PT E ALIADOS CONTINUAM INVESTIGADOS PELA POLÍCIA CIVIL ( continua – sob ordens “superiores” – coletando muita informação sobre casos de corrupção envolvendo adversários políticos ) 19

Enviado em 02/08/2011 as 18:38 – REPÓRTER AÇO

Fonte: Luis Nassif On Line

PT foi investigado pela Polícia Civil
Enviado por luisnassif, ter, 02/08/2011 – 15:08

Por Luiz Horacio
Atualizado às 15h07

Esse tema está um pouco impreciso. As coisas podem não ser exatamente como parecem. O fato de oficialmente ter sido fechado um serviço do Estado – foi no plano estadual E federal – não quer dizer que a orientação política indevida tanto das polícias estaduais quanto da federal tenha se encerrado. Infelizmente as polícias no Brasil ainda são sistematicamente usadas por governos como “polícia política”, quer dizer, como polícia totalitária mesmo, e não por culpa e iniciativa dos policiais, se me entendem. Por outro lado, vivem “livrando a barra” de crimes que ocorrem na política e não chegam a ser investigados ou integralmente apresentados à Justiça.

Além disso, pudemos ver nas CPI’s que vários pequenos grupos de “inteligência privada” foram formados, certamente ligados a antigos agentes do Estado, e associados sobretudo a essa onda de “agências de segurança” que foram criadas, algumas delas diretamente ligados aos grupos políticos, prestando serviços a eles. E eles têm total apoio da polícia regular, e operam em conjunto diversas vezes. Em princípio isso não teria nada de ruim, o problema é que não há nenhum órgão fiscalizador, pelo menos nenhum que esteja de fato supervisionando todas essas atividades. E não há uma legislação específica para demarcar limites, autorizações e conflitos de função entre autoridade de Estado e funções privadas, para conter abusos, etc.

Ainda mais uma questão, o fato de partidos e políticos serem investigados pela polícia deveria depender apenas das evidências e das denúncias. Se houver suspeita de irregularidades e ilícitos, o Estado brasileiro deve sim investigar, pois o risco do país sofrer prejuízos e revezes enormes é muito grande. O que é autoritário e ilegal é a arbitrariedade. Sem que haja, por exemplo, um inquérito instaurado, e motivos legais e legítimos para isso, alguém começar a ser seguido nas ruas, provocado por encomenda, para criar situações de enquadramento, e para isso serem usados recursos do Estado, como viaturas, pessoal, equipamentos, horas de trabalho, cadeias de comando, etc., tudo isso é o uso da polícia como polícia política.

Todos os dias alguns cidadãos saem na rua e viaturas oficiais ou clandestinas começam a assediar ilegalmente alvos definidos por políticos, do interesse pessoal deles. Isso é ditadura civil, como já disseram Helio Bicudo e Walter Maierovitch, é o Estado começando a agir como Estado bandido. Ambulâncias em situação muito estranha, do tipo “o cara entra saudável e sai direto pro legista”, viaturas do tipo “você é o suspeito”, podem ser “sugeridas” (ainda que não praticadas) diretamente nessas situações, como forma de pressionar alguém. Acidentes que podem ser arranjados… Fechar um departamento não quer dizer nada, enquanto o Estado não tiver sua área de Segurança Pública muito bem estruturada e atuante, com a autoridade assegurada pelo Judiciário e pelo Ministério Público, para prevenir os inevitáveis abusos do Executivo.

Será que seria muito difícil ocorrer algo assim perto de nós, ao nosso lado, conosco?

E isso também deveria ser investigado e enquadrado.

“Também coletávamos muita informação sobre casos de corrupção envolvendo adversários políticos”…NADA MUDOU! 10

Enviado em 02/08/2011 as 8:24 – HOMEM QUE SABIA DEMAIS 

52 mil páginas registram espionagem da Polícia Civil de SP
Até 1999, central de arapongagem espionou partidos, autoridades nacionais, políticos, movimentos sociais, igrejas e sindicatos
Ricardo Galhardo, iG São Paulo | 02/08/2011 07:00

A Polícia Civil de São Paulo espionou clandestinamente partidos, líderes políticos, autoridades estaduais e nacionais, movimentos sociais, igrejas e sindicatos até 1999, quase 15 anos depois do fim da ditadura militar (1964-1985). A existência de uma central de arapongagem política em pleno período democrático está registrada em mais de 50 mil documentos disponibilizados pelo Arquivo Público do Estado aos quais o iG teve acesso.

Segundo os documentos, o Departamento de Comunicação Social da Polícia Civil (DCS), criado em 1983 pelo governador Franco Montoro e extinto em 1999 no segundo mandato de Mário Covas, infiltrava agentes em assembléias sindicais e reuniões partidárias, fotografava e documentava atos políticos e acompanhava de perto as principais lideranças e entidades sem que houvesse qualquer indício de crime que justificasse a ação policial.

Entre os investigados estão os ex-presidentes Tancredo Neves, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, nomes importantes da política nacional nas últimas décadas como Ulysses Guimarães, Mário Covas, José Dirceu, Antonio Palocci, Paulo Maluf, Leonel Brizola, Miguel Arraes e José Serra, além de personalidades do mundo artístico, religioso e esportivo que participaram da luta pela redemocratização, como Chico Buarque de Holanda, Fafá de Belém, Maytê Proença, Martinho da Vila, Ligia Fagundes Telles, Renata Sorrah, Bruna Lombardi, Dom Paulo Evaristo Arns, Edir Macedo e os ex-jogadores Sócrates e Casagrande.

Tancredo Neves no palanque com Ulisses Guimarães e Sarney, durante campanha pela Presidência; evento foi monitorado – Foto: AE1/10

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Nacional dos Estudantes (UNE), Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Arquidiocese de São Paulo, Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Terra (MST), os principais partidos políticos e até notícias sobre objetos voadores não identificados também foram objetos de bisbilhotice do DCS.

Os documentos mostram que desde o primeiro momento os arapongas espionavam até mesmo seus superiores hierárquicos. Um dos papéis aponta a presença de agentes infiltrados em um ato pela humanização do sistema carcerário, promovido pelo então secretário estadual de Justiça José Carlos Dias com a presença do secretário de Segurança Pública Michel Temer (hoje vice-presidente da República) e do próprio governador Montoro e seu vice, Orestes Quércia, no Pateo do Colégio, em 11 de julho de 1984.

O DCS foi criado no mesmo ano em que foi extinto o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), um dos símbolos da tortura e desrespeito aos direitos humanos do regime militar. Alguns integrantes da primeira equipe do DCS são remanescentes do DOPS. É o caso do delegado Clyde Gaya da Costa, já falecido, citado como responsável por torturas no relatório Brasil Nunca Mais.

Um questionário elaborado pelo delegado Eduardo Nardi foi distribuído para todas as delegacias paulistas. “Para que o DCS possa informar o governador da situação geral dos municípios dando destaque às informações de cunho político e social obsequiamos informar ao DCS todos os fatos político-sociais relevantes, via telex, para fins de atualização cadastral”, dizia a mensagem.

A resposta foram centenas de relatórios detalhados informando nome, endereço e filiação política de todas as autoridades municipais, composição e localização de todos os partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais em cada município paulista.

A forma como a documentação era arquivada com fichas organizadas por códigos alfa-numéricos também remete ao extinto DOPS. O DCS ficava em uma sala de acesso restrito no Palácio da Polícia, no bairro da Luz. Ao contrário do DOPS, onde milhares de pessoas foram torturadas e assassinadas durante a ditadura militar, o DCS se restringia a coletar e armazenar informações. Não há registro de ações concretas, prisões ou inquéritos, decorrentes do trabalho dos arapongas.

Dois delegados, que trabalharam no DCS e concordaram em falar ao iG com a condição de que seus nomes fossem mantidos em sigilo, disseram que a finalidade da espionagem mudava conforme o avanço da democratização e os interesses dos governantes.

“No primeiro momento registrávamos tudo por causa da possibilidade de os militares reassumirem o poder. Hoje isso pode parecer absurdo, mas naqueles primeiros anos de abertura política era uma possibilidade que passava pela cabeça de todos”, disse um dos delegados.

Na fase final, os alvos preferenciais das investigações eram movimentos populares vistos como ameaças em potencial ou adversários políticos. “Através daqueles arquivos é possível contar toda a história do MST, por exemplo”, disse outro delegado. “Também coletávamos muita informação sobre casos de corrupção envolvendo adversários políticos”, completou.

Ambos delegados admitiram que boa parte das atividades do DCS era exercida sem que houvesse ordem ou sequer conhecimento das autoridades. “Era um órgão paralelo, praticamente clandestino. Cumpríamos ordens mas muita coisa era feita sem que o secretário ou o governador soubessem. Montoro, Covas e o próprio Quércia eram democratas. Alguns delegados eram remanescentes do grupo do Fleury (Sérgio Paranhos Fleury, delegado morto em 1979, acusado de tortura e assassinatos durante a ditadura) ou tinham ligação com o coronel Erasmo Dias e com a extrema direita”, disse o mais velho deles.

O DCS atravessou os governos Montoro, Orestes Quércia, Luiz Antonio Fleury Filho e o primeiro mandato de Covas. Em janeiro de 1999, deputados estaduais de oposição revelaram a existência do departamento. Uma comissão da Assembleia Legislativa analisou parte dos documentos e concluiu que o DCS não passava de um órgão de polícia política. Pressionado, Covas, que também foi objeto de arapongagem, determinou a extinção do departamento.

O iG procurou a Secretaria de Segurança Pública e todos os secretários ainda vivos, mas ninguém quis comentar o assunto.

Polícia Federal desmantela quadrilha composta por policiais e comerciantes da região da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo 9

Enviado em 02/08/2011 as 17:27 – CARMINATE

02/08/2011 – 12h12 PF prende agentes que apoiavam comércio ilegal em SP

São Paulo
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã a Operação Insistência, com o objetivo de desmantelar uma quadrilha composta por policiais e comerciantes da região da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo. Quatro pessoas foram presas, sendo três servidores da PF.
A investigação sobre o bando teve início há aproximadamente dois anos. Nesse período a Polícia Federal apurou que agentes da corporação recebiam pagamentos mensais de comerciantes para que deixassem de reprimir o contrabando e os alertassem sobre futuras operações nos locais. No decorrer das investigações, foram apreendidos cerca de R$ 40 mil.

Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e seis mandados de condução coercitiva (levar para prestar depoimento). Dezenove pessoas serão indiciadas, sendo sete servidores da Polícia Federal, um aposentado e comerciantes da região da Rua 25 de Março e do Brás. Eles responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, concussão, contrabando e descaminho, cujas penas podem chegar a 12 anos de prisão.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/08/02/pf-prende-agentes-que-apoiavam-comercio-ilegal-em-sp.jhtm