeito contou com subprefeitos ligados a vereadores, que agiam como cabos eleitorais nos bairros, o que não deve ocorrer com os oficiais.
Vencimentos
R$ 5,6 mil é o salário de um subprefeito
R$ 20 mil pode ganhar o coronel da reserva, com todas as gratificações.
Bico oficial muda o centro e atrai até PMs da Rota
Já são 300 homens das unidades da Tropa de Choque que participam da Atividade Delegada, criada há um ano Além da presença de coronéis da PM no gerenciamento das subprefeituras, a gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) contratou em menos de um ano 6.280 integrantes da corporação para a Atividade Delegada (conhecida como “bico oficial”). O programa foi criado por uma parceria entre a Prefeitura e o governo do Estado em 2009 e ampliado no início do mês para outros nove municípios paulistas.
No efetivo que trabalha para o governo municipal, já são 300 homens da Tropa de Choque – até das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que ajudam nas ações de combate aos ambulantes e em serviços de zeladoria. Nas últimas duas semanas, o aumento de PMs circulando em 14 áreas da capital paulista mudou a paisagem do centro.
No meio da Praça da Sé, por exemplo, só sobraram os pregadores evangélicos. Em duplas em motos ou circulando a pé, os policiais coibiram até a tradicional troca de relógios antigos realizada por aposentados na frente da catedral. Também é raro ver ambulantes vendendo CDs expostos no chão da praça ou moradores de rua e adolescentes tomando banho no chafariz.
“Nunca mais vi ninguém correr atrás de batedor de carteira na Sé. Esses PMs impõem respeito. Sumiram os “noias” que ficavam circulando atrás de mulheres e idosos com bolsas”, conta Ronaldo Franchito, dono de uma farmácia de manipulação que fica quase na frente da praça. Outros lojistas e pedestres elogiaram o aumento de soldados nas vias da região central.
No fim do dia, cerca de 200 PMs também coíbem o trabalho dos camelôs nas calçadas na Avenida Paulista. “Você não vê mais a molecada depredando ponto de ônibus”, elogia Orlando Xavier, dono de uma casa de sucos. Outro ponto de atuação dos soldados, a Rua Santa Ifigênia viu desaparecer os vendedores de programas e jogos piratas que ficavam nas calçadas disputando venda com as lojas.
25 de Março. Quem passa pela Rua 25 de Março também estranha a ausência de marreteiros que ocupavam as calçadas. Segundo a PM, a presença da corporação no mais famoso reduto de comércio popular do país reduziu em 71% os furtos e em 59% os roubos a pedestres e comerciantes. Antes comum na região, o roubo de cargas foi reduzido em 100%.
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Nota da SEAM, extra matéria
SEAM oficia Prefeito, manifestando-se sobre a matéria
Oficio 07/10 SEAM/2010
São Paulo, 21 de Outubro de 2010.
Exmo Sr. Prefeito
A SEAM – Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos Municipais de São Paulo, que há 74 anos tem como objetivos além de representar estas laboriosas categorias profissionais, também colaborar com a municipalidade para a melhoria da qualidade dos serviços prestados a população de nossa cidade, desta forma e face a matéria veiculada no Jornal “O Estado de São Paulo”, caderno Metrópole de 20/10/2010, queremos externar nossa opinião a respeito.
A Administração Pública, especialmente os setores que se relacionam diretamente com a população, como é o caso das Subprefeituras, devem pautar pela excelência do atendimento e para que isso ocorra da melhor forma possível, é necessário que assumam os cargos técnicos, profissionais capacitados com comprovada experiência a exemplo das empresas que pautam pela eficiência e qualidade.
Ganham com isso a municipalidade e a população.
O exemplo que podemos tirar de outras administrações desta municipalidade, quando foram utilizados servidores de carreira nos cargos técnicos, os serviços fluíram com maior eficiência. O atendimento ao publico e aos representantes de comunidades tinham uma solução mais rápida, pois esses profissionais detêm o conhecimento de seus problemas e aspirações. O Administrador hoje Subprefeito e o próprio Prefeito tinham maior tranquilidade sabendo que podiam contar com profissionais capacitados e mais familiarizados com os problemas da região. Os profissionais de carreira estão submetidos à responsabilidade técnica que esta sob a égide do Código de Ética Profissional e funcional sob as normas disciplinares do Estatuto do Funcionário Municipal.
Entendemos que os cargos técnicos devem ser ocupados por profissionais habilitados para a função, com larga experiência no setor e compromissados com a responsabilidade técnica e funcional, sendo esta a única maneira de qualificarmos o serviço público a exemplo do que ocorre com as administrações públicas dos países tecnologicamente desenvolvidos. Para que isso se concretize há necessidade de respaldo político, condições de trabalho e valorização profissional respaldado pela aprovação do Projeto de Lei 389/2006 que tramita na Câmara Municipal de São Paulo.
Há urgente necessidade de estruturar a Administração sob uma rigorosa metodologia profissional, estabelecendo Planos de Carreira, onde os servidores sejam prestigiados exclusivamente por seu desempenho profissional e disciplinar, e os cargos técnicos em comissão sejam o ápice deste desempenho.
A emérita corporação da Policia Militar, exerce a função da mais alta prioridade que é a segurança pública e neste caso os coronéis são insubstituíveis.” ( Desfazendo a ambiguidade do estilo politicamente correto de quem escreve sem querer correr risco de se phoder : DISSERAM AO KASSAB: CORONEL SÓ PRESTA NA PM ( Policia Militar ) ; não na PM ( Prefeitura Municipal )
Esta carta reflete o pensamento de nossa categoria e acreditamos que represente também os anseios da maioria dos setores que formam a opinião pública.
Atenciosamente
Engº. Enéas José A. Campos
Presidente