Data: 9 de agosto de 2011 20:48
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Para: dipol@flitparalisante.com
CENTRAL DE FLAGRANTES 1 SECCIONAL
O governador Geraldo Alckmin inaugurou nesta terça-feira (9), a Central de Flagrantes da 1ªDelegacia Seccional (Centro), à Rua Sapucaia, 206, na Mooca, oficialização acompanhada pelo secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, o delegado geral, Marcos Carneiro Lima, o comandante geral da Polícia Militar, Cel. Álvaro Batista Camilo, o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli, o diretor do Decap, Carlos José Paschoal de Toledo, o 1º delegado seccional, Kléber Antonio Torquato Altale, o titular do 8º DP, Antonio Tadeu Rossi Cunha, e o coordenador da 1ª Central de Flagrantes, Luis Francisco Segantin Júnior.
Declarando-se entusiasmado com a reengenharia da Polícia Civil, em particular do Decap, o governador destacou os benefícios que as centrais de flagrantes trarão para a população. “Estamos poupando mais os recursos públicos e utilizando melhor os nossos recursos humanos. Antes fazíamos flagrantes em todos os distritos, agora serão em apenas nove. Então aquilo que demorava três, quatro horas, será feito em menos de 60 minutos”, referindo-se aos registros de crimes não flagrantes nos DP’s.
Alckmin destacou o esforço por um melhor atendimento às pessoas nos distritos policiais da Capital, com elaboração mais rápida de boletins de ocorrência, registros que em média serão feitos em 25 minutos: “Ou seja, eficiência, serviço público de qualidade, diminuição do trânsito de veículos da polícia, o preso vai da central de flagrante direto para o CDP (Centro de Detenção Provisória), para a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), e diminuição do trânsito de presos”.
Nas centrais de flagrante da Capital também serão realizados exames periciais, pois cada unidade conta com um kit apropriado para esse serviço dos peritos, que não necessitarão em todos os casos deslocarem-se ao Instituto de Criminalística para realizá-lo.
Com essas novas unidades no Decap, a Polícia Civil pretende além de agilizar o atendimento das partes envolvidas em uma ocorrência flagrante ou não, reforçar o trabalho de investigação para esclarecimento de crimes, em princípio, pela maior disponibilidade de tempo dos policiais em suas unidades. “A Polícia Civil tem hoje claramente qual é a sua missão, que é fazer investigação de qualidade, que possibilite condenações na esfera judicial. Durante muito tempo houve conflito para saber qual seria a sua atuação, e muitas vezes de forma equivocada ações da Polícia Civil se sobrepuseram à da Polícia Militar. Hoje deixamos claro que a ação da Polícia Civil é a que está na Constituição Federal, que é investigar”, frisou Marcos Carneiro.
Para o delegado geral, a conquista da confiança da população passa por um atendimento digno nas unidades policiais civis, primeiro passo para que as pessoas não deixem de reportar à polícia a ocorrência de crimes. “Daí a importância do registro criminal – que no primeiro momento é para que o cidadão sinta que tem o apoio do Estado -,desde um simples furto de bicicleta até um grande roubo – e que ele saiba que está cooperando para que outros cidadãos não sejam vítimas no futuro -, porque o grande problema da subnotificação é que tanto a Polícia Militar, quanto a Civil acabam perdendo a chance de trabalhar melhor”, argumentou.
Marcos Carneiro afirmou ainda que não teme o aumento das notificações criminais, o que poderia passar às pessoas uma falsa impressão de que houve aumento da criminalidade. “O que vai aumentar é o registro dos crimes que já acontecem, para evitarmos que amanhã, um furto de bicicleta não vire um latrocínio. Porque o ladrão que furtar uma bicicleta e ficar impune, vai comprar uma arma de fogo e matar alguém em um assalto a veículo”, disse.
A 1ªCentral de Flagrantes, anexa ao 8º DP (Brás/Belém), funcionará de segunda à sexta-feira, das 7:00 às 22:00, e seu objetivo, como reforçou o diretor do Decap, Carlos Toledo, é mais que agilizar o registro de ocorrências, é fazer com que as vítimas de crime recorram sempre à polícia para fazê-lo. “Por que mudar? Porque 47,2% da população brasileira sentem-se inseguros nas cidades onde vivem, e mais da metade das vítimas de roubo não procuram a polícia (dados de 2009), e o principal motivo é a falta de confiança nas polícias. Resultado: subnotificações criminais na ordem de 50%, o que impossibilita qualquer planejamento estratégico sério de redução de crimes. Essa realidade reclamava urgentes transformações. É certo que introduzir e implementar ideias policiais inovadoras realmente não é tarefa fácil, mas é possível”, defendeu o mentor das centrais de flagrante.